Ginecologia Flashcards

1
Q

Quais as ISTs de notificação compulsória nacional?

A

Sífilis
HIV
HBV/HCV
Síndrome do corrimento uretral masculino

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2
Q

Qual o valor do PH vaginal normal?

A

3,8 a 4,2 (4-4,5)

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3
Q

Qual a faixa de pH encontrada em meninas pré puberes e mulheres na pós menopausa?

A

5-7

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4
Q

Por que na avaliação do pH vaginal a amostra deve ser obtida no terço médio à distal?

A

Para diminuir o risco de contato com o muco cervical, que apresenta pH em torno de 7

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5
Q

Qual as três causa mais comuns de corrimento vaginal no Brasil?

A
Vaginose bacteriana (46%)
Cabdidiase vulvoganial (23%)
Tricomoníase (20%)
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6
Q

Qual as alterações na microbiota vaginal associada à vaginose bacteriana?

A

Crescimento polimicrobiabo com aumento de: - anaeróbios estritos (ureaplasma urealyticum, bacterioides, mycoplasma hominis…)
- anaeróbios facultativos (Gardnerella vaginalis)

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7
Q

Quadro clínico da vaginose bacteriana

A

50% assintomáticas
Odor fétido (peixe podre)
Corrimento é homogêneo, branco, acinzentado (comum), amarelada (raro). Geralmente em pequena quantidade, não aderente (pode ser aderente), podendo formar microbolhas
Sintomas inflamatórios são incomuns

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8
Q

Quais são os critérios de Amsel?

A
  • corrimento branco, acinzentado, homogêneo, fino
  • pH vaginal > 4,5
  • whiff test (das aminas) positivo
  • clue cells no exame microscópico a fresco

O diagnóstico de VB é feito na presença de pelo menos 3 desses critérios

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9
Q

Segundo o CDC (2015) qual o exame padrão ouro para diagnóstico de vaginose bacteriana)

A

Coloração gram

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10
Q

Tratamento da vaginose bacteriana

A

Metronidazol VO 7dias
Metronidazol VV 5 dias à noite ao se deitar
2°: clindamicina VO

Gestantes: 1° trim clindamicina VO 7 dias
Após, metronidazol VO 7 dias

Obs: não recomendado tratar parcerias sexuais
Para puerpera o mesmo que pra Gestantes

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11
Q

Por que é preconizado abstinência de álcool no tto da VB com nitroimidazólicos?

A

Para reduzir o risco da reação dissulfiram-like
Esternder por 24hra após metronidazol e
Por 72 hrs após tinidazol

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12
Q

Quadro clínico da candidiase vulvovaginal

A

Prurido vulvovaginal, com piora à noite e exacerbado pelo calor
Queimação
Disúria
Dispareunia
Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (leite coalhado)
Hiperemia e edema vulvar
Escoriações de coçadura
Fissuras e maceração da vulva
Vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acidentadas, aderidas à mucosa

Tende a aumentar na semana antes da menstruação (aumento da acidez)

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13
Q

Qual a definição de candidiase vulvovaginal recorrente?

A

4 ou mais episódios em um ano

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14
Q

Tto da candidiase vulvovaginal

A

Miconazo creme vaginal 7 dias
Nistatina 14 dias


Fluconazol VO dose única
Itraconazol VO 1 dia

Gestantes: somente por via vaginal
VO contraindicado na gestação e lactação

Recorrente: 14 dias de tto por VV
Fluconazol VO nos dias 1, 4 e 7. Segue terapia de manutenção com fluconazol 1×semana por 6 meses

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15
Q

Quadro clínico da Tricomoníase

A

Homens:
Geralmente assintomáticos
Pode ter uretrite não gnocócica, epididimite ou prostatite

Mulheres:
Pode ser assintomática
Corrimento, geralmente abundante, amarelo/amarelo-esverdeado, mal cheiroso e bolhoso
pH > 5 normalmente
Eritema vulvar e escoriações não são comuns
Sinais inflamatórios (ardência, hiperemia…) são frequentes
Pode Dispareunia e prurido ocasional
Achado específico: colpite focal ou difusa caracterizada por um colo em framboesa ou em morango (dilatação capilar e hemorragias puntiformes)
Na colpite difusa, colo de aspecto tigroide ao teste de schiller

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16
Q

Como o teste de whiff costuma se apresentar na Tricomoníase?

A

Positivo

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17
Q

Por que coletar nova citologia em 3 meses nas pacientes com alterações celulares morfológicas na vigência de Tricomoníase?

A

Porque a Tricomoníase pode alterar o resultado da citologia oncótica

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18
Q

Tto da Tricomoníase

A

Metronidazol 2g em dose única
Metronidazol 500 mg dia por 7 dias

Parcerias sexuais DEVEM ser tratadas com mesmo esquema

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19
Q

Por que é muito importante que Gestantes tenham seu quadro deTricomoníase tratado?

A

Essa IST está associada à rotura prematura de membranas, parto pré termo e baixo peso ao nascimento

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20
Q

No que consiste o efeito antabuse (dissulfiram-like)?

A

Mal estar, náusea, tontura, gosto metálico na boca, arritmias

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21
Q

Qual a conduta em paciente com Tricomoníase que apresenta alergia à metronidazol?

A

Dessensibilização ao metronidazol

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22
Q

Cite micro-organismo comumente associados à vulvovaginites inespecificas

A

Staphylococcus epidermidis, escherichia coli, bacterioides, enrerococcus

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23
Q

Quadro clínico de uma vulvovaginite inespecifica

A
Leucorreia de aspecto variável
Prurido e ardência vulvares
Escoriação, hiperemia e edema vulvar
Disúria, polaciuria
Sinais de má higiene
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24
Q

O que é a vaginose citolítica?

A

Corrimento vaginal com aumento excessivo de lactobacilus, citólise importante e escassez de leucócitos

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25
Q

Critérios diagnóstico da vaginose citolítica

A
  • pH entre 3,5-4,5
  • Ausencia de micro-organismo não pertencentes à microbiota vaginal normal
  • raros leucócitos
  • citólise
  • Aumento significativo de lactobacilus
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26
Q

Tto da vaginose citolítica

A

Alcalinização do meio vaginal

Duchas vaginalis com bicarbonato

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27
Q

Quais os agentes etiológicos mais comumente associados à cervicite? E qual epitélio eles afetam?

A
Chlamydia trachomatis (bacilo gram negativo. D e K: genutourinaria. L1, L2 e L3 linfogranuloma venereo) e neisseria gonorrhoae (diplococo gram negativo) 
Epitélio glandular
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28
Q

Quadro clínico da cervicite

A

70-80% assintomáticas
Sintomas genitais leves (corrimento vaginal, Dispareunia, disúria)
Colo uterino edemaciado, sangramento fácil ao toque com espátula de ayre

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29
Q

Mnemônico da clamidia

A
C ervicite
L infogranuloma venereo (L1, 2 e 3)
A denite
M ultiplos orifícios drenados 
I munofluorescência
DI doxiciclina
A zitromicina
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30
Q

Tto da infecção ano genital não complicada

A

1- cirpofloxacino 500mg dose única (resistência)
+
Azitromicina 500mg dose única

2 - Ceftriaxona 500mg IM DU
+
Azitromicina 500mg DU

Obs: em menores de 18, cirpofloxacino é contraindicado

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31
Q

Quando clínico da uretrite gnocócica

A

Prurido uretral seguido de ardência micional e corrimento mucoide, evoluindo para purulento

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32
Q

Quadro clínico da uretrite não gnococica

A

Corrimento mucoide diacreto

Disúria leve e intermitente

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33
Q

Quais são os agentes mais comuns de DIP?

A

Neisseria gonorrhoae 1/3

Chlamydia trachomatis 1/3

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34
Q

Quais as diferenças na etiologia da DIP entre mulheres HIV + e -?

A

Os AE são similares

Portadoras do HIV, porém, apresentam mais infecções concomitantes por mycoplasma hominis, Cândida, estreptococos, HPV

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35
Q

Quais mulheres tem maior probabilidade de desenvolver DIP causada por Actinomyces israelli?

A

Usuárias de DIU

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36
Q

Quais os momentos do ciclo menstrual a ascensão ee patogenos pelo orifício interno é facilitada?

A

Período perimenstrual

Período pós menstrual imediato

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37
Q

Quadro clínico da DIP

A
Descarga vaginal purulenta
Dor abdominal infraumbilucal
Dor em topografia anexial
Dor à mobilização do colo uterino
Febre
Outros (sintomas atípicas) 
Hipermenorreia/metrorragia
Dispareunia
Sintomas urinários 
Assintomáticas
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38
Q

Complicações da DIP

A
Infertilidade
Gravidez ectopica
Dor pélvica crônica
Abscesso tubo-ovariano
Infecção peritoneal
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
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39
Q

Caracterize a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis

A

Fase aguda: exsudato purulento na cápsula de glisson, ausência de aderências

Fase crônica: aderências do tipo corda de violino (entre o fígado e a parede abdominal)

Pct pode desenvolver dor pleuritica e em hipocobdrio direito

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40
Q

Quais são os critérios maiores (mínimos) da DIP?

A
  • dor abdominal infraumbilucal ou pélvica
  • Dor à palpação dos anexos
  • Dor à mobilização do colo uterino
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41
Q

Quais são os critérios menores (adicionais) de DIP?

A
  • Temp. Axilar > 38,3
  • conteúdo vaginal/secreção endocervical anormal
  • massa pélvica
  • leucocitose
  • PCR ou VHS aumentados
  • mais de 5 lecoci. por campo de imersão em secreção de endocervice
  • comprovação de infecção por gnococo, clamidia ou mycoplasma
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42
Q

Quais os critérios elaborados da DIP?

A
  • Evidência Histiopatológica de endonetrite
  • Abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas (USG ou RM)
  • VLSC com evidência de DIP
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43
Q

Como estabelecer o diagnóstico de DIP?

A

1 critério elaborado ou

3 maiores e 1 menor

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44
Q

Descreva a classificação de MONIF para DIP

A

Estágio I: endonetrite e salpingite aguda sem pertinite (tto ambulatorial)

II: Salpingite aguda e peritonite (tto hospitalar)

III: Salpingite aguda com oclusão tubaria ou comprometimento tubo-ovariano (tto hospitalar)

IV: abscesso tubo-ovariano roto com secreção purulenta na cavidade e abscesso > 10 cm (tto hospitalar e cirúrgico)

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45
Q

Tto da DIP ambulatorial

A
Ceftriaxona dose única
\+
Doxiciclina 14 dias
\+
Metronidazol 14 dia
2°
Cefotaxima dose única
\+
Doxiciclina 14 dias
\+
Metronidazol 14 dias
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46
Q

Tto DIP hospitalar

A

Cefoxitina IV 14 dias
+
Doxiciclina VO 14 dias


Clindamicina IV 14 dias
+
Gentamicina IV ou IM 14 dias


Ampici/sulbactam IV 14 dias
+
Doxiciclina VO 14 dias

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47
Q

Parcerias sexuais de mulheres com DIP devem ser tratadas?

A

Sim

Parceiras sexuais dos últimos 2 meses devem ser empiricamente tratadas pra N. Gonorrhoae e C. trachomatis

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48
Q

Manejo da DIP em Gestantes

A

Internação e Antibioticoterapia parenteral

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49
Q

Classifique a sífilis

A

Sífilis adquirida recente (até um ano após infecção): pode ser primária, secundária ou latente recente

Sífilis adquirida tardia (mais de um ano): latente tardia ou terciária

Congênita: recente (manifestação até os 2 anos) e tardia (após 2 anos)

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50
Q

Caracterize o cancro duro (protossifiloma)

A

Coloração rósea, ulceradas, geralmente única e indolor, bordas bem delimitadas, endurecidas e elevadas, fundo liso e brilhante, secreção serosa escassa, acompanhada de adenopatia regional (geralmente unilateral, múltipla não supurativa, móvel, indolor, sem sinais flogisticos)

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51
Q

Quando a sífilis secundária costuma se manifestar?

A

Cerca de 4 a 8 semanas após desaparecimento do cancro duro (15% dos pcts apresentam lesão genital no momento do surgimento)

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52
Q

Cite lesões características da sífilis secundária

A
  • Roseolas (lesões papulares ou planas eritematosas)
  • Sifílides (lesões papuloerosivas, pustulosa e hipertróficas. Acometem a cavidade oral, genital, palmas e plantas)
  • Condiloma plano (confluência de placas infectantes)
  • placas mucosas
  • alopecia irregular
  • madarose (porção distal das sobrancelhas)
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53
Q

Caracterize a sífilis terciária

A
  • granuloma destrutivo (tubérculos ou gomas)
  • Neurológica (tabes dorsalis, mielite transversal e demência)
  • CV (aneurisma ártico, estenose coronariana, insuf. aórtica)
  • Articular (artropatia de charcot)

Obs.: neurossífilis pode ocorrer em qualquer fase da doença. Tabes dorsalis, por sua vez, só é visto na sífilis terciária

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54
Q

Padrão ouro para diagnóstico de sífilis primária?

A

Campo escuro

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55
Q

Cite situações em que o VDRL pode estar positivo em paciente que não tem sífilis

A
LES
Síndrome antifosfolipideo
Mononucleose
Malária
Chagas
Leptospirose
TB
Doenças febris
Hanseníase
Vacinação
Idosos
Gravidez
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56
Q

O que é o fenômeno prozona?

A

Trata-se da ausência de reatividade em uma amostra que, embora contenha anticorpos não
treponêmicos, apresenta resultado não reagente quando é testada sem diluir – ou mesmo em
baixas diluições. Esse fenômeno decorre da relação desproporcional entre as quantidades de
antígenos e anticorpos presentes na reação não treponêmica, gerando resultados falso-negativos.
Ocorre nas amostras de pessoas com sífilis, em virtude da elevada quantidade de anticorpos
presentes.
O fenômeno de prozona não é observado nos testes treponêmicos.

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57
Q

Quais são os testes não treponêmicos?

A

VDRL, RPR e TRUST (quantificados em 1:2, 1:4, 1:8…)
Quanto maior a diluição reagente, maior a concentração de anticorpos
Reativos 3 a 6 semanas após aparecimento da lesão primária

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58
Q

Quais valores de títulos de um VDRL são sugestivos de infecção!

A

> 1:4

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59
Q

O que um achado de VDRL positivo em títulos < 1:16 pode significar?

A
  • Sifílis muito recebte
  • sífilis muito antiga
  • cicatriz sorologica
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60
Q

Quais são os testes treponêmicos?

A
FTA-Abs
MHA-TP
TPI
ELISA
EQL
TPHA
testes rápidos

Comumente permanecem positivos após tto eficaz

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61
Q

Qual a conduta frente a positividade de um teste de triagem para sífilis em Gestantes e não Gestantes?

A

Não gestantes: coleta de sangue para realizar teste não treponêmico

Gestantes: tratar

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62
Q

O que é a reação de Jarisch-Herxheimer

A

Decorrente da eliminação de grande carga de antigenos treponêmicos na circulação, geralmente durante a sífilis recente
Febre, calafrios, mialgia, cefaleia, hipotensão, exantema e exacerbação das lesões cutâneas
Tto: sintomático (Involução espontânea em 12-48hrs)
Para prevenção, pode-se administrar 40mg de metilprednisolona 30min antes da penicilina

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63
Q

Tto da sífilis recente

A

Penicilina G benzatina
2,4 milhões de UI, IM

2° Doxiciclina por 15 dias
Ceftriaxona 8 a 10 dias

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64
Q

Tto sífilis tardia

A

Penicilina G benzatina
Três doses de 2,4 milhões de UI, IM, com intervalo de 1 semana


Doxi 30 dias
Ceftriaxona 8-10 dias

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65
Q

Tto neurossífilis

A

Penicilina G cristalina 3-4 milhões de UI, IV, 4/4hrs por 14 dias

2° Ceftriaxona IM, IV 10 a 14 dias

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66
Q

Tto sífilis em Gestantes

A

Penicilina G benzatina
Doses de acordo com a fase


Dessensibilização da penicilina, se alergia
Se impossível, ceftriaxona

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67
Q

Manejo dos pacientes com sífilis HIV +

A

Punção liquorica se pelo menos um dos seguintes critérios

  • sinais ou sintomas neurológicos ou oftalmológicos
  • sífilis terciária ativa
  • sífilis latente tardia ou duração ignorada
  • LT-CD4 < 350
  • VDRL > 1:16 ou RPR > 1:32
  • queda inadequada ou estabilização sem queda nos títulos de teste não treponêmico no seguimento
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68
Q

Seguimento do paciente tratado para sífilis

A

A cada 3 meses no primeiro ano
E, se ainda houver títulos, a cada 6 meses no segundo
Em Gestantes, mensalmente
Em tratados com Ceftriaxona, a cada 60 dias

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69
Q

No que consiste a tríade de Hochssinger?

A

Nariz em cela + fronte olímpica + gânglios epitrocleanos palpáveis
Patognomonico de sífilis congênita

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70
Q

Causador do cancro mole e suas características

A

Haemophilus ducreyi
Coco bacilo gram negativo
3-7 dias de incubação

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71
Q

Quadro clínico do cancro mole

A

Mulheres podem ser assintomáticas
Inicialmente, papula dolorosa com halo de eritema
Em até 48hrs, torna-se pustula, sofre erosão, e ulcera
Úlceras múltiplas, base amolecida, bordo irregular, contorno eritematoso, fundo irregular coberto por exsudato necrotico amarelado com odor fetido (quando removido revela granulação friavel)

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72
Q

Locais mais comuns de cancro mole no homem?

E nas mulheres?

A

Homens: frenulo e sulco balanoprepucial

Mulheres: furcula e face interna dos pequenos e grandes lábios

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73
Q

Como costuma se apresentar a adenopatia associada ao cancro mole?

A
Inicialmente dolorosa
Unilateral (2/3)
Com tendência a supuração (drenagem de pus de cor verde misturado com sangue) 
Quase exclusiva de homens
7-14 dias após a ulcera
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74
Q

Como é denominada a associação de cancro mole e duro?

A

Cancro misto de Rollet

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75
Q

Tto do cancro mole em Gestantes

A

Azitromicina ou Ceftriaxone

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76
Q

Tto do cancro mole

A

Azitromicina dose unica

Ceftriaxone dose unica

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77
Q

Qual o sexo mais acometido pelo linfogranuloma venereo?

A

Mulheres (3× mais)

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78
Q

Quadro clínico do linfogranuloma venereo

A

Lesão de inoculação:
Indolor
Papula, vesícula, pustula ou ulceracao isolada que desaparece sem sequela
Evolução insidiosa para úlcera, frequentemente não percebida
Em mulheres mais em furcula e parede vaginal posterior, homens mais em sulco coronal, frenulo e prepúcio

Disseminação linfática reginal:
Adenite podendo evoluir para buboes dolorosos
Com frequência rompem drenando líquido purulento (fecha um abre outro, bico de regador)
Em geral após 4 dias da lesão (podendo surgir até 6 semanas depois)

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79
Q

Sequelas do linfogranuloma venereo

A
Após alguns meses
Obstrução linfatica crônica  causa elefantiase genital
Pode fístulas reais, Vaginais, vesicais
Estenose retal
Estenose uretral
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80
Q

Diagnóstico do linfogranuloma venereo

A

Clínico
Pode ser auxiliado por
ELISA (teste positivo após 4 semanas de infecção)
PCR
Cultura (células McCoy ou HeLa)
Esses dois últimos são indicados pela febrasgo

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81
Q

Tto do linfogranuloma venereo

A

Doxiciclina 21 dias


Azitromicina uma vez por semana em 3 semanas (1° em Gestantes)

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82
Q

Títulos sugestivos de linfogranuloma vebereo

A

> 1:64

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83
Q

Agente etiológico da dobovanose e características

A
Klebissiella granulomatis (donovania granulomatis)
Bacilo gram negativo
Raramente cultivavel
Imovel
Parece pertencer à flora intestinal
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84
Q

Quadro clínico da dobovanose

A

Papula ou nódulo indolor, múltiplas ou única, de localização subcutânea
Evolui para ulceraçao de borda Plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granulomatoso, vermelho vivo e friavel (sangramento fácil ao toque)
Evllolui lentamente para lesão vegetante
Pode lesões satélites que confluem
Não costuma cursar com buboes, mas sim com pseudobubões (granulaçoes subcutâneas) quase sempre unilaterais

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85
Q

Diagnóstico da dobovanose

A

Corpúsculos de donovan em esfregaço com coloração de Wright, giemsa ou leishmania ou histiopatológico

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86
Q

Tto da dobovanose

A
Doxiciclina 21 dias
Ou
Azitromicina 1× sem por 3sem (Gestantes)
Ou
Ciprofloxacino 21 dias
Ou
SMX-TMP por pelo menos 21 dias

Não precisa tratar parceiro
0,25% carcinoma

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87
Q

Qua a doença ulcerativa genital mais frequente?

A

Herpes genital

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88
Q

Quadro clínico do Herpes genital

A

Lesão primária:
Prodromos incluem, prurido, ardência, hipersensibilidade e parestesia
Lesões sucedem os prodromos em hrs ou dias
O rompimento das vesículas resulta em ulcerações dolorosas, com bordas lisas e mínima profundidade
Posteriormente recobertas por crosta serohematica
Em 50% há adenopatia inguinal bilateral

Recorrentes
Costuma ser mais branda

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89
Q

Quais sao os exames mais sensíveis para o diagnóstico de herpes?

A

Cultura (é tb a mais específica) e estudo patológico (principalmente na fase de vesícula)

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90
Q

Quando está indicado o tratamento supressivo ao HSV?

A

Pcts qie apresentam 6 ou mais episódios no ano

Feito com aciclovir VO por seis meses a um anos

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91
Q

Qual o período que o feto é mais suscetível à ser infectado pelo HSV quando a gestante apresentam sua primoinfecção?

A

3 trimestre

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92
Q

Cite 2 malformações congênitas associadas ao HSV

A

Hidrocefalia

Coriorretinite

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93
Q

A qual neoplasia o HPV 16 está mais associado? E o 18?

A

16 células escamosas

18 adenocarcinoma

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94
Q

Qual o exame utilizado para identificar os HPVs de alto risco?

A

Captura híbrida

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95
Q

A amamentação é contraindicada para lactantes portadoras do HVB
V ou F

A

F

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96
Q

O metronidazol é outros derivados imidazólicos devem ser evitados em associaçao com qual antirretroviral?

A

Ritonavair

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97
Q

Qual a conduta diante de um caso de úlcera genital sem história de vesícula e sem exames laboratoriais disponíveis?

A

Penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI
+
Azitromicina 1g

Se tiver mais de 4 semanas, tto tb para dobovanose

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98
Q

Quando a conduta é considerada adequada frente à uma gestante com sífilis?

A

Uso penicilina G benzatina
Tto concluído 30 dias antes do part
Parceiro tratado

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99
Q

Até que momento do trabalho de parto deve ser recomendada a cesarea na gestante com HIV positivo e CV desconhecida?

A

3-4cm de dilatação e bolsa integra

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100
Q

Quantos meses consecutivos de Amenorreia são necessários para se fazer o diagnóstico de menopausa?

A

12

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101
Q

Qual a definição de menopausa precoce?

A

Menopausa antes dos 40 anos

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102
Q

Conceito de período perimenopausa e pós-menopausa

A

Perimenopausa: se inicia antes da menopausa, com ciclos menstruais irregulares e termina 12 meses após a menopausa

Pós-menopausa: inicia 12 meses após a menopausa e vai até os 65 anos

Obs.: após 65 anos, senectude/senilidade

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103
Q

Qual substância é matéria prima para a esteroidogênese?

A

Colesterol

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104
Q

Qual a função da aromatase? Em quais tecidos ela é mais atuante?

A

Converte androgênios em estrogênios

Pele e tecido adiposo

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105
Q

Origem da testosterona na mulher

A

25% ovários
25% adrenais
50% conversão periférica de androstenediona

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106
Q

Ordem de potência dos estrogênios naturais

A

o 17 beta-estradiol é o mais potente,

seguido pela estrona e, então, pelo estriol

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107
Q

Quais hormônios influenciam na liberação de prolactina?

A

A dopamina é considerada o fator de inibição
da secreção de Prolactina (PRL).
O Hormônio Tireotrófico (TRH) é considerado o maior estimulador da síntese de PRL

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108
Q

Qual o efeito da melatonina e da serotonina na liberação de gonadotrofinas?

A

são neurotransmissores
que influenciam negativamente
a secreção de gonadotrofinas

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109
Q

Efeito do ácido aracdônico e de prostaglandinas na liberação de gonadotrofinas

A

favorecem a liberação de gonadotrofinas
e o uso de substâncias inibidoras de ac arac e prostag
ácidos graxos produz efeito contrário

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110
Q

Área hipotalâmica responsável pela liberação de GnRH

A

decapeptídeo secretado de forma pulsátil pela porção do hipotálamo conhecida como núcleo arqueado
ou infundibular cujos prolongamentos
axonais terminam na eminência mediana e na
haste infundibular

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111
Q

Ação do FSH

A

responsável pelo crescimento
folicular.
O FSH atua aumentando o
número de receptores de FSH e de LH (quanto
maior o número de receptores de LH, melhor
será o funcionamento do corpo lúteo) nas
células da granulosa

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112
Q

Qual as consequências da hiperprolactinemia para o ciclo menstrual?

Como a prolactina em níveis normais parece agir no ciclo menstrual

A

secreção acíclica de gonadotrofinas, galactorreia, anovulação e irregularidade menstrual.

