Endocrinologia Flashcards

1
Q

Qual o peso e tamanho normais da tireoide?

A

10-20g

4 cm de comprimento por 2cm de largura e 1,5/2 de profundidade

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2
Q

Qual substância as células parafoliculares (medulares) da tireoide secretam?

A

Calcitonina

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3
Q

Qual é a enzima tireoidiana, localizada no Polo apical da célula folicular, responsável pelo processo de formação dos hormônios tireoidianos e em que reações ela participa?

A

Peroxidase tireoidea, tireoperoxidase (TPO)
Atua na oxidação do iodo, iodação dos resíduos de tirosina da tireoglobulina (formando iodotirosina, MIT e DIT) e acoplamento das iodotirosina (formação de T3 e T4)

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4
Q

Qual enzima retira o iodo na monoiodotirosina e da diiodotirosina?

A

Desiodase tipo I

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5
Q

Qual a proporção de secreção de T3 e T4 pela tireoide?

A

T4 20:1 T3

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6
Q

Quais as diferenças entre T3 e T4?

A

T3: maior responsável pela atividade em tecidos periféricos.
T4: convertido em T3 nos órgãos alvo pela desiodase tipo I (maioria dos tecidos) ou tipo 2 (cérebro, hipófise, tecido adiposo marrom)

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7
Q

Qual a função da pendrina e qual é a síndrome associada à sua deficiência?

A

Forma um poro de passagem de iodo para o interior do colide permitindo sua organificação.
Sua falta causa síndrome de Pendred, que cursa com hipotireoidismo primário e surdez neurossensorial

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8
Q

Quais são os núcleos hipotalâmicos associados à produção de TRH?

A

Supraóptico e supraventricular

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9
Q

Qual a faixa média de TSH sérico?

A

0,5-5 mU/L.

É liberado na circulação de forma pulsatil (de 2 em 2 hrs) com pico entre 0 e 4hrs (não associado ao sono)

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10
Q

Cite substâncias que podem inibir a secreção de TSH.

A
Hormônios tireoidianos e análogos
Dopamina e agonistas dopaminergicos
Somatostatina e análagos
Dobutamina
Glicocorticoides
IL-1beta e IL-6
TNF
Bexaroteno (agonista do receptor retinoide) 
Fenitoína
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11
Q

O que sugere um quadro de TSH normal e T4 baixo?

A

Hipotireoidismo central com TSH anômalo

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12
Q

O que sugere um quadro de TSH normal e T4 alto?

A

Resistência aos hormônios tireoidianos
Anticorpos
Medicações
Outros interferentes

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13
Q

O que sugere um quadro de TSH baixo e T4 normal?

A

Disse supressiva L-T4
Tto inicial de hipert
Hipert subclínico
Medicações

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14
Q

O que sugere um quadro de TSH baixo e T4 baixo?

A

Tireotoxicose T3
Hipot central
Uso de T3/tiratricol
Doenças não tireoidianas

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15
Q

O que sugere um quadro de TSH baixo e T4 alto?

A

Hipert primário

Hipert iatrogênico

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16
Q

O que sugere um quadro de TSH alto e T4 normal?

A

Uso irregular de L-T4
Autoanticorpos
Anticorpos heterofilos
Hipot subclínico

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17
Q

O que sugere um quadro de TSH alto e T4 baixo?

A

Hipot primário

Hipot central com TSH anômalo

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18
Q

O que sugere um quadro de TSH alto e T4 alto?

A
Resistência aos hormônios tireoidianos
Anticorpos
Medicações
Outros interferentes
Tumor produtor de TSH
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19
Q

Que quantia de iodo deve ser diariamente ingerida e qual a quantia que leva à Hipot e bócio?

A

150 ug/dia

< 50 ug/dia

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20
Q

Como é chamado o fenômeno caracterizado pela inibição da organificação do iodo em Estados de excesso de iodo?

A

Wolf-chaikoff

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21
Q

De que maneira os hormônios tireoideanos circulam pelo plasma?

A

99,96% do T4 e 99,6% do T3 estão ligados a proteínas plasmáticas
70% ligados à TGB (globulina ligadora da tiroxina)
10% à TBPA (pré albumina ligadora de tiroxina - transtirretina)
15% à albumina

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22
Q

Quais os valores normais de T3 e T4 plasmáticos?

A

T3 livre: 0,2 - 0,52 ng/dl
T3 total: 70 - 190 ng/dl

T4 livre: 0,9 - 2 ng/dl
T4 total: 5 - 12 ug/dl

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23
Q

Situações que aumentam a TBG

A
Estados hiperestrogênicos (gravidez, estrogenioterapia, cirrose)
Hepatite infecciosa aguda
Porfiria intermitente aguda
Heroína, metadona
Clofibrato
Congênita (rara)
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24
Q

