Infectologia Flashcards

1
Q

Qual o subtipo de HIV que mais comumente esta associado à AIDS?

A

HIV 1M

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2
Q

Quais são os três tipos celulares principais infectados pelo HIV e por quê?

A

Linfócitos T helper
Monócito/Macrófago
Células dendrítica/cel de Langerhans

São as principais responsáveis por expressar CD4 em sua membrana. O processo inicial de infecção celular pelo HIV é a ligação de sua glicoproteína 120 (gp120) com o CD4 da cel hospedeira.

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3
Q

Qual a proteína responsável pelo fusão do envelope viral com a membrana da célula e como isso ocorre?

A

A gp 41 é a responsável.
Quando dá gp 120 se liga ao CD4, os coreceptores CCR5 e CXCR4 da célula hospedeira são expostos. Isso causa causa uma mudança confornacional que expõe a gp 41 e permite a fusão entre a célula hospedeira e o vírus

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4
Q

Qual é a enzima responsável por fundir o DNA do HIV ao DNA da célula hospedeira!

A

Pela enzima viral Integrase

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5
Q

Qual é a enzima responsável por clivar as proteínas virais e torná-las ativas?

A

A enzima viral protease

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6
Q

Por que é tão difícil para o sistema imunológico erradicar o HIV?

A

Pela falta de fidelidade da transciptase reversa viral, a qual, durante cada processo replicativo, causa Mutações no genoma viral, podendo produzir vírus com variabilidade genética de até 50%

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7
Q

O pico inicial de virmeia após infecção por HIV constitui valor prognóstico do quadro de HIV, de tal modo que, quanto maior o pico inicial, mais rápida é a progressão da doença.
V ou F

A

F
O que define prognóstico é o set point viral após 6 meses a 1 ano da infecção. Isso estabelece a capacidade do hospedeiro em controlar a multiplicação do HIV

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8
Q

Cite um dos principais locais alvo do HIV no início da infecção.

A

GALT

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9
Q

Cite doenças associadas à ativação imunoinflamatória crônica em pessoas infectadas pelo HIV (síndrome do envelhecimento acelerado)

A
Osteopenia/porose
Diversas neoplasias malignas
DM 2
DRC
DHC
DCV
Disfunção neurocognitiva (encefalopatia do HIV)
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10
Q

Por que em pessoas infectadas pelo HIV há um aumento exagerado da ativação Imunológica?

A

1 - destruição do GALT facilita a propagação de germes da microbiota intestinal (+ liberação de lipopolissacarídeo - LPS - por gram negativas; + translação bacteriana)

2 - estimulação Imunológica generalizada por glicoproteínas do envelope viral (gp 120…)

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11
Q

Células infectadas pelo HIV podem ter sua expressão do HLA I diminuída. Qual a consequência disso?

A

Os linfócitos T CD8 não conseguem reconhecer e destruir essas células infectadas

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12
Q

Por que a TARV atual não é suficiente para curar o HIV?

A

Um dos motivos é que uma fração dos LT-CD4 infectados permanecem com matérial genético do vírus integrado ao seu sem que ocorra, contudo, replicação viral. Nessas células, o HIV está verdadeiramente latente e imune às ações da TARV, podendo retomar a atividade caso a TARV seja parada. Como a meia vida de células de memória pode chegar a 70 anos, dificilmente é possível curar o paciente apenas com a TARV atual

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13
Q

Indivíduos com Mutações homozigóticas no gene que codifica o CCR5 são completa imunes ao HIV
V ou F

A

F.

Essas pessoas são imunes as cepas R5, as quais utilizam unicamente o CCR5 para poder se fundir às células do hospedeiro

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14
Q

Quais são as consequências da replicação viral contínua do HIV e da ativação Imunológica generalizada aberrante?

A

1 - fornecimento de substrato para multiplicação do HIV
2 - fadiga e apoptose das células de defesa
3 - Síndrome do envelhecimento acelerado
4 - fenômenos autoimunes

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15
Q

O uso de ACO aumenta, diminui ou não influencia no contágio do HIV por mulheres que o utilizam?

A

Aumenta.

ACO torna o epitélio da mucosa vaginal mais suscetível à infecção

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16
Q

Quais hemoderivados não transmitem o HIV?

A
Gamaglobulinas hiperimunes (imunoglobulina anti HBV por ex.)
Concentrados de fatores de coagulação
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17
Q

O que a “lei do sangue” preconiza sobre avaliação de HIV no sangue doado?

A

Pelo menos dois testes de alta sensibilidade
1 - anticorpos anti HIV 1 e anti HIV 2
E 2 - anticorpos anti HIV 1 é 2 + antigeno p24

Se pesquisa de ácido nucleido disponível, usar este (diminui a janela imunológica - permite detecção do vírus antes de surgirem antigeno e anticorpos no soro). Positivo após 11-15 dias da infecção ativa

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18
Q

Em caso de discordância entre um IE de 4a geração e um teste molecular para o HIV, qual é o próximo passo?

A

Testagem por western blot, immunoblot ou immunoblot rápido

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19
Q

Quando o teste molecular pode ser falso negativo para o HIV?

A

Em controladores de elite

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20
Q

Por que a sorologia para HIV não é útil em menores de 18 meses?

A

Porque as imuglobulinas IgG anti HIV detectados em seu sangue podem ter sido produzidos pela mãe (IgM e IgA por ter maior peso molecular não passam a barreira placentária)
Costumam desaparecer aos 12 meses, não persistindo por mais de 18

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21
Q

Quais são os exames complementares iniciais que todos pacientes com HIV devem fazer já na primeira consulta?

A
Contagem de CD4
Carga Viral
Hemograma
Lipidograma
Perfil glicemico
Avaliação hepática e renal
Parasitologico de fezes
Hepatites A, B e C
VDRL, RPR
Prova tuberculínica e raio X de tórax
HTLV I e II
Chagas
IgG anti toxoplasmose
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22
Q

Qual a conduta em um paciente com prova tuberculínica >/= 5?

A

Descartar TB ativa (critérios clínicos, radiográficos e teste de escarro). Se descartada, fazer monoterapia com isoniazida por 6 meses como tratamento de TB latente

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23
Q

Cite neoplasias não diretamente associadas à imunodepressão que tem sua incidência aumentada em PVHIV

A

Pulmão
Canal anal
Fígado
Linfoma de Hodgkin

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24
Q

Quais neoplasias apresentam critérios diferenciados da população geral para screening em PVHIV?

A
Mama (mulher > 40 anos, mamografia anual)
Colo uterino (sexualmente ativas, papa nicolau anual)
Anal (sexo anal, história de HPV, histologia vulvar/cervical alterada, papa nicolau + toque retal anual)
Fígado (se cirrose ou HBsAg +, usg + alfafetoproteína semestrais)
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25
Q

Qual a ressalva sobre as vacinas em um PVHIV?