Parece que a
PRL em doses fisiológicas atua mantendo os
receptores de LH no corpo lúteo, permitindo
adequada produção de progesterona na segunda
fase do ciclo.

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113
Q

Descreva a quantidade de folículos primordiais no ovário durante a fase fetal, nascimento e menarca

A

Durante a vida fetal, em torno da 20ª semana
de gestação, existem aproximadamente sete
milhões de folículos primordiais. Cada um
deles contém um oócito “paralisado” na prófase
da primeira divisão meiótica (diplóteno),
até que o processo de ovulação se inicie. Este
pool de folículos imaturos vai se reduzindo
dramaticamente, até que, ao nascimento,
cada ovário tem cerca de um milhão de
folículos primordiais
Por ocasião da menarca, eles se restringirão a
300.000 a 400.000 folículos em ambos os
ovários

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114
Q

Descreva a divisão funcional dos compartimentos do ovário

A
  • Folicular: neste compartimento, o principal
    produto de secreção é o estrogênio. A inibina
    B também é produzida pelas células da
    granulosa;
  • Corpo Lúteo: o principal produto é a progesterona.
    A inibina A também é produzida pelo
    corpo lúteo (células da granulosa luteinizadas);
  • Estroma: os principais produtos são os
    androgênios.
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115
Q

Descreva o feedback + no ciclo menstrual

A

O estradiol produzido pelos
ovários é capaz de estimular a síntese de LH.
No meio do ciclo menstrual (14º dia), há
pico de estradiol (rápida elevação plasmática),
que culmina por elevar os níveis sanguíneos
de LH, resultando na ovulação propriamente
dita

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116
Q

O que são as ciberninas

A

São substâncias responsáveis pela regulação
do sistema HHO, ao lado de hormônios e
neurotransmissores.
As principais ciberninas são as inibinas e ativinas.

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117
Q

Breve resumo sobre as inibinas

A

Os dois tipos de subunidades beta definem a
inibina: α + βA= inibina A; α + βB= inibina B.
As duas formas inibem a liberação hipofisária
de FSH.

A inibina B é secretada principalmente pelas
células da granulosa de folículos maduros,
mediante o estímulo de FSH. Portanto, é a forma
predominante no líquido folicular. Ela se
eleva durante a fase folicular, diminui antes
do pico de LH, apresenta elevação dois dias
depois da ovulação e se mantém baixa durante
a fase lútea.

A inibina A aumenta na fase folicular tardia e
atinge sua concentração máxima no dia do
início do pico do LH. A inibina A é
secretada pelas células do corpo lúteo (células
granulosas luteinizadas) sob controle de LH

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118
Q

Breve resumo sobre as ativinas

A

São substâncias proteicas produzidas nas células
granulosas e, ao contrário da inibina, têm
ação positiva sobre a liberação de FSH. Ela
estimula a liberação do FSH pela hipófise e
potencializa sua ação no ovário

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119
Q

A duração do ciclo menstrual é determinada

pela…

A

variação na duração da fase folicular,
ou seja, o tempo necessário para que o folículo
se desenvolva e atinja sua maturidade.

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120
Q

Qual estrutura secreta o Hormônio Antimülleriano (HAM)? Qual sua ação?

A

secretado principalmente pelas
células da granulosa de folículos primários
e secundários

é considerado regulador contrário ao desenvolvimento
folicular inicial. Assim, sua presença inibe tanto o crescimento folicular inicial como a ação do FSH

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121
Q

A rotura folicular se acompanha de eliminação
do óvulo e do líquido folicular para a cavidade
peritoneal. Pode haver, como consequência…

A

uma irritação local e,
consequentemente, a dor abdominal (dor do
meio ou Mittelschmerz) referida por algumas
mulheres

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122
Q

Como o estrogênio afeta o muco cervical?

A

Filância: O muco cervical torna-se mais
fluido

Cristalização: começa a aparecer em torno do 8º dia do ciclo menstrual e se torna típica no período periovulatório. Possui como fator determinante o aumento da mucina e de cloreto de sódio no muco cervical, que ocorre por ação estrogênica

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123
Q

Dois fenômenos que precedem a ovulação e são necessários para que ela ocorra

A

Pico de estradiol (24h antes do pico de LH)

                       Feedback +

Pico de LH (12h antes da ovulação)

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124
Q

Como é calculado o índice de Pearl?

A

número de gestações em 100 mulheres utilizando

o método em um ano

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125
Q

Uma paciente que deseja realizar o método da tabela como forma de anticoncepção registrou seus ciclos menstruais nos últimos oito meses. O ciclo mais curto durou 26 dias e o mais longo 32 dias. Em que período ela deve se abster de relações sexuais?

A

• Diferença entre o ciclo mais longo e o mais
curto: 32 - 26 = 6 ⇒ O método pode ser usado.
• Cálculo do período fértil:
• Subtrai-se 18 do ciclo mais curto:
26 - 18 = 8 ⇒ Início do período fértil;
• Subtrai-se 11 do ciclo mais longo:
32 - 11 = 21 ⇒ Término do período fértil;
• O casal deve abster-se de relações sexuais
entre o 8º dia e o 21º dia do ciclo
menstrual.

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126
Q
O diafragma aumenta o risco de infecções
geniturinárias. A síndrome de choque
tóxico raramente ocorre com o uso deste dispositivo.
Geralmente quando ocorre, deriva de
cepas de Staphylococcus aureus.
V ou F
A

V

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127
Q

Mecanismo de ação do DIU de cobre

A

1ª) Pelo fato de ser um corpo estranho, estimula
uma reação inflamatória pronunciada
no endométrio, tornando-o hostil e inóspito
à implantação embrionária

2º) O cobre aumenta acentuadamente a extensão
dessa reação inflamatória que, além de
atingir toda a cavidade uterina, penetra no colo
e, provavelmente, nas tubas uterinas

3ª) As alterações bioquímicas interferem no
transporte dos espermatozoides no trato genital,
bem como afetam a função e a viabilidade
dos gametas, alterando, portanto, os espermatozoides
e óvulos e, consequentemente, impedem
a fecundação ou diminuem as chances
de desenvolvimento de qualquer zigoto que
possa ser formado

4ª) O cobre altera a viabilidade dos espermatozoides
no muco cervical, diminuindo sua
chance de ascensão até as tubas uterinas e de
fertilização do óvulo.

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128
Q

Efeitos adversos do DIU

A
  • Aumento da intensidade do sangramento
    menstrual;
  • Piora da dismenorreia
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129
Q

Efeitos adversos do SIU liberador de levonorgestrel

A

– Sangramento irregular ou spotting nos primeiros
três a cinco meses; é a principal causa
de descontinuação do método;
– Cefaleia, náuseas, depressão;
– Queixas menos comuns são: acne, mastalgia,
ganho de peso.

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130
Q

Conduta frente a uma paciente com diu que engravidou

A

Se os fios do endoceptivo estão visíveis:
– A remoção é indicada devido ao risco de
infecção grave e existe um risco ligeiramente
maior da ocorrência de um abortamento
espontâneo;
– Se a paciente estiver de acordo, remova o
dispositivo ou encaminhe para remoção.

Se os fios do endoceptivo não estão visíveis:
– Existe um risco aumentado para aborto espontâneo
e infecção. A gravidez deve ser
acompanhada cuidadosamente.

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131
Q

Quanto tempo, após o parto, pode-se clocar um DIU?

A

Após o parto, pode ser introduzido preferencialmente
nos primeiros dez minutos após a
saída da placenta, ou a qualquer momento
nas primeiras 48 horas, ou após quatro semanas
deste. A inserção entre estes dois
períodos está associada a aumento do risco
de expulsão (categoria 3).

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132
Q

Mecanismo de ação dos contraceptivos combinados (orais, injetáveis, adesivos ou anel)

A
promovem a anovulação
através do bloqueio do eixo hipotálamo
hipofisário. Suprimem o Hormônio Luteinizante
(LH) e o Hormônio Folículo Estimulante
(FSH) basais e diminuem a capacidade da
hipófise de secretar gonadotrofinas quando
estimulada pelo GnRH, além de possuírem
ação hipotalâmica.
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133
Q

Mecanismo de ação dos contraceptivos orais contendo apenas progestogênios (minipílula ou pílula progestínica)

A

promovem ciclos ovulatórios em 40%
dos casos e, eventualmente, há maturação do
folículo ovariano
atrofiando
Agem principalmente atrofiando o endométrio e tornando o muco cervical
mais espesso, alterando a motilidade tubária.

A pílula contendo somente desogestrel
0,075 mg (Cerazette®) é mais efetiva em inibir
a ovulação (97% das usuárias) e apresenta índice
de Pearl de 0,3 a 0,8 por 100 mulheres/
ano, o mesmo das pílulas combinadas

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134
Q

Quais derivados da progesterona apresentam efeito androgênico, antiandrogênico e antimineralocorticoide?

A

• Derivados da 19-nortestosterona – efeito
androgênico;

• Derivados da espironolactona e 17-hidroxiprogesterona
– efeito antiandrogênico (exceto
acetato de medroxiprogesterona – efeito
androgênico);

• Efeito antimineralocorticoide: gestodeno e
drospirenona.

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135
Q

A dosagem de estrogênio maior que…

ao dia aumenta o risco tromboembólico

A

35 mcg

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136
Q

Classifique os anticoncepcionais orais combinados
como de alta, média, baixa e muito
baixa dosagem, de acordo com a dose de estrógenos
contida em cada comprimido

A

Alta – > 50 mcg de etinilestradiol (em desuso).
Média – 50 mcg de etinilestradiol.
Baixa – 30 a 35 mcg de etinilestradiol.
Muito Baixa – 15 a 20 mcg de etinilestradiol

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137
Q

O índice de Pearl é menor quanto maior for a concentração de Etinilestradiol (EE) empregada no ACO
V ou F

A

F
O índice de Pearl é o mesmo independente
da concentração de Etinilestradiol
(EE) empregada no ACO

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138
Q

Apesar de os estrógenos terem papel mais definido na participação de fenômenos tromboembólicos, os progestógenos também podem contribuir com esse processo. Descreva o progestógeno de maior e de menor risco para TE

A

O de maior risco seria o desogestrel e,

o de menor risco, o levonorgestrel

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139
Q

Descreva o esquema de ingestão de pílulas referentes aos ACO combinados mais comumente utilizados

A

são compostos
de 21 comprimidos e devem ser iniciados
no primeiro dia da menstruação. Após 21
dias consecutivos, devem-se fazer sete dias de
pausa entre as cartelas, reiniciando no oitavo
dia

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140
Q

Contraindicações ao uso de ACOs combinados

A

Galeria (1° foto)

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141
Q

Cite medicamentos que diminuem a eficácia dos ACOs

A

rifampicina, alguns anticonvulsivantes
(fenobarbital, carbamazepina, fenitoína,
primidona…) e alguns antirretrovirais (nelfinavir,
ritonavir, lopinavir e nevirapina).

Outros
medicamentos têm sua ação diminuída
pelos ACO, como a metildopa, hipoglicemiantes
e a guanetidina.

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142
Q

Cite benefícios dos ACOs combinados

A

– Regularizam os ciclos menstruais.
– Promovem alívio da Tensão Pré-Menstrual
(TPM), melhora do hirsutismo e acne leve.
– Diminuem o risco para DIP (50%), gestação
ectópica e doença trofoblástica gestacional.
– Reduzem o risco de neoplasia de ovário e
endométrio, principalmente do primeiro.
– Diminuem o fluxo menstrual e a incidência
de dismenorreia, sendo também benéficos na
endometriose e na hemorragia associada à
miomatose uterina, além de diminuir a anemia
provocada pelo fluxo menstrual intenso.
– Impedem formação de cistos funcionais ovarianos
e melhora das doenças benignas da mama.
– Aumentam a densidade óssea.
– Parecem melhorar a artrite reumatoide e diminuir
o risco de miomatose e cisto de ovário.
– Previnem endometriose quando utilizados
continuamente

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143
Q

Cite efeitos adversos dos ACOs combinados

A

São atribuídos aos estrógenos: cefaleia, tonteira,
vômito, náusea, edema, irritabilidade
e cloasma.

Aos progestógenos são atribuídos: depressão,
cansaço, alterações da libido, amenorreia, acne
e ganho de peso.

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144
Q

Conduta em caso de esquecimento de pílula de ACO combinado

A

Se esquecer de tomar uma pílula:
- Tomar uma pílula (a esquecida) imediatamente
ao lembrar;
- Tomar a pílula seguinte no horário regular;
- Tomar o restante das pílulas regularmente,
uma a cada dia.

Se esquecer de tomar duas ou mais pílulas:
- Orientá-la a usar condom, espermicidas ou
evitar relações sexuais durante sete dias;
- Tomar uma pílula imediatamente;
- Contar quantas pílulas restam na cartela:
Se restam sete ou mais pílulas: tomar o restante,
como de costume. Se restam menos que
sete pílulas: tomar o restante como de costume
e iniciar uma nova cartela no dia seguinte
após a última pílula da cartela; neste caso, a
menstruação pode não ocorrer naquele ciclo.

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145
Q

Minipílula, composição e indicações

A

Tem uma dose de progestogênio de metade a
1/10 dos ACO combinados. É mais apropriada
para a lactação, visto que sua eficácia menor
pode ser compensada pelo efeito anticoncepcional
da lactação. A minipílula também pode
ser usada por mulheres que não amamentam,
principalmente em situações específicas, como
proximidade com a menopausa

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146
Q

Contraindicações à pílula de desogestrel 75 mcg

A
  • História atual de TVP e TEP - 3
  • Doença cardíaca isquêmica atual
    ou passada (para continuação) - 3
  • AVC: história ou atual (para continuação) 3
  • Enxaqueca com aura (para continuação) 3
  • Ca mama atual 4
  • Passado Ca mama sem evidência por 5 anos 3
  • Cirrose descompensada 3
  • Tumor hepático maligno 3
  • Tumor hepático benigno (adenoma hepatocelular) 3
  • Uso de rifampicina e alguns
  • anticonvulsivantes* 3
  • LES com anticorpos antifosfolipídeos positivos ou desconhecidos 3
  • Uso de Inibidores de protease a//ssociados a ritonavir 3
  • (Fenitoína, carbamazepina, barbitúricos,
    primidona, topiramato e oxcarbamazepina).
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147
Q

Em relação aos anticoncep injetáveis trimestrais a depomedroxiprogesterona é a mais empregada (Acetato
de Medroxiprogesterona – AMPD). Cite o mecanismo de ação e indice de pearl

A

Uma dose trimestral de 150 mg intramuscular suprime
a ovulação, geralmente, por 14 semanas.
A ação do método consiste em inibir os
picos de estradiol e, consequentemente, os de
LH, evitando com isso a ovulação, além de
provocar espessamento do muco cervical, o
que dificulta a passagem dos espermatozoides
pelo canal cervical, e atrofia do endométrio
(Pearl de 0,3%).

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148
Q

Composição dos Contraceptivos na Forma de Adesivos

Transdérmicos

A

São compostos de etinilestradiol (liberação de

20 mcg/dia) e norelgestromina (liberação de 150 mcg/dia – metabólito ativo do norgestimato)

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149
Q

Quais são os métodos de contracepção de emergência?

A

Método de Levonorgestrel
Consiste no emprego de 0,75 mg de levonorgestrel
espaçados por 12h, ou em dose única
de 1,5 mg, que deve ser tomado em até cinco
dias da relação, porém preferencialmente em
até 72 horas desta.

Método de Yuzpe
Também deve ser usado em até cinco dias do
coito, assim como o método de levonorgestrel.
Para finalidade de anticoncepção de emergência,
é necessária a dose total de 0,2 mg de
etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, dividida
em duas doses iguais, a cada 12 horas

DIU de Cobre
Deve ser inserido em até cinco dias do coito.
Está contraindicado em casos de estupro
com alto risco de DST (categoria 3). Apesar
de recomendado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) para uso como método contraceptivo
de emergência, ele ainda não está
regulamentado no Brasil para este fim.

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150
Q

Quando é permitido esterilização definitiva?

A

Em homens e mulheres com capacidade
civil plena e maiores de 25 anos de idade ou,
pelo menos, com dois filhos vivos, desde que
observado o prazo mínimo de 60 dias entre
a manifestação da vontade e o ato cirúrgico,
período no qual será propiciado à pessoa
interessada acesso a serviço de regulação da
fecundidade, incluindo aconselhamento por
equipe multidisciplinar, visando desencorajar
a esterilização precoce.

  • Risco de vida ou à saúde da mulher ou do
    futuro concepto, testemunhado em relatório
    escrito e assinado por dois médicos.
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151
Q

Definição da Amenorreia segundo

Critério Cronológico

A

Amenorreia Primária – Ausência de menstruação
aos 14 anos associada à falha
no desenvolvimento sexual (ausência de
características sexuais secundárias) ou ausência
de menstruação aos 16 anos, mesmo
com desenvolvimento sexual normal.

Amenorreia Secundária – Ausência
de menstruação por
seis meses ou pelo período
equivalente a três ciclos.

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152
Q

Por que os caracteres
sexuais são importantes
na definição da amenorreia
primária?

A
Porque a puberdade nas meninas respeita,
em geral, uma determinada ordem
de desenvolvimento das características
clínicas, iniciando pela telarca (surgimento
das mamas), pubarca ou adrenarca
(surgimento de pelos pubianos, axilares
e etc.), estirão de crescimento, mudança
do padrão corporal e, por fim, a menarca
(primeira menstruação).
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153
Q

Principais etiologias da amenorreia primária

A

galeria (2° foto)

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154
Q

Principais etiologias da amenorreia secundária

A

galeria (3° foto)

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155
Q

O trato urogenital interno
é derivado de dois conjuntos de ductos, os
ductos de Wolff (mesonéfricos) e ductos de
Müller (paramesonéfricos). Que estruturas serão originadas por ele no sexo feminino?

A

No sexo feminino, os ductos de Müller originam
as trompas de Falópio, útero e vagina
superior (2/3 superiores) e os ductos de Wolff
persistem na forma vestigial, podendo originar
os cistos de Gartner, remanescentes residuais
dos ductos mesonéfricos que podem
ser encontrados entre os folhetos do ligamento
largo

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156
Q

A formação do
fenótipo masculino está praticamente completa
com… de gestação, exceto
pela falta de descida do testículo para a
bolsa escrotal, a qual ocorre em estágio
mais avançado da gravidez

A

12 semanas

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157
Q

Hormônios responsáveis pelo fenótipo masculino

A

• O hormônio antimülleriano, uma glicoproteína
formada pelas células de Sertoli do
testículo fetal a partir de cerca de seis semanas,
leva à regressão dos ductos de Müller.
• A testosterona, secretada pelos testículos (cél de Leydig) a partir de cerca de oito semanas, estimula a
diferenciação dos ductos de Wolff em genitália
interna masculina.
• A di-hidrotestosterona formada pela 5-alfaredução
da testosterona leva ao desenvolvimento
da genitália externa masculina

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158
Q

Em relação ao desenvolvimento da genitália fetal, cite Cariótipo, Gônada, Produtos, Origem embrionária,
Genitália interna adulta, Origem embrionária, Genitália externa adulta

A

Galeria (4° foto)

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159
Q

Na ausência dos testículos, o desenvolvimento
fenotípico é feminino, mesmo na ausência
dos ovários;
V ou F

A

V

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160
Q

a principal causa de amenorreia
primária sem desenvolvimento sexual secundário
(hipogonadismo) com elevação das gonadotrofinas
é

A

a disgenesia gonadal

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161
Q

Causa mais comum de disgenesia gonadal

A

Síndrome de Turner

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162
Q

Principal causa de amenorreia primária com hipogonadismo hipogonadotrófico

A

hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático

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163
Q

Descreva o fluxograma propedêutico das amenorreias primárias

A

galeria (5° foto)

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164
Q

A hiperprolactinemia promove amenorreia pela…

Como tratar essa condução por meio de medicamnetos?

A

inibição da secreção pulsátil do GnRH.

Este efeito pode ser contornado com o uso de agonistas da dopamina, como a bromocriptina e a cabergolina

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165
Q

Quais são as duas causas mais comuns de hiperporolactinemia?

A

A causa mais comum corresponde ao uso de fármacos,

seguida dos adenomas produtores de prolactina

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166
Q

A exposição à ação estrogênica sem a oposição

natural da progesterona é fator de risco para

A

Ca de endométrio

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167
Q

Na ausência de sangramento após o teste da

progesterona, devemos suspeitar de

A
  • causas relacionadas à produção estrogênica deficiente
  • resposta endometrial inadequada
  • fator obstrutivo do trato de saída
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168
Q

Qual a utilidade do teste de estrogênio + progesterona?

A

Avalia a resposta endometrial e a patência

do trato de saída

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169
Q

Qual a utilidade da dosagem de FSH na avaliação da amenorreia?

A

Se ocorreu sangramento no teste do estrgênio + progesterona, FSH:
• < 5 U/L  causa hipotalâmica ou
hipofisária
• > 20 U/L  causa ovariana

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170
Q

Se valores de FSH estão diminuídos, como diferenciar se a afecção reside no hipotálamo ou na hipófise?

A
Teste do GnRH
Se positivo (aumento de 200% de FSH), problema hipotalâmico;
Se negativo, problema hipofisário
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171
Q

Síndrome de Kallman

A

A causa desta síndrome é uma falha na migração
das células neuronais olfatórias e das células
produtoras de GnRH (derivadas dos placoides
olfativos) do epitélio nasal da placa cribiforme
do nariz até a área pré-óptica e hipotalâmica
durante a embriogênese.

Na mulher, caracteriza-se por amenorreia primária
por secreção deficiente de GnRH, infantilismo
sexual e anosmia ou hiposmia. Consiste
na tríade de anosmia (agenesia do bulbo olfatório)
ou hiposmia, hipogonadismo hipogonadotrófico
e cegueira para cores

Na mulher, caracteriza-se por amenorreia primária
por secreção deficiente de GnRH, infantilismo
sexual e anosmia ou hiposmia.
Ao exame físico, apresentam infantilismo sexual
e biotipo eunucoide, embora possa haver algum
grau de desenvolvimento mamário

Outros defeitos associados podem incluir fenda
labial e palatina, ataxia cerebelar, surdez
neurossensorial, agenesia renal unilateral (40%
dos casos), alterações no centro da sede e distúrbios
na secreção de vasopressina. O cariótipo
é normal.

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172
Q

Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl:

A

é hereditária
e caracterizada por amenorreia primária,
retardo mental, obesidade, baixa estatura, polidactilia
e braquidactilia.

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173
Q

Síndrome de Morgani-Stewart-Morel:

A

é também hereditária. Define-se como amenorreia
primária, hirsutismo e hiperosteose congênita
interna do frontal (alargamento da camada
externa do osso).

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174
Q

Síndrome de Frohlich:

A

caracteriza-se por
hipogonadismo hipotalâmico e obesidade,
com deposição típica de gordura nas mamas,
monte de vênus e cintura.

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175
Q

Síndrome de Simmonds

A

Corresponde a uma
desordem da hipófise que decorre de um trauma,
de lesões vasculares ou de tumores que
resultam em um quadro de pan-hipopituitarismo.
Por esta razão, verifica-se perda de função
tireoidiana e dos ovários, com consequente
envelhecimento prematuro, redução do metabolismo
e sintomas psíquicos

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176
Q

Síndrome da sela vazia

A

Corresponde a um defeito congênito no qual
a hipófise está deslocada para o espaço subaracnoideo
em função da ausência de diafragma
selar

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177
Q

O quadro clínico clássico da SOP (também
conhecida como anovulação hiperestrogênica
hiperandrogênica crônica)

A

irregularidade menstrual, hirsutismo,
acne, obesidade central, resistência à
insulina e infertilidade, que são as manifestações
do desequilíbrio endógeno da produção
de estrogênios e androgênios, que perpetuam
a disfunção do eixo neuroendócrino

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178
Q

Qual a origem dos cistos da SOP?

A
decorrentes
do crescimento de folículos primários estimulado
pelo FSH, que não atingem a maturidade
e se acumulam na região subcapsular dos
ovários
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179
Q

Qual a definição de disgenesia gonadal?

A

ausência de
células germinativas nas gônadas, as quais
ficam destituídas de atividade endócrina

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180
Q

Como fazer o diagnóstico definitivo da disgenesia gonadal

A

biópsia das gônadas

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181
Q

Cariótipo na Disgenesia Gonadossomática ou

síndrome de Turner

A

A maioria das mulheres afetadas possui cariótipo
45, XO (50%).
Outras apresentam cariótipo em mosaico (25%), isto é, 45,X / 46, XX; 45,X / 46, XY.

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182
Q

Descreva a síndrome de Swyer. Cite importante conduta em relação à genitália

A

A disgenesia gonadal em indivíduos
46, XY
Nesta síndrome, são observados anéis fibrosos
no lugar dos testículos, os quais são incapazes
de produzir testosterona ou Fator Antimülleriano
(MIF), o que torna a genitália interna e
externa fenotipicamente feminina

A remoção cirúrgica dos testículos
em indivíduos com cariótipo 46, XY está
indicada para evitar o desenvolvimento de
neoplasias de células germinativas

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183
Q

Qual a definição da falência ovariana precoce?