Situações que reduzem a TBG

A
Estados hiperandrogênicos
Corticoide em doses farmacológicas
Desnutrição proteica
Doença grave
Síndrome nefrotica
Insuficiência hepática
L-asparginase (quimioterápico)
Deficiência congênita (ligada ao X)
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25
Cite drogas que reduzem a ligação dos hormônios à TBG.
``` Salicilatos Fenitoína Fenilbutazona Diazepam Hearina (aumento de ácidos graxos livres) ```
26
Todo T4 periférico é convertido em T3 pela desiodase 1 ou 2. | V ou F
F. | 35% é convertido em T3 e 45% é convertido em T3r (reverso - inativo) pelo desiodase tipo 3.
27
Quais são os efeitos fisiológicos dos hormônios tireoidianos?
1 - desenvolvimento fetal (a partir da 11 semana, hipotireoidismo fetal e congênito resulta em cretinismo - retardo mental e nanismo) 2 - metabolismo (aumenta o consumo de O2 e produção de calor em todos os tecidos menos cérebro, baço e testículos) 3 - cardiovascular (melhora contratilidade e relaxamento distolico ativo miocárdicos. Aumenta receptores beta no coração - resultado: aumento do DC e da FC) 4 - contribui com a função cerebral e concentração, atividade neuromuscular, estimula indiretamente a produção de EPO, aumenta a motilidade intestinal 5- aumenta reabsorção óssea, o catabolismo proteico, a glicogenólise a lipólise e a gliconeogênese. 6- estimulam a degradação do colesterol por aumentar os receptores de ldl nos hepatócitos
28
Situações em que o T4 livre pode estar falsamente elevado?
Uso de fenitoína e propiltiouracil
29
Por que solicitar T3 na avaliação do hipertireoidismo?
Em 5% dos casos de hipert franco o T4 livre estão normal. O estado de hipert ocorre pela elevada conversão de T4 e T3 nos tecidos. T3 total pode ser solicitado por que ele não sofre tanta variação com os níveis de proteínas transportadoras No Hipot, o aumento de TSH aumenta mais a produção de T3 do que T4, não sendo um bom exame para dosagem
30
Qual é o exame de imagem mais sensível para avaliação da tireoide?
Ultrassonografia de alta resolução
31
Qual a diferença entre hipertireoidismo e tireotoxicose?
Hipert diz respeito à hiperfunção da glândula tireoide. Tireotoxicose é qualquer estado clínico associado a excesso de hormônios tireoidianos (ex. Uso abuso de hormônio exógeno)
32
Qual a principal causa de hipert e sua porcentagem dos casos?
Doença de graves 60-90%
33
Cite achados típicos da doença de graves.
Bócio difuso, oftalmopatia, dermopatia (mixedema pré tibial) e acropatia
34
Epidemiologia da doença de graves
9x mais comum em mulheres. 0, 5% da pop (e 2% das mulheres) | Pico de incidência entre 20 - 50 anos
35
Qual é a imunoglobulina associada à doença de graves?
Imunoglobulina estimuladora da tireoide (anticorpo antireceptor de TSH estimulante - Trab)
36
Cite citações que estão associadas a um aumento na incidência de doença de graves.
Dieta rica em iodo Gravidez Outras doenças imunes (DM 1, Addison, MG, LES...)
37
Características da tireoide na doença de Graves.
Simetricamente aumentada, macia, lisa, podendo chegar a 80g
38
Cite manifestações clínicas que indicam tireotoxicose.
``` Insônia, cansaço, agitação psicomotora Incapacidade de concentração Nervosismo Agressividade Sudorese Intolerância ao calor Hiperdefecação Amenorreia Perda pondera (pct pode engordar pela ingestão aumentada de alimentos) Pele quente e úmida Tremor fino Queda de cabelo Hipertensão sistólica. Hipertensão com PA divergente Taquicardia sinusal B1 hiperfonética, FA Pode haver cardiomiopatia (dilatada) por tireotoxicose Miopatia, desmineralização óssea, hipercalciúria, elevação da fosfatase alcalina ```
39
O que é hipertireoidismo apatético?
Tireotoxicose em alguns idosos, os quais não apresenta o manifestações adrenérgicas como Nervosismo, agitação, podendo apresentar manifestações CV (FA, IC) e astenia, fraqueza, depressão
40
Descreva manifestações clínicas da doença de graves.
Bócio difuso e simétrico Pode haver sopro e frêmito na glândula por aumento da vascularização local Oftalmopatia infiltrativa (curso clínico independente do hipert): exoftalmia, proptose bilateral, olhar fixo, retração palpebral, edema periorbitário, hiperemia de conjuntiva e eventualmente oftalmoplegia. Tabagismo piora a oftalmopatia Dermopatia (mixedema pré tibial - aspecto de casca de laranja, coloração violacea) Acropatia (baqueteamento digital) 1%, associação com a dermopatia (20%)
41
O que define um hipert subclínico?
TSH diminuído com T3 e T4 normais
42
Cite alterações hematológicas e bioquímicas da doença de graves.
Anemia normo(micro)citica normocrômica Leucopenia Hipercalciúria, hiperbilirrubinemia Aumento de transaminases, FA, GGT