A

Se o paciente apresentar imunodepressão profunda, devem ser evitadas vacinas com vírus/bacterias atenuados.
CD4 entre 200 e 350: pesar risco benefício
CD4 < 200 não vacinar
Obs.: nãos dosar CD4 ou CVHIV nos 30 dias subsequentes à vacina, visto que a vacinação há aumento transitório desses valores nesse período

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26
Q

Descreva o calendário vacina brasileiro para > 13 anos infectados pelo HIV

A

1 - triplice viral (1 ou 2 doses, CD4 > 200)
2 - varicela (2 doses com intervalo de 3 meses, CD4 > 200)
3 - Febre amarela (ver situação epidemiológica, uma dose se CD4 > 200)
4 - dT (3 doses, 0 2 e 4 meses, reforço a cada 10 anos)
5 - Henofilo B (2 doses, intervalo de 2 meses, em < 19 anos não vacinados)
6 - HAV (2 doses, 0 e 6 meses, em anti HAV negativo e hepatite crônica, mesmo B ou C)
7 - HBV (4 doses, 0 1 2 6 e 12 meses, com o Dobro da dosagem recomendada, em todos anti HBc e anti HBs negativos)
8 - antipneimocócica, 23 valente (1 dose se CD4 > 200, reforço após 5 anos)
9 - influenza (dose anual da inativada)

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27
Q

Quais vacinas o neonato sob suspeita de infecção pelo HIV deve receber nas primeiras 12 hrs de vida?

A

BCG (sem doses de reforço) e HBV (em doses dobradas)

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28
Q

Quais crianças HIV + devem receber a vacina antipneumococia 10 valente e não a 23?

A

< 2 anos

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29
Q

Cite critérios de suspeição de SIR (síndrome inflamatória da reconstituição imune)

A

1 - piora de doença conhecida ou surgimento de nova manifestação após início da TARV
2 - contagem de LT-CD4 < 100 cel/mm3 antes do início ou modificação da TARV
3 - relação temporal entre início da TARV e manifestações inflamatórias (geral// 4 a 8 semanas)
4 - presença de resposta imune e/ou virológica após início da TARV
5 - exclusão de falha ao tratamento, reação adversa ou superinfecção

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30
Q

Qual a conduta diante de um caso de SIR?

A

Tratamento específico da doença oportunista subjacente

Medicamentos anti-inflamatórios (AINEs ou, nos casos graves, corticoterapia)

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31
Q

Quando solicitar genotipagem viral pré TARV?

A

1 - pessoas que se infectam com parceiros em uso atual ou passado de TARV
2 - Gestantes HIV +
3 - crianças e adolescentes HIV +
4 - confecção HIV-TB

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32
Q

Conduta em um paciente diagnósticado simultaneamente com TB é HIV

A

CD4 < 200 ou sinal de SIDA avançada: iniciar TARV 2 semanas após início do tto da TB
CD4 > 200 ou TB meníngea: iniciar TARV 8 semanas após início do TTO para TB

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33
Q

Qual o esquema de TARV preferencial?

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG)

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34
Q

Qual o esquema de TARV preferencial?

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG)

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35
Q

Qual o esquema de TARV preferencial em confecção com TB?

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Efavirenz (EFV)
Após conclusão do tratamento da TB, trocar EFV por DTG

OBS.: em TB-HIV + CD4 < 100, outra IO, necessidade de internação hospitalar e/ou TB disseminada, o esquema é:

TDF + 3TC + RAL

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36
Q

Esque inicial preferencial em crianças acima de 12 anos?

A

TDF + 3TC + DTG

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37
Q

Esquema inicial preferencial em crianças de 3 a 12 anos

A

ABC + 3TC + RAL

Se HLAB5701 negativo

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38
Q

Para paciente em que está contraindicado o TDF e que apresenta HLAB5701 positivo, qual ARV utilizar?

A

AZT (zidovudina, um ITRNN)

Efeitos adversos: mielotoxicidade e lipoatrofia

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39
Q

O uso de quais medicamentos contraindica o DTG?

A

Fenitoína
Fenobarbital
Ocicarbamazepina

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40
Q

O que define a falha virológica do tratamento para HIV?

A

CV-HIV detectável após 6 meses de tratamento

CV-HIV detectável em indivíduos em TARV que estavam com CV-HIV indetectavel

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41
Q

Cite eventos adversos associados aos ITRN/ITRNt

A
1 - Acidose lática
2 - esteatose hepática
3 - Miopatia esquelética
4 - neuropatia periférica
5 - pancreatite aguda

ITRNN apresentam maior especificidade à TR do HIV, tendo menos chances de causar esses efeitos

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42
Q

O que define falha Imunológica no contexto do uso de TARV no HIV? E falha clínica?

A

Imunológica: Incremento < 30% na contagem de CD4 após um anos de TARV.

Clinica: ocorrência de doença oportunista na ausência de falha virológica

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43
Q

Qual ação do Maraviroque (MVO) e quando o utilizar?

A

Inibidor do CCR5
Pode ser usado quando, mesmo com o emprego de RAL/DTG e DRV/r, a chance de supressão viral seja baixa
Só é ativo contra cepas R5 e não contra X4 ou cepas de tropismo duplo

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44
Q

Descreva a profilaxia primária de Infecções oportunistas no HIV

A

1 - Pneumocystis Jiroveci
Quando: CD4 < 200 ou candidíase oral ou febre indeterminada com mais de 2 semanas ou doença definidora de AIDS
Como: SMX-TMP (2° dapsona)
Suspensão: CD4 > 200 por mais de 3 meses

2 - Toxoplasma dondii
Quando: CD4 < 100 e IgG anti T. Gondii reagente
Como: SMX-TMP (2° dapsona [clindamicina] + pirimentamina + ácido folínico)
Suspensão: CD4 > 200 por 3 meses

3 - Mycobacterium tubérculosis (ILTB)
Quando: PT > 5mm ou história de contato ou Raio X com cicatriz de TB sem tto previo
Como: isoniazida, associar com piridoxina B6 reduz risco de neuropatia, ou rifampcina
Suspensão: 6 - 9 meses para ISO, 4 para R.

4 - Complexo Mycobacterium avium
Quando: CD4 < 50
Como: azitromicina (2 °Claritromicina)
Suspensão: CD4 > 100 por 3 meses

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45
Q

Descreva a profilaxia secundária das IO na AIDS.