A

Insuficiência ovariana antes do 40 anos

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184
Q

Síndrome de Savage

A

resistência ou ausência
dos receptores ovarianos à ação das gonadotrofinas.
Pode ser primária ou adquirida. Nos
casos primários da síndrome, não há desenvolvimento
dos caracteres sexuais secundários. Nos
casos adquiridos, o desenvolvimento é normal
ou infantil dependendo da época de manifestação
do quadro

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185
Q

Qual é o tumor ovariano com atividade endócrina mais associado à amenorreia?

A

O arrenoblastoma é o tipo histológico mais associado à amenorreia.
Corresponde a um tumor das células de
Sertoli-Leydig, produtor de androgênios, que
causa simultaneamente um quadro de virilização
súbita

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186
Q

Como é feito o diagnóstico da deficiência de 5 alfa redutase?

A

relação testosterona/DHT

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187
Q

Cite diferenças entre os pacientes com insensibilidade aos androgênios dos com deficiência de 5 alfa redutase

A

Pacientes com deficiência de 5 alfa-redutase
diferem de pacientes com insensibilidade
aos androgênios pela ausência de desen-
volvimento de mamas na puberdade e pelos
normais. Além disso, possuem níveis baixos
de gonadotrofinas em virtude dos níveis
suficientes de testosterona para suprimir o desenvolvimento mamário e para permitir
que os mecanismos normais de feedback
permaneçam intacto

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188
Q

Descreva como a galactosemia pode afetar o sistema genital feminino

A

É causada pela ausência funcional de galactose-
1-fosfato uridiltransferase. Os metabólitos da
galactose parecem ter efeitos tóxicos sobre os
folículos ovarianos, causando sua destruição
prematura. Também há evidências de que os
portadores heterozigotos deste distúrbio
possam apresentar função ovariana insuficiente.
A mudança alimentar precoce pode retardar a
insuficiência ovariana

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189
Q

Descreva a síndrome de Morris

A

Representa o pseudo-hermafroditismo masculino.
Era anteriormente denominada síndrome
dos testículos feminilizantes. Atualmente, é
também denominada insensibilidade completa
aos androgênios

decorre
da insensibilidade periférica aos androgênios
em indivíduo com genótipo 46 XY. Em outras
palavras, genotipicamente são homens (XY),
mas têm um defeito que impede a função
normal do receptor androgênico, levando ao
desenvolvimento do fenótipo feminino.

Como se trata de paciente 46XY, os testículos
estão presentes e funcionantes, o que implica
na produção de hormônio antimülleriano e,
portanto, não há estruturas femininas internas
(müllerianas) como útero, dois terços superiores
da vagina e trompas

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190
Q

Faça um quadro comparativo entre agenesia Mulleriana e síndrome de Morris

A

galeria (6° foto)

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191
Q

Descreva a síndrome de Asherman

A

presença de sinéquias intrauterinas
decorrentes de agressão endometrial prévia,
geralmente causando amenorreia secundária

A síndrome apresenta-se como pontos de aderências
entre superfícies opostas do útero. Esta
complicação decorre de traumas na camada
basal com exposição da camada muscular,
onde os contatos entre as paredes opostas
formam traves entre si durante o processo de
cicatrização

A origem da amenorreia não é
obstrutiva e geralmente ocorre pela falha do
crescimento endometrial. Contudo, a presença
de sinéquias no nível do orifício interno pode
contribuir para o processo.

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192
Q

endocrinopatia mais comum na vida reprodutiva
da mulher e a causa mais comum de hiperandrogenismo,
anovulação crônica, hirsutismo
e infertilidade por fator ovulatório.

A

SOP

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193
Q

Qual é o aparente mecanismo fisiopatológico central da SOP?

A

Desregulação da enzima formadora de androgênios
nas adrenais e nos ovários (citocromo
P450c17 ou CYP 17).

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194
Q

Descreva o modelo explicativo para manutenção e instalação da SOP, correlacionando com os achados clínicos

A

galeria (7° foto)

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195
Q

No contexto da SOP, como a obesidade pode interferir nos mecanismos de ovulação

A
  • Aumento da aromatização periférica de androgênios
    em estrogênios (estrona);
  • Inibição da síntese hepática de SHBG, o que
    resulta no aumento da fração livre de estradiol
    e testosterona;
  • Aumento dos níveis de insulina que, por
    sua vez, atua de forma sinérgica com as
    gonadotrofinas (LH) e estimulam a síntese
    de androgênios pelas células da teca no
    estroma ovariano.
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196
Q

Hirsutismo vs hipertricose

A

Hirsutismo: presença de pelos
terminais escuros e ásperos
(grossos) em locais tipicamente masculinos.
Hipertricose: presença de pelos finos sem
padrão de localização definido (aumento
lanuginoso generalizado).

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197
Q

Como a resistência insulínica causa acantose nigricans?

A

insulina em excesso começa a se ligar em outro receptor no qual não encontra resistência, o receptor de outra molécula chamada IGF (insulin-like growth factor, do inglês: fator de crescimento semelhante à insulina). Pela ação nesse receptor, a insulina promove crescimento de diversos tipos de células da pele, resultando no aparecimento da acantose nigricans.

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198
Q

Causa mais comum de infertilidade secundária à anovulação

A

SOP

80-90%

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199
Q

Descreva a tabela contendo diagnósticos diferenciais de SOP, alterações esperadas em exames e que exames devem ser solicitados na propedêutica da SOP

A

Galeria (8° foto)

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200
Q

Descreva o algoritmo diagnóstico para mulheres com queixa de hirsutismo

A

Galeria (9° foto)

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201
Q

Descreva a gravidade/presença do hirsutismo de acordo com o score de Ferriman-Gallwey

A

Escore < 8 = normal;

  • 8 a 16 = hirsutismo leve;
  • 17 a 25 = moderado
  • > 25 = grave
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202
Q

Descreva resumidamente o perfil endócrino na SOP

A
  • Aumento da concentração de andrógenos
    ovarianos e adrenais: aumento da testosterona
    total e livre, androstenediona aumentada,
    S-DHEA pode estar aumentado.
  • Anormalidades na produção de gonadotrofinas:
    LH aumentado; FSH normal ou diminuído.
  • Aumento dos estrógenos (principalmente
    estrona).
  • Resistência à insulina.
  • Aumento da prolactina (às vezes).
  • Diminuição da produção de SHBG pelo fígado
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203
Q

SÍNDROME HAIRAN

A

síndrome de acantose nigricante hiperandrogênica
resistente à insulina (HAIRAN, de
Hyperandrogenic-Insulin Resistant-Acanthosis
Nigricans) não é comum e se caracteriza
pela presença de hiperandrogenismo acentuado,
resistência insulínica e acantose nigricante.

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204
Q

Cite fenótipos exagerados da SOP

A

Hipertecose ovariana e síndrome HAIRAN

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205
Q

Descreva resumidamente o tto da SOP

A

galeria (10° foto)

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206
Q

Quais progestógenos devem ser evitados na SOP?

A

os derivados da 19-nortestosterona não
devem ser empregados devido a sua maior
ação androgênica

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207
Q

Cite um progestógeno com propriedades antiandrogênicas

A

Ciproterona

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208
Q

Nos casos de infertilidade, a droga de primeira

escolha é

A

citrato de clomifeno

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209
Q

Qual a diferença entre a Síndrome Pré-Menstrual (SPM) e o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)?

A

SPM: sintomas leves e moderados, poucos dias antes do fluxo, com interferência menor na vida cotidiana.

TDPM: sintomas mais intensos, que duram
aproximadamente 14 dias e cessa a partir do
primeiro dia de fluxo

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210
Q

Sintomas da SMP

A

galeria (foto 11)

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211
Q

Descreva a Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), agenesia vaginal ou agenesia Mülleriana

A

Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), agênese vaginal ou agenesia Mülleriana é uma anomalia congênita do aparelho reprodutor feminino caracterizada por uma falha no desenvolvimento dos ductos de Müller, resultando em um útero ausente e graus variáveis ​​de hipoplasia vaginal.

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212
Q

definição de proiomenorreia

A

ciclos menstruais

mais curtos, que duram de 20 a 25 dias

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213
Q

Ciclo menstrual espaniomenorreico

A

Quando há intervalo de 2 a 3 meses entre os ciclos

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214
Q

polimenorreia

A

diminuição do intervalo entre os ciclos, com frequência ≤ 24 dias

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215
Q

o uso de pílulas combinadas reduz a incidência de câncer do cólon e reto em até 40% das pacientes que utilizam os ACO por um longo período e também previnem a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) pela alteração que promove no muco cervical, dificultando a ascensão de micro-organismos, fator primordial para a ocorrência da DIP
V ou F

A

V

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216
Q

esteroidogênese
ovariana, analise os itens abaixo:
I - Os estrogênios são sintetizados principalmente pelo
estímulo do FSH, e os androgênios, pelo LH;
II - O recrutamento folicular ocorre no final da fase lútea
do ciclo anterior e está relacionado com a diminuição dos
níveis de inibina-A e estradiol, que permitirá a elevação
dos FSH;
III - O FSH induz receptores de LH nas células da granulosa
no folículo dominante;
IV - O folículo dominante é o que apresenta a maior atividade
da enzima aromatase, o maior nível estrogênico e
o maior número de receptores de FSH.
Quais estão corretas?

A

I, II, III e IV

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217
Q

Definição de climatério

A

período fisiológico que se inicia
desde os primeiros indícios de falha ovariana,
mesmo que os ciclos continuem regulares ou
até ovulatórios, e termina na senectude (senilidade).
Esta, por definição, se inicia aos 65
anos de idade.

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218
Q

Definição de perimenopausa

A

é o período “ao redor da menopausa”,
ou seja, é o período que compreende
os anos que precedem a menopausa (2-8 anos), já na presença de distúrbios da duração do ciclo menstrual
e os doze meses que se seguem após o
término das menstruações, até a confirmação
definitiva da interrupção das menstruações.

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219
Q

Definição de menopausa

A

é definida como a última menstruação
devido à falência ovariana. No entanto, esta
“última menstruação” só pode ser chamada de
menopausa após um ano de seu término. Assim,
seu diagnóstico é retrospectivo. A idade média
de ocorrência da menopausa é de 51 anos, sendo
que 10% das mulheres apresentam seu último
fluxo menstrual antes dos 45 anos.
É precoce se acontece antes dos 40 anos

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220
Q

Qual a diferença entre pós menopausa e senilidade?

A

Pós-menopausa é o período que se inicia 12
meses após a última menstruação e vai até os
65 anos de idade.

Senilidade é o período que se inicia a partir dos
65 anos de idade.

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221
Q

Cite alterações hormonais no climatério

A

1- Maior incidência de ciclos anovulatórios
→ antes dos 20 e após os 40 anos de idade.

2- A duração da fase folicular é o principal
determinante da duração do ciclo menstrual.

3- Diminuição das unidades foliculares e envelhecimento
das restantes → ↓ inibina → ↑
FSH → aceleração da perda folicular.

4- Envelhecimento das unidades foliculares
→ ↑ da resistência ao FSH para promover
o crescimento folicular → alongamento dos
ciclos → irregularidade menstrual.

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222
Q

Define-se clínico-laboratorialmente
menopausa quando encontramos
amenorreia associada a

A

valores baixos de inibina
e, principalmente, valores elevados de
FSH (> 35-40 UI/L).

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223
Q

Descreva o índice de maturação vaginal

A

Consiste no exame
citológico de uma preparação aquosa de
células da superfície do terço superior da
vagina. É a proporção de células parabasais,
intermediárias e superficiais em cada
100 células contadas no esfregaço.

Em mulheres com níveis adequados de estrogênio,
as células intermediárias e superficiais predominam,
e o índice de maturação verifica
tipicamente entre 40 a 70 células intermediárias,
30 a 60 superficiais e 0 parabasais.

Em mulheres com atrofia, observa-se um
aumento das células parabasais e uma diminuição
das superficiais. Na pós-menopausa
precoce, encontram-se 65 parabasais, 30
intermediárias e 5 células superficiais. Com
a progressão da idade, ocorre aumento das
células parabasais

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224
Q

Principais causas de Sangramento uterino anormal na pós menopausa

A

 Estrogênios exógenos (TH) – 30%;
 Endometrite/vaginite atrófica – 30%;
 Câncer de endométrio – 15%;
 Pólipos endometriais ou cervicais – 10%;
 Hiperplasia endometrial – 5%;
 Outras causas (ex.: câncer de colo, sarcoma
uterino, trauma) – 10%.

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225
Q

método padrão-ouro para diagnosticar osteoporose,
além de predizer o risco futuro de fratura e
monitorar a resposta terapêutica

A

densitometria de quadril e vértebras

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226
Q

Defina os portadores

de osteoporose e osteopenia pela DMO

A

São considerados portadores
de osteoporose: densidade
óssea representando 2,5
desvios-padrão ou mais abaixo do grupo de
mulheres adultas jovens (T-escore menor ou
igual a -2,5 DP).

São considerados portadores de osteopenia:
densidade óssea representando de 1 a 2,49
desvios-padrão abaixo do grupo de mulheres
adultas jovens (T-escore entre -1 e -2,5 DP).
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227
Q

Indicações de DMO

A

Pacientes do sexo feminino com idade > 65
anos.

Mulheres na transição menopausal com risco
aumentado de fraturas, como baixo peso ou
fratura anterior com mínimo trauma.

Adultos com história de fratura após os 50
anos de idade.

Adultos com alguma condição clínica associada
à osteoporose ou em uso de medicação
associada à perda de massa óssea (glicocorticoide
≥ 5 mg/dia por ≥ 3 meses).

Mulheres em terapia de reposição estrogênica
que deseje interromper o tratamento.

Avaliação da resposta terapêutica.

Mulheres na perimenopausa que estejam cogitando
usar Terapia Hormonal, para auxiliar
esta decisão.

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228
Q

o uso de estrogênio, no climatério, sem
associação com progesterona aumenta o risco
de câncer de endométrio, e mesmo com a adição de
progesterona este risco não diminui
V ou F

A

F

A adição de progesterona diminui esse risco

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229
Q

A terapia de reposição estrogênica é o
tratamento de escolha para os sintomas
neurovegetativos do climatério
V ou F

A

V

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230
Q

Cálcio não deve ser utilizado isoladamente
como alternativa aos tratamentos tradicionais
da osteoporose (bifosfonatos, SERMs
ou estrogênio).
V ou F

A

V

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231
Q

O National Osteoporosis Foundation (NOF,
2008) recomenda o tratamento farmacológico
em todas as pacientes com:

A
  • Fratura vertebral ou de quadril;
  • T-escore ≤ -2,5 no fêmur, quadril ou vértebras,
    após exclusão de outras causas;
  • Osteopenia (T-escore entre -1,0 e -2,5) e causas
    secundárias associadas a alto risco de fraturas,
    como uso de glicocorticoides ou imobilização
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232
Q

Descreva fluxograma para manejo de osteoporese/penia

A

Galeria (foto 12)

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233
Q

recomenda-se que toda paciente em uso de TH tenha um seguimento endometrial…, através de… ou ….
Espessura menor que… praticamente elimina
a possibilidade de neoplasia endometrial
(valor preditivo negativo de 99%) em
mulheres usuárias de TH combinada
contínua.

A

Anual

Biópsia endometrial ou ultrassonografia transvaginal

5mm

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234
Q

Em relação ao câncer de
mama, a associação de um progestógeno à terapia com estrogênio não
oferece qualquer benefício e, inclusive, parece
aumentá-lo.
V ou F

A

V

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235
Q

Descreva o conceito de “janela de oportunidade”, associado ao climatério

A

período
que engloba a transição menopáusica até os
primeiros dez anos da menopausa, quando o
início da TH parece estar associado à diminuição
dos riscos para doença cardiovascular

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236
Q

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS à TH no climatério

A

Antecedentes de câncer de mama e
endométrio recentes

Tromboembolismo agudo

Sangramento vaginal de origem
indeterminada

Doenças hepáticas ativas e graves

Porfiria

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237
Q

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS à TH no climatério

A
Tromboembolismo prévio
Doença coronariana
Hipertensão arterial
Diabetes mellitus
Mioma uterino e endometriose
Doença da vesícula biliar
Lúpus eritematoso sistêmico
Melanoma
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238
Q

Qual tumor neurológico tem sua incidência aumentada com o uso de TH no climatério

A

Meningioma

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239
Q

O estudo WHI mostrou que resultados em relação ao uso de TH

A

O WHI mostrou haver aumento do risco de
câncer de mama, infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral e tromboembolismo
venoso.
De outra parte, mostrou que ocorreu
diminuição do risco de fraturas do quadril e
de câncer colorretal.

OBS.: Média de idade de 63,2 anos

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240
Q

Considerações importantes sobre o uso de TH no climatério

A
(1) A indicação primária de TH é para tratamento
de sintomas menopáusicos moderados
a intensos (vasomotores).

(2) Quando os sintomas forem somente vaginais,
dá-se preferência à terapia local de TH.

(3) Progestógeno deve sempre ser indicado em
mulheres com útero

(4) Jamais usar a TH apenas como prevenção
primária ou secundária de doenças cardiovasculares.
Não há evidência de benefício da TH
em doença cardiovascular instalada, mas existe
potencial para prevenção se iniciada na transição
menopáusica

(5) Ao se usar na prevenção da osteoporose,
recomenda-se sempre pesar os riscos-benefícios
e procurar terapias alternativas se a mesma
tiver de ser mantida por mais de cinco anos.

(6) A TH NÃO é indicada para prevenção de
demência ou Alzheimer.

(7) Deve sempre ser administrada no menor tempo
e dose necessários para alívio dos sintomas

(8) Sempre examinar por completo as pacientes
antes do início da TH, dando-se ênfase ao sistema
cardiovascular e à busca de um câncer de
mama oculto

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241
Q

O enchimento vesical é controlado pelo…,

enquanto o… controla o esvaziamento vesical.

A

Sistema Nervoso Simpático (SNS)

Sistema Nervoso Parassimpático (SNP)

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242
Q

Descreva a ação desencadeada pelo SNS nos diferentes receptores adrenérgicos da bexiga

A

 Receptores do colo vesical e da uretra = alfa-
-adrenérgicos = ação alfa-adrenérgica predominante
na uretra = contração esfincteriana;

 Receptores do corpo vesical = beta-adrenérgicos
= ação beta-adrenérgica no músculo
detrusor = relaxamento do músculo detrusor.

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243
Q

Ação do SNP na bexiga e receptores estimulados

A

controla a função motora vesical, através do estímulo
à contração do músculo detrusor, atuando
sobre receptores muscarínicos (M2 e M3)

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244
Q

Ação do sistema nervosa somático na micção

A

desempenha
apenas um papel periférico no controle neurológico
do trato urinário inferior, através da
inervação do assoalho pélvico e do esfíncter
externo da uretra

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245
Q

Descreva o mecanismo ativo (extrínseco) de continência urinária

A

O mecanismo extrínseco (ativo) é composto
pelas seguintes estruturas:
– Tecido conjuntivo pélvico subperitoneal e
sua fixação à parede pélvica;
– Músculos elevadores do ânus;
– Conexão dos músculos elevadores do ânus
ao tecido conjuntivo pélvico subperitoneal;
– Coordenação da contração dos elevadores do
ânus nos momentos de aumento súbito da
pressão intra-abdominal (como na tosse, por
exemplo).

Estas estruturas formam uma rede em torno da
uretra, que permanece tensa em vigência de
aumentos da pressão intra-abdominal. Quando
esta sustentação torna-se deficiente por alguma
razão, a incontinência urinária de esforço se
desenvolve.

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246
Q

Descreva o mecanismo passivo (intrínseco) de continência urinária

A

O mecanismo intrínseco (passivo) é constituído
pelas seguintes estruturas:
– Inervação autonômica (sistema nervoso simpático)
e tônus uretral mediado por receptores
alfa-adrenérgicos;
– Musculatura estriada da parede uretral;
– Coaptação da mucosa uretral;
– Plexo vascular submucoso da uretra;
– Musculatura lisa da parede uretral e vasos
periuretrais;
– Elasticidade da parede uretral

A competência intrínseca pode ser afetada por
diversos fatores, a saber:
– Defeitos congênitos do desenvolvimento;
– Fibrose por trauma ou procedimentos cirúrgicos
repetidos e malsucedidos;
– Deficiência de estrogênio;
– Lesão neurológica.

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247
Q

Músculos que compõem o diafragma pélvico

A

Isquiococcígeo (cocígeo)

Levantador do Anus ( ileococcígeo, pubococcúgeo, puborretal)

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248
Q

INCONTINÊNCIA URINÁRIA (IU)

Definição

A

Qualquer perda involuntária de urina, exceto para crianças, objetivamente
demonstrável, causando problema social ou higiênico.

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249
Q

INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO (IUE)

Definição

A

É a perda involuntária de urina, que ocorre após exercício físico, riso, tosse ou espirro.

É importante notar que a perda urinária só ocorre durante o esforço e, geralmente, em pequenas quantidades, embora suficientes
para molhar a roupa e trazer grande desconforto e constrangimento.

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250
Q

INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR URGÊNCIA

Definição

A

É a perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida pela sensação de urgência.

251
Q

INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA

Definição

A

É a perda involuntária de urina associada à urgência e aos esforços (exercício, esforço, tosse ou espirro).

252
Q

INCONTINÊNCIA URINÁRIA POSTURAL

Definição

A

É a perda involuntária de urina associada à mudança de posição do
corpo (ao levantar da posição sentada ou deitada).

253
Q

ENURESE

A

Qualquer perda involuntária de urina

254
Q

INCONTINÊNCIA URINÁRIA CONTÍNUA

Definição

A

É a queixa de perda urinária involuntária e contínua (ininterrupta).

255
Q

SÍNDROME DA BEXIGA HIPERATIVA

Definição

A

Presença de sintomas de urgência, com ou sem urgeincontinência, frequentemente
acompanhados de frequência e noctúria, na ausência de infecção ou qualquer outra doença do trato urinário.

OBS.: Síndrome de urgência ou síndrome de urgência-frequência são
termos empregados como sinônimos da síndrome da bexiga hiperativa.

256
Q

HESITAÇÃO ao urinar

Definição

A

Dificuldade de iniciar a micção, que resulta em um atraso no tempo entre
a micção e a vontade de urinar.

257
Q

Cite drogas que interferem na função do trato urinário baixo

A

Galeria (foto 13)

258
Q

O volume residual
considerado fisiológico na mulher
adulta é até

A

50 ml.

259
Q

Valores de normalidade adotados no calendário miccional de 24hrs

A

– Débito urinário de 24h de 1.500 a 2.500 ml;
– Volume médio eliminado de 250 ml;
– Capacidade vesical funcional de 400 a 600 ml;
– Frequência das micções: até 7 micções.

260
Q

Descreva o Teste do Cotonete ou Q-tip test:

A

Utilizado para estudo da mobilidade do colo vesical

Introduz-se um cotonete embebido
em gel anestésico na uretra até a junção uretrovesical
e a observação do ângulo que forma com
a horizontal, tanto na inspeção estática (repouso)
quanto dinâmica (esforço). Uma
variação maior do que 30º, entre a inspeção
estática e dinâmica (manobra de tosse da paciente
ou manobra de Valsalva) revela defeito no
suporte anatômico uretral, ou seja, indica
hipermobilidade da junção uretrovesical.

261
Q

Indicações do estudo urodinâmico na avaliação da incontinência urinária

A

galeria (foto 14)

262
Q

Na mulher, o dado mais importante EUD é o… , que deve ser considerado normal acima
de…

A

Fluxo máximo

15 ml/s

263
Q

Descreva a utilidade da urofluxometria (parte do EUD)

A

Consiste na representação gráfica da medida do
fluxo e volume urinários em um determinado
intervalo de tempo. Fornece as seguintes informações:
fluxo máximo (em ml/s), fluxo médio (em
ml/s), tempo de fluxo (em s), tempo até o fluxo
máximo (em s), volume urinado (em ml), resíduo
pós-miccional (em ml) e aspecto da curva de fluxo
(normal, achatada, superfluxo, intermitente,
prolongada, irregular, combinadas ou não entre
si). Pode também avaliar se houve perda urinária
com a tosse ou uso de manobras de esvaziamento

Ele é importante na avaliação de pacientes
com suspeita de obstrução uretral e para
escolha da técnica cirúrgica a ser empregada

264
Q

Descreva a utilidade da cistometria (parte do EUD)

A

Este é o teste mais útil na avaliação urodinâmica,
no qual a relação pressão/volume é registrada
com o objetivo de avaliar a atividade
do detrusor, além de sensações, capacidade e
complacência vesicais

É capaz de fornecer as seguintes informações:
capacidade; sensibilidade; complacência
e tônus vesicais; presença ou ausência de
contrações (não inibidas do detrusor); presença
ou ausência de perda urinária (de esforço, por
contrações não inibidas, por transbordamento,
por baixa complacência vesical, por insuficiência
esfincteriana) e padrão pressórico vesical

265
Q

A pressão de perda consiste na pressão
intravesical que leva a perda de urina pela uretra
ao esforço, sugerindo qual a pressão que a uretra
suporta (pressão intrauretral). Quando a pressão
de perda for menor que…, fica caracterizado
o…, forma
mais grave da incontinência urinária de esforço.

A

60 cm H2O

defeito esfincteriano intrínseco

266
Q

Valores de pressão de perda superiores a… sugerem… do colo vesical, o que indica que o
esfincter uretral está íntegro

A

90 cm H2O

hipermobilidade

267
Q

Exame padrão ouro para diagnóstico de IU

A

Videourodinâmica

combina o estudo urodinâmico com estudo
radiológico. Avalia por imagens a função do trato
urinário baixo e permite a observação da posição
do colo vesical e a da abertura da uretra proximal
em repouso e ao esforço, correlacionando-
-as com a intensidade da perda urinária. Possui
as mesmas indicações do estudo urodinâmico,
entretanto, é mais precisa para o diagnóstico do
defeito esfincteriano, já que possibilita a visualização
direta do colo vesical durante o esforço.