43
Qual o anticorpo característico da doença de graves?
``` Anti TRAb (antireceptor do TSH) Sua pesquisa não é necessária na maioria dos casos ```
44
Cite citações em que é necessário solicitar a pesquisa de TRAb.
``` Graves em eutireoideos Hipert apatético Risco de recidiva após tto Quadros atípicos Gestantes eutireoidianas com passado de graves (níveis aumentados indicam chance de hipotireoidismo fetal e neonatal) DDX da tireotoxicose gestacional ```
45
Quando solicitar um exame de captação do iodo radioativo (o de 2hrs nos casos de hipert, I123)
Diferenciar graves com tireotoxicose das tireoidites subagudas (as quais apresentam captação desprezível) Pode diferenciar, ainda, casos de hashitoxicose Contraindicado na gravidez
46
Qual o TTO da doença de Graves?
BB (propranolol, atenolol), se contraindicados, diltiazem Antitireoidianos (tionamidas): propiltiouracil (PTU, inibe a TPO e, em doses alta, a conversão de T4 em T3, pode causar Insuficiência hepática), metimazol (MMI, inibe a TPO, droga de escolha, contraindicado em Gestantes no 1° tri, crisetireotoxica) e carbimazol. TSH demora em torno de 3 meses até um ano pra normalizar. Por isso, se monitora com o T4. IODO: em excesso pode causar bloqueio temporário da produção dos hormônios tireoidianos Radioablação com iodo 131: pelo risco de tireotoxicose durante o tto, recomenda-se tto com drogas Antitireoidianas 1 mês antes e suspensão 6 dias antes Contraindicado na gravidez e amamentação Pode exacerbar a oftalmopatia Após 5 dias, reiniciar BB e Antitireoidianose manter por alguns meses Hipotireoidismo pós ablação é esperado Antes de indicar, fazer usg de tireoide Tto cirurgico
47
Que classe de medicamentos edicamento deve ser evitada na oftalmopatia da doença de graves?
Tiazolidinedionas
48
Na falha da corticoterapia para tratamento da oftalmopatia da doença doença de graves, qual o próximo passo)
Injeção retro ocular de rituximab
49
Qual o principal diagnóstico diferencial da doença de graves em uma gestante que apresenta quadro de tireotoxicose?
Mola hidatiforme
50
Qual a meta do T4 livre na gestante com hipert?
Limite superior da normalidade ou levemente aumentado. Caso contrário, poderá haver maior risco de déficit cognitivo no feto
51
Principais causas de hipert na infância?
Autoimune, síndrome de McCune-Albright e adenoma tóxico
52
Qual o principal fator desencadeante de uma crise tireotoxica (tempestade tireoideana)?
Infecção
53
Descreva a escala de Herman para a crise tireotoxica.
I - Taquicardia >×150 BPM, arritmia, hipertermia, diarreia, tremor intenso, agitação II - I mais distúrbios de consciência (estupor, sonolência, psicose, desorientação) III - Coma
54
Qual a segunda causa mais comum de hipert?
Bócio multinodular tóxico
55
O que é a síndrome de Marine-lenhart?
Coexistência de BMT e graves
56
O que é fenômeno jod-basedow?
Piora da tireotoxicose ao se administrar iodo
57
Como é feito o diagnóstico do BMT?
Cintilografia tireoidiana
58
O que é a doença de Plummer?
Adenoma tóxico
59
Qual a apresentação de um adenoma tóxico?
Nódulo autônomo hiperfuncionante que produz quantidades suprafisiológicas de hormônios tireoidianos
60
Qual o tamanho mínimo da maioria dos nódulos tóxicos autônomos?
3 cm
61
Cite um tumor da genitalia interna feminina, não associado à gestação, que pode causar tireotoxicose.
Struma Ovarii (Teratoma ovariano que contém tecido tireoideo).
62
Qual a incidência de hipotireoidismo congênito e qual sua principal causa?
1:2000-4000 nascidos vivos Disgenesia da tireoide Avaliado no teste do pezinho
62
Qual a incidência de hipotireoidismo congênito e qual sua principal causa?
1:2000-4000 nascidos vivos Disgenesia da tireoide Avaliado no teste do pezinho
63
Cite medicamentos que aumentam o risco de desenvolvimento de Hipot.
Amiodarona Lítio Tionamidas
64
Qual o mecanismo por trás dos raros casos de hipotireoidismo associado a hemangiomas e fibromas?
Hipot de consumo (maior produção de desiodase 3 pelas células tumorais
65
O que é a síndrome de Sheehan?
Hipot central em Gestantes associado à necrose hipofisária por hemorragias no pós parto
66
Qual a causa mais comum de hipotireoidismo central em crianças?
Craniofaringioma (tumor hipofisário) que demonstra calcificações heterogêneas na região da sela turca
67
Quais são as manifestações gerais do hipotireoidismo?
Lentificação da voz (fica rouca) e dos movimentos Intolerância ao frio Ganho de peso (exceto obesidade mórbida! O ganho é discreto pois o apetite está preservado)
68
Manifestações cutâneas do hipotireoidismo.