A

1 - Pneumocystis Jiroveci
Como: SMX-TMP (2° dapsona)
Suspensão: CD4 > 200 por mais de 3 meses

2 - Toxoplasma dondii
Como: sulfadiazina + pirimentamina + ácido folínico (2° SMX - TMP)
Suspensão: CD4 > 200 por 6 meses

3 - Complexo Mycobacterium avium
Quando: CD4 < 50
Como: Claritromicina + etambutol (2° azitro + etamb)
Suspensão: após um ano de tto na ausência de sintomas e CD4 > 100 por 6 meses

4 - Cryptococcus sp.
Como: Fluconazol (2° itraconazol ou anfo B)
Suspensão: término do tto de inclusão e consolidação e pelo menos + 1 ano de manutenção assintomática e CD4 > 200 por 6 meses

5 - Isospora belli
Como: SMX - TMP
Suspensão: CD4 > 200 por 3 meses

6 - CMV (em caos de retinite prévia)
Como: Ganciclovir (2° foscarnet)
Suspensão CD4 > 100 por mais de 3 - 6 meses

7 - Histoplasmose (disseminada ou no SNC)
Como: Itraconazol
Suspensão: tempo indeterminado. Considerar interrupção após pelo menos 1 ano assintomática e CD4 > 150 por mais de 6 meses

8 - Herpes simplex (infecção recorrente > 6 ep/ano
Como: aciclovir

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46
Q

Qual o tempo médio entre o contágio do HIV e a soroconversao!

A

4 semanas (3 - 12)

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47
Q

Caracterize a síndrome retroviral aguda no contexto do HIV

A

Sinais e sintomas inespecificos, comuns em viroses sistêmicas
Momento de maior infectividade (bilhões de cópias)
Curso autolimitado (3 - 4 semanas), manifestações residuais podem persistir por meses
TARV não indicada nessa fase

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48
Q

Caracterize obras cutâneo da SRA pelo HIV

A

Lesões maculopapulares de curta duração (< 3 dias), predominando em face, pescoço e região superior do tronco. Pode acometer membros e regiões palmo-plantares

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49
Q

Como é definida a linfadenopatia generalizada crônica que pode acometer PVHIV?

A

Linfadenomegalia (> 1cm) em 2 ou mais cadeias extrainguinas por período > 3 meses sem causa óbvia

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50
Q

Quando indicar biópsia de linfonodos aumentados em PVHIV?

A

CD4 > 200: presença de outros sinais e sintomas sugestivos de doença linfoproliferativa

CD4 < 200: biópsia indicada mesmo em assintomáticos

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51
Q

Na fase de latência clínica do HIV, cite um achado laboratorial comum

A

Plaquetopenia isolada (fazer ddx com PTI)

Pode também anemia normo normo e discreta Leucopenia

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52
Q

Quais são as doenças definidoras de AIDS (avançada)

A

1 - Síndrome consultiva do HIV (perda involuntária > 10% do peso) associada à diarreia crônica (2 ou + ep/dia por pelo menos 1 mês) ou fadiga crônica e febre >/= 1 mês.

2 - PNEUMONIA por P. JIROVECI

3 - PNEUMONIA BACT RECORRENTE (2 ou mais/ano)

4 - HSV com úlcera mucocutânea (>/= 1 mês) ou viceral

5 - candidiase de esôfago, traqueia, brônquios ou pulmão

6 - TB

7 - sarcoma de Kaposi

8 - Doença por CMV (exceto fígado, baço e linfonodos)

9 - Neurotoxo

10 - Encefalopatia pelo HIV

11 - Criptococose extrapulmonar

12 - Micobact. não tubecul. disseminada

13 - Leucoencefalopatia multifocal progressiva (vírus John Crunningham - JC)

14 - Criptosporidíase intestinal crônica (>/= 1mes)

15 - Isosporidiase intest. Crônica

16 - Micoses disseminadas (histiop, coccidio)

17 - septicemia recorrente por salmonella não thyphi

18 - Linfoma não hodgkin de células B ou primário do SNC

19 - Carcinoma cervical invasivo

20 - reativação de Chagas (meningoencefalite e/ou miocardite=

21 - Leishmaniose atípica disseminada

22 - Nefro ou cardiomiopatia sintomática associada ao HIV

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53
Q

Cite achados sugestivos de pneumocistose pulmonar.

A

1 - CD4 < 200 ou sinais clínicos de imunodepressão grave

2 - dispneia progressiva aos esforços

3 - febre, taquipneia ou taquicardia

4 - Rx normal ou com infiltrado pulmonar difuso, perihilar, simétrico

5 - DHL serica elevada

6 - hipoxemia em repouso ou após esforço

7 - ausência de uso ou utilização irregular de profilaxia para PCP

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54
Q

Descreva o tto da Pneumocistose

A

Leve a moderava: SMX - TMP VO

Moderada a grave: SMX - TMP IV + corticoesteroides

Profilaxia secundária até CD4 > 200 por 3 meses

Em pcts sem TARV: esperar 2 semanas de tto para começar TARV

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55
Q

Cite causas de miocardite no contexto do HIV.

A
Infecção direta pelo HIV
Sarcoma de Kaposi
Criptococose 
Chagas
Toxoplasmose
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56
Q

Quais estatinas utilizar em uma PVHIV em uso de TARV e com Dislipidemia?

A

Atorvastatina (1° opção)
Rosuvastatina
Pravastatina

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57
Q

Qual a investigação etiológica inicial em uma PVHIV que apresenta derrame pericárdico crônico?

A
TB
MAC
Criptococose
Kaposi
Linfoma
ICC
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58
Q

Caracterize a leucoplasia pilosa no contexto do HIV

A

Sinal de imunodepressão progressiva
Lesão branca não exsudativa (não removível com espátula) associada à replicação do EBV
Não é pré neoplasica
Tto com podofilina tópica

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59
Q

Como costuma se apresentar a lesão esofagiana causada pelo CMV e pelo HSV na PVHIV?

A

CMV: úlcera única > 2cm

HSV: múltiplas pequenas úlceras agrupadas

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60
Q

Quais as PVHIV mais acometidos por Salmonela, shigella e campylobacter?

A

HSH

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61
Q

Quais as Infecções por protozoários que mais comumente causam diarreia na PVHIV?

A

1 - Criptosporidia (principalmente Criptosporidium parvum). Suporte + TARV, nitazoxanida pode ajudar
2 - Microsporidia (principalmente enterocytozoon bieneusi, intracelulares) suporte + TARV, albendazol pode ajudar
3 - Isospora (isospora belli) SMX-TMP

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62
Q

Como diagnosticar colite por CMV?

A

Colonoscopia: múltiplas ulcerações da mucosa
Biópsia: inclusões intranucleares (olho de coruja) e intracitoplasmaticas
Investigar retinite

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63
Q

Patogênese da enteropatia induzida pelo HIV

A

Causa atrofia e redução das figuras de mitose da mucosa intestinal (estado hipo regenerativo)
Ocorre perda de enzimas e causando deficiência de lactase e síndrome de má absorção

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64
Q

Qual a causa mais comum de doença perirretal no PVHIV)

A

HSV (principalmente tipo 2)

Tto com aciclovir ou foscarnet

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65
Q

Qual o fluxograma no diagnóstico de um PVHIV que apresenta diarreia?