268
Q

tipo mais frequente de incontinência urinária na mulher

A

IU de esforço

269
Q

Como condição urodinâmica, a IUE é definida pela

cistometria como

A

toda perda involuntária de
urina pelo meato externo da uretra, que
ocorre quando a pressão intravesical excede
a pressão máxima de fechamento uretral, na
ausência de contração do músculo detrusor

270
Q

Descreva a classificação de Blaivas e Olsson para IUE

A

• Tipo 0 – há hipermobilidade da uretra com os
esforços, mas não é possível observar a perda
de urina;

• Tipo I – o colo vesical se mantém fechado e
situado acima da borda inferior da sínfise púbica.
Abre-se, aos esforços, mas sua descida
é menor que 2 cm em relação à posição de
repouso. Observa-se perda de urina durante o
esforço;

• Tipo IIa – semelhante ao tipo I, porém com
descida maior que 2 cm durante o esforço,
abaixo da borda inferior da sínfise púbica;

• Tipo IIb – o colo vesical é infrapúbico mesmo em repouso, embora mantenha-se fechado.

• Tipo III – colo vesical e uretra proximal estão
permanentemente abertos, mesmo em repouso.
É o grau mais acentuado de incontinência.
A incontinência urinária tipo III ou Deficiência
Esfincteriana Intrínseca (DEI ou
DEUI) é um tipo de IUE causada pela inabilidade
do mecanismo esfincteriano uretral, ou
seja, há uma falência completa da função
esfincteriana uretral, independentemente da
posição ou mobilidade uretral

271
Q

principal teoria para explicar a IUE.

A

Hipermobilidade da uretra e do colo vesical

272
Q

Hiperatividade do detrusor ou Hiperatividade
do detrusor idiopática
vs
Hiperatividade do detrusor neurogênica

A
  • Hiperatividade do detrusor ou Hiperatividade
    do detrusor idiopática
     era anteriormente chamada de
    instabilidade do detrusor.
    É a forma mais frequente
    de hiperatividade do detrusor. É a condição na
    qual se verificam Contrações Não Inibidas (CNIs)
    do músculo detrusor durante o enchimento, espontâneas
    ou provocadas, na ausência de doença
    neurológica, ou seja, sem que haja causa definida
  • Hiperatividade do detrusor neurogênica
     era anteriormente chamada de hiper-reflexia
    do detrusor.
    É a condição
    na qual ocorrem CNIs consequentes a lesão
    neurológica associada
273
Q
o diagnóstico da síndrome decorrente
de hiperatividade do detrusor é...,
caracterizado pela presença de...  evidenciadas na...
que acarretam em sintomas de urgência
ou de perda urinária.
A

urodinâmico

contrações não inibidas do detrusor

cistometria

274
Q

Nos casos de IU mista, deve ser primeiramente tratado
o componente da… . Em caso
de persistência da…, apesar
da melhora da…, será indicado
o procedimento cirúrgico. Podem também
ser empregadas à eletroestimulação e a reeducação
perineal.

A

hiperatividade

perda aos esforços

hiperatividade

275
Q

Definição de IU por transbordamento

A

É a perda urinária que acontece quando a pressão
intravesical excede a pressão uretral. Está
associada à distensão vesical, mas em ausência
de atividade do detrusor.
Nesta condição, a perda urinária
ocorre após a bexiga estar completamente repleta,
uma vez que há uma falta de capacidade
de contração da musculatura lisa do detrusor

276
Q

TTO conservador da IUE

A

 Mudanças de Hábito de Vida:
Intervenções no estilo de vida, como a perda
de peso, diminuem a IUE em muitas mulheres.

 Exercícios Perineais (Kegel):
O condicionamento da musculatura do assoalho
pélvico (PFMT, de Pelvic Floor Muscle Training)
pode melhorar ou curar a IUE.

 Eletroestimulação:

 Cones Vaginais

 Pessários:
São dispositivos projetados para
reduzir o deslocamento inferior ou afunilamento
da junção uretrovesical

 Biofeedback:
É constituído de eletrodos de superfície ativo
eletrodo terra, e um monitor de vídeo que,
conectado ao músculo com seus sensores colocados
sobre a pele, amplifica a resposta fisiológica
e a converte em informações significativas
(visual e auditiva).

277
Q

TTO farmacológico da IUE

A

O tratamento farmacológico tem papel secundário
no tratamento de mulheres com IUE.

 Duloxetina
No Brasil, está droga está
disponível apenas para o tratamento da depressão,
mas não da IU.

 Agonistas Alfa-Adrenérgicos:
Em relação aos agonistas alfa-adrenérgicos, o
mais indicado no tratamento da IUE é a Fenilpropanolamina

 Reposição Estrogênica:
IUE isolada não indica reposição VO

278
Q

Cirurgias de Correção da

IUE por Via Abdominal

A

Por via abdominal, dispomos de cirurgias
que fixam os tecidos periuretrais ao pube,
elevando o colo vesical.

Atualmente, em casos individualizados, a
cirurgia de Burch (realiza-se a fixação da
fáscia paravaginal anterior ao ligamento iliopectíneo
(de Cooper)) é ainda empregada. Já
as outras técnicas, citadas a seguir, estão
em desuso:
 Turner-Warick: fixação da fáscia endopélvica
à fáscia do músculo obturador interno;
 Marshall-Marchetti-Krantz: fixação da fáscia
periuretral no periósteo do púbis (osteíte púbica- complicação);
 Uretropexia por agulha por via combinada
vaginal-abdominal, como na cirurgia de Stamey-
Pereyra.

279
Q

Diferença entre as Colpossuspensões Retropúbicas

A

A principal diferença entre a técnica de Burch
e Marshall-Marchetti-Krantz é que, na primeira,
fixa-se a fáscia vaginal ao ligamento de
Cooper, enquanto, na segunda, fixa-se o tecido
periuretral ao periósteo da borda interna
da sínfise púbica.
Ambas as técnicas podem causar hiperatividade
do detrusor de novo (em 11 a 15% dos casos),
dificuldade miccional e obstrução uretral.

280
Q

Cx de escolha para IUE

A

os slings de uretra média

281
Q

Base do TTO farmacológico da IU de urgência

A

drogas com propriedades anticolinérgicas

282
Q

Uretrocistocele

Definição

A

prolapso da bexiga incluindo a uretra.

283
Q

Enterocele

Definição

A

herniação do intestino delgado

para a cavidade vaginal.

284
Q

Elitrocele

A

eversão da cúpula vaginal após

histerectomia prévia.

285
Q

Composição do retináculo periuterino de martin

A

É formado por tecido conjuntivo elástico e
musculatura lisa. A musculatura e o tecido
conjuntivo se distribuem como os aros de uma
roda ao redor do colo uterino e parte superior
da vagina, através de seis feixes: dois anteriores,
dois laterais e dois posteriores

Anteriores: pubovesicouterinos
Laterais: cardinais (paramétrios laterais ou Mackenrodt)
Posteriores: uterossacros

286
Q

Qual a função do retináculo periuterino de Martin

A

Forma o aparelho suspensão do útero

287
Q

Quais os componentes do aparelho de sustentação do útero?

A

Diafragma pélvico: Isquicoccígeo + levantador do anus (iliococcígeo + pubococcígro + puborretal)

Diafragma urogenital: os principais autores
consideram que ele é composto pelo músculo
transverso profundo do períneo e pelo
esfincter uretral externo. Entretanto, outros
autores renomados informam que ele é constituído
pelo músculo transverso profundo do
períneo, e em um plano mais superficial, pelos
músculos esfíncter anal, músculos isquiocavernosos,
bulbocavernosos e
transversos superficiais do períneo.

Fáscia endopélvica: composta por dois
folhetos. O primeiro liga os órgãos pélvicos (especialmente vagina e útero) às paredes pélvicas.
O segundo, considerado visceral, recobre
o útero, vagina, bexiga e reto, originando as
fáscias vesicovaginal e retovaginal, auxiliando
na sustentação dos órgãos e prevenção do prolapso.
São pontos de reparo fundamentais na
terapêutica do prolapso

288
Q

Os ligamentos uterossacros e redondos fazem parte do mecanismo de estática pélviva?

A

De acordo com os principais livros didáticos, os ligamentos redondos não fazem
parte do aparelho de suspensão, nem do de sustentação. Segundo o livro Berek
& Novak’s Gynecology (2012), os ligamentos uterossacros fazem parte do aparelho
de sustentação

289
Q

Entre os fatores etiológicos identificados, o mais
associado à quebra do equilíbrio da estática
pélvica é a

A

Multiparidade 70%

290
Q

Descreva o que cada sigla representa no sistema de quantificação do prolapso dos órgãos pélvicos (Pelvic Organ Prolapse Quantification System – POPQ)

A
Os pontos Aa e Ba se referem
à parede Anterior.
Os pontos Ap e Bp se referem
à parede Posterior.
O ponto C se refere ao Colo.
O ponto D se refere ao fundo de saco de
Douglas.
GH - hiato genital
TVL - comprimento vaginal total 
PB - corpo perineal 
Os pontos acompanhados de sinal negativo
encontram-se no interior da vagina.
Os pontos acompanhados de sinal positivo
encontram-se além do hímen vaginal.
291
Q

Descreva o estadiamento da ICS para prolapso genital

A

Estádio 0: ausência de prolapso. Os pontos
Aa, Ap, Ba, Bp coincidem e estão com -3 cm
de pontuação. Os pontos C e D estão entre
CVT e CVT -2 cm.

Estádio I: o ponto de maior prolapso está
localizado 1 cm acima do hímen, ou seja, acima
da posição -1 cm.

Estádio II: a porção mais distal do prolapso
está entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen,
ou seja, entre a posição -1 cm e +1 cm.

Estádio III: a posição mais distal do prolapso
está mais que 1 cm abaixo do hímen, ou seja,
acima da posição +1 cm, e no máximo 2 cm
a menos que o comprimento vaginal total (não
se desloca mais que o CVT -2 cm).

Estádio IV: eversão completa, a porção mais
distal do prolapso encontra-se, no mínimo, no
CVT -2 cm.

292
Q

Descreva os níveis de De Lancey

A

Nínel 1:
Ligamento útero-sacro
Ligamentos cardinais

Nível 2:
Fáscia endopélvica

Nível 3:
Nó perineal

293
Q

Compartimento Anterior ou Prolapso de Parede Vaginal Anterior
Causas

A

Cistocele, uretrocele ou cistouretrocele

294
Q

Compartimento Apical ou Prolapso Apical

Cusas

A

Uterocele, fórnice posterior (enterocele)

ou prolapso de cúpula vaginal pós-histerectomia

295
Q

Compartimento Posterior ou Prolapso
de Parede Vaginal Posterior
Causas

A

Retocele

296
Q

Descreva quais locais lesados podem resultar em Cistocele, uretrocele ou cistouretrocele, achados no exame vaginal e sua respectiva correção

A

 Defeito Central ou de Distensão:
Há defeito central da fáscia vesicovaginal de
suporte da uretra. A mucosa vaginal perde sua
rugosidade, diminui a espessura e os sulcos
anterolaterais da vagina são mantidos. Pode ser
corrigida com a colporrafia anterior (Kelly-
-Kennedy).

 Defeito Lateral ou de Deslocamento ou Paravaginal:
Há defeito lateral da fáscia de suporte (defeito
paravaginal). É responsável por 80% dos casos
de cistocele, e está presente em 95% dos
casos de cistocele associada à incontinência
urinária de esforço.
Ao exame ginecológico, nota-se a procidência
da parede vaginal anterior, manutenção da
espessura e da rugosidade da mucosa vaginal,
com apagamento dos sulcos anterolaterais da
vagina (uni ou bilateral).
É corrigida mediante reinserção da fáscia de suporte (pubocervical) no arco tendíneo da
fáscia pélvica.

297
Q

Quadro clínico do prolapso genital

A

sensação de peso ou desconforto
na região da genitália externa e referência
à exteriorização de uma “bola” na vagina, sangramento
pelo atrito com roupa íntima da paciente,
dispaurenia e disfunção sexual.
O desconforto é aliviado ao deitar-se,
é menos notável pela manhã, e agrava-se à
medida que passa o dia, particularmente na
vigência de ortostatismo prolongado

OBS.: Incontinência urinária e polaciúria decorrem
de uma hipermobilidade uretral e estão associadas
mais especificamente à perda da sustentação
vaginal anterior. Perturbações na defecação,
por outro lado, se associam a uma protrusão
anterior do reto através da parede posterior
da vagina.

298
Q

tratamento do prolapso uterino segundo os

estádios da ICS

A

Estádios III e IV: histerectomia vaginal associada
à correção de lesões satélites que eventualmente
estejam presentes

Estádios I e II: pode ser realizado um procedimento
alternativo: a cirurgia de Manchester
(ou Donald-Fothergill). Nesta, é realizada a
amputação parcial do colo uterino e uma cervicofixação
anterior dos ligamentos de Mackenrodt
(fixação dos ligamentos cardinais na
face anterior do coto de colo). Deve ser indicada
em:
- Pacientes com comorbidades que elevem o
risco cirúrgico;
- Pacientes que desejem fertilidade futura;
- Pacientes com alongamento hipertrófico do
colo, sem prolapso uterino avançado associado,
que almejem a manutenção da função
reprodutiva.

OBS: Pacientes muito idosas, com risco cirúrgico
proibitivo para uma cirurgia de maior porte, e
sem vida sexual ativa, podem ser submetidas
à obliteração da vagina ou colpocleise

299
Q

TTO da eritrocele (prolápso da cúpula vaginal)

A

fixação da cúpula vaginal ao promontório do sacro,
na aponeurose do músculo retoabdominal
ou ao ligamento sacroespinhoso e pela obliteração
vaginal (colpocleise).

300
Q

Descreva o mecanismo e o tto da enterlocele

A

Pode ser interpretada como uma hérnia do
fundo de saco de Douglas. O intestino delgado
se insinua pela cúpula vaginal por um defeito
na fáscia endopélvica, que coloca o peritônio
em contato direto com a vagina

O tratamento da enterocele consiste na dissecção
seguida de exérese do saco herniário
redundante, com posterior obliteração do fundo
de saco com inclusão dos paramétrios laterais
e uterossacros. Uma vez que é incomum a
presença de enterocele isolada, seu tratamento
deve incluir colporrafia posterior e fixação da
cúpula vaginal.

301
Q

Mecanismo e tto da retocele

A

A herniação do reto é resultado
do enfraquecimento da fáscia retovaginal e dos
seus pontos de fixação às margens dos músculos
elevadores do ânus. Além disso, há lesão
do centro tendíneo do períneo, que é um componente
de suporte suplementar para os órgãos
do assoalho pélvico.

O tratamento consiste na colporrafia posterior
com plicatura da fáscia retovaginal, podendo-se
utilizar a interposição de material sintético (tela
de propileno, fáscia cadavérica) para reforçar
a parede vaginal posterior. Além
disso, deve ser efetuada a correção da rotura
perineal pela identificação dos músculos elevadores
do ânus na linha média e reconstituição
do corpo perineal.

302
Q

Quadro clínico da inversão uterina

A

Apresenta-se com dor aguda e hemorragia
abundante. Pode evoluir com choque hipovolêmico
e/ou neurogênico (devido à tração exercida
pelo útero sobre as estruturas nervosas
durante a sua descida)

303
Q

Primeira conduta em um caso de inversão uterina e conduta seguinte em caso de falha

A

A correção manual, através da vagina, deve ser
a primeira medida a ser tentada, (manobra de
Taxe

Caso não seja eficaz, está
indicada a laparotomia e correção da inversão
através da técnica de Huntington

304
Q

Qual a fístula genital feminina mais frequente

A

As decorrentes
de lesões vesicais por trauma obstétrico
são as mais frequentes e respondem por 80%
dos casos.

305
Q

Principais causas de fístulas genitais fem

A

As duas principais causas de fístulas genitais
são o parto traumático e cirurgias ginecológicas.
Destas últimas, as principais são: histerectomia
abdominal e vaginal, cistopexia via
baixa e ressecção de endometriose em septo
retovaginal

306
Q

Quadro contendo os tipos de fístulas genitais, história + exame físico, diagnóstico tto

A

galeria (foto 15, 16 e 17)

307
Q

Quadro clínico da síndrome da bexiga dolorosa

A
  • Dor ao enchimento urinário;
  • Frequência urinária grave e incapacitante;
  • Urgência;
  • Nictúria;
  • Disúria;
  • Hematúria ocasional;
  • Dor suprapúbica, pélvica, ureteral, vaginal
    ou perineal é comum e pode ser aliviada
    pelo esvaziamento da bexiga.
308
Q

O que é o teste do potássio utilizado na SBD?

A

Baseia-se na avaliação da permeabilidade do
epitélio vesical ao potássio que, se presente,
leva à despolarização das terminações nervosas
e/ou lesão muscular, causando os sintomas de
urgência e dor.

309
Q

Achado na cistoscopia associado À SBD

A

Hemorragia submucosa

310
Q

Achado histopatológico associado À SBD

A

edema de submucosa
e infiltrado inflamatório (macrófagos, plasmócitos
e eosinófilos).

311
Q

Quais são os 3 pilares da terapêutica medicamentosa da SBD?

A
  • Controle da disfunção epitelial com compostos
    heparinoides;
  • Supressão da ativação neural com amitriptilina,
    imipramina ou inibidores seletivos da
    receptação de serotonina;
  • Bloqueio da degranulação mastocitária.
312
Q

Como são denominadas as ulcerações associadas à SBD?

A

Úlcera de Hunner

313
Q

Achado em EUD associado à IU de urgência

A

Perda urinária com aumento da Pressão Vesical (PV)
sem aumento concomitante da Pressão Retal (PR)

ou seja, não houve aumento da pressão abdominal, como na manobra de Valsalva, para que ocorresse a perda urinária.

314
Q

Descreva a imagem com a grade Aa Ap Ba Bp… indicando uma com prolapso genital e uma sem prolapso

A

galeria

315
Q

No climatério pós-menopáusico, os níveis hormonais
de FSH, estradiol, inibina e testosterona estão,
respectivamente:

A

Aumentado, diminuído, diminuído, diminuído.

316
Q

Na pós menopausa, em pacientes sem uso de TH, o endométrio é considerado espessado quando…

A

maior que 4 ou 5 mm

317
Q

Cite as situações que modificam a via de administração da TH

A
  • sintomas predominantemente atróficos vaginais, que podem indicar o uso de estrogenoterapia tópica
  • dislipidemia
    A TH oral com estrógenos parece exercer efeito benéfico sobre os níveis de HDL e LDL. No entanto, aumenta os níveis de triglicerídeos. Já a via parenteral, não promove esta elevação nos triglicerídeos, pois não há a passagem hepática da medicação. Desta forma, em pacientes com hipertrigliceridemia, é preferível o uso da terapia hormonal parenteral ao invés da via oral e, consequentemente, o perfil lipídico irá definir a minha via de administração da medicação
318
Q

Como saber se há alongamento hipertrófico do colo pela avaliação da POP-Q?

A

diferença do C para o D é > 4 cm

319
Q

O tratamento com progestágeno isolado não é eficaz
para redução dos sintomas vasomotores
V ou F

A

F
O tratamento isolado com progestágeno, como o acetato de medroxiprogesterona, o acetato de noretindrona e o acetato de megestrol, é uma opção que pode melhorar os sintomas vasomotores, apesar de não ser tão efetivo quanto o estrogênio

320
Q

A musculatura do detrusor da bexiga é predominantemente
composta por receptores beta-adrenérgicos,
que atuam no músculo detrusor causando relaxamento
muscular que, por sua vez, ajuda no enchimento vesical
V ou F

A

V

321
Q

A cirurgia de Burch é uma opção de
tratamento para a hipermobilidade do colo vesical e não para o defeito esfincteriano intrínseco
V ou F

A

V

322
Q

Descreva a definição de menorragia, metrorragia, menometrorragia, hipermenorreia, hipomenorreia, oligomenorreia, opsomenorreia, espanimenorreia, proiomenorreia, polimenorreia.

A

Menorragia: Intervalos regulares, com duração prolongada e fluxo excessivo.

Metrorragia: Intervalos irregulares, com duração ± prolongada e fluxo normal. (*).

Menometrorragia: Intervalos irregulares, com duração prolongada e fluxo excessivo. (*).

Hipermenorreia: Intervalos regulares com duração normal e fluxo excessivo. (*).

Hipomenorreia: Intervalos regulares com duração normal ou menor, com fluxo reduzido. (*).

Oligomenorreia: Intervalos infrequentes ou irregulares, de duração variável, fluxo escasso. (*).

Opsomenorreia: Intervalo de 35 a 45 dias (até 45 dias) (**).

Espaniomenorreia: Intervalo maior do que 45 dias (46 a 60 dias) (**).

Proiomenorreia: Intervalo de 18 a 25 dias ou encurtamento do ciclo de 3 a 5 dias (**).

Polimenorreia: Encurtamento maior que 5 dias, atingindo até 12 dias (IMIP) ou sangramentos
que ocorrem em intervalos menores que 24 dias (UNIFESP).

323
Q

Descreva as causas de SUA de acordo com a faixa etária

A

galeria (foto 19)

324
Q

Em crianças com 10 anos ou menos, qual é o principal tumor associado a SUA? Descreva o quadro clínico clássico

A

o tumor mais comum é o sarcoma botrioide (rabdomiossarcoma)

classicamente se apresenta com hemorragia vaginal e uma massa semelhante a um cacho de uvas.

325
Q

Principal causa de SUA em adolescentes

A

Anovulação. A imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário é a principal causa de anovulação
em adolescentes. Portanto, o sangramento
uterino disfuncional é a causa mais comum
de SUA nas adolescentes

326
Q

Causa mais comum de SUA em adultas em idade reprodutiva - menacme

A

De acordo com o livro Berek & Novak’s Gynecology
(2012), o Sangramento Uterino Disfuncional (SUD) é a causa mais comum de SUA nas mulheres em idade reprodutiva.

A última edição do Rotinas em Ginecologia
(7ª edição, 2017) informa que as complicações
de uma gestação não diagnosticada
constituem a principal causa de sangramento
na menacme. Outros livros didáticos, como
o Ginecologia Ambulatorial Baseado em
Evidências Científicas (2016), também comungam
desta mesma opinião.

327
Q

Descreva o acrônimo PALM-COEIN

A

Os componentes do grupo “PALM”
representam afecções estruturais que podem ser identificadas por métodos de imagem e/ou
por estudo histopatológico. Já o grupo “COEIN” inclui afecções não estruturais que não podem
ser identificadas por estes métodos

Pólipos
Adenomiose
Leiomioma
Malignidade e hiperplasia

Coagulopatias
Ovulatory disfunction
Endometrial 
Iatrogenia
Não especificado
328
Q

Indicações de biópsia endometrial no SUA

A
  • > 45 anos: SUA;
  • Qualquer idade associada a uma das condições que se seguem: falha de tratamento; SUA persistente; SUA
    + irregularidade menstrual (endométrio heterogêneo); SUA + fatores de risco para malignidade (obesidade,
    nuliparidade, DM, exposição à estimulação estrogênica sem oposição da progesterona; anovulação crônica; uso de tamoxifeno ou TH).

Fonte: Adaptado de Committee on Gynecologic Practice, Society of Gynecologic Oncology.

329
Q
A causa mais provável de SUA na pós-
-menopausa, em pacientes sem história de
uso de TH, com espessura endometrial igual
ou menor que 4 mm ou 5 mm, dependendo
da referência bibliográfica, é...
A

atrofia endometrial

330
Q

Descreva a Síndrome de Halban

A

Persistência do corpo lúteo

Atraso menstrual seguido
de perdas sanguíneas irregulares, dor
hipogástrica e presença de massa anexial, representada
por um corpo lúteo hemorrágico.
Neste contexto, há que se pensar, naturalmente,
em gravidez ectópica

331
Q

Na menacme, a anovulação crônica resulta,

normalmente, de

A

um mecanismo de feedback
inapropriado, cujo resultado levará invariavelmente
aos ovários policísticos

332
Q

Quais são os mecanismos de sangramento possíveis em ciclos anovulatórios?

A
Queda transitória dos níveis de estrogênio:
a queda transitória com a
consequente deficiência estrogênica
relativa acontece por uma regressão
folicular recente;
Constante estímulo estrogênico não
estabilizado pela progesterona: esta
situação leva ao supercrescimento e
fragilidade endometrial, que acarretam
sangramentos irregulares em vários
pontos da cavidade uterina.
333
Q

TTO do SUD anovulatório na puberdade

A

Como o sangramento raramente é intenso, a ponto
de exigir uma solução urgente, o melhor tratamento
é apenas esclarecimento e observação

Nos casos de sangramento prolongado, com
uma perda sanguínea maior, haverá obviamente
a necessidade de tratamento. Se a paciente está sangrando é porque existe produção estrogênica adequada, caso contrário o sangramento não ocorreria e ela estaria em amenorreia. Portanto, a princípio, a estrogenioterapia não deve ser empregada. O que a
paciente não está produzindo é a progesterona.
Esta, sim, é a medicação racional

Se o quadro hemorrágico for de grande intensidade,
a ponto de levar a adolescente a uma
anemia grave, a interrupção imediata do sangramento
é mandatória. Nesta situação especial,
o emprego dos estrogênios estará indicado,
seja isoladamente ou preferentemente associado
ao progestogênio

334
Q

TTO do SUD anovulatório na menacme

A

Na idade reprodutiva, o tratamento é basicamente
o mesmo administrado na puberdade.
Vale a pena lembrar que a ausência da ovulação
neste período, como na adolescência, levará
fatalmente ao aparecimento dos ovários policísticos,
pois eles são simplesmente a expressão
morfológica de um estado anovulatório crônico,
assim como a hiperplasia do endométrio.