Pele fria e pálida Atrofia da camada celular da epiderme Hipertrofia da córnea (hipeceratose, pele seca e quebradiça) Hipoidrose Cabelos e unhas quebradiços Mixedema (casos graves, principalmente periocular)
68
Manifestações cutâneas do hipotireoidismo.
Pele fria e pálida Atrofia da camada celular da epiderme Hipertrofia da córnea (hipeceratose, pele seca e quebradiça) Hipoidrose Cabelos e unhas quebradiços Mixedema (casos graves, principalmente periocular)
69
Manifestações hematológicas do hipotireoidismo.
Anemia normo normo (podendo ser macro) Anemia megaloblástica quando anemia perniciosa concomitante Doença de Von willebrand tipo 1 adquirida pode estar associada
70
Manifestações cardiovasculares do hipotireoidismo.
``` Queda do DC Bradicardia Hipocontratilidade Derrame pericárdico HAS por elevação da PD Hipercolesterolemia Hiperhomocieteinemia ```
71
Manifestações renais do hipotireoidismo
Redução da TFG | Discreto aumento da CR serica
72
Manifestações GI do hipotireoidismo
Constipação Hipogeusia (redução do paladar) Ascite (raro) Associação com gastrite atrófica e doença celíaca
73
Alterações reprodutivos do hipotireoidismo.
``` Redução da libido Disfunção erétil Ejaculação retardada e oligospermia Em mulheres pode haver oligo/Amenorreia ou hipermenorreia/meborragia Hiperprolactinemia Galactorreia ```
74
Manifestações neurológicas do hipotireoidismo.
Déficit cognitivo (pensamento lentificado, déficit de concentração...) Lentificação dos reflexos tendinosos profundos Ataxia cerrbelar Síndrome do túnel do carpo Polineuropatia periférica Coma mixedematoso (raro)
74
Manifestações neurológicas do hipotireoidismo.
Déficit cognitivo (pensamento lentificado, déficit de concentração...) Lentificação dos reflexos tendinosos profundos Ataxia cerrbelar Síndrome do túnel do carpo Polineuropatia periférica Coma mixedematoso (raro)
75
Alterações músculo-esqueléticas do hipotireoidismo.
Artralgia, rigidez articular, mialgia, cãibra, aumento de cpk, fraqueza Maior incidência de hiperuricemia e gota
76
O hipotireoidismo reduz o clearence de vários fármacos. Cite alguns dos principais.
``` Anticoagulantes Antiepilépticos Hipnóticos Opioides Obs.: Opioides é hipnóticos podem desencadear coma mixedematoso ```
77
Cite manifestações particulares do hipotireoidismo na infância
Persistência da icterícia neonatal Choro rouco Hérnia umbilical
78
Se o hipotireoidismo neonatal não é tratado nos primeiros 3 meses de vida, quais os principais prejuízos ao neonato?
Atraso na maturação óssea Retardo mental Achados que indicam cretinismo (pode vir acompanhada ainda de surdo-mudez, edema de face e de extremidades e anormalidades nos tratos piramidal e extrapiramidal
79
O que é a síndrome de Van Wyk Grumbach?
Hipotireoidismo infantil (não neonatal) grave que cursa com puberdade precoce isosexual. É reversível com o uso de levotiroxina
80
O teste do TRH é útil para diferenciar hipotireoidismo hipofisário de hipotireoidismo hipotalâmico?
Não. Muitos pacts com Hipot hipotalâmico apresentam resposta hipofisária anormal com TRH exógeno (pode haver Atrofia de tireotrofos)
81
Tto do hipotireoidismo
Levotiroxina (T4), de preferência pela manhã em jejum (1hr antes do café ou 2hrs após refeição) Meia vida de 7 dias Dosar TSH 4 a 6 meses após início do tto Se Hipot central, controlar a dose pelos nives de T4 livre Após se atingir a meta, Reavaliação em 6-12 meses
82
Em que situações as doses de levotiroxina podem necessitar aumento?
Síndromes de má absorção gi Gravidez Drogas que reduzem absorção (omeprazol, sulfato ferroso, colestiramina, carbonato de Cálcio, hidróxido de alumínio...) Drogas que aumentam o metabolismo hepático do L-T4 (rifampcina, fenobarbital, carbamazepina, fenitoína, setralina...) Situacoes que diminuem a conversão de T4 em T3 (amiodarona, deficiência de selenio, cirrose)
83
Situações em que a dose necessária de L-T4 pode ser menor.
Idosos (> 65) | Terapia androgênica em mulheres
84
Quando tratar um quadro de hipotireoidismo subclínico!
TSH > 10 mU/L Gravidez ou planejamento de gravidez Pcts com sintomas possivelmente associados à déficit de hormônios tireoidianos ou possuem anti TPO elevado
85
Manejo do hipotireoidismo na gestação.
Anti TPO + e TSH < 2 mUI/ml: solicitar TSH e T4 com 6 meses de gestação e acompanhar no pós parto Anti TPO + e TSH entre 2 e 4 mUI/ml: tratar se T4 no limite inferior da normalidade TSH > 4: tratar
86
O que é a síndrome do eutireoideo doente?
Anormalidades no TSH, T4 e T3 em indivíduos agudamente enfermos. O padrão mais frequente é T3 total e livre baixos e T4 normal
87
Síndrome do T4 baixo.
Vista em pcts graves com prognóstico ruim | T4 baixo e T3 ainda mais baixo
88
Hormônios tireoidianos na doença hepática aguda