A
1°:
Anamnese + EF
Coprocultura
EPF × 4
Toxina C difficile

2°: não diagnóstico com passo inicial
Suspeita de colite: colonoscopia + biópsia
Sem suspeita de colite: EDA + biópsia

3°: ainda sem diagnóstico
Enteropatia pelo HIV

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66
Q

PVHIV com pancreatite aguda, suspeitas iniciais

A

Medicamentos (ddI pentamidina)
CMV
Infecções fungicas disseminadas

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67
Q

Descreva o quadro IRC no contexto do HIV

A

Principal causa é nefropatia associada ao HIV (HIVAN)
Apresenta-se com GESF (80%), GPM (10-15%)
Clinica: proteinúria, azotemia e rins de tamanho AUMENTADO hiperecogênicos
Edema e HAS são incomuns
Típica de AIDS avançada
Tto: Glicocorticoides se evolução com piora da função renal

Outras possibilidades: nefrotoxicidade medicamentosa (TDF, anfo B, foscarnet…)

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68
Q

Qual a forma mais comum de sífilis no PVHIV?

A

Secundária

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69
Q

Quais as principais causas de Insuficiência adrenal no PVHIV?

A
1 - TB/MAC
2 - CMV
3 - Criptococose
4 - Histioplasmose
5 - Cetoconazol por longos períodos

Costumam ser irreversível em caso de IO por se manifestar quando > 90% do parenquima foi destruído

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70
Q

Qual elemento associado à facilitação da síndrome de cushing no PVHIV?

A

Ritonavair
Por ser um potente inibidor da CYP3A4, a mesma que metaboliza os Glicocorticoides, usuários de Ritonavair têm maior propensão a desenvolver síndrome de cushing

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71
Q

Descreva o quadro de tireoodeopatia no PVHIV

A

Forma mais comum: hipotireoidismo subclínico
Pode ser uma manifestação leve de SIR em resposta à invasão por P jiroveci, CMV, Toxo, mocobact…
Pode ser reativação da doença de hashimoto

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72
Q

Descreva o quadro de hipogonadismo no PVHIV

A

Comum em homens (20-50%)
Pode ser secundário à toxicidade pelo ganciclovir
Diagnóstico pela dosagem de testosterona serica
Tto com reposição hormonal

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73
Q

Quais os fenômenos autoimunes que ocorrem com frequência aumentada no PVHIV?

A

1 - reações de hipersensibilidade imediata (ex.: rash cutâneo induzido por SMX-TMP 65%. Anafilaxia é rara)
2 - artrites reativas
3 - linfocitose infiltrativa difusa (acomete múltiplos órgãos, principalmente glândulas salivares, lacrimais e pulmão. Predomina LT-CD8, em Sjogren é CD4,)

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74
Q

Principais causas de anemia no PVHIV

A

AZT: tipicamente Macrocítica
Dapsona: hemólise em deficiência de G6PD e pode influenciar metemoglobinemia
SMX-TMP, ganciclovir, foscarnet…

Falência mesulara: micobacteriose/micose disseminada, linfomas

Deficiências nutricionais: acloridria, síndrome dsabsortiva (carência de B12)

Parvovírus B19: tropismo por precursores eritroides na medula, pode causar aplasia vermelha

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75
Q

Qual a consequência de uma esplenectomia na avaliação da resposta Imunológica em um PVHIV?

A

Resulta em aumento da contagem de LT-CD4 fisiologicamente “estacionados” aumentando artificialmente sua contagem.
Nesses casos, deve-se avaliar o status imune do pct por meio do percentual de LT-CD4, tendo como referência que um percentual de 15% de CD4 do total de linfócitos é equivalente à LT-CD4 = 200 cel/mm3

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76
Q

Cite as principais manifestações dermatológicas do PVHIV

A

1 - Dermatite sevorreica (50%)
2- Foliculite (20%)
3 - Psoriase: não é mais comum que pessoas SEM HIV, mas se torna mais disseminada com o HIV
4 - Herpes Zoster
5 - HSV
6 - Fatmacodermias (sulfas, abacavir, nevirapina…)
7 - rash eritematoso nodular (pode ser histiop, micobacter. sistêmicos ou Kaposi)

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77
Q

Quais são as evidências de que o HIV está presente no SNC!

A

1 - síntese intratecal de anticorpos anti HIV (90%)
2 - HIV RNA no líquor (75%)
3 - Pleocitose linfocítica (50-60%)
4 - Hiperproteinorraquia (35%)

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78
Q

Caracterize o líquor da meningite asséptica associada ao HIV

A

1 - normoglicorraquia
2 - Pleocitose linfocítica
3 - Hiperproteinorraquia

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79
Q

O que a RM costuma revelar em um quadro de encefalopatia por HIV?

A

Atrofia cerebral difusa

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80
Q

Cite doenças da medulas espinhal associada ao contexto do HIV

A

1 - Mielopatia vacuolar: forma mais comum, aparentemente causada por citocinas neurotoxicas. Não costuma melhorar com TARV

2 - Ataxia sensorial: lesão predominante dor cornos dorsais (perda da propriocepção e sensibilidade vibratória)

3 - infecção por HTLV 1 (paraparesia espastica tropical)

4 - tabes dorsalis

5 - HSV, Zoster, linfoma

6 - CMV (AIDS avançada, fulminante, Pleocitose neutrofílica e DNA do CMV no líquor)

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81
Q

Qual a forma mais comum de neuropatia periférica na AIDS? Descreva o quadro

A

Polineuropatia sensitiva distal (neuropatia sensitiva dolorosa)

Causada pelo próprio HIV ou por ddI, Dapsona, metronidazol.
Dor em queimação nas extremidades
Hipoestesia distal em luvas e botas
Retira do medicamento (se houver) e tto sintomático com anticonvulsivantes e antidepressivos tricíclicos

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82
Q

ARV principal associado à Miopatia e achado clássico

A

AZT

Red ragged fibers (miocitos vermelhos rasgados)

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83
Q

Qual a principal causa de meningite na AIDS? Descreva o quadro

A

Neurocriptococose

Principalmente se LT-CD4 < 100
Quadro subaguda
Bioquímica liquorica pouco expressiva
HIPERTENSÃO LIQUORICA significativa por entupimento dos pontos de drenagem liquorica pelos antigenos agregados do fungo
Terapia:
Indução - anfo B
Consolidação - fluconazol
Manutenção - fluconazol
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84
Q

Qual a principal causa de lesão com efeito de massa na PVHIV? Descreva o quadro

A

Neurotoxoplasmose

Abscesso necrosante do parenquima cerebral por recrudescimento de cistos teciduaia de T. gondii
Déficit neurológico focal subagudo + febre e cefaleia
Diagnóstico por imagem (lesões focais com centro hipodenso e captação anelar de contraste com edema associado (principalmente em núcleos da base)
Biópsia só em pcts que não respondem ao tto após 2/4 semanas
Tto: sulfadiazina + pirimentamina + leucovorin por pelo menos 4 semanas

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85
Q

Caracterize a leucoencefalopatia multifocal progressiva

A

Causada pelo vírus JC
Focos de desmielinização da substância branca cortical que aumentam progressivamente de tamanho
Déficits neurológicos focais sucessivos e cumulativos
Convulsões em 20%
Diagnóstico com DNA do vírus no líquor (por PCR) + imagem sugestiva (lesões hipodensas que não captam contraste ou hiperintensas em T2)
Sem tto específico

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86
Q

Quais são as principais causas de uma primeira crise convulsivas na PVHIV?