335
Q

TTO do SUD anovulatório no climatério

A

O tratamento inicial é o mesmo. No entanto, o
estudo histológico prévio do endométrio, obtido
através de biópsia dirigida por histeroscopia
(método padrão-ouro) ou biópsia orientada ou
curetagem uterina é indispensável, salvo se a
ultrassonografia transvaginal revelar uma espessura
endometrial inferior a 4 ou 5 mm, na
ausência de fatores de risco para o câncer de
endométrio

336
Q

O desenvolvimento e o crescimento da endometriose dependem de qual hormônio?

A

estrogênio

337
Q

Descreva a etiologia da endometriose (quadro)

A

Galeria (foto 20)

338
Q

Fatores de risco para endometriose

A
  • História familiar materna.
  • Malformações uterinas.
  • Menarca precoce.
  • Ciclos menstruais curtos.
  • Duração do fluxo menstrual aumentada.
  • Fluxo menstrual aumentado.
  • Estenoses cervicais.
  • Baixos índices de massa corporal.
  • Gestação tardia.
  • Nuliparidade.
  • Raça branca e asiática.
  • Consumo exagerado de café e álcool.
339
Q

Aspecto macroscópicos das lesões endometrias atípicas

A

As lesões atípicas se apresentam através de
vesículas, lesões vermelhas em chama de vela,
defeitos peritoneais (janela peritoneal) e finas
aderências (em véu de noiva) no hilo ovariano
ou no fundo de saco posterior.

340
Q

Aspecto macroscópicos das lesões endometrias típicas

A

As lesões típicas são consideradas de acordo
com sua evolução e idade, a saber:
 Vermelhas: são muito ativas. Podem se apresentar
como petéquias;
 Pretas: são menos ativas. Descritas como
“queimadura por pólvora”. Podem se apresentar
como nódulos pretos, castanho-escuros
(café com leite) ou azulados, ou como pequenos
cistos contendo hemorragia antiga circundada
por um grau variável de fibrose;
 Brancas: são consideradas resquícios cicatriciais.

341
Q

Aspecto microscópico das lesões endometrias

A

glândulas e
estroma endometriais com ou sem macrófagos
repletos de hemossiderina.

342
Q

Sítios mais comuns de endometriose

A
1- Ovários (65%);
2- Ligamentos uterossacros (28 a 60%);
3- Fundo de saco posterior (30 a 34%);
4- Folheto posterior do ligamento largo (16 a 35%);
5- Fundo de saco anterior (15 a 35%).
343
Q

O local mais comum de endometriose

extrapélvica é

A

o intestino, principalmente o cólon e o reto.

344
Q

No ovário, a lesão característica da endometriose é

A
o endometrioma
(cisto endometrioide), que se apresenta
como estrutura cística com conteúdo líquido
espesso e achocolatado cercado de áreas de
fibrose.
345
Q

Os endometriomas ovarianos são mais comuns em qual ovário? por quê?

A

São mais comuns no lado esquerdo
devido à presença do sigmoide, que dificulta
o trânsito do sangue menstrual

346
Q

A que se refere o termo endometriose profunda?

A

É um termo usado para descrever as formas infiltrativas da doença que envolvem os ligamentos
uterossacros, septo retovaginal, intestino,
ureteres e/ou bexiga. Alguns autores a definem
como a endometriose que penetra mais de 5
mm da superfície peritoneal.

347
Q

Endometriose no trato urinário é um achado menos frequente do que a endometriose no trato digestivo
V ou F

A

V

348
Q

Descreva, em ordem decrescente de frequência, as formas de apresentação da endometriose torácica

A

Pneumotórax
Hemotórax
Hemoptise
Nódulo pulmonar

349
Q

Queixa mais comum das pacientes com endometriose e suas características

A

Dismenorreia

Possui caráter progressivo,
ou seja, aumenta de intensidade com o
passar do tempo. A intensidade progressiva e
o seu aparecimento após longo tempo de menstruações
indolores são altamente sugestivos de
endometriose, embora não sejam patognomônicos.
Tipicamente, começa antes do fluxo
menstrual; usualmente, persiste durante toda
sua duração e, ocasionalmente, perdura após o
término. A dor é difusa, referida profundamente
na pelve e intensa

350
Q

Apesar de a endometriose diminuir a fecundidade,
caso a gravidez ocorra, é possível
observar piora da endometriose
V ou F

A

F
Apesar de a endometriose diminuir a fecundidade,
caso a gravidez ocorra, é possível
observar a regressão e até resolução completa
da endometriose

351
Q

Qual a utilidade do CA-125 no contexto da endometriose?

A

A dosagem sérica de CA-125 possui alta
sensibilidade e baixa especificidade para os
quadros graves de endometriose. Seus níveis
quantificam o grau da doença e a resposta
ao tratamento.

352
Q

Qual o tratamento de primeira
linha nas mulheres subinférteis com
endometriomas ovarianos, especialmente naquelas
com massas maiores que 4 cm?

A

cirurgia videolaparoscópica

353
Q

Resumo da abordagem terapêutica geral da endometriose modera à grave

A

(1) Videolaparoscopia para confirmação diagnóstica
e terapêutica;

(2) Tratamento clínico com acetato de medroxiprogesterona,
gestrinona, danazol, contraceptivos
orais contínuos ou análogos do
GnRH por seis meses após cirurgia;

(3) Vídeolaparoscopia de “second look”, ou seja,
revisão da necessidade de prolongar o
tratamento nas pacientes que não apresentam
melhora;

(4) Acompanhamento posterior com incentivo
à gravidez (quando for o desejo da paciente),
No caso de não desejo da gravidez, o uso de
anticoncepcionais sem intervalos ou o DIU
de progesterona estabelecem um padrão de
acompanhamento para evitar a recidiva da
doença, que reaparece em 40% dos casos
tratados.

(5) O emprego da cirurgia em pacientes assintomáticas
com infertilidade poderá ser
indicado em casos de ISCA (Infertilidade
Sem Causa Aparente), ou seja, nos casos
em que todas as outras causas possíveis
já foram excluídas.
354
Q

TTO medicamentosode primeira linha da endometriose

A
  • < 35 anos: ACO e progesterona VO são os
    tratamentos de primeira linha;
  • ≥ 35 anos: progesterona VO representa o
    tratamento de primeira linha.
355
Q

Causa estrutural mais comum

de sangramento uterino anormal

A

Leiomiomas uterinos

356
Q

Os leiomiomas são tumores pouco sensíveis ao estrogênio e à progesterona. Consequentemente, eles se desenvolvem, assim com os cânceres em geral, com maior frequência em mulheres idosas
V ou F

A

F
São tumores sensíveis ao estrogênio e à progesterona.
Consequentemente, eles se desenvolvem
durante os anos reprodutivos

357
Q

O leiomioma é a neoplasia benigna mais comum da mulher. Responde por aproximadamente 80% dos tumores benignos do trato genital feminino
V ou F

A

F
Responde por aproximadamente 95% dos tumores
benignos do trato genital feminino

358
Q

Os leiomiomas são responsáveis por que parcela das histerectomias?

A

um terço do total de histerectomias

a maior causa

359
Q

Fatores de risco para leiomiomas uterinos

A
História familiar.
Idade.
Raça negra.
Nuliparidade.
Hipertensão arterial.
Álcool.
Menarca precoce.
360
Q

Qual é o principal fator determinante do crescimento tumoral do leiomioma?

A

Níveis circulantes de estrogênio, principalmente o estradiol

361
Q

Cite fatores, além dos estrogênios, que contribuem com o crescimento do leiomioma

A

GH

Hormônio lactogênico placentário

Progesterona

Aumento da enzima 17-beta-OH-
-desidrogenase do tipo I (que transforma a estrona
em estradiol) e diminuição da 17-beta-OH-
-desidrogenase tipo II (que transforma estradiol em estrona)

Aumento da aromatase

Influência Genética

362
Q

Como a progesterona contribui com o crescimento do leiomioma?

A

Inibição da apoptose > Estímulo do crescimento
tecidual
- Aumento da Expressão da proteína bcl-2 (um inibidor da apoptose)
- Diminuição do Fator de necrose tumoral (um promotor da apoptose)

Aumento do fator de crescimento epidérmico > Estímulo do crescimento tecidual

363
Q

A degeneração sarcomatosa de um leiomioma e quase exclusivo de qual fase do ciclo feminino?

A

Pós menopausa

364
Q

Descreva os tipos de leiomiomas de acordo com sua posição relativa às camadas uterinas

A

 Subseroso – posicionado abaixo da serosa
uterina (localiza-se sob o peritônio visceral uterino).
Possui mais de 50% do seu volume projetado
na camada serosa do útero. É o que provoca
menos sintomas. O mioma subseroso pode crescer dissecando os folhetos do ligamento largo, sendo, então, do tipo intraligamentar. Este é o que mais comumente
provoca obstrução ureteral

 Intramural ou Intersticial – posicionado
na intimidade do miométrio. Forma intermediária
entre o subseroso e submucoso e, à medida
que cresce, pode evoluir para subseroso
ou submucoso. Menos de 50% do seu volume
protrai na superfície serosa do útero. Relaciona-
se com quadros de hemorragia uterina

 Submucoso – é a forma que provoca mais
hemorragias devido à sua íntima relação com
a mucosa endometrial.

 Cervical – equivale de 1 a 2% dos casos de
leiomiomas. Apresenta-se como uma deformidade
do colo, muitas vezes dificultando a colocação
do espéculo e a visualização do orifício externo. São geralmente assintomáticos. No entanto, os
mais volumosos podem acompanhar-se de dispareunia
e exteriorização pelo introito vaginal.
Havendo obstrução do canal cervical é possível
ocorrer dismenorreia.

365
Q

Discorra sobre os miomas pediculados, paridos e parasitas

A

Os leiomiomas pediculados
são um tipo especial de miomas. Podem se originar de
miomas subserosos ou submucosos.

Os miomas paridos correspondem ao crescimento
exagerado do pedículo dos submucosos,
que culmina com a exteriorização
pelo colo uterino. Em geral
está associado à cólica intensa e subsequente
ulceração e infecção, podendo
haver, em casos extremos, inversão uterina
aguda

Os miomas parasitas dizem respeito a um mioma primariamente subseroso pediculado,
que se adere a outras estruturas, se desprende
do útero e passa a ter circulação própria
não dependente do fluxo uterino. Podem se originar a
partir do contato dos miomas pediculados
subserosos com o epíplon, no caso da existência
de suprimento sanguíneo. Evoluem
com atrofia do pedículo original.

366
Q

O sangramento intermenstrual é característico dos miomas e, quando presente, deve ser feita investigação precoce para avaliar leiomioma
V ou F

A
F
O sangramento intermenstrual
não é característico dos miomas
e deve ser investigado
para exclusão de afecções endometriais
367
Q

A compressão ureteral por um leiomioma é mais comum em qual ureter? por quê?

A

A compressão
ureteral é 3 a 4 vezes mais comum à direita,
porque o ureter esquerdo está protegido pelo
cólon sigmoide.

368
Q

Sintomas dos Miomas de acordo com a Posição

Relativa às Camadas Uterinas

A

Os miomas subserosos tendem a causar sintomas
compressivos e distorção da anatomia
de órgãos adjacentes;

os intramurais causam
sangramento e dismenorreia

os submucosos produzem frequentemente sangramentos
irregulares e infertilidade

369
Q

Qual o melhor exame para visualização e mensuração de leiomiomas?

A

RM

370
Q

Cite indicações de conduta expectante em caso de leiomioma. Como fazê-la?

A
  • Casos assintomáticos.
  • Pacientes sintomáticas, sem comprometimento geral.
  • Pacientes na perimenopausa ou na menopausa.

Ancora-se em exames clínicos periódicos
e ultrassonografias seriadas (trimestralmente
ou semestralmente). Esta conduta objetiva
assegurar que os tumores não estão crescendo
rapidamente

371
Q

Indicações de tto clínico dos leiomiomas

A
  • Redução tumoral.
  • Controle da perda sanguínea.
  • Pacientes na perimenopausa.
  • Pacientes com risco cirúrgico elevado.
372
Q

Qual a classe medicamentosa mais efetiva no tratamento clínico dos leiomiomas? Limitações ao seu uso e indicações

A

Análogos do GnRH

Como efeitos colaterais, os agonistas de GnRH
podem levar a quadro importante de hipoestrogenismo.
A perda de massa óssea (que pode chegar
à osteoporose) é a complicação mais séria.
Podem ocorrer fogachos, ressecamento vaginal,
distúrbios do perfil lipídico e alterações do humor.
Pelos seus intensos efeitos locais e sistêmicos,
provocam uma “ooforectomia medicamentosa”.

Por todas essas razões, estes medicamentos
são empregados basicamente no preparo pré-
-operatório de pacientes com anemia significativa
(hemoglobina < 9,5 mg%) ou, raramente,
para atenuação dos sintomas de mulheres
na perimenopausa ou em contraindicações
agudas à cirurgia

373
Q

Como mitigar os efeitos adversos dos análogos do GnRH?

A

Os efeitos colaterais relacionados à administração
dos análogos de GnRH podem ser minimizados
com o uso da add-back therapy, que consiste na
administração simultânea de estrogênio e progesterona após a fase inicial de downregulation

374
Q

Contraindicações do uso de SIU liberador de levonorgestrel no tto de leiomiomas

A

Grandes cavidades uterinas, miomas que provocam
distorção da cavidade uterina e/ou a
presença de miomas submucosos representam
contraindicações ao seu uso.

OBS.: melhora o índice hematimétricos das pacientes mas não diminui o tamanho do mioma

375
Q

o uso de progestágenos não está indicado com o objetivo de diminuir o tamanho dos miomas
V ou F

A

V

376
Q

Indicações de tto cirúrgico em pct cm leiomioma

A
  • Tratamento de sangramento uterino anormal ou dor pélvica.
  • Avaliação quando há suspeita de malignidade.
  • Tratamento de infertilidade.
  • Tratamento de abortamentos recorrentes
377
Q

Situações em que a incidência de sarcomas uterinos está aumentada

A

mulheres na pós-menopausa
com massa pélvica nova ou crescente, sangramento
anormal e dor pélvica. Neste contexto,
a incidência de sarcomas é alta (1 a 2%).

Outros fatores de risco para a ocorrência de
sarcomas uterinos incluem:
- Irradiação pélvica anterior;
- Uso de tamoxifeno;
- Presença de leiomiomas cutâneos indicando
a possibilidade da síndrome de leiomiomatose
hereditária e carcinoma de células renais

378
Q

Cite indicações de histerectomia em pcts com leiomioma e suas possíveis complicações

A

Paciente com prole constituída ou sem desejo
de engravidar, apresentando: sintomas
importantes ou falha no tratamento clínico

Complicações da Histerectomia:
- Hemorragia: perda média estimada de 400 ml;
- Infecção: presente em 1/3 das pacientes
submetidas a histerectomias que não recebem
antibioticoprofilaxia;
- Infecção urinária: ocorre em 2 a 5% dos casos;
- Lesão ureteral: ocorre em 0,1% do total dos
procedimentos; em 1,39% das histerectomias
laparoscópicas; 0,04% das histerectomias
totais abdominais; 0,03% das subtotais
e 0,02% das vaginais;
- Lesão vesical: ocorre em cerca de 0,5% dos
casos;
- Lesão intestinal: ocorre em cerca de 0,3%
dos procedimentos;
- Fístulas: principalmente vesicovaginais e
retovaginais. As fístulas ureterovaginais são
mais comuns nas histerectomias radicais
indicadas em malignidades ginecológicas
(ex.: câncer de colo uterino).

379
Q

indicações de miomectomia laparotômica

A
  • Desejo de procriação.
  • Presença de múltiplos miomas.
  • Útero muito volumoso, com miomas intramurais
  • maiores que 5 a 8 cm ou altura do fundo
  • uterino superior a 16 semanas de gestação.
  • Miomas profundos intramurais
380
Q

indicações de miomectomia videolaparoscopia

A
  • Desejo de procriação.
  • Presença de pequeno número (até 3 a 5)
  • de miomas subserosos ou intramurais menores
  • ou iguais a 5 cm.
  • Útero não muito volumoso, com miomas
    menores que 5 a 8 cm ou altura do fundo
    uterino inferior a 17 semanas de gestação.
381
Q

indicações de miomectomia histeroscópica

A
  • Pacientes com miomas submucosos +.
  • Sangramento uterino anormal.
  • Dor pélvica.
  • Infertilidade (sobretudo nas pacientes com indicação de fertilização in vitro).
  • Abortamentos recorrentes.
382
Q

Descreva o fluxograma do mioma na mulher que deseja engravidar

A

galeria (foto 21)

383
Q

Manejo do mioma na gestante

A

Durante o ciclo grávido puerperal não deve
ser praticada qualquer terapia medicamentosa
ou cirúrgica

As únicas indicações de cirurgia para mioma na
gestação são os casos de degeneração rubra e torção
pedicular acompanhada de abdome agudo

384
Q

Fluxograma que resume a abordagem dos miomas uterinos

A

galeria (foto 22)

385
Q

Qual adefinição de adenomiose?

A

A adenomiose corresponde à presença de tecido
endometrial (glândulas e estroma) entre
as fibras musculares do miométrio. Em outras
palavras, caracteriza-se por pequenos “lagos”
de endométrio espalhados na intimidade do
miométrio e/ou como um nódulo circunscrito
na parede miometrial, chamado adenomioma

386
Q

Quase todos os casos de adenomiose, aproximadamente 90%, ocorrem em mulheres…

A

multíparas

387
Q

A adenomiose depende de qual hormônio?

A

estrogênios

388
Q

A adenomiose está relacionada

a elevados títulos sanguíneos de…

A

autoanticorpos antifosfolipídios e do antígeno CA-125

389
Q

Quais sinais e sintomas podem estar associado a um quadro de adenomiose?

A

 Sangramento Uterino Anormal:

 Dismenorreia Secundária: presença de dor
que antecede em até uma semana o fluxo menstrual.
Caracteristicamente, é uma dismenorreia
intensa e progressiva. Pode anteceder o fluxo
menstrual em vários dias (até uma semana antes
do início do fluxo);

 Dispareunia: sua presença é menos frequente;

 Dor Pélvica Crônica: sua presença também
é menos frequente;

 Infertilidade: sua presença também é menos
frequente

 Aumento do volume uterino: observa-se
aumento global e simétrico (uniforme, mas, em
geral, medindo menos de 12-14 cm) do útero,
que se encontra amolecido e doloroso, principalmente
no período pré-menstrual.

390
Q

Qual região do útero é mais frequentemente acometida pela adenomiose?

A

Parede posterior

391
Q

ACHADOS CARACTERÍSTICOS DA

ADENOMIOSE À RM

A
  • Largura mínima da zona juncional de 5 a 12 mm;
  • Largura focal e irregular da zona juncional;
  • Baixa intensidade da zona juncional;
  • Manchas de alta intensidade dispersas na
    zona juncional;
  • Margens indistintas da zona juncional ao
    exame do miométrio.
392
Q
A zona juncional, cuja espessura
varia fisiologicamente no
curso do ciclo menstrual de 1 a
3 mm, permanece constantemente espessada
na adenomiose.
V ou F
A

V

393
Q

sinal de Dionisi

A

irregularidades da superfície

miometrial evidenciadas na HSG

394
Q

Como é definida a infertilidade

A

Ausência de gestação, após um ano de coito desprotegido

395
Q

Infertilidade primária vs secundária

A

Infertilidade Primária: Representa a ausência de gestação prévia.

Infertilidade Secundária: Define a história de gestação prévia, mas não necessariamente com um
nascido vivo.

396
Q

Fecundabilidade vs fecundidade

A

Fecundabilidade: É a probabilidade de se conseguir gravidez dentro de um único ciclo
menstrual. A fecundabilidade de um casal foi estimada em 20 a 25%.

Fecundidade: É a probabilidade de se conseguir um nascido vivo em um único ciclo.

Com base nas estimativas, aproximadamente 90% dos casais devem conceber em um ano.

397
Q

De acordo com o livro Endocrinologia Ginecológica
Clínica e Infertilidade (Fritz and Speroff
– 2015) – (FIGURA 1), as causas de infertilidade
podem ser divididas em (descreva sua porcentagem):

A
 Fator masculino: 35%;
 Fator tuboperitoneal: 35%;
 Disfunção ovulatória: 15%;
 Infertilidade sem causa aparente: 10%;
 Outros: 5%.

Quando é considerada apenas a infertilidade
feminina:
 Fator ovulatório: 40%;
 Fator tuboperitoneal: 40%;
 Infertilidade sem causa aparente: 10%;
 Causas variadas: 10% (inclui fator uterino,
fator cervical, dentre outras).

398
Q

Exames complementares iniciais da propedêutica da infertilidade

A

 Espermograma.
 Dosagens Hormonais (DH): incluindo FSH e estradiol basais, prolactina, TSH, T4 livre, progesterona (P4) de segunda fase.
 Ultrassonografia Transvaginal Seriada (USGTV).
 Histerossalpingografia (HSG).

399
Q

A causa mais comum de disfunção ovulatória

é

A

SOP

400
Q

Em que momento do ciclo menstrual costuma haver o pico de progesterona?

A

ocorre em torno do meio da fase lútea, entre o 21º e o 24º dias (em torno do oitavo dia após a ovulação = aproximadamente no 22º dia), considerando-se um
ciclo padrão de 28 dias

401
Q

Níveis de progesterona superiores a… são
indicativos de ovulação, porém somente níveis
acima de… permitem concluir que a
função lútea é normal.

A

3 ng/ml

10 ng/ml

402
Q

Prova de Cotte positiva

A

Representa o extravasamento do contraste, quando a trompa é pérvia, para a cavidade abdominal bilateralmente
É sinônimo de permeabilidade tubária.

403
Q

padrão-ouro para o diagnóstico de doença

tubária e peritoneal

A

videolaparoscopia

404
Q

Limites Inferiores de Referência (5º percentil e intervalo de confiança de 95%) para Características Seminais

A

Volume do sêmen (ml) 1,5 (1,4-1,7)

Nº total de SPTZ (10^6 por ejaculado) 39 (33-46)

Concentração de SPTZ (10^6 por ml) 15 (12-16)

Motilidade total (PR + NP, %) 40 (38-42)

Motilidade progressiva (PR, %) 32 (31-34)

Vitalidade (SPTZ vivos, %) 58 (55-63)

Morfologia espermática (formas normais, %) 4 (3,0-4,0) (*)

OBSERVAÇÕES:
1- SPTZ – Espermatozoides;
2- PR – Progressiva;
3- NP – Não progressiva;
4- (*) Morfologia estrita de Kruger: Os parâmetros definidos por Kruger relacionam-se estreitamente com
as taxas de fertilização. São utilizados como preditores de sucesso em reprodução assistida. A morfologia
estrita de Kruger considera apenas os espermatozoides com a cabeça oval. O valor de referência é maior
ou igual a 14% de formas normais. Em termos de morfologia, atualmente, é o parâmetro mais empregado

405
Q

definição de normozoospermia, oligospermia, aspermia, azoospermia, oligozoospermia, astenozoospermia, teratozoospermia, oligoastenoteratozoospermia, necrozoospermia

A

Normozoospermia - Ejaculado normal.

Oligospermia - Baixo volume de esperma.

Aspermia - Ausência de ejaculado.

Azoospermia - Ausência de espermatozoides no ejaculado.

Oligozoospermia - Baixa concentração de espermatozoides no ejaculado (abaixo de 20 milhões/ml):

  • Leve a moderada: 5-20 milhões/ml de sêmen;
  • Grave: < 5 milhões/ml.

Astenozoospermia - Baixa motilidade dos espermatozoides.

Teratozoospermia - Alteração morfológica dos espermatozoides (menos de 30% de espermatozoides
normais).

Oligoastenoteratozoospermia - Alteração nas três variáveis (concentração, na motilidade e na morfologia
dos espermatozoides). Combinações de dois prefixos também podem ser usadas.

Necrozoospermia - Todos os espermatozoides são inviáveis ou imóveis.

406
Q

Causas de infertilidade masculina

A

Doenças congênitas, como a fibrose cística (associada
à agenesia de deferentes ou epidídimo),
síndrome do cílio imóvel (Kartagener), síndrome
de Young, que também podem apresentar sintomas
respiratórios, são causas de infertilidade
masculina. A síndrome de Kallman leva a hipogonadismo hipogonadotrófico e anosmia.

A infertilidade masculina pode, ainda, estar associada
a doenças genéticas, cromossômicas
ou gênicas, que cursam com alterações na espermatogênese, como a síndrome de Klinefelter
(cariótipo 47, XXY), ou os quadros de microdeleções
do cromossomo Y. As alterações genéticas
podem explicar até 15% dos casos de alterações
espermáticas graves.