Elevação inicial de T3 e T4 total (não da livre) pela liberação aumentada de TBG. Após um período variável, há queda dos dois hormônios
89
Hormônios tireoidianos na doença psiquiátrica aguda?
Aumento transitório de T4 total (e livre) com T3 usualmente normal
90
Hormônios tireoidianos na AIDS.
Inicialmente, elevação de T3 e T4. Posteriormente há diminuição de T3. TSH costuma estar normal
91
Hormônios tireoidianos na IR.
Baixo T3. T3r costuma estar normal
92
Quais os dois tipos de tireotoxicose associados ao uso de amiodarona?
Tipo I (fenômeno jod basedow) - cintilografia normal ou com alta captação Tipo II - tireoidite por ativação lisossomal. Baixa captação na cintilo
93
Patogênese do coma mixedematoso.
Redução do drive ventilatorio causando hipercapbia e hipoxemia Hipotermia Pneumonia bacteriana frequentemente presente Queda do DC Hiponatremia (queda da reabsorção de Na e de excreção de água) Hipoglicemia anemia Lactato aumentado
94
Que dados laboratoriais falam a favor de mixedema no ddx com a síndrome do eutireoidiano doente?
``` Cpk aumentada (500 até 1000) às custas da fração MM Derrame pericárdico ao Ecocardio ```
95
Como é feito o TTO do coma mixedematoso?
Levotiroxina IV e hidrocortisona IV (evitar crise adrenal)
96
Em casos de deficiência de iodo e no bócio esporádica, como se encontra o TSH?
Normal
97
Descreva o sinal de Pemberton
Ao elevar os braços acima da cabeça o paciente sente tontura e fraqueza e apresenta sinais de congestão facial
98
Descreva o curso clínico geral das tireoidites
Fase inicial de tireotoxicose (destruição da glândula e liberação de hormônio estocado). Segue fase de redução de produção de hormônios e, após queima do estoque, hipotireoidismo (geralmente subclínico e transitório) Na tireoidite de hashimoto progride pra hipotireoidismo clássico
99
Qual a causa mais comum de tireoidite?
Tireoidite de hashimoto(tireoide crônica de hashimoto)
100
Quais os fatores ambientais mais associados à tireoidite de hashimoto?
Infecção viral (destaque para HVC) e consumo de iodo
101
A TH aumenta a chance de desenvolvimento de qual neoplasia?
Linfoma de tireoide
102
Qual o achado patognomonico de TH?
Células de askanazy (surgem em estágio avançado)
103
Quando indicar um paaf em caso de TH?
Dor local Crescimento rápido Presença de nódulos
104
Descreva o quadro clínico da tireoidite subagudas linfocítica.
Tireoidite indolor, períodos transitórios de tireotoxicose, seguido de hipotireoidismo autolimitado (50% dos casos evoluem para TH)
105
Descreva o quadro da tireoidite de De Quervain (tireoidite subagudas dolorosa ou tireoide de células gigantes ou granulomatosa)
Dor em região cervical anterior, garganta ou ouvidos associada ou não à tireotoxicose transitória. Início 1 - 3 semanas após infecção viral
106
Qual a origem da tireoidite de De Quervain?
Doença reativa pós viral (cocksackie, adenovirus, caxumba, sarampo, VSR)
107
Qual o TTO da tireoidite de De Quervain?
AINE. Se ausência de melhora em 48hrs, corticoide
108
Descreva o quadro de tireoidite pós parto.
Tireoidite autoimune indolor subaguda que se manifesta dentro do 1° ano pós parto Semelhante à tireoidite linfocítica
109
Descreva o quadro da tireoidite aguda piogênica.
Dor aguda, geralmente unilobilar, calafrios, febre alta e sinais de flogose e supuração do lobo afetado. Principalmente por s aureus, s pneumonie, estrepto pyogenes e H influenzae
110
Descreva o quadro da tireoidite tuberculosa e fúngica
Aumento bilateral, curso subaguda ou crônico. Se for p jiroveci pensar em AIDS
111
Descreva o quadro de tireoidite actínica
Dor tireoidiana e hipertireoidismo após primeiras semanas de aplicação de iodo radioativo
112
Tireoidite medicamentosa, descreva
``` Interferom ALFA (tto HBV e HCV) IL 2 (leucemias) Amiodarona ```
113
Tireoidite de Riedel, descreva
Tireoidite esclerosante, fibrótica, fibrótica invasiva, crônica produtiva, estoma de Riedel (sinônimos) Causa desconhecida Associação com fibrose de glândulas salivares, lacrimais, fibrose mediastinal e retroperitoneal Na maioria das vezes eutireoideo, podendo ser Hipot Diagnóstico confirmado por biópsia Tto com tamoxifeno (rituximab em refratários)
114
Quais características clínicas aumentam a probabilidade pré teste para lesão maligna de tireoide?
1 - crescimento rapido 2 - fixação a tecidos adjacentes 3 - rouquidão 4 - adenomegalia
115
Fatores de risco para carcinoma papilífero
Exposição à radiação ionizante | HF
116
Fatores de risco para carcinoma folicular
Deficiência de iodo Radiação ionizante Obs.: não há associação com síndromes de Ca de tireoide hereditários
117
Fatores de risco para carcinoma medular