A

1 - Lesão com efeito de massa (neurotoxo 28%, linfoma prinario do SNC 4%)
2 - encefalopatia do HIV
3 - meningite criptocócica

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87
Q

Principais causas de déficit focal no PVHIV

A

1 - neurotoxo
2 - LMP
3 - Linfoma prim do SNC

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88
Q

Qual é a alteração ocular mais comum na fundoscopia da PVHIV?

A

Exsudato algodonoso (isquemia retiniana secundária à microangiopatia associada ao HIV)

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89
Q

Descreva a retinite por CMV

A

Maioria em pcts com LT-CD4 < 50 (todos nesse estágio devem passar por screening)
Perda visual progressiva e indolor
Bilateral geralmente assimétrica
Aspecto queijo com Ketchup (exsudatos brancos mesclados com focos de hemorragia nos trajetos vasculares)
Se dúvida, DNA do CMV no humor aquoso ou vitreo

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90
Q

Qual é a etiopatogênese do sarcoma de Kaposi

A

Interação entre HIV, HHV 8 (ou KSHV - Herpes vírus associado ao sarcoma de Kaposi) e ativação aberrante do sistema imune
Há proliferação de células vasculares imaturas previamente transformadas pelo HHV 8 (células fusiformes)

91
Q

Em que locais as lesões do sarcoma de Kaposi costumam aparecer!

A

Locais expostos ao sol
Após traumas locais (fenômeno de Koebner)
Principalmente em pele, linfonodos, TGI e pulmão

92
Q

Manejo do sarcoma de Kaposi persistente mesmo com TARV

A

Local
Radioterapia
Injeção local de vinblastina
Crioterapia

Sistêmico
Interferom ALFA
Quimio

93
Q

Quais os tipos mais frequentes de linfomas na AIDS?

A

1 - Linfoma inumoblástico (60%)
2 - Linfoma de burkitt (20%)
3 - Linfoma prim do SNC (cerca de 20%)

A maioria deriva de células B transformadas
EBV tem forte associação

94
Q

Como diferenciar por imagem uma lesão do SNC por neurotoxo e por linfoma primário do SNC?

A

Difícil
Neurotoxo costuma ter lesões múltiplas
LPS costuma ter lesão unica

95
Q

Qual é o esquma preferencial de profilaxia pós exposição ao HIV e por quanto tempo)

A

TDF + 3TC + DTG por 28 dias

Se não pode TDF: AZT
Se não pode DTG: ATV/r
Se não pode ATV/r: DRV/r

Gestantes: trocar DTG por RAL

96
Q

Descreva o esquema PEP preferencial em crianças e adolescentes

A

0 - 14 dias: AZT + 3TC + NVP

14 dias - 2 anos: AZT + 3TC + LPV/r

2 - 12 anos: AZT + 3TC + RAL

97
Q

Quando deve-se fazer a testagem de uma pessoa exposta ao HIV que realizou PEP?

A

30 - 90 dias após a exposição

98
Q

Quais são os critérios de bacteriuria significativa?

A
  • para mulheres com sintomas de cistite não complicada: >/= 10^2 UFC/ml + piuria (>/= 10 leucoc./campo)
  • para mulheres com pielonefrite não complicada ou homens com qualquer ITU: >/= 10^4 + piuria
  • para mulheres com ITU complicada: >/= 10^5
99
Q

Definição de bacteriuria assintomática

A

> /= 10^5

100
Q

Quais fatores associadas à ITU a tornam complicada

A
1 - obstrução urinária
2 - bexiga neurogênica
3 - nefropatia diabética
4 - imunodepressão
5 - IRC
6 - Anemia falciforme
7 - DRP
8 - Alterações anatômicas do TU
9 - presença de cateter vesical ou cálculos
10 - gravidez
101
Q

Quais soa os principais patogenos causadores de ITU por via hematogênica

A

S. Aureus

Cândida

102
Q

Qual é o receptor urinário que permite a adesão das fimbrias da E coli e dos proteus uropatogênicos?

A

Antigeno do grupo sanguíneo P

103
Q

Por que a gravidez predispõe uma ITU? E quais os prejuízos da ITU para o feto?

A

Na gravidez há:
1 - Redução do tonus e da peristalse da musculatura lisa urinária
2 - compressão da bexiga pelo útero (Refluxo vesicoureteral)
3 - dextroversao uterina (hidronefrose à direita)

Prejuizos:
Prematuridade
Baixo peso
Maior norbimortalidade pré Natal…

104
Q

Qual o principal mecanismo de defesa contra as ITUs?

A

Esvaziamento vesical (efeito de lavagem dos tecidos urinários)

105
Q

Quais os agentes causadores de ITU esporádica não complicada mais comuns?

A
E. Coli (80-85%)
Staphylococcus saprophyticus (10-15% em mulheres sexualmente ativas)
Klebsiella
Proteus 
Enterobactet
106
Q

Qual é o principal fator de risco para ITU?

A

ITU prévia

107
Q

Qua é o tipo de infecção nosocomial mais frequente?

A

ITU (45%)

108
Q

Quais os principais causadores de uretrite na mulher?

A

Neisseria gonorrhoae, clamidia trachomatis e HSV

109
Q

O que é o sinal de Prehn?

A

Melhora da dor com a elevação dos testículos (visto em casos de epididimite)

110
Q

Tríade da ITU alta

A

Febre alta, calafrios, dor lombar

111
Q

O que é o sinal de Giordano?

A

Dor à punhopercussão lombar (no ângulo costovertebral)

112
Q

Quais quadros de ITU costumam alterar a proteína C reativa e o leucograma?

A

Pielonefrite e prostatite

113
Q

No que consiste o teste do nitrito?

A

Avalia a presença de bacterias bram negativas entericas (não pseudomonas) por possuírem a enzima nitrato-redutase (transforma o nitrato urinário em nitrito)

114
Q

Indicações de punção suprapubica

A

Dificuldade de coleta em crianças
Adulto com suspeita de ITU mas com resultados inconclusivos
Suspeita de ITU por germe anaeróbio

115
Q

Bacteriuria assintomática (critérios completos)

A

Mulheres, em micção espontânea: >/= 10^5 em duas amostras separadas por 24hrs e com o mesmo germe

Homens, em micção espontânea: >/= 10^5

Cateter vesical: >/= 10^2

Puncao suprapubica: qualquer contagem

116
Q

Como é feito o iagnóstico de ITU baixa esporádica não complicada?

A

Em mulheres, clínica, indicando-se tto empírico

Homens, urocultura obrigatória

117
Q

Diagnóstico de ITU alta?

A

Sempre neceasita urocultura

Colher também duas amostras para hemocultura

118
Q

Quando fazer investigação por imagem em crianças com ITU?