Doenças como a agenesia de deferentes e hipospadias são também causas de infertilidade
masculina. A varicocele, que é uma dilatação das veias
do complexo pampiniforme, é mais prevalente
nos homens inférteis do que nos homens férteis
(30% x 15%). Vale aqui a ressalva de que
a ação do tratamento da varicocele na melhora
a fertilidade do homem permanece uma
questão controversa.

407
Q

Descreva a SHEO

A

Síndrome do Hiperestímulo Ovariano (SHEO): a SHEO é uma condição iatrogênica, que pode
ocorrer quando se utilizam drogas indutoras de ovulação (principalmente as gonadotrofinas). A fisiopatologia
da SHEO ainda não foi totalmente esclarecida, mas parece estar relacionada com o
sistema renina-angiotensina e com a liberação de substâncias vasoativas pelo ovário, sob a ação
do hCG. Esta condição se caracteriza por um aumento da permeabilidade capilar, com passagem
de fluidos do espaço intravascular para o chamado “terceiro espaço”, que resulta em um acúmulo
de líquidos nesses espaços e hemoconcentração. A forma mais leve se manifesta como um aumento
no volume ovariano e desconforto abdominal que irão se resolver espontaneamente. Está
indicada apenas a observação e orientação da paciente, que deve ficar em repouso. As formas
mais graves podem evoluir com ganho de peso acentuado, ascite, derrame pleural e peripericárdico,
hemoconcentração, tromboembolismo, oligúria, insuficiência renal aguda e óbito. Nos casos
mais graves, está indicada a internação da paciente com monitorização rigorosa

408
Q

Descreva resumidamente o tratamento segundo a Causa de Infertilidade

A

galeria (foto 23)

409
Q

Qual é o melhor marcador hormonal da espermatogênese, sendo o primeiro hormônio que se altera em casos de maior gravidade?

A

FSH

410
Q

O sucesso do tratamento cirúrgico
da hidrossalpinge se relaciona
com o grau de lesão tubária
e o estado da mucosa. Ele não se relaciona
com a técnica cirúrgica – microcirurgia ou
macrocirurgia, laparoscopia ou laparotomia

V ou F

A

V

411
Q

em casos de pacientes jovens (menos
de 35 anos), com apenas o fator tubário para a
infertilidade, deve ser realizada a videolaparoscopia,
visando à tentativa de correção da alteração, antes de se tentar FIV
V ou F

A

V

412
Q

Descreva como a Organização Mundial de Saúde classifica os distúrbios da ovulação

A

 Grupo 1: Falha ou Defeito Central Caracterizado
pelo Hipogonadismo Hipogonadotrófico

 Grupo 2: Disfunção Anovulatória Caracterizada
pelo Normogonadismo Normogonadotrófico
(Aproximadamente 80 a 90% dos casos estão
relacionados à síndrome de ovários policísticos.
Este grupo é responsável por 85% dos casos
de anovulação)

 Grupo 3: Falência Ovariana Caracterizada
pelo Hipogonadismo Hipergonadotrófico

413
Q

TTO com distúrbios ovulatórios do grupo 1

A

Pacientes do Grupo 1 usualmente não respondem
ao citrato de clomifeno, pois este medicamento
exige que tanto o hipotálamo quanto a hipófise
estejam com suas funções preservadas.

Assim, recomenda-se o uso de gonadotrofinas (FSH e
LH) extraídas da urina de mulheres menopausadas
(hMG) ou combinação de FSH e LH recombinantes

414
Q

Em pacientes portadoras de FOP,
é recomendável, em casos selecionados, a realização de cariótipo
V ou F

A

V
Devido à elevada incidência de alterações cromossômicas em pacientes portadoras de FOP
é recomendável a realização de cariótipo em
todos os casos de menopausa precoce

415
Q

padrão-ouro para diagnóstico e tratamento de sinéquias uterinas

A

histeroscopia

416
Q

recomendações para tto de infertilidade sem causa aparente

A

galeria (foto 24)

417
Q

Segundo a RESOLUÇÃO CFM nº
2.168/2017, ‘As técnicas de RA não podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (presença ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer
outra característica biológica do futuro filho,
principalmente para evitar doenças no possível descendente.

A

F

As técnicas de RA NÃO podem ser aplicadas
com a intenção de selecionar o sexo (presença
ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer
outra característica biológica do futuro filho,
EXCETO para evitar doenças no possível descendente.

418
Q

Segundo a RESOLUÇÃO CFM nº
2.168/2017 “As técnicas de RA também podem ser utilizadas para tipagem do sistema HLA do embrião,
no intuito de selecionar embriões HLAcompatíveis
com algum irmão já afetado pela
doença e cujo tratamento efetivo seja o transplante
de células-tronco, de acordo com a
legislação vigente.”
V ou F

A

V

419
Q

Como os pólipos endometrias costumam se apresentar na USG?

A

pólipos geralmente se apresentam arredondados,
como uma imagem focal hiperecogênica,
bem definida, no endométrio

420
Q

Quando realizar umapolipectomia?

A

A tendência atual, embora não seja
consenso, é recomendar a polipectomia, mesmo
nos pólipos assintomáticos, uma vez que pode haver degeneração maligna

421
Q

Opções terapêuticas para tto de dismenorreia primária

A
  • ACO
  • AINEs
  • VITAMINA B6: possui efeito relaxante e
    antiespasmódico sobre o útero;
  • VITAMINA E: não tem o respaldo das evidências
    científicas, por apresentar eficácia
    semelhante ao placebo;
  • BLOQUEADORES DE CANAIS DE
    CÁLCIO (nifedipina e verapamil): inibem
    a hipercontratilidade uterina e a contração
    da musculatura lisa dos vasos, diminuindo
    a hipóxia e a isquemia. Os efeitos colaterais
    desestimulam seu uso;
  • BETA-ADRENÉRGICOS (salbutamol,
    terbutalina e fenoterol associado a ibuptofeno):
    promovem relaxamento sistêmico
    da musculatura lisa, vasodilatação, hipotensão
    e taquicardia. Podem ocasionar alívio
    em casos graves;
  • PROGESTOGÊNIOS: acetato de medroxiprogesterona,
    nomegestrol ou didrogesterona
    podem ser utilizados por via oral durante
    10 a 14 dias antes da menstruação. O
    sistema intrauterino liberador de levonorgestrel
    (Mirena®) causa decidualização, atrofia
    do endométrio, redução de fluxo e inibição
    da síntese de prostaglandinas;
  • ANÁLOGOS DE GnRH: podem ser úteis,
    mas seus efeitos colaterais e seu custo limitam
    o uso;
  • ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA
    TRANSCUTÂNEA (TENS)
422
Q

Paciente de 29 anos, sem filhos, procurou ginecologista
com queixa de dismenorreia severa há um ano, com
piora gradativa, dispareunia de profundidade e infertilidade.
Há 1 ano não faz anticoncepção. Marido tem 33 anos,
é saudável, sem queixa clínica, e trouxe à consulta espermograma
normal. Na consulta, a paciente estava no 10o
dia do ciclo menstrual, e o exame ginecológico foi normal.
A hipótese diagnóstica para esse caso é:
a) Adenomiose superficial.
b) Leiomioma do útero.
c) Dismenorreia primária.
d) Endometriose pélvica.
e) Síndrome dos ovários policísticos.

A

D

423
Q

Paciente de 37 anos está tentando engravidar, sem
sucesso, há três anos. O espermograma do parceiro não
apresenta alteração. O método que avalia a reserva ovariana
neste caso é:
a) Dosagem sérica de inibina B no 10o dia.
b) Medida do Hormônio Foliculoestimulante (FSH) basal
no 3o dia do ciclo.
c) Pico de Hormônio Luteinizante (LH) urinário no meio
do ciclo.
d) USG transvaginal seriada.

A

B

A dosagem da inibina B
perdeu a aplicabilidade clínica pois outros testes são mais eficazes, além de também ser dosada no 3o dia do ciclo menstrual, e tanto o pico de LH no meio do ciclo quantoa ultrassonografia transvaginal seriada avaliam a função ovulatória, não a reserva ovariana

424
Q

Qual o uso da tibolona?

A

utilizada para tratamento de sintomas vasomotores

da menopausa

425
Q

Em uma paciente de 44 anos, Gesta 3 Para 3, que cursa
com dismenorreia secundária progressiva e aumento do
fluxo menstrual, qual é a causa mais provável nesse caso?
a) Leiomioma.
b) Sarcoma.
c) Adenomiose.
d) Endometriose.

A

C

426
Q

Descreva a incidência de Ca de mama de acordo com as regiões da mama

A
  • QSL: 55%
  • Aréola: 18%
  • QSM: 15%
  • QIL: 11%
  • QIM 6:
427
Q

Lesão do Nervo torácico longo

A

É responsável pela inervação do
músculo serrátil anterior, que é importante
para a fixação da escápula à parede torácica,
durante a adução do ombro e a extensão do
braço. Tem origem na face posterior dos ramos
ventrais de C5, C6 e C7. Sua lesão implica
em quadro conhecido por escápula alada

428
Q

Lesão do nervo toracodorsal

A

deriva de ramos de
C6, C7 e C8. Inerva o músculo grande dorsal.
A lesão deste nervo não resulta em deficit
funcional;

429
Q

Lesão do nervo intercostobraquial

A

origina-se do
segundo e terceiro nervos intercostais. É
responsável pela sensibilidade da face medial
do braço e da axila. A lesão deste nervo
acarreta alterações sensitivas na face medial
do braço, como parestesia ou dor crônica

430
Q

Descreva a classificação de Berg para os linfonodos axilares

A

Nível I: linfonodos localizados lateralmente
à borda externa do músculo peitoral menor.

Nível II: linfonodos localizados sob e entre
as bordas do músculo peitoral menor.

Nível III: linfonodos localizados medialmente
à borda interna do músculo peitoral
menor.

431
Q

Sinais de alerta em relação às alterações mamárias

A

• Nódulo ou espessamento que pareçam diferentes
do tecido das mamas;
• Mudança no contorno das mamas (retração,
abaulamento);
• Desconforto ou dor em uma única mama que
seja persistente;
• Mudanças no mamilo (retração e desvio);
• Descarga espontânea pelo mamilo, principalmente
se for unilateral.

432
Q

Doença de Mondor

A

tromboflebite de veias
superficiais do tórax e da parte superior do
abdome, principalmente da veia torácica lateral

É uma lesão rara associada a traumatismo
local (espontâneo ou cirúrgico).

Em geral, é um processo
autolimitado. A dor regride após duas ou três
semanas, e em seis a oito semanas não há mais
qualquer evidência da enfermidade

433
Q

O desconforto mamário pré-menstrual com duração de

dois a três dias é considerado normal, e é denominado…

A

mastodínia

434
Q

a maioria dos casos de mastalgia
não requer tratamento medicamentoso
V ou F

A

V

435
Q

Qual o medicamento mais eficaz no manejo da

dor mamária? Cite efeitos colaterais

A

Tamoxifeno (fármaco antiestrogênico)

EC: alterações menstruais, náuseas, fogachos, eventos tromboembólicos e câncer de endométrio

436
Q

É um antigonadotrófico
que induz uma pseudomenopausa.
Possui eficácia comprovada nas mastalgias cíclicas
e acíclicas, mas não se mostrou superior
ao tamoxifeno. Cerca de 20 a 30% das pacientes
podem apresentar alguns dos seguintes efeitos
colaterais: irregularidade menstrual, hirsutismo,
engrossamento da voz, oleosidade cutânea, acne,
cãibras, cefaleia, náuseas e depressão

A

Danazol

437
Q

É um esteroide sintético com propriedades androgênicas, antiestrogênicas e antiprogestogênicas.
Em geral, promove uma diminuição da
mastalgia após três meses de uso. Os efeitos
adversos incluem: hirsutismo, acne, irregularidade
menstrual, alteração da voz, diminuição
da libido, cefaleia, depressão e fadiga.

A

Gestrinona

438
Q

Em relação à vitaminoterapia para manejo da mastalgia, são empregados dois preparados principais de forma empírica:
 Vitamina A, B6 e E (Esclerovitan plus®):
duas drágeas ao dia durante dois a seis meses;
 Vitamina E (Ephynal®): uma drágea ao dia
por dois a três meses.
Contudo, até o momento, não há evidências científicas
que suportem a indicação das vitaminas no
manejo da dor mamária.
V ou F

A

V

439
Q

tríade clássica das AFBM

A

dor mamária cíclica, espessamentos
mamários e cistos

OBS.: pode ocorrer, ainda, descarga papilar
seroesverdeada, multiductal, bilateral

440
Q

Quando o esvaziamento de um cisto mamário por paaf não é suficiente, sendo necessário tto cirúrgico?

A
  • Exclusão de neoplasias dos cistos com várias
    recidivas, que apresentem massa residual pós-
    -punção ou cujo líquido seja sanguinolento;
  • Cisto complexo.
441
Q

Diferencie um quadro de Descarga Papilar (ou

Derrame Papilar ou Telorragia) fisiológica e patológica

A

Fisiológica

  • Descarga provocada
  • Multiductal
  • Bilateral
  • Multicolorida
  • Esporádica

Patológica

  • Descarga espontânea
  • Uniductal
  • Unilateral
  • Aquosa/sanguínea
  • Profusa e persistente
442
Q

Descreva a Coloração do Derrame Papilar

de Acordo com Afecções de Base

A

galeria (foto 25)

443
Q

Descreva o fluxograma propedêutico do derrame papilar

A

galeria (foto 26)

444
Q

Corresponde à principal causa de derrame papilar
sanguinolento (50% dos casos) ou serossanguinolento
(50% dos casos)

A

Papiloma intraductal

445
Q

Principal causa de galactorreia

A

A sua principal causa é farmacológica, sobretudo

por medicamentos psicotrópicos

446
Q

A história de galactorreia,
infertilidade e amenorreia sugere intensamente
a possibilidade de

A

Adenoma de hipófise

447
Q

Principais causas de derrame papilar

A

Os Tratados de Mastologia consideram como
as principais causas de derrame papilar, em
ordem sequencial:
1º) Papiloma intraductal;
2º) AFBM e ectasia ductal;
3º) Carcinoma in situ seguido pelo invasor.

O “Berek & Novak’s Gynecology” (2012)
informa que as principais causas de derrame
papilar sanguinolento são:
1º) Papiloma intraductal;
2º) Carcinoma intraductal.

Já o livro “Ginecologia Ambulatorial Baseada
em Evidências” – IMIP (2011) considera que:
- A ectasia ductal é a causa mais comum de
descarga papilar;
- O papiloma solitário é a causa mais frequente
de descarga papilar sanguinolenta.

Todas as outras referências bibliográficas
não fazem menção às causas mais comuns
de derrame papilar.

448
Q

Qual porcentagem dos nódulos mamários palpáveis é benigna?

A

80%

449
Q

Faça uma Correlação da Faixa Etária com as Principais Lesões Nodulares

A

galeria

450
Q

Cite situações que dispensam a complementação da mamografia com a USG

A

A complementação não está indicada nas lesões
categoria 2, nas lesões categoria 5, nas microcalcificações e na distorção focal da arquitetura.
A complementação pode ser dispensada nos
pequenos nódulos de aspecto benigno em mamas
adiposas.

451
Q

Características do nódulo mamário na usg que indicam benignidade e malignidade

A

Benignidade

  • Diâmetro laterolateral maior do que o craniocaudal.
  • Ecogenicidade homogênea.
  • Bordas bem delimitadas.
  • Pseudocápsula ecogênica fina.
  • Sombras laterais à lesão.
  • Reforço acústico posterior.

Malignidade
- Margens irregulares.
- Hipoecogenicidade e textura heterogênea
(achado inespecífico).
- Diâmetro craniocaudal (anteroposterior)
maior do que o diâmetro laterolateral (nódulo
“mais alto que largo”).
- Presença de sombra acústica posterior.
- Contornos microlobulares.

452
Q

Descreva a classificação BIRADS

A

galeria (foto 28)

453
Q

Características do nódulo mamário na mamografia que indicam benignidade e malignidade

A

Benignidade

  • Calcificações grosseiras.
  • Nódulos com contornos regulares e nítidos.

Malignidade

  • Microcalcificações pleomórficas agrupadas.
  • Nódulos espiculados, sem margens definidas
454
Q

DESCREVA AS RECOMENDAÇÕES PARA RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA NA
POPULAÇÃO DE BAIXO RISCO SEGUNDO MINISTÉRIO DA SAÚDE/INCA

A

< DE 50 ANOS  Não recomenda o rastreamento com MMG.

ENTRE 50 E 69 ANOS  MMG bienal.

≥ 70 ANOS  Contraindicado o rastreamento com MMG

455
Q

Cite grupos populacionais com

risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama

A

• Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com
diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade;
• Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com
diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária;
• Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino;
• Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia
lobular in situ.
 Mutação conhecida do BRCA 1 e 2.
 Parentes de primeiro grau com mutação conhecida ou não.
 História de radioterapia no tórax entre as idades de 10
a 30 anos.
 Pacientes portadoras da síndrome de Li-Fraumeni, síndrome
de Cowden ou síndrome de Bannayan-Riley-
-Ruvalcaba.
 Pacientes que apresentem parentes de 1º grau com
alguma das síndromes descritas anteriormente.

456
Q

Conduta frente a um achado mamográfico birads 3

A

Preconiza-se o controle mamográfico semestral
por três anos para confirmar a estabilidade da lesão e, por conseguinte, o caráter benigno
Repetição do exame a cada seis
meses no primeiro ano e anual nos dois
anos seguintes

457
Q

Descreva o fluxograma do exames complementares em caso de nódulo mamário

A

galeria (foto 28)

458
Q

É o tumor benigno mais prevalente da mama
feminina. Sua manifestação mais comum é um
tumor palpável. A faixa etária mais acometida
é de mulheres jovens entre 20 e 35 anos. Pode
ocorrer na puberdade. O risco de câncer subsequente
é o mesmo da população geral.
Tipicamente, apresenta-se como tumor palpável
de consistência fibroelástica, móvel, indolor,
de 2 ou 3 cm em seu maior diâmetro, com
rápido crescimento inicial, que posteriormente
se estabiliza

A

Fibroadenoma

459
Q

Corresponde a um tumor da árvore ductal,
que acomete principalmente os ductos subareolares
principais. É relativamente frequente.
É solitário, normalmente não excede 2-3
mm e se localiza nos ductos terminais. Possui
como apresentação clínica mais comum
a presença de descarga papilar uniductal
serossanguinolenta (50%) ou sanguinolenta
(50%), muitas vezes espontânea ou à compressão
do ducto dilatado a montante. A
faixa etária

A

Papiloma intraductal

460
Q

São relativamente raros. Acometem pacientes
entre a terceira e quinta décadas de vida. Distinguem-
se pelo seu crescimento rápido, grande
volume e tendência a recorrência local.
Apresentam aspecto histológico muito parecido
com os fibroadenomas, mas se diferenciam
deles pela celularidade de seu estroma. Possui estroma hipercelular, enquanto
o fibroadenoma comum possui estroma de baixa
celularidade. Raramente são bilaterais. Em
torno de 20% dos casos sofrem transformação
maligna. O tratamento habitual consiste em excisão com margens livres

A

Tumor Phyllodes ou Filoides

461
Q

Corresponde a um tumor benigno, que se manifesta
com maior frequência na terceira e
quarta décadas de vida (segundo os Tratados
de Mastologia). Segundo o livro “Rotinas em
Ginecologia”, 5ª edição, são mais frequentes
na pós-menopausa. É formado por uma quantidade
variável de tecido glandular, gordura e
tecido conectivo fibroso. Clinicamente, são
macios, com textura semelhante a do parênquima,
e muito similares aos lipomas e aos fibroadenomalipomas.
Apenas a histopatologia é
capaz de diferenciá-los. O tratamento consiste
na retirada completa do tumor

A

Hamartoma

462
Q

É a mastite mais comum. Na maioria das vezes
deriva de germes saprófitas da pele. Em geral,
a presença de fissuras mamárias resulta em
quebra dos mecanismos de defesa do organismo
e em aumento do número de bactérias sobre
a pele da mama. A penetração dos germes
ocorre pelos linfáticos superficiais, expostos
pelas fissuras mamilares.
O principal agente etiológico é o Staphylococcus
aureus. Pode ser encontrado com menor
frequência o Staphylococcus epidermidis e o
Streptococcus do grupo B. Nas formas graves,
com a consequente evolução para ulceração e
necrose, associam-se bactérias Gram-negativas
aeróbicas (E.coli, Pseudomonas e Serratia)
ou germes anaeróbios, como os
bacteroides.

A

Mastite aguda puerperal

463
Q

Quando interromper a amamentação em caso de mastite aguda puerperal?

A
  • Drenagem purulenta espontânea pela papila;
  • Incisão cirúrgica para drenagem de abscesso
    flutuante muito próxima do mamilo.
464
Q

O tumor maligno usual-
mente tem crescimento insidioso e localiza-
se no quadrante superior externo ou na
região central. Além disso, deve-se desconfiar
fortemente de um tumor unilateral (na maio-
ria das vezes), firme, de consistência endu-
recida ou até pétrea. Outro dado que não
pode ser esquecido é que o tumor maligno não
dói, só quando já atingiu grandes dimensões.
A descarga papilar pode estar associada

V ou F

A

V

465
Q

Fatores de risco para Ca de mama

A
  • Sexo feminino
  • Idade (> 40 anos)
  • Raça branca (A incidência de câncer de mama é maior na raça branca do que na negra, mas não há diferença nos índices de mortalidade. As mulheres
    asiáticas possuem o menor risco para a doença.)
  • Antecedente Pessoal de Câncer de Mama
  • História Familiar
  • Antecedente Pessoal de Outros Tipos de
    Câncer e RT para Linfoma de Hodgkin (história de outros tipos de tumor, principalmente de endométrio, ovário ou cólon, e a história de Radioterapia (RT) mediastinal)
  • Lesões Histológicas Indicadoras de Risco (São consideradas como fatores de risco as doenças benignas com padrão proliferativo - hiperplasia ductal ou lobular - principalmente se houver atipia)
  • Cicatriz Radial ou Lesão Esclerosante Complexa
  • História Menstrual: Menarca Precoce e Menopausa Tardia
  • História Obstétrica: Nuliparidade e Primiparidade Idosa
  • Uso de ACO (de forma geral, o uso de ACO parece não influenciar o risco de Ca de mama, exceto naquelas mulheres que possuem predisposição genética, isto é, as que são portadoras de mutações no BRCA.)
  • Terapia Hormonal
    O estudo WHI (Women’s Healthy Initiative randomized trial) e o estudo Million Women Study (desenvolvido no Reino Unido) concluíram que a associação de estrogênios conjuga- dos e de progesterona na terapêutica da síndrome climatérica aumentou o risco de câncer de mama. A maioria dos estudos concluiu que esterisco é maior principalmente quando o uso é
    superior a dez anos.
  • Fatores Nutricionais: dietas ricas em gordura
  • Uso Crônico de Bebidas Alcoólicas
  • Agentes Químicos
    (É maior a incidência do câncer de mama nos paí-
    ses em que o consumo de DDT é maior)
  • Radiação Ionizante
  • Fatores Geográficos
    (A doença é mais comum em países desenvolvidos
    e industrializados)
  • Sedentarismo
  • Genética (Mutação no Gene BRCA 1; Mutação no Gene BRCA 2
  • Doença de Cowden
466
Q

o câncer de mama de caráter here-
ditário (predisposição genética) corresponde a
cerca de… do total de casos.

A

5 a 10%

467
Q

Definição de menarca precoce, menopausa tardia e primiparidade idosa

A

De acordo com o Manual “Controle dos Cânceres de Colo Uterino e Mama” do Ministério da Saúde (2013), a menarca precoce é definida como a idade da primeira menstruação menor que 12 anos e a menopausa
tardia é aquela instalada após os 50 anos de
idade. A primiparidade idosa também é defini-
da como a primeira gravidez após os 30 anos.

468
Q

Discorra sobre a mutação nos genes BRCA 1 e BRCA 2

A

 Mutação no Gene BRCA 1
É uma mutação que ocorre no braço longo do
cromossoma 17, que codifica uma proteína que
age como supressora tumoral. É responsável
por 40% dos casos de câncer com envolvimen-
to genético. Aumenta o risco de câncer, sobre-
tudo na pré-menopausa.

 Mutação no Gene BRCA 2
É uma mutação que ocorre no braço longo do
cromossoma 13. Este cromossoma também é
inativo durante o processo de oncogênese. A
mutação aumenta o risco de doença principal-
mente na pós-menopausa.

469
Q

Discorra sobre a doença de Cowden

A

É uma doença autossômica dominante responsável por menos de 1% dos casos de câncer de mama. Está associada à presença de pólipos harmatomatosos intestinais e extraintestinais, de localização em pele e mucosas, assim como a tumores faciais e à hiperceratose palmoplantar.

470
Q

até o momento, a maioria dos livros didáticos não considera o tabagismo como fator de risco para o câncer de mama. O manual “Controle dos Cânceres de Colo Uterino e Mama” do Ministério da Saúde (2013) também não o considera um fator de risco.
V ou F

A

V

471
Q

Amamentação é um fator de proteção bem estabelecido para Ca de mama
V ou F

A

F
A inibição da função ovariana pela lactação supostamente reduziria o risco de câncer de mama em mulheres que amamentam, informação corroborada pelo Ministério da Saúde em 2015. No entanto, estudos recentes e alguns livros, como o “Tratado de Ginecologia – Bereke Novak” (2012), não confirmam essa tendência e informam que a amamentação não afeta a incidência de câncer de mama.