``` NEM 2 (2A e 2B) Carcinoma medular de tireoide familiar (não NEM) ```
118
Fatores de risco para carcinoma anaplásico
Antecedentes de neoplasia tireoidiana | Bócio multinodular
119
Fatores de risco para linfoma de tireoide
Tireoidite de hashimoto
120
Em caso de nódulo tireoidianos + diarreia qual é a suspeita principal?
Carcinoma medular
121
Descreva características do carcinoma papilífero
M 2:1 H 20-40 (30-50) anos Mtx linfonodal > henatogênica Prognóstico bom Células com núcleos fissurados lembrando grãos de café Corpos de psamoma (grupamentos de células calcificadas) Diagnóstico possível por paaf Apesar de comumente invadir linfonodos regionais, tal achado não indica pior prognóstico Geralmente não encapsulado, crescimento lento
122
Metástases a distância do carcinoma papilífero
2-10% dos casos Pulmão (70%) Osso (20%) SNC (10%)
123
Quais fatores indicam baixo risco prognóstico em casos de carcinoma papilifero?
``` Idade < 40 Sexo feminino Tumor confinado à tireoide Ausência de mtx < 2 cm Bem diferenciado ``` Obs.: mau prognóstico é o oposto (exceto tamanho, é > 4 cm)
124
Manejo do carcinoma papilifero
Lesões >/= 1cm ou com extensão extratireoidiana, mtx, exposição prévia à radiação = tireoidectomia total
125
Quando um carcinoma anaplásico é estadia do como T4?
TODOS carcinomas anaplásico são T4 (podem ser T4 A, intratireoidiano, ou B, extratireoidiano
126
Conduta após a tireoidectomia total em um caso de câncer de tireoide bem diferenciado
Radioablação com I 131 (não necessária se tumor, ou tumores, forem < 1cm e ausência de fatores de risco) Principal complicação: sialoadenite Terapia supressiva com L-T4
127
A presença de tireoglobulina após tireoidectomia total indica o quê?
Recidiva | Deve-se dosar juntamente anticorpo antitireoglobulina para evitar falsos negativos
128
Características do carcinoma folicular
Segundo ca de tireoide mais comum (10-15%) 40-60 anos Não pode ser diagnosticado por paaf (alterações virtualmente idênticas ao adenoma folicular) Necessita análise histiopatológica da peça cirúrgica Disseminação hematogênica
129
MTXs do carcinoma folicular
Pulmões Ossos Fígado Principalmente via hematogênica
130
Manejo do carcinoma folicular
Unilobilar = 2cm tireoidectomia parcial (provável lesão benigna) Se histiopatológico demonstrar malignidade, nova cx para remover o resto Lesões > 2 cm: tireoidectomia total e, se confirmado câncer, radioablação + supressão de TSH com levotiroxina
131
O que é o carcinoma de células de hurthle?
Uma variedade mais agressiva do Ca folicular Células oxifilicas (oncócitos) Mtx pra linfonodo com frequência
132
Características do carcinoma medular
5 - 10% dos ca de tireoide Originado das células C (parafoliculares) Geralmente unilateral Associação com mutação no proto-oncogene RET Quando associado à NEM, geralmente é bilateral, multicentrico Suas células podem produzir prostaglandinas e ACTH, mas principalmente calcitonina Diagnóstico por PAAF
133
Manifestações clínicas do carcinoma medular
Clássicos de tumor de tireoide + Diarreia (30%) induzida por calcitonina Se no contexto da NEM, HAS (feocromocitoma), hipercalcemia e cálculos renais (hiperparat)
134
Manejo do carcinoma medular
Tireoidectomia total sempre é indicada geralmente associada à ressecção de linfonodos de cadeia central junto com paratraqueais Não é responsivo à radioterapia, radioablação ou terapia supressiva
135
Características do carcinoma anaplásico
``` Maior agressividade 1% dos ca de tireoide Crescimento rápido Disseminação linfática e hematogênica Mutações em p53 (15%) Tto com radioterapia + quimio (doxirrubicina) ```
136
Características do linfoma de tireoide
Maioria não hodgkin TH é fator de risco Linfoma B de grandes células é o mais comum MALT em segundo
137
Complicações da tireoidectomia
Lesão do nervo laringeos superior causa rouquidão discreta e diminuição da modulação da voz Lesões do laringeo recorrente (quando bilateral, estridor e oclusão respiratória alta) Hipoparatireoidismo (hipocalcemia aguda no pós op)
138
Descreva a classificação de Bethesda
1 - não diagnóstico - repetir paaf 2 - benigno - seguimento a cada 6-18 meses 3 - atipia de signif indeter - repetir paaf 4 - Tumor folicular - Análise genética ou cx 5 - suspeito para malignidade - Análise genética ou cx 6 - nódulo maligno - cx
139
Fluxograma do nódulo de tireoide
1 - TSH suprimido: US + cintilo: se quente, provável benigno. Se frio é, na US, nódulo >/= 1 e /ou suspeito indicar paaf 2 - TSH normal ou alto: US. nódulo >/= 1 e /ou suspeito indicar paaf
140
Qual o tipo de Ca de tireoide que não pode ser Originado de um cisto tireoglosso?
Medular
141