A

Sempre

119
Q

Cite uma complicação rara de cistite típica dos diabéticos

A

Cistite enfisematosa (principalmente E. Coli)

120
Q

Qual a conduta para um paciente com ITU que ie não responde ao tto após 48-72hrs?

A

Investigar abscesso ou obstrução

121
Q

Qual o maior fator de risco para pielonefrite crônica?

A

Refluxo vesicoureteral

121
Q

Qual o maior fator de risco para pielonefrite crônica?

A

Refluxo vesicoureteral

122
Q

Cite uma complicação de ITU alta que pode simular uma neoplasia

A

Pielonefrite xantogranulomatosa

123
Q

Tto da cistite

A

Norfloxacino
Foafomicina
Nitrofurantoína

124
Q

Tto da uretrite

A

Doxiciclina

125
Q

Tto da prostatite

A

< 35 anos: ofloxacina

> 35 anos: Ciprofloxacino

126
Q

Tto da pielonefrite

A

Ciprofloxacino ou cefuroxima + Gentamicina

127
Q

ITU hospitalar (+ cateter vesical)

A
Ciprofloxacino
Ceftazidima
Cefepime
Ampi-sulba
Piperaci-tazobactam
128
Q

Tto da ITU em Gestantes

A

Cistite: amoxicilina, cefalexina, nirrofurantoina

Pielonefrite: Ceftriaxone, Cefotaxima, ceftizoxima

129
Q

Quando tratar a bacteriuria assintomática?

A
  • Gestantes
  • pré op de cx que necessita cateterismo vesical e em pcts com risco aumentado para pielonefrite
  • Tx renal
  • infecção por proteus mirabilis
  • infecção por providência stuartii em pcts com cateter vesical e bexiga neurogênica
130
Q

Qual a classe de pacientes que precisa de urocultura de controle após tto de ITU?

A

Gestantes

131
Q

Qual a conduta inicial em homens com quadro sugestivo de cistite

A

1- urocultura + antibiograma
2 - gram da urina
3 - exame de próstata

132
Q

Qual a duração do tto da prostatite aguda

A

Tto IV no hospital + 30 dias de VO domiciliar

133
Q

Tempo de duração do tto da prostatite crônica

A

3 meses VO

134
Q

Duração do tto da pielonefrite

A

14 dias

135
Q

Indicação da antibioticoprofilaxia para ITU

A
  • ITU sintomática de repetição (mais de 3 por ano)
  • gestante com ITU recorrente
  • pós tx
  • prostatite crônica
  • crianças com Refluxo vesicoureteral
136
Q

Qual o principal fungo do trato urinário

A

Cândida

137
Q

Quando tratar candiduria?

A
  • sintomas de ITU
  • cilindros hialibos com pseudonhifas no EAS
  • pós tx renal
  • Neoplasia hematológica
  • Neutropenia
  • quimioterapia
  • obstrução urinária
  • bexiga neurogênica
  • pcts graves (UTI)
  • candidemia
138
Q

Principais agentes etiológicos da EI em valva nativa em não usuários de drogas

A

1° Streptococcus viridans
2° Enrerococcus faecalis e faecium (cocos gram +)
Streptococcus bovis (gallolyticus. É necessário pesquisar tumores de cólon)
HACEK (haemophylus parainfluenzae, haemophylus aphrophilus, actinobacillus, cardiobacterium hominis, eikenella corrodens, kingella kingii. Gram - de crescimento lento)

139
Q

Principais causadores de EI aguda em valva nativa em não usuários de drogas

A
S aureus
S pneumonie (destaque para alcoólatras com pneumonia e meningite)
140
Q

O que é a síndrome de austrian, caracterizada pela tríade de Osler?

A

Pneumonia + meningite + endocardite

141
Q

Principais causadores de EI em usuários de drogas IV

A
S aureus (Infecção comum de valva tricúspide)
Quando em valva esquerdas, considerar também pseudomonas, Salmonela, Klebsiella, Enterobactet, E coli, serratia, enterrobacter, Cândida, aspergilus)
142
Q

Qual a diferença entre os germes causadores de EI em usuários de drogas IV HIV + e -

A

Não há diferença

143
Q

Principais causadores de EI em prótese valvar

A
S epidermidis (coagulase negativo)
S aureus
São os dois mais comuns em EI de início precoce (primeiros 2 meses após cx) e de início intermediário (2-12 meses) 

Após 1 anos, início tardio, os germes costumam ser semelhantes ao da pop geral (streptococcus viridans, s aureus, enrerococcus, haeck)

144
Q

Principais causadores de EI nosocomial

A

Streptococcus epidermidis

S aureus

145
Q

Patogênese da EI

A

1 - impacto do fluxo sanguíneo de alta velocidade
2 - Estresse mecânico pelo turbilhonamento de sangue
3 - corpos estranhos

146
Q

Como é o nome do quadro em que há um tampão estéril após lesão do endotelio cardíaco?

A

Endocardite trombótica não bacteriana

147
Q

Endocardite não infecciosa vista em pacientes com LES ou síndrome do anticorpo antifosfolipideo

A

Endocardite de Libman-Sacks

148
Q

Quais são as situações que geram alto risco para EI

A
  • valvas protéticas
  • endocardite prévia de valva nativa
  • cardiopatia congênita ciabótica completa
  • derivações cirúrgicas sistêmico pulmonares
  • coartação de aorta
149
Q

Quais são as situações de risco moderado para EI

A
  • febre reumática
  • doença cardíaca degenerativa
  • outras cardiopatias congênitas (exceto ostium secundum)
  • CMH
  • prolapso de valva mitral com regurgitação e folhetos espessados
150
Q

Quais são os agentes etiológicos mais associados a fenômenos de macroembolia na EI?

A

Fungos
H. Parainfluenzae
S aureus

151
Q

O que são as manchas de Janeway

A

Máculas hemorragicas indolores na pele das extremidades, afetando palmas e solas secundárias à êmbolos da endocardite

152
Q

O que são as manchas de roth?

A

Hemorragias retinianas associadas a fenômenos imunológicos

153
Q

Quais são as alterações laboratoriais associadas à glomerulonefrite secundária à EI?

A

Queda no complemento sérico
Fator reumatoide positivo
Imunocomplexos circulantes

154
Q

Qual a principal causa de óbito na EI?

A

IC rapidamente progressiva

155
Q

Caracterize os nódulos de Osler

A

Lesões de 2-15mm, dolorosas, usualmente em polpas digitais (pés e mãos). Desaparecem em horas ou dias
Decorrentes tanto de deposição de Imunocomplexos quanto de vasculites e embolizacao séptica

156
Q

Quais são os critérios maiores de Duke?