472
Q

Indicadores de risco para mutações

nos genes BRCA 1 e BRCA 2

A
  • Parentes de pacientes com câncer de
    mama que foram diagnosticados como
    portadores da mutação em um dos genes
    (BRCA 1 ou BRCA 2).
- Pessoas com ascendência Ashkenazi que
identificam familiares que tiveram câncer
de mama em idade precoce, menor que 50
anos, ou que tiveram câncer de ovário em
qualquer idade.
- Um parente de 1o grau que teve câncer de
mama com menos de 30 anos.
Dois parentes de 1o grau com câncer de
mama, sendo um diagnosticado antes dos
50 anos.
  • Dois parentes de 1o grau com câncer de
    mama, ambos diagnosticados antes dos
    60 anos.
  • Um parente de 1o grau e um parente de 2o
    grau com câncer de mama, sendo que a
    soma das idades de diagnóstico dos dois
    é menor que 110 anos.
  • Dois parentes de 1o grau com câncer de
    mama, um deles com câncer bilateral.
  • Um parente de 1o grau e um parente de 2o
    grau com câncer de mama, um deles bilateral.
  • Dois parentes de 2o grau, do mesmo lado
    genético (materno ou paterno), sendo que
    a soma das idades de diagnóstico dos dois
    é menor que 80 anos.
  • Um parente de 1o grau com câncer de mama e um parente de 1o grau com cân- cer de ovário, sendo que nesse paciente o câncer de ovário foi identificado em idade menor que 70 anos.
  • Dois parentes de 1o grau com câncer de ovário.
  • Um parente de 1o grau, homem, com câncer
    de mama.
473
Q

No carcinoma da mama, a disseminação ocorre principalmente a partir da

A

Via linfática

474
Q

Locais mais comuns de MTX no Ca de mama

A

O sítio mais habitual de metástases à distância é o esqueleto. Metástases pulmonares, hepáticas e cerebrais também ocorrem com frequência.

475
Q

Diferencie o carcinoma ductal in situ do lobular in situ

A

galeria (foto 30)

476
Q

Apesar de alguns autores não considerarem o carcinoma lobular in situ um precursora do ca de mama, todos os autores concordam que o
CLIS representa um indicador biológico de
aumento de risco para o desenvolvimento de
um tumor invasor, devido ao seu grande potencial
para multicentricidade e bilateralidade
V ou F

A

V

477
Q

É o tipo de câncer de mama invasivo mais comum,
correspondendo a 70 a 80% das lesões
invasivas diagnosticadas após biópsia. A capacidade
de provocar reação estromal é que produz
diferentes formas de apresentação, determinando
retração de pele quando há reação
fibrótica intensa, ou abaulamentos quando o
crescimento é tuberoso e com pouca fibrose.
Esta reação estromal pode ser intensa, resultando
em estroma denso e firme, responsável
por sua antiga denominação como carcinoma
cirroso. Esta característica parece ser responsável
pela frequente massa palpável de consistência
pétrea ao exame clínico, e pela grande
expressão radiológica e ultrassonográfica, com
presença de lesão sólida típica dos carcinomas
invasivos. O prognóstico é bom em casos de
carcinoma isolado, e péssimo em casos
de metástases.

A

Carcinoma ductal infiltrante

478
Q

É pouco frequente. Corresponde a 5 a 10% na
maioria das séries. O achado típico é de uma
área mal definida, infiltrada, espessada na
mama, com pouca expressão mamográfica.
Apresenta maior tendência à bilateralidade e
multicentricidade. Está mais associado ao uso
da TH do que o câncer ductal invasivo. Normalmente
não observamos lesão macroscópica.
Microscopicamente, evidenciam-se células
pequenas e ovais, que infiltram o estroma na
forma característica, em “fila indiana”. A perda
da coesão que caracteriza as células neoplásicas
deste tipo histológico está relacionada
com a perda da expressão do gene da molécula
de adesão da E-caderina. Células em anel de
sinete podem ser observadas

A

Carcinoma lobular infiltrante

479
Q

Possui crescimento lento e se distingue pelo
acúmulo de mucina ao redor das células tumorais.
Em determinadas situações, atinge grandes
volumes. Parece ser mais comum em pacientes
mais idosas. Normalmente apresenta aparência
gelatinosa ao exame macroscópico, com tendência
a serem bem circunscritos. É caracterizado
por proliferação de grupamentos de células redondas, uniformes com mínima quantidade
de citoplasma eosinófilo.
Geralmente cursa com bom prognóstico

A

Carcinoma mucinoso (coloide)

480
Q

Responde por aproximadamente 2% dos carcinomas
de mama. É caracterizado pela presença
de estruturas tubulares ou glandulares
bem formadas infiltrando o estroma. Os túbulos
tendem a ser alongados, com presença de
células colunares e frequentemente há protusões
citoplasmáticas apicais. Raramente, apresenta
metástases axilares. Também possui
bom prognóstico.

A

Carcinoma tubular

481
Q

Representa 5% dos carcinomas de mama. É
circunscrito ao exame macroscópico e, em alguns
casos, há presença de necrose ou hemorragia
ao redor. As células tumorais são pouco
diferenciadas (alto grau histológico) e possuem
uma reação linfocitoplasmática em associação.
Normalmente, o prognóstico é mais favorável do que o do câncer ductal infiltrante, apesar da sua aparência
histológica ruim. Ocorre mais frequentemente
em pacientes mais jovens e tem sido
associado a mutações do BRCA 1.

A

Carcinoma medular

482
Q

É uma desordem do mamilo e aréola, caracterizada
clinicamente pela aparência eczematoide,
com a presença de erosão e descamação.
Histologicamente, caracteriza-se pela presença
de células tumorais que acometem a epiderme
das papilas mamárias. É obrigatória a
distinção deste tumor com o eczema areolar.
A destruição da papila é a principal característica
dessa doença

A

doença de Paget

483
Q

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE

CARCINOMA DE PAGET E ECZEMA AREOLAR

A

Galeria (foto 31)

484
Q

É uma forma distinta de câncer de mama localmente
avançado, caracterizado clinicamente por
eritema, edema, calor e endurecimento da pele,
com o aspecto característico em “casca de laranja”
(peau d’orange). Pode haver ou não a
presença de nódulo palpável. Histologicamente
caracteriza-se pela invasão das células tumorais
no sistema linfático regional e à distância

A

Carcinoma inflamatório

485
Q

Responde por 1 a 2% dos carcinomas de mama.
Incidem preferencialmente na pós-menopausa.
Normalmente, acometem a região central da
mama. Constitui-se de nódulo não encapsulado
de células neoplásicas epitelioides ou fusocelulares,
sem papilas bem formadas. A ausência
de células mioepiteliais no interior da lesão é
característica. Frequentemente, manifesta-se
com derrame papilar sanguinolento

A

Carcinoma papilífero

486
Q

pacientes jovens, usualmente abaixo
dos 40 anos de acordo com a maioria das referências
ou com idade inferior a 35 anos segundo
o Ministério da Saúde, têm maior risco de
recidiva local do ca de mama
V ou F

A

V

487
Q
- TUMORES INFILTRANTES = ABORDAGEM
DA AXILA, que pode ser pelo estudo
do linfonodo sentinela ou pelo esvaziamento
axilar clássico, + QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE.
Se o estudo do linfonodo sentinela
for negativo, não há necessidade de
realizar o esvaziamento axilar completo
V ou F
A

V

488
Q

Critérios necessário para ser possível uma cx conservadora no ca de mama

A
- Desejo da paciente, desde que a mesma
preencha os critérios eletivos (vide abaixo);
- Tumor primário único: até 3,5 cm avaliando
relação tamanho do tumor/volume da mama;
- Capacidade de realizar a ressecção com
margens livres;
- Estágios iniciais do câncer de mama;
- Acesso à radioterapia complementar.
489
Q

Indicações de mastectomia em casos de ca de mama

A

está indicada nos casos de
tumores malignos infiltrantes que ocupam mais
de 20% do volume da mama ou em casos de
tumores localmente avançados.

490
Q

corresponde à exérese
apenas da mama, com extensão variável da pele
que a recobre, incluindo sempre o complexo
areolopapilar. Possui como principal indicação
os tumores multicêntricos ou intraductais
(CDIS) extensos

A

mastectomia simples

491
Q

corresponde à ressecção de
todo tecido mamário, dos músculos peitorais
maior e menor, além do esvaziamento
axilar. É uma técnica que está em desuso

A

Mastectomia Radical Clássica ou Técnica Halsted

492
Q

é a mais empregada
atualmente para os tumores que ocupam
mais de 20% do volume da mama, porém
ainda não são localmente avançados. Realiza-
se a retirada da mama e do pequeno
peitoral, associado ao esvaziamento axilar.
Preserva o músculo peitoral maior.

A

Mastectomia Radical Modificada segundo

a Técnica de Patey

493
Q

Técnica que preserva ambos
os músculos peitorais. O esvaziamento axilar
também está incluído.

A

Mastectomia Radical Modificada segundo

a Técnica de Madden

494
Q

Nos tumores in situ não há possibilidade de
disseminação linfática. Neste caso, o esvaziamento
axilar pode ser dispensado
V ou F

A

V

495
Q

Pacientes submetidas à mastectomia
podem desenvolver a síndrome
de Stewart-Treves. Descreva-a

A

Também conhecida como angiossarcoma
pós-mastectomia.
Origina-se das células endoteliais
e se manifesta como linfedema do
membro superior. A incidência é de aproximadamente
0,45% nos primeiros cinco anos
de sobrevida. A maioria apresenta tumor em
região superior do membro e alguns na parede
torácica e ombro. Pode se apresentar
como tumor ulcerado ou massa fixa. O tratamento
é baseado na excisão do tumor e quimioterapia,
apresentando mau prognóstico

496
Q

Indicações de radioterapia adjuvante em tto de ca de mama

A

Está obrigatoriamente indicada:
- Após cirurgias conservadoras da mama;
- No caso de tumores maiores que 4 cm (5 cm
segundo algumas referências);
- Na presença de quatro ou mais linfonodos
axilares acometidos.

Também pode ser indicada nas cirurgias radicais
em que a extensão da doença não garantiu
segurança total através da cirurgia.

497
Q

Em pacientes que receberam QT
neoadjuvante, a QT
adjuvante pode ser empregada, visto que diminui recidiva tumoral
V ou F

A

F
No caso de a paciente ter recebido QT
neoadjuvante, não há necessidade de QT
adjuvante (é “uma ou outra”);

498
Q

Caso a paciente tenha indicação tanto de
radioterapia quanto de quimioterapia adjuvantes,
a QT deve preceder a RT.
V ou F

A

V

499
Q

Condição necessária para que a terapia hormonal possa ter benefício no tto do ca de mama

A

O tumor expressar receptores hormonais (RE+ e RP+).

500
Q

A hormonoterapia e a QT quando indicadas podem ser administradas simultaneamente
V ou F

A

F

501
Q

Descreva opções de hormonioterapia no ca de mama

A
  • Tamoxifeno
  • Inibidores da aromatase (após menopausa)
    São os mais utilizados

Análogos do GnRH

502
Q

São tumores pouco frequentes na mama. Possuem
algumas características especiais que os diferem
dos carcinomas. As massas tumorais que podem
atingir grandes volumes produzem metástases
preferencialmente por via hematogênica, e não
comprometem os linfáticos regionais. Respondem mal à QT e RT. A cirurgia representa
a principal conduta terapêutica

A

Sarcoma mamário

503
Q

Descreva as porções do ovário

A

Córtex: camada externa que contém o epitélio germinal que origina os folículos. É nesta região que encontramos os folículos ovarianos em diferentes estágios de desenvolvimento;

Medula: camada central constituída por estroma de tecido conjuntivo frouxo com maior número de fibras elásticas, algumas fibras musculares lisas, além de considerável quantidade de vasos espiralados (principalmente veias), o que confere a esta camada um aspecto cavernoso;

  • Hilo (rete ovarii): região da zona de união do ovário ao mesovário, através da qual se inserem as fibras nervosas e os vasos sanguíneos. O mesovário corresponde a um folheto duplo de peritônio que envolve os ovários por onde transitam os vasos e nervos ovarianos.
504
Q

Descreva a classificação dos tumores ovarianos benignos

A

galeria (foto 32)

505
Q

Causas de massa anexial ovariana por frequência e faixa etária

A

Infância

  • Tumor de células germinativas
  • Cisto funcional
Adolescência
- Cisto funcional
- Gravidez ectópica
- Teratoma cístico benigno ou outro tumor de
células germinativas
- Tumor ovariano epitelial

Menacme

  • Cisto funcional
  • Gravidez ectópica
  • Tumor ovariano epitelial

Perimenopausa

  • Tumor ovariano epitelial
  • Cisto funcional

Pós-Menopausa

  • Tumor ovariano (maligno ou benigno)
  • Cisto funcional

Modificado do livro “Berek & Novak’s Gynecology”
(2012).

506
Q

Em se tratando de tumor maligno de ovário na pós menopausa, 60 a 70% são diagnosticados nos estádios mais iniciais (estádios I e II).
V ou F

A

F
Em se tratando de tumor maligno,
60 a 70% são diagnosticados nos estádios mais
avançados (estádios III e IV).

507
Q

Quais são os cistos funcionais benignos do ovário?

A
  • Cistos foliculares
  • Cistos do corpo lúteo
  • Cistos tecaluteínicos
508
Q

É o cisto funcional mais comum (FIGURA 4).
É definido como um cisto simples que possui
mais que 3 cm. Normalmente, apresenta menos
que 8 cm no maior diâmetro.
Origina-se de um folículo estimulado pelas
gonadotrofinas hipofisárias que não se rompeu
durante o ciclo menstrual. Como dependem da
estimulação cíclica dos ovários, eles são mais
frequentes nas pacientes que menstruam e mais
raros em mulheres menopausadas.
Normalmente, se resolvem em quatro a oito
semanas com conduta expectante. Para cistos
de 8 cm, o período para regressão completa
pode ser de até três meses.

A

Cisto folicular

509
Q

Cisto que resulta do corpo amarelo que
se tornou cístico devido à hemorragia excessiva
na cavidade folicular. Pode ainda ser causado
por um acúmulo anormal de líquido cístico,
provavelmente em consequência do estímulo
excessivo do Hormônio Luteinizante (LH).
Sua evolução natural é semelhante à do cisto folicular, apresentando regressão espontânea na
maior parte dos casos. No entanto, sua rotura e
consequente hemorragia são mais comuns devido
à vascularização de sua parede

A

Cisto luteínico ou do corpo lúteo

510
Q

Quadro clínico da torção anexial

A

O início da torção e os sintomas da dor abdominal muitas vezes coincidem com levantamento de peso, exercício ou relação sexual. O quadro clínico apresenta respostas reflexas autonômicas como náuseas e vô-
mitos. Sabidamente, a dor piora com a atividade física e com a mudança de posição. O sinal mais importante é a constatação de uma grande massa pélvica ao exame físico.
Pequena elevação da temperatura e leucocitose podem acompanhar o infarto anexial.
Deve-se suspeitar do diagnóstico em qualquer mulher com dor aguda e massa anexial.

511
Q

A rotura do cisto lutínico é mais comum do lado direito. Geralmente, acontece entre o 20o e o 26o dia do ciclo e pode ocorrer durante o coito. Na ocorrência
dessa complicação, deve-se fazer o diagnóstico
diferencial com gravidez ectópica devido à dor
pélvica que ocorre em ambas as situações.
V ou F

A

V

512
Q

Cistos normalmente bilaterais e incidem na gravidez,
especialmente nas gestações molares (1/4 das gestações molares e 10% dos coriocarcinomas).
Podem se associar a gestações múltiplas, gestações molares, coriocarcinoma, diabetes, sensibilização Rh, uso de citrato de clomifeno, indução da ovulação por gonadotrofina da menopausa humana ou por gonadotrofina coriônica humana e uso de análogos do GnRH. São multicísticos, podem atingir grandes dimensões (até 30 cm) e tendem a regredir espontaneamente

A

Cistos tecaluteínicos

513
Q

Fator de risco mais importante para o desenvolvimento do câncer de ovário.

A

História familiar (eleve em 3-4x)

514
Q

O tabagismo tem sido associado ao desenvolvimento
de carcinoma sroso de ovário, mas não do carcinoma mucinoso.
V ou F

A

F
É o oposto
FR p/ carcinoma mucinoso

515
Q

A malignidade ovariana surge de um processo
anômalo de regeneração da superfície
epitelial na ovulação. Assim, fatores que promovem
inibição da função ovariana reduzem
o risco de câncer de ovário.
V ou F

A

V

516
Q

É identificado pela sua histopatologia incomum, com ilhotas de células cuboides claras, os chamados ninhos de células de Walthard.
São tumores epiteliais benignos, constituídos
por epitélio transicional, mas vale salientar que tem seus equivalentes malignos e limítrofes. Raramente ocorre transformação maligna.
Trata-se de tumor sólido que pode estar asso-
ciado à síndrome de Meigs.
Podem estar associados a um cistoadenoma
mucinoso, assemelhando-se ao quadro de um
tumor maligno.

A

Tumor de Brenner

517
Q

É um tumor raro, geralmente sólido, que pode
ser bilateral e levar ao aumento do ovário em
até doze centímetros.
Em aproximadamente 25% dos casos, asso-
ciam-se com virilização. Esta tem início no segundo trimestre da gestação devido à produção de testosterona.
Também pode ocorrer a masculinização de um feto
do sexo feminino.
A maioria dos casos regride espontaneamente,
mas o aumento persistente do tumor indica a
cirurgia.

A

Luteoma da Gravidez (alguns autores chamam de androluteoma)

518
Q

O que é o nódulo da irmã Maria José

A

nódulo umbilical metastático

519
Q

É um tumor misto, constituído por elementos
germinativos (geralmente representado pelo
disgerminoma) e elementos do cordão sexual
(elementos das células da granulosa e de Ser-
toli). Logo, podem produzir androgênios (virilizante) e estrogênios.
O tratamento recomendado é a ooforectomia.
Pacientes com disgenesia gonadal e presença
de cromossoma Y são consideradas de alto
risco para o desenvolvimento deste tumor.
Nestes casos, a conduta é a gonadectomia.

A

Gonadoblastoma

520
Q

Representa uma variante do teratoma cístico
maduro, em que se observa predomínio de mais de 50% de tecido tireoidiano (20% dos teratomas têm pequenos focos de tecido tireoidiano). Por esta razão, caracteriza-se pela produção ectópica de hormônios tireoidianos.
Em 5% dos casos desenvolve sintomas de tireotoxicose.
Possui baixo potencial de malignidade.

A

Struma Ovarii

521
Q

Descreva as características ultrassonográficas benignas e malignas das massas ovariana

A

galeria (foto 34)

522
Q

Geralmente, cistos funcionais são pequenos (5 cm ou menos), uniloculares e com paredes internas lisas, enquanto os cistos neoplásicos são maiores (mais que 5 cm), multiloculares, contêm áreas sólidas e possuem irregularidades na parede interna
V ou F

A

V

523
Q

Cistos uniloculares de todos os tamanhos geralmente são benignos. Apenas 2% dos uniloculares maiores de 10 cm são histologicamente malignos
V ou F

A

V

524
Q

Cistos malignos têm septos finos e tortuosos, paredes internas irregulares, margens pouco definidas e podem se associar com ascite. A presença desta última aumenta em quatro vezes a possibilidade de malignidade em mulheres na pré-menopausa e em oito vezes na pós-menopausa.
V ou F

A

F

Cistos malignos têm septos grossos

525
Q

As massas multilobulares são mais frequentemente malignas (28%) que as unilobulares (0,3%) tanto em mulheres na pré quanto na pós-menopausa.
V ou F

A

F
As massas multilobulares são mais frequentemente malignas (8%) que as unilobulares (0,3%) tanto em mulheres na pré quanto na pós-menopausa.

526
Q

caracterizam-se por um padrão adenomatoso
com todas as possíveis variações de
epitélios encontrados no útero. Podem estar
associados a lesões malignas no endométrio
(carcinoma de endométrio) em 10 a 15% dos
casos. A identificação da doença multifocal é
importante, pois a sobrevida em cinco anos das
pacientes com metástase do útero para o ovário
é de 30 a 40%. Naquelas com doença multifocal
sincrônica, ou seja, doença nos ovários e
no endométrio, a sobrevida em cinco anos é de
75 a 80%

A

carcinomas endometrioides

527
Q

O diâmetro do cisto está intimamente relacionado com o risco de malignidade. Massas com diâmetro maior que 5-7 cm apresentam risco elevado de malignidade
V ou F

A

F
O diâmetro do cisto está intimamente relacionado com o risco de malignidade. Massas com diâmetro maior que 8-10 cm apresentam risco elevado de malignidade

528
Q

Características das lesões malignas de ovário na dopplerfluxometria

A

baixo índice de pulsatilidade (IP < 1,0)

baixo índice de resistência (IR < 0,40).

529
Q

A partir dos Aspectos Clínicos e Sonográficos dos Tumores Benignos do Ovário, descreva o diagnóstico provável

A

galeria

530
Q

O… é o marcador tumoral mais sensível para os tumores epiteliais, especialmente os serosos. Já o… é particularmente mais sensível para tumores
ovarianos mucinosos.
Os teratomas císticos benignos normalmente não secretam marcadores tumorais.

A

Antígeno Cancerígeno (CA) 125

CA 19-9

531
Q

No líquido ovariano, a citologia não apresenta
sensibilidade confiável. Além disso, o derramamento
das células durante a punção pode aumentar o estadiamento, no caso de um câncer ovariano. Dessa forma, a punção e análise citológica do cisto ovariano não devem ser usadas para fins diagnósticos.
V ou F

A

V

532
Q

De acordo com algumas fontes bibliográficas,
na infância, aproximadamente 10% das neoplasias
ovarianas são malignas
F ou V

A

F

80%

533
Q

Descreva o manejo terapêutico de massas pélvicas na pré menarca de meninas e adolescentes

A

galeria

534
Q

Indicações de Abordagem Cirúrgica dos Tumores

Ovarianos na Pré-Menopausa

A
  • Tumores císticos em pacientes pré-púberes.
  • Tumores sólidos em qualquer faixa etária.
  • Tumores císticos maiores que 5 cm e persistentes por mais de seis meses.
  • Tumores mistos, cístico sólido, independente do tamanho e persistente por mais de três meses.
  • Mulheres assintomáticas com cistos maiores que 10cm.
  • Presença de achados suspeitos para malignidade, independente do tamanho: aparência ultrassonográfica do cisto, nenhuma mudança ou aumento no tamanho, níveis elevados de CA 125 (> 200 U/ml), ascite, suspeita de doença metastática, ou história familiar de um parente de primeiro grau com câncer de mama ou de ovário.
535
Q
  • Cistos maiores de 3 cm independentemente
    das características ecográficas.
  • Mulheres na pós-menopausa com cisto sintomático.
  • Concentração sérica de CA 125 > 35 U/ml.
  • Ascite ou outros sinais clínicos suspeitos de
    doença metastática.
    Todas essas são indicações de abordagem cirúrgica de tumores ovarianos na pós menopausa
    V ou F
A

F

Cistos maiores de 5 cm

536
Q

Apesar dos avanços diagnósticos e terapêuticos,
nos últimos 20 anos, das doenças malignas dos ovários, o índice de mortalidade permanece o mesmo
V ou F

A

V

537
Q

Neoplasia mais comum do ovário

A

carcinoma epitelial ovariano

538
Q

Fatores de risco do câncer de ovário

A

galeria (foto 37)

539
Q

O tabagismo tem sido associado ao desenvolvimento
de carcinoma mucinoso de ovário, mas não do carcinoma seroso.
V ou F

A

V

540
Q

Quais são as formas de disseminação

do câncer ovariano?

A

Transcelômica – o modo mais comum e
mais precoce da disseminação é por esfoliação
das células do ovário que se implantam na cavidade
peritoneal

Continuidade ou extensão direta

Linfática – é comum, mas acontece mais
tardiamente.

Hematogênica – é rara e geralmente
ocorre em estágios avançados da doença.

541
Q

Os primeiros sintomas do Ca de ovário sugerem a presença de doença em andar superior do abdome, com o aparecimento de sensação de plenitude gástrica, saciedade precoce, dispepsia ou distensão
abdominal e constipação intestinal. Assim,
as primeiras manifestações são atribuíveis ao
tubo digestivo em até 70% dos casos
V ou F

A

V

542
Q

O que é o nódulo da irmã Maria José

A

nódulo umbilical metastático de um ca de ovário

543
Q

Metástase extra-abdominal mais comum de um ca de ovário

A

Espaço pleural

544
Q

Descreva os Critérios de Sassone (fundo mais claro) e outros critérios auxiliares no diagnóstico diferencial de
massas anexiais benignas e malignas (fundo mais escuro).

A

galeria (foto 38)

545
Q

Descreva os Marcadores tumorais e sua associação com a histologia tumoral.

A

galeria (foto 39)

546
Q

Descreva a síndrome de Meigs

A

tumor benigno de ovário (fibroma é o mais frequente)

+ ascite + derrame pleural.

547
Q

Qual a grande aplicação do CA 125?