Qual o antitireoidiano indicado no 1° trimestre de gestação? E no 2 e 3° trimestres?
1° propiltiouracil (menos teratogenico nessa fase) | 2 e 3° metimazol (maior segurança clínica)
142
A estabilização do níveis de glicemia e redução do apetite na cx de by passa gástrico está associada à qual substância?
Glucagon like peptide 1 (GLP-1) | É liberado no íleo junto com PYY
143
Qual o valor de glicemia que torna obrigatório usar insulina, ao menos momentaneamente, em qualquer paciente diabético?
>/= 300 mg/dl
144
Qual o passo seguinte em um paciente com duas glicemia de jejum indicando pré diabetes?
TOTG 75 | Se glicemia > 200 após 2h, diagnóstico de DM
145
Paciente com deficiência de B1 exposta à quantidades significativas de glicose pode desenvolver qual quadro?
Encefalopatia de Wernicke (confusão mental, Ataxia de marcha, disfunção oculomotora)
146
Meta de glicemia antes das refeições é após refeições em paciente com quadro clínico agudo que apresenta hiperglicemia e como fazê-lo
Antes das refeições < 140 Depois < 180 Uso de insulina regular IV em bomba infusora
147
Descreva o transporte sanguíneo do cortisol
Cerca de 95% do cortisol circulante está ligado a proteínas, especialmente à transcortina (globulina ligadora de cortisol ou CBG), mas também à albumina. A fração biologicamente ativa é representada pelo “cortisol livre” (5% do total), que é aquele cuja concentração é diretamente regulada pelo eixo hipotálamo-hipofisário
148
Como avaliar laboratorialmente o hipercortisolismo?
Colesterol urinário de 24h 100% do colesterol urinário provém da fração livre
149
Qual a ação da 11-β-hidroxiesteroide desidrogenase tipo 2? Que situações podem inativá-la e quais as consequencias disso?
Uma pequena fração do cortisol é metabolizada no próprio rim, pelas células tubulares... Neste caso, o cortisol é convertido em cortisona (metabólito inativo) por ação da enzima 11-β-hidroxiesteroide desidrogenase tipo 2 (11b-HD2), impedindo que, fisiologicamente, o cortisol exerça efeito mineralocorticoide renal (retenção de sódio e água/ secreção de K+ e H+). Em certas situações, a 11b-HD2 pode ser inibida, gerando um quadro de pseudo-hiperaldosteronismo por efeito mineralocorticoide do cortisol normal! É o que acontece, por exemplo, após a ingestão de grande quantidade de alcaçuz
150
Cite duas condições que diminuem a metabolização do cortisol
hepatopatias crônicas | hipotireoidismo
151
Cite um exemplo do pq é necessário repor hidrocortisona no coma mixedematoso
síndrome autoimune poliglandular (ex.: tireoidite + adrenalite autoimune)... Nestes casos, a manifestação clínica inicialmente predominante é de hipotireoidismo (que inclusive pode ser grave, até mesmo com coma mixedematoso). A insuficiência suprarrenal não se expressa num primeiro momento porque o metabolismo do cortisol encontra-se diminuído por conta do hipotireoidismo (e assim não ocorre hipocortisolismo grave. Caso o paciente receba levotiroxina isoladamente, a taxa de metabolização do cortisol endógeno aumenta sobremaneira, e um deficit profundo de cortisol pode surgir de maneira abrupta (o paciente melhora transitoriamente do coma mixedematoso, para logo em seguida evoluir com choque circulatório refratário)... Assim, é mandatório associar ao tratamento do coma mixedematoso a reposição de hidrocortisona!
152
Qual a enzima responsável por limitar todo o processo de esteroidogênese?
StAR O ACTH se liga a um receptor de membrana, ativando a primeira enzima da esteroidogênese (StAR ou regulador agudo da esteroidogênese). Tal enzima cliva a cadeia lateral do colesterol, convertendo-o em pregnenolona (no interior da mitocôndria
153
Qual efeito do cortisol no metabolismo?
No metabolismo, o cortisol tem efeito catabólico e hiperglicemiante (“contrainsulínico”). Ele nos protege durante da hipoglicemia de jejum, estimulando a degradação de proteínas e lipídios para a geração de substratos da gliconeogênese (síntese hepática de glicose). Também estimula a glicogeniogênese (armazenamento hepático de glicose)
154
Efeito do cortisol no sistema circulatório
o cortisol estimula a expressão de receptores para catecolaminas no coração e nos vasos sanguíneos! É o chamado efeito permissivo... Sem ele, o sistema cardiovascular não responderia adequadamente à ativação adrenérgica aguda! Por exemplo: diante de um agravo inflamatório/infeccioso sistêmico (que tende a reduzir a pressão arterial ao promover vasodilatação generalizada), mesmo na vigência de altos níveis de catecolaminas, não haveria sustentação da pressão arterial, pois sem o efeito permissivo do cortisol, o coração e os vasos não estariam “aptos” a responder às catecolaminas... É por este motivo que muitos pacientes em choque séptico (onde é comum o surgimento de insuficiência adrenal “relativa” – ver adiante) necessitam de glicocorticoide exógeno em associação à reposição volêmica e aminas vasoativas