A

1 - hemocultura positivas para:

  • micro-organismos típicos da EI (s viridans, s aureus, enrerococcus, strepto bovis, Haeck,) em duas amostras separadas
  • hemocultura persistentemente positivas para qualquer micro-organismo (3/3 ou 3/4 com intervalo entre a primeira e última coletada de 1hr; ou apenas duas com intervalo de 12hrs)

2 - Ecocardio positivo

  • Vegetações
  • abscesso endomiocardico valvar
  • valva protéticas com deiscencia parcial que não existia previamente
  • regurgitação valvar que não existia previamente

3 - sorologia positiva para coxiella Burnetti (título IgG > 1:800) ou amostra de hemocultura positiva para esta bactéria)

157
Q

Quais os critério menores de Duke

A
  • predisposição
  • febre maior que 38°C
  • Fenômenos vasculares (êmbolos arteriais grandes, infartos sépticos pulmonares, hemorragia inrracran, hemorragia conjuntival, manchas de janeway, aneurisma micotico)
  • Fenômenos imunológicos: glomerulonefrite, nódulos de Osler, manchas de roth, fator reumatoide
  • evidências microbiológicas que não preenchem os critérios maiores
158
Q

Caracterize a EI em definitiva, provável é rejeitada

A

Ei definitiva: 2 maiores ou 1 maior e 2 menores ou 5 menores

EI provável: 1 maior e 1 menor ou 3 menores

Rejeitada: diagnóstico alternativo firme
Resolução da síndrome em 4 dias
Ausência de EI na cx ou necropsia aos 4 dias de atb

159
Q

Tto empírico em EI de valva protetica

A

Vanco + genta + Cefepime + rifampcina

160
Q

A partir de quantos dias de tto eficaz para EI torna, a persistência de febre necessário investigar complicações?

A

7 dias

161
Q

Que pacientes devem receber profilaxia ATB para EI em procedimentos dentários?

A
  • valva cardiaca protetica
  • EI previa
  • CC cianotica não operada
  • até 6 meses após cirurgia completa de CC
  • correção cirúrgica incompleta de CC
  • valvopatias em receptor de tx cardíaco
162
Q

Qual a primeira escolha de ATB profilatica para EI?

A

Amoxicilina 2g VO 1hrs antes do procedimento

163
Q

Qual a faixa etária mais acometida por mingite bacteriana no Brasil?

A

Um mês até 5 anos

164
Q

Qual o tipo de edema cerebral causado pela ação das citocinas? E do exsudato da degradação bacteriana e leucocítica?

A

Citocinas: edema vasogenico (aumento da permeabilidade da barreira hematoencefalica)

Exsudato: edeme intersticial (redução da absorção liquorica pelas granulaçoes aracnoideas)

165
Q

Quais são os principais AE da meningite do recém nascido (até 3 meses)?

A
Streptococcus agalctiae (do grupo B)
Listeria monocytogenes
BGN entericas (e coli, enterobacter...)
166
Q

Quais os principais AE da meningite dos 3 meses aos 18 anos?

A

Neisseria meningitidis
Streptococcus pneumonie
Haemophylus influenzae tipo B

167
Q

Quais os principais AE da meningite bacteriana em pessoas dos 18 aos 50 anos?

A

Streptococcus pneumonie
Neisseria menigitidis
Haemophylus influenzae

168
Q

Quais os principais AE da meningite em pessoas > 50 anos?

A

Streptococcus pneumonie
Listeria monocytogenes
BGN entericos

169
Q

Quais os principais AE de meningite bacteriana em pacientes submetidos a procedimentos neurocirugicos!

A
S aureus
Streptococcus epidermidis (principalmente)
170
Q

Principais AE da meningite bacteriana pós punção lombar?

A

S aureus

Pseudomonas aeruginosa

171
Q

Tríade sindronica clássica das meningite bacterianas

A

Síndrome toxêmica
Síndrome de irritação meníngea
Síndrome da HIC

172
Q

Manifestações clínicas da síndrome toxêmica

A

Febre alta
Mal estar geral
Prostração
Sinal de faget (dissociação pulso-temperatura, muita febre pra pouca taquicardia) é relativamente comum
Rash cutâneo hemorrágico (40-60% das meningocócicas) com petequias e equimoses disseninadas

173
Q

Manifestações clínicas da síndrome de irritação meníngea

A

Rigidez e nuca
Sinal de kernig (em decúbito dorsal, posicionar MI em flexão da coxa em 90°. Ao se realizar a extensão passiva da perna, se o paciente sente dor no trajeto do nervo ciático, o sinal é positivo)
Sinal de brudzinski (flexão involuntária da perna sobre a coxa e da coxa sobre a bacia ao se tentar fletir a cabeça)
Sinal do desconforto lombar

174
Q

Síndrome da HIC

A
Cefaleia holocraniana intensa
Vômitos (destaque quando for em jatos) 
Fotofobia
Confusão mental
Convulsões
175
Q

Como é feito o diagnóstico da meningite?

A

Clinica
Confirmação por punção lombar

Contraindicação absoluta da PL: infecção no local de punção

176
Q

Qual o valor normal da pressão de abertura liquorica? E como ela se encontra na meningite?

A

Normal é cerca e 18 cmH2O

Na meningite está aumentada em 90% dos casos

177
Q

Qual ATB empírico usar em meningite em < 3 meses?

A

Ampicilina + Ceftriaxone (Cefotaxima)

178
Q

ATB empírico em meningite em 3 meses a 50 anos

A

Ceftriaxone (acrescer vancomicina se >2% de pneumococos resistentes à penicilina

179
Q

ATB empírico em meningite em > 50 anos ou alcoólatras/doenças debilitantes em adultos de qualquer idade

A

Ampicilina + Ceftriaxone (Cefotaxima). Acrescentar vancomicina se > 2% d pneumococos resistentes

180
Q

ATB empírico em meningite intra hospitalar ou pós neuro cx ou Neutropenicos/imunossuprimidos

A

Ampicilina + Ceftriaxone + vancomicina

181
Q

Qual ATB deve ser acrescentado quando se utilizar dexametasona em casos de meningite por pneumococo resistente à penicilina?

A

Rifampcina

182
Q

Medidas adicionais à terapia antibiótica na meningite bacteriana

A

Corticoides sistêmicos (15-30 min antes)
Isolamento respiratório por 24hrs (haemophylus, meningococo)
Hidratação com solução isosmolar
Elevar cabeceira
Manitol
Diazepam para convulsões e hidantoina ou fenobarbital para controle
Ventilação mecânica se coma ou arritmias respiratórias

183
Q

Em quanto tempo os sinais e sintomas de síndrome de irritação meníngea costumam desaparecer com ATB eficaz?

A

3-5 dias

184
Q

Em quadros de meningite meningocócica, o retorno da febre após alguns dias de melhora pode estar associado a qual quadro?

A

Artrite reativa

185
Q

Qual o ATB usado na profilaxia da meningite meningocócica?

A

Rifampcina

Em Gestantes, Ceftriaxone

186
Q

Quais são os vírus mais comumente associados à meningite viral?

A
Vírus da caxumba (um paramoxivirus)
Epstein barr
Enterovirus
HIV 
CMV
187
Q

Qual meningite viral demanda isolamento respiratório?