A

seguimento pós-tratamento

548
Q

O CA 125 é marcador inespecífico. Pode estar
aumentado em outras afecções, tais como:
endometriose, doença inflamatória pélvica,
menstruação, leiomiomas uterinos, adenomiose,
gravidez, ovulação, carcinomas de
endométrio, trompas, endocérvice, mama,
carcinomas de cólon, vias biliares, pulmão,
estômago, pâncreas, fígado, rins, insuficiência
renal, diverticulite e doença hepática.
V ou F

A

V

549
Q

Descreva a Classificação do tumor de ovário quanto ao tecido que ele reproduz.

A

galeria (foto 40)

550
Q

Surgem por invaginação do epitélio superficial
do ovário e são assim denominados porque
secretam líquido […], como as células secretoras
tubárias. Frequentemente, estas invaginações
associam-se a focos de material estranho,
denominados corpos de psammoma ou
psamomatosos. Esses corpos podem corresponder
a agentes irritativos que produzem aderências
e o aprisionamento dos epitélios de superfície.
Em 80% dos casos, apresentam-se como áreas de granulação calcificada fina, dispersos no tumor e que podem ser visíveis à radiografia, as quais também
podem ser observadas na variante benigna.
É o ca mais comum de ovário

A

carcinomas serosos

líquido seroso

551
Q

O epitélio neoplásico desse ca de ovário pode secretar grandes quantidades de material mucoide ou gelatinoso levando à rotura da cápsula ovariana e extravasamento do conteúdo para a pelve e cavidade
abdominal. O pseudomixoma peritoneal é
o termo clínico usado para descrever a presença
deste material circundado por tecido fibroso.
Este fenômeno causa uma extensa adesão das
alças intestinais, podendo resultar em obstrução
intestinal. Esta complicação é um importante
indicador de malignidade

A

Carcinoma mucinoso

552
Q

os tumores, principalmente gastrointestinais,
que metastatizam para os ovários
recebem os nome de…

A

tumores de Krukenberg

553
Q

Há diversos padrões histológicos básicos nesse tiipo de Ca de ovário, a saber: tubulocístico, papilar, reticular e sólido.
É histologicamente idêntico ao
tecido presente em útero e vagina de mulheres
expostas intraútero ao dietilestilbestrol.
É o ca de ovário de pior prognóstico entre os epiteliais. Coexistem frequentemente com outros tipos celulares
e apresentam como manifestações clinicolaboratoriais
hipercalcemia e hiperpirexia,
normalmente associadas à doença metastática.
Este tipo histológico é extremamente agressivo
e, quando a doença é ainda limitada aos ovários,
apenas metade das pacientes apresenta
sobrevida em cinco anos.

A

Carcinoma de células claras

554
Q

O tipo histológico maligno dos tumores germinativos mais comum é o…, seguido pelo… e pelo tumor do

A

disgerminoma

teratoma imaturo

seio endodérmico

555
Q

Os tumores de células germinativas são frequentemente associados a atividades hormonais ou
enzimáticas e os marcadores séricos são

A

Alfafetoproteína (AFP)

Gonadotrofina coriônica humana (hCG)

Desidrogenase láctica (LDH).

556
Q

apresentam tecidos embrionários e fetais pouco
diferenciados, nos quais pode haver mais facilmente
um crescimento descontrolado. Tais
tecidos podem produzir esteroides e acarretar
quadro de pseudoprecocidade sexual.
Os marcadores tumorais são negativos, exceto
quando há tumor de células germinativas misto.
Nas pacientes na pré-menopausa com lesões
aparentemente limitadas a um ovário, está indicada
ooforectomia unilateral e estadiamento
cirúrgico. O envolvimento contralateral é raro
neste tumor. O local mais comum de disseminação
é o peritônio.

A

Teratomas imaturos

557
Q

Ocorrem mais comumente
em mulheres jovens, com idade média de 16 a 18
anos. Um terço das pacientes encontra-se na pré-
-menarca no momento do diagnóstico.
Histologicamente o achado característico é o de
estruturas papilíferas conhecidas como corpúsculo
de Schiller-Duval, em que o espaço cístico
é revestido por uma camada de endotélio achatado
ou irregular do qual se projeta um tufo semelhante
a um glomérulo, que tem núcleo vascular.
Produzem alfafetoproteína, cujos níveis apresentam
uma boa correlação com a extensão da
neoplasia. São 100% unilaterais e apresentam
o pior prognóstico entre os tumores germinativos.
A biópsia do ovário contralateral é contraindicada
pela unilateralidade da lesão.
Recomenda-se que todas as pacientes recebam
quimioterapia adjuvante ao tratamento cirúrgico.
O tratamento cirúrgico consiste na salpingo-
ooforectomia unilateral e biópsia de congelação
para o diagnóstico. A realização da histerectomia
e da anexectomia contralateral não
altera a sobrevida.

A

Tumor do Seio Endodérmico ou
Carcinomas do Saco Vitelino ou
Carcinomas do Yolk Sac

558
Q

É um tumor bastante raro e extremamente
agressivo que incide em pacientes muito jovens, com idade média de 14 anos. Pode secretar
estrogênios e levar a um quadro de pseudopuberdade
precoce e hemorragia genital
irregular. Os tumores tendem a ser grandes e
são unilaterais em 2/3 dos casos.
Eles diferem do coriocarcinoma ovariano, pois
não possuem células sinciciotrofoblásticas e
citotrofoblásticas.
Caracteristicamente estes tumores secretam alfafetoproteína
e hCG, que são importantes marcadores
para determinação da extensão da doença
e da resposta ao tratamento. O tratamento consiste na ooforectomia
unilateral seguida de quimioterapia.

A

Carcinoma embrionário

559
Q

É também um tumor muito agressivo e raro.
Incide em mulheres com menos de 20 anos.
Sua estrutura histológica é semelhante à do
coriocarcinoma gestacional metastático para
os ovários. Dessa forma, secreta grandes quantidades
de hCG. Este marcador é útil na monitorização
da resposta da paciente ao tratamento.
Em 50% das pacientes com altos níveis
de hCG, cujas lesões surgiram antes da menarca,
foi constatada precocidade isossexual. Esse
tumor frequentemente secreta também Alfafetoproteína
(AFP).
O prognóstico é sombrio, com a maioria das
pacientes já apresentando metástases viscerais
no momento do diagnóstico.
Foi observada resposta completa ao tratamento
com quimioterápicos empregados na doença
trofoblástica gestacional (esquema metotrexato,
actinomicina D e ciclosfosfamida).

A

Coriocarcinoma Não Gestacional

Puro do Ovário

560
Q

Possuem como principal característica a produção
de androgênios, o que causa virilização
em mais de 70% das mulheres acometidas. Os
níveis plasmáticos de androstenediona e testosterona
encontram-se elevados enquanto que
os de sulfato de di-hidroepiandrosterona estão
normais ou apenas levemente elevados, sinalizando
a origem ovariana e não adrenal do excesso
de androgênios.
O tratamento cirúrgico unilateral com biópsia
do ovário contralateral é o tratamento de escolha.

A

Tumores de Sertoli-Leydig

Androblastoma/Arrenoblastoma

561
Q

O sítio mais habitual de metástases à distância de Ca de ovário é…, seguido pelas metástases…

A

fígado

pulmonares e cerebrais.

562
Q

Descreva as Recomendações para Abordagem Cirúrgica de Massa Anexial Suspeita para Malignidade

A

galeria (foto 41)

563
Q

Achados Intraoperatórios

Sugestivos de Malignidade

A

galeria (foto 42)

564
Q
O estadiamento de TODOS os
cânceres ginecológicos é CIRÚRGICO,
exceto o estadiamento da
neoplasia de colo uterino
V ou F
A

V

565
Q

Descreva fatores de pior prognostico no ca de ovárrio

A
  • Idade (5ª e 6ª décadas).
  • Volume da ascite.
  • Grau de diferenciação celular  indiferenciado é o de pior prognóstico.
  • Tipo histológico  o pior é o carcinoma
    de células claras.
  • Ploidia  aneuploidia é indicativa de mau prognóstico.
  • Extensão da doença residual após a cirurgia.
  • Aumento do CA 125 durante o tratamento.
566
Q

síndrome de Poland

A

Amastia (ausência total dos componentes
mamários), que é acompanhada de hipoplasia
importante ou, até mesmo, agenesia dos
músculos peitorais e deformidade da parede torácica.
O quadro completo desta síndrome
inclui a sindactilia (dedos unidos). Vale lembrar
que a amastia pode ser unilateral ou bilateral

567
Q

O tumor maligno de

mama que apresenta a maior tendência à bilateralidade e multicentricidade é

A

carcinoma lobular infiltrante

568
Q

O tipo histológico mais comum do câncer de
colo do útero é o…
representando cerca de… dos
casos, seguido pelo tipo…

A

carcinoma de células escamosas

85 a 90%

adenocarcinoma

569
Q

O rastreamento do câncer de colo do útero no
Brasil, recomendado pelo Ministério da Saúde,
é o exame citopatológico em mulheres de… anos. A rotina é a repetição do exame a cada…, após… exames normais consecutivos realizados com um intervalo de…

A

25 a 64

3 anos

2 exames

1 ano

570
Q

É na… que se localizam
mais de 90% das lesões precursoras ou malignas
do colo do útero.

A

Zona de transformação

571
Q

O HPV tipo… é o mais prevalente, sendo o mais frequente entre
os cânceres do tipo…
O HPV tipo… é responsável por 20% dos tumores e o mais
comum entre os cânceres do tipo…

A

16
carcinomas de células escamosas

18
adenocarcinomas

572
Q

A deficiência de alfa-1-antitripsina é rara e é a
única alteração genética associada ao câncer
de colo uterino, sendo mais comum na raça negra
V ou F

A

V

573
Q

Cite tipos de lesão possíveis do carcinoma de colo de útero

A
  • Lesões tipo couve-flor: crescimento com
    vegetações para a ectocérvice;
  • Lesões de aspecto nodular: as lesões
    tornam-se infiltrativas e endurecidas;
  • Lesões tipo barrel-shaped (formato de
    barril): as lesões podem se expandir para
    endocérvice;
  • Ulcerações: podem estar acompanhadas
    de necrose e/ou infecção, com odor
    desagradável característico;
  • Associação de áreas vegetantes com
    áreas ulceradas e/ou áreas infiltrativas
574
Q

Os exames preventivos devem seguir até os… e podem ser interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem…

A

64 anos completos

Pelo menos dois exames negativos consecutivos
nos últimos cinco anos

575
Q

O risco de uma mulher que não
tenha iniciado atividade sexual desenvolver Ca de colo de útero é desprezível. Portanto, não há indicação
para rastreamento do câncer de colo do útero
e seus precursores nesse grupo de mulheres.
V ou F

A

V

576
Q

Qual é a melhor época do ciclo para

colher o preventivo?

A

A época mais propícia

é o período periovulatório

577
Q

Descreva o Resumo das Recomendações para Conduta Inicial Frente aos Resultados Alterados de Exames Citopatológicos nas Unidades de Atenção Primária

A

galeria

578
Q

O chamado efeito citopático do HPV consiste

na presença de

A

coilocitose, discariose e disceratose

A coilocitose (Koylos = buraco) corresponde a
um imenso espaço vazio em torno do núcleo.

A discariose significa núcleo de morfologia
anormal

A disceratose significa um distúrbio no metabolismo
celular devido a um excesso de maturação
epitelial, que se caracteriza por acúmulo
de queratina no citoplasma que leva a célula a
apresentar intensa coloração eosinofílica

579
Q

Indicações de colposcopia

A
  • Resultado citológico de LIE-AG.
  • Duas citologias consecutivas com resultado
    citológico de ASC-US.
  • Duas citologias consecutivas com resultado
    citológico de LIE-BG.
  • Resultado citológico ASC-H.
  • Resultado citológico de AGC (antigo AGUS)
    → o canal cervical tem que ser obrigatoriamente
    avaliado!
  • Colposcopia insatisfatória (JEC não visualizada)
    → o canal cervical tem que ser obrigatoriamente
    avaliado!
  • Pacientes imunossuprimidas (HIV positivas,
    usuárias crônicas de corticoides) com lesões
    intraepiteliais de baixo grau na citologia.
  • Alteração à inspeção visual do colo uterino
    à especuloscopia ou à colposcopia com
    ácido acético e lugol → visualização de um
    colo uterino de aspecto sugestivo de malignidade
    é uma indicação de encaminhamento
    direto à colposcopia com biópsia,
    mesmo na vigência de um estudo citopatológico
    negativo para malignidade
580
Q

Descreva a interpretação do teste de Schiller.

Qual a lógica por trás do teste?

A

• O teste é positivo quando o iodo é negativo
(coloração amarelo-mostarda).
• O teste é negativo quando o iodo é positivo
(coloração marrom-escuro).

O iodo consegue impregnar os tecidos ricos em glicogênio, mantendo-os escuros. Já as células
cancerígenas ou pré-cancerígenas são pobres em glicogênio e, por isso, não se impregnam
com o iodo, mantendo-se mais claras, geralmente amareladas

581
Q

Descreva a interpretação do teste do ácido acético.

Qual a lógica por trás do teste?

A

As áreas esbranquiçadas indicam lesão

O ácido acético desidratada as células de forma
heterogênea, sendo o seu efeito mais pronunciado nas células atípicas que nas células sadia

582
Q

Descreva os achados colposcópicos normais, anormais, sugestivos de câncer invasor e insatisfatórios.

A

galeria

583
Q

O carcinoma epidermoide
é o tipo histológico mais frequente
dos tumores epiteliais do colo uterino. Responde
por 80% dos casos.
O adenocarcinoma apresenta incidência crescente
nos últimos anos. Estudos recentes revelam
que ele responde por 15% dos tumores
de colo uterino, seguido pelo carcinoma adenoescamoso 3 a 5%, e em porcentagem ainda
menor pelo carcinoma neuroendócrino ou
pequenas células.
v ou F

A

V

584
Q

O estadiamento do câncer de colo uterino
é cirúrgico
V ou F

A
F
O estadiamento do câncer de colo uterino
é clínico e envolve os seguintes métodos: exame ginecológico (exame
especular, toque vaginal e toque retal); colposcopia;
exame histopatológico; métodos
de imagem (radiografia de tórax, ultrassonografia,
tomografia computadorizada, ressonância
nuclear magnética); cistoscopia; retossigmoidoscopia.
585
Q

O Carcinoma de Células Escamosas (CCE)
tem pior prognóstico do que o adenocarcinoma,
segundo a maioria dos estudos,
e igual, segundo outros. Entre os CCE,
os de grandes células não queratinizantes
têm melhor prognóstico do que os de pequenas
células.
V ou F

A
F
O Carcinoma de Células Escamosas (CCE)
tem o melhor prognóstico do que o adenocarcinoma,
segundo a maioria dos estudos,
e igual, segundo outros.
586
Q

O… é o tipo histológico mais

comum de câncer do corpo do útero.

A

adenocarcinoma

587
Q

Fatores de risco do ca de corpo de útero

A
  • Idade > 60 anos.
  • Raça branca.
  • Nível socioeconômico elevado.
  • Antecedentes familiares e hereditários de câncer de endométrio.
  • Síndrome de Lynch tipo II (neoplasias de cólon, endométrio e ovário).
  • Passado de anovulação crônica (incluindo a síndrome de ovários policísticos).
  • Menarca precoce.
  • Menopausa tardia.
  • Nuliparidade.
  • TH não associada a progestágenos.
  • Uso de tamoxifeno.
  • Tumores ovarianos produtores de estrógenos.
  • Obesidade (IMC* > 30).
  • Diabetes Mellitus.
  • Dieta rica em lipídios.
  • Antecedentes pessoais de irradiação na pelve.
  • Doenças da vesícula biliar.
  • Hiperplasia endometrial atípica.
  • História de câncer de mama.
  • Presença de BRCA (especialmente para carcinoma seroso-papilífero).
588
Q

Fatores de proteção do ca de corpo de útero

A
  • prática regular de atividade física
  • manutenção do peso corporal adequado
  • hábitos alimentares saudáveis
  • Multiparidade.
  • Uso de anticoncepcionais orais combinados.
  • Tabagismo.
  • Uso de SIU liberador de progesterona.
  • Perda de peso.
  • Terapia Hormonal (TH) combinada.
589
Q

Menos de 5% das mulheres com câncer de
endométrio são assintomáticas
V ou F

A

V

590
Q

Descreva o QUADRO COMPARATIVO DOS DOIS TIPOS PATOGÊNICOS DE CÂNCER DE ENDOMÉTRIO

A

galeria (foto 45)

591
Q

Descreve 80% dos cânceres de endométrio, assemelhando-
se histologicamente com glândulas
endometriais normais. À medida que esses tumores
tornam-se mais indiferenciados, aumenta seu
componente sólido e de atipias, bem como sua
agressividade biológica. Portanto, a determinação
do grau de diferenciação destes tumores é muito
importante, pois ela possui alto valor prognóstico.

A

Adenocarcinoma endometrioide

592
Q

Representa aproximadamente 5% dos cânceres
de endométrio. Na maioria dos casos possui
bom prognóstico

A

Adenocarcinoma mucinoso

593
Q

São tumores com comportamento semelhante
ao do carcinoma seroso do ovário e das tubas.
São considerados tumores de alto grau, com
tendência à disseminação peritoneal. Correspondem
a 3 a 4% dos cânceres do endométrio.
Mais comumente se associam com o tipo II.

A

Carcinoma seroso papilar

594
Q

São tumores mais incidentes em mulheres idosas,
com comportamento muito agressivo,
frequentemente de padrão misto com alto grau
de invasão miometrial no momento do diagnóstico.
Está mais comumente associado com
o tipo II do câncer de endométrio.

A

Carcinoma de células claras

595
Q

O modo mais comum de metástase do câncer
de endométrio é a hematogênica
V ou F

A

F
O modo mais comum de metástase do câncer
de endométrio é a LINFÁTICA

596
Q

Manejo do Ca de endométrio estádio I

A

histerectomia com salpingo-
-ooforectomia bilateral é o tratamento padrão
atualmente recomendado. A exploração minuciosa
das cavidades abdominal e pélvica, assim
como a palpação das cadeias linfáticas retroperitoneais,é parte obrigatória do procedimento.
Embora exigida para estadiamento completo,
o benefício terapêutico da linfadenectomia
é controverso . A tendência atual é prescindir
da linfadenectomia em mulheres com
carcinoma endometrial em estádio inicial, reservando-
a em casos muito selecionados.
A radioterapia adjuvante não está indicada na
presença de doença em estádio I de baixo risco
ou intermediário.

597
Q

Descreva o Tratamento do câncer de colo uterino segundo o estadiamento

A

galeria (foto 47)

598
Q
Para os sarcomas uterinos, a via
hematogênica é a principal via de
disseminação com metástase,
principalmente, para o pumão
V ou F
A

V

599
Q

Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres com diagnóstico de ASC-US

A

Galeria (foto 48)

600
Q

Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres com diagnóstico de ASC-H

A

Galeria (foto 49)

601
Q

Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres com diagnóstico de AGC

A

Galeria (foto 50)

602
Q

Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres de até 25 anos com diagnóstico de LSIL

A

Galeria (foto 51)

603
Q

Descreva o fluxograma de recomendações de condutas para mulheres com diagnóstico de LIE-AG

A

Galeria

604
Q

Tumor vulvar que acomete pacientes
jovens e está intrinsecamente relacionado
com atividade sexual, tabagismo e multicentricidade
de lesões;

A

Carcinoma Escamoso Queratinizado – Tumores HPV Induzidos

605
Q

Tumor vulvar que acomete pacientes mais idosas, não estando associado à infecção induzida por HPV, nem ao comportamento sexual. Com frequência, estes tumores se associam às dermatoses vulvares, como o
líquen escleroso e o líquen plano, especialmente
em áreas de hiperplasia epitelial.

A

Carcinoma Escamoso Não Queratinizado – Tumores HPV Não Induzidos

606
Q

A NIV tipo diferenciada apresenta maior potencial oncogênico que que NIV tipo usual
V ou F

A

V

607
Q

Não existe correlação vulvoscopia-histologia, sendo que somente a biópsia pode gerar o diagnóstico
V ou F

A

V

608
Q

Descreva o teste de Collins

A

Consiste na aplicação de azul de toluidina sobre
a vulva com posterior aplicação do ácido acético
a 5%. Os locais em que ocorrer a fixação do azul,
serão os indicados para realização de biópsias.
Pelo fato de poder apresentar falso-positivos e/
ou falso-negativos, o método está caindo em desuso.
Áreas impregnadas pelo azul de toluidina
podem corresponder apenas a escoriações (falso-positivo), enquanto áreas hiperqueratóticas, que
não se coram, podem conter NIV (falso-negativo).

609
Q

qual a cirurgia convencional no Tratamento da NIV?

A

A excisão ampla a frio é o tratamento cirúrgico
preferencial, pois permite a avaliação microscópica
e das margens. A grande limitação deste
procedimento terapêutico consiste na possível
ocorrência de deformidades estéticas

610
Q

Quais são as formas possíveis de Tratamento de uma NIV pelo Laser?

A

O tratamento pelo laser pode ser feito sob a

forma de excisão ou vaporização.

611
Q

Em relação ao ca de vulva, o prurido vulvar, normalmente de longa evolução, é a queixa mais comum, e está presente em
aproximadamente 20% dos casos
V ou F

A

F
O prurido vulvar, normalmente de longa evolução, é a queixa mais comum, e está presente em
aproximadamente 70% dos casos

612
Q

Os sintomas mais comuns são prurido, lesão
nodular visível ou palpável, dor, sangramento, ulceração, disúria e corrimento vaginal.
Cabe aqui lembrar que as lesões vulvares
descobertas durante o exame físico devem
ser biopsiadas (no centro da lesão) para excluir neoplasia.
V ou F

A

V

613
Q

Fatores de risco do ca de vulva

A

Infecções Granulomatosas Venéreas:
acordo com algumas fontes bibliográficas,
o linfogranuloma venéreo é a infecção granulomatosa venérea mais frequentemente relacionada com o câncer de vulva;

Infecção pelo Papilomavírus (HPV): A
infecção pelo HPV também tem sido observada em lesões pré-invasivas e invasivas da vulva, assim como nas neoplasias de todo trato
genital inferior, com destaque para os subtipos
16, 18, 31, 33, 35. Vale aqui lembrar que em
muitos casos coexistem as infecções granulomatosas e o condiloma genital;

Baixo Nível Socioeconômico;

Promiscuidade Sexual;

Tabagismo;

Imunossupressão Crônica;

Obesidade;

Diabetes;

Hipertensão

614
Q

Tipo histológico mais frequente de ca de vulva

A

Carcinoma escamoso (90%)

Melanoma (5%)

615
Q

É uma forma especial de carcinoma in situ da
vulva. Pode estar ou não associado ao adenocarcinoma invasor. Caracteriza-se pela presença de células neoplásicas glandulares na espessura do epitélio escamoso. São células grandes,
claras e com citoplasma vacuolado. Ao exame, apresenta-se como uma placa aveludada, frequentemente erodida e de crescimento lento. É dolorosa e menos pruriginosa que as dermatoses benignas.

A

Doença de Page da Vulva

616
Q

Pode se originar da pele ou dos folículos pilosos
da vulva. É raro e responsável por aproximadamente 2 a 3% de todos os tumores de vulva. Em
geral, ocorre em mulheres com mais de 50 anos
de idade e é invasivo, mas raramente dá metástase. O tratamento consiste em ampla incisão local.

A

Carcinoma de Células Basais da Vulva

617
Q

O que é adenose vaginal?

A

A adenose vaginal corresponde à presença
de epitélio glandular na vagina, normalmente
em suas porções superiores, oriundo
do ducto de Müller ou paramesonéfrico,
em lugar do epitélio escamoso originado no
seio urogenital. Parece que aproximadamente
30% dos casos de adenose ocorrem
em mulheres cujas mães foram expostas ao
dietilestilbestrol (DES) durante a gravidez
e 8% sejam congênitos. A adenose é mais
susceptível à ação de agentes oncogênicos,
inclusive o HPV.

618
Q

Descreva a classificação das neoplasias intraepiteliais vaginais (NIVAs) em I, II, III

A

NIVA I:
Alterações histológicas confinadas ao terço inferior do epitélio.

NIVA II:
Alterações histológicas acometem os dois terços inferiores do epitélio.

NIVA III:
Lesão intraepitelial em mais de dois terços da espessura do epitélio.

619
Q

Em um quadro clínico de Ca de vagina, o sangramento vaginal anormal é o sintoma inicial em 50 a 75% das pacientes. Disúria e dor pélvica são queixas menos
frequentes e, geralmente, ocorrem em tumores
mais avançados.
V ou F

A

V

620
Q

O câncer de vagina ocorre mais comumente no…

A

terço superior da parede vaginal posterior

621
Q

Tipos histológicos mais comuns do Ca de vagina

A
 Carcinoma de células escamosas – 85%;
 Adenocarcinoma – 6%;
 Melanoma – 3%;
 Sarcoma – 3%;
 Misto – 3%.
622
Q

O estadiamento do Ca de vagina é clínico, mas pode ser auxiliado por cistoscopia, proctoscopia e radiografia de tórax
V ou F

A

V

623
Q

A hiperplasia complexa com
atipia evolui para câncer de endométrio em aproximadamente
30% dos casos, enquanto a hiperplasia simples
com atipia evolui em 8%. O tratamento de escolha da
hiperplasia com atipia, independentemente se simples
ou complexa, é a histerectomia, sendo possível utilizar
a terapia com progestágenos em casos selecionados,
como em mulheres que ainda desejam engravidar
V ou F

A

V

624
Q

Quadro resumo do tto dos carcinoma epiteliais do ovário

A

Galeria (foto 43)