A

Pelo vírus da caxumba

188
Q

Compare os LCR nas meningite por bacterias, vírus e tuberculosa

A

Normal bactéria vírus TB
Celularidade 0 a 4. > 500. < 500. <500
PMN. 0. > 66-70%. <34%. <34%
Linfomononucl. 100%. <34%. >66%. >66%
Proteínas 40. > 40. 20-80. >100
Glicose. >40. <40. Normal. <40
Bacterioscopia. Neg. Posi. Neg. ?
Cultura. Neg. Posi. Neg. ?

189
Q

Situações que podem estar relacionadas ao surgimento de um abscesso cerebral

A

1- foco supurativo (sinusite para nasal, infecção dentária…)
2- TCE
3- disseminação hematogênica
4- criptogênico (20-30%)

190
Q

Locais mais comuns de um abscesso cerebral

A

Frontal > front o parietal > parietal > cerebelar > occiptal

191
Q

Tríade clássica de um abscesso cerebral

A

Febre
Cefaleia
Déficit neurológico focal
(menos de 50%)

192
Q

Como a cerebrite se apresenta na RM?

A

Hipointensa em T1, com reforço irregular após contraste

Hiperintensa em T2

193
Q

Que drogas pacientes com abscesso cerebral devem receber além dos antibióticos? E por quanto tempo?

A

Anticonvulsivantes por 3 meses

194
Q

Qual o AE mais comum do impetigo crostoso?

A

Streptococcus pyogenes

195
Q

Tto do impetigo crsotoso

A

Penicilina G benzatina 1,2 milhões de UI

penicilina V oral 10 dias

196
Q

Tto do impetigo bolhoso

A

Cefalexina
cefadroxil
Eritromicina
VO por 7 dias

197
Q

O que é um ectima?

A

Piodermitr por streptococcus pyogenes
Inicialmente uma pustula, se aprofunda a pra derme e forma uma úlcera cutânea com bordos elevados
Tto = impetigo crostoso.

198
Q

AE da erisipela e porção da pele acometida

A

Streptococcus pyogenes
Derme superficial e profunda
Acomete vasos linfáticos e pode atingir a epiderme

199
Q

Caracterize a lesão da erisipela

A

Lesões francamente eritematosas com bordos bem definidos e às vezes elevados
É quente e dolorosa
Após 2-3 dias podem surgir bolhas (erisipela bolhosa)
O comprometimento linfático facilita a disseminação lateral, determinando um aspecto em casca de laranja

200
Q

Tto da erisipela

A

10-14 dias
Graves: Penicilina G cristalina

Leves/moderadas: penicilina G procaina ou V VO

Alérgicos: eritromicina

201
Q

AE da celulite e local da pele afetado

A

S aureus

Derme profunda e gordura subcutânea

201
Q

AE da celulite e local da pele afetado

A

1° S aureus e 2° Streptococcus pyogenes

Derme profunda e gordura subcutânea

202
Q

Caracterize a lesão da celulite

A

Sem bordas delimitadas
Eritema menos proeminente
Toxemia

203
Q

Tto da celulite

A

10-14 dias
Grave: oxacilina IV

Leve/moderada: cefalexina, cefadroxil, eritromicina

Alérgicos: cefazolina, vancomicina, cefalotina

Não dúvida entre erisipela e celulite: penicilina cristalina + oxacilina

204
Q

Diferencia um furúnculo de um carbunculo

A

Furúnculo: nódulo supurativo na deerme profunda que surge a partir de uma Foliculite

Carbúnculo: lesão mais extrema e profunda, atingindo a gordura subcutânea e manifestando múltiplos abscessos separados por septos conjuntivos

Ambos por S aureus

205
Q

Qual o principal achado clínico de uma osteomielite secundária a uma fratura?

A

Não consolidação da fratura após alguns meses

206
Q

Qual a localização preferencial da osteomielite hematogênica aguda? Quais os AE mais envolvidos

A

Metafises de ossos longos

S aureus e pneumococo

207
Q

Para quais doenças Sistêmicas uma osteomielite crônica pode evoluir?

A

Amiloidose AA

Carcinoma escamoso

208
Q

Qual a forma mais comum de apresentação clínica da osteomielite por disseminação hematogênica em adultos? Quais os principais AE?

A
Osteomielite vertebral (espondilodiscite)
S aureus e s coagulase negativo
Em drogas IV, pseudomonas aeruginosa e Cândida
209
Q

O que é a doença de gaucher?

A

Condição genética em inexuste a enzima glicocerebrosidase
Acúmulo de glicocerebrosídeos em vários órgãos, incluindo ossos
Pcts podem apresentar uma crise óssea aguda (geralmente estéril)

210
Q

Principais AE da osteomielite fungica

A

Cândida
Cryptococcus
Aspergilus
Histoplasma

Abscesso frio

211
Q

O que é a síndrome SAPHO?

A
Sinovite
Acne
Pustulose
Hiperostose
Osteomielite
212
Q

Exames laboratoriais importantes na osteomielite

A

VHS

Proteína C reativa

213
Q

Tto empírico da osteomielite hematogênica em adultos

A

Baixo risco de MRSA: oxacilina

Alto risco de MRSA: vancomicina

214
Q

Tto empírico da osteomielite em adultos pós fixação de fratura exposta

A

Vancomicina + droga antippseudomonas (Ceftazidima, Cefepime)

Se material exógeno de fixação, associar rifampcina

215
Q

Tto empírico da osteomielite no RN

A

Oxa ou vanco + cobertura de gram - e pseudomonas

216
Q

Tto empírico da osteomielite na Anemia falciforme

A

Ciprofloxacino

Levofloxacino

217
Q

Qual o sexo mais acometido por ITU no primeiro ano de vida?

A

Masculino

RVU, VUP

218
Q

Padrão clínico característico de meningoencefalite herpetica

A

Meningoencefalite viral + alteração de fala e comportamento + acometimento de lobo temporal

219
Q

O que e o sinal de Prehn?

A

Melhora da dor testicular com a elevação do testículo
visto na orquiepididemite
Não visto em torção testicular

220
Q

Quando a cirurgia é de caráter emergencial na EI?

A
  • regurgitação aórtica aguda com fechamento precoce da valva mitral
  • Abscesso do seio de valsalva roto para o coração direito
  • ruptura do saco pericárdico
221
Q

O que é a síndrome de fournier?

A

Também chamada de fasciíte necrotica perineal.
Infecção disseminada do perineo que acomete a fascia de buck (fascia profunda do pênis, continuação da fascia espermatica externa no escroto e do ligamento suspensor do pênis) e outras regiões da genitalia masculina

222
Q

Quando é necessário realizar uma TC de crânio antes da PL em casos de meningoencefalite?

A
Imunossuprimidos
História de doença no SNC (AVE ou infecção do SNC recentes...)
Epilepsia de início recente 
Papiledema 
Rebaixamento do nível de consciência 
Déficit neurológico focal