155
Como de estar a quantidade de cortisol plasmática à meia noite?
o cortisol plasmático da meia-noite deve ser muito baixo ou indetectável
156
Quais são os 3 componentes que participam do controle da secreção de aldosterona
(1) sistema renina-angiotensina; (2) potássio; (3) ACTH.
157
Diferencia a origem do sulfato de diidroepiandrosterona e da diidroepiandrosterona
Ao contrário da Diidroepiandrosterona (DHEA), que tem origem nas gônadas, o Sulfato de DHEA (S-DHEA) é quase que exclusivamente produzido pela suprarrenal, servindo como marcador específico da função dessa glândula!!! MACETE: “S” de suprarrenal
158
Qual o hormônio responsável pelo controle dos andrógenos produzidos na supra-renal?
ACTH
159
Qual a causa mais comum de síndrome de Cushing?
Iatrogenia
160
Descreva a porcentagem das PRINCIPAIS causas de síndrome de Cushing endógena
ACTH-Dependente 80% “Doença de Cushing” (adenoma hipofisário - corticotropinoma) 68% Secreção ectópica de ACTH 12% Secreção ectópica de CRH < 1% ``` ACTH-Independente 20% Adenoma adrenal 10% Carcinoma adrenal 8% Hiperplasia adrenal micronodular (pigmentada)1% Hiperplasia adrenal macronodular <1% ```
161
Qual o sexo mais acometido pela DOENÇA de Cushing?
Feminino | 8:1
162
Cite uma peculiaridade em relação ao feedback associada aos corticotropinomas
Apresentam sensibilidade reduzida a inibição de produção de ACTH, de forma que doses usualmente inibitórias em corticotrofos normais não são suficientes para inibi-lo. Altas doses de glicocorticoide exógeno, porém, pode inibir sua produção hormonal. Essa particularidade o diferencia dos tumores que secretam ACTH ectopicamente (na doeção de Cushing, há supressão do ACTH com o teste da dexametasona)
163
Cite a principal neoplasia não hipofisária secretora de ACTH (cite outras - opcional)
Até metade dos casos se relaciona ao carcinoma de pequenas células do pulmão (oat cell), Outros: Carcinoides brônquicos e tímicos, feocromocitomas, melanoma, carcinoma medular de tireoide, próstata, mama, ovário e vesícula
164
Qual a apresentação clínica da síndrome de Cushing secundária à produção ectópica de ACTH por tumores agressivos?
evolução é rápida (< 1 ano), sem que haja tempo hábil para o surgimento de manifestações clássicas da síndrome (como a facies cushingoide, por exemplo). Assim, de um modo geral, predominam queixas de perda ponderal, hiperpigmentação cutânea, hiperglicemia, HAS e alcalose metabólica hipocalêmica, além de sintomas de miopatia proximal (fraqueza nas cinturas escapular e pélvica).
165
Principal etiologia da síndrome de cushing em crianças menores?
65% dos casos de síndrome de Cushing possui etiologia adrenal!!! Destes, cerca de METADE se relaciona ao carcinoma adrenal, cujo curso clínico tende a ser mais agressivo, com rápida instalação dos sintomas... Tais pacientes, em geral, apresentam um curioso comemorativo, que se soma às manifestações do Cushing: hiperprodução de androgênios adrenais, o que gera puberdade precoce em meninos e síndrome de virilização em meninas... Os carcinomas adrenais infantis também são mais comuns em meninas.
166
virilização + lesão adrenal grande em paciente com cushing
carcinoma adrenal até se prove o contrário
167
hiperplasia nodular autônoma das adrenais micronodular (nódulos < 5 mm e pigmentados): cite a principal sídrome associada
síndrome de Carney, uma entidade que, além do Cushing por hiperplasia adrenal primária, cursa com somatotropinoma (tumor hipofisário secretor de GH), schwannoma, câncer testicular, mixoma cardíaco e lesões mucocutâneas hiperpigmentadas (“sardas” na pele e nas mucosas)
168
hiperplasia nodular autônoma das adrenais macronodular (nódulos > 5 mm não pigmentados): cite o principal mecanismo fisiopatológico
grande parte dos casos estudados apresenta expressão ectópica (no tecido adrenal) de receptores para hormônios tróficos de outros tecidos... Por exemplo: as células adrenais podem expressar o receptor de vasopressina em sua superfície
169
O que é pseudo cushing?
Certas condições, por sinal bastante frequentes na prática médica, podem induzir um certo grau de hipercortisolismo (por hipersecreção hipotalâmica de CRH) num paciente que já tinha sinais e sintomas compatíveis com síndrome de Cushing (ex.: obesidade, HAS e DM), sem que haja, necessariamente, relação entre uma coisa e outra. O aumento do cortisol nesses casos não passa de leve a moderado (ex.: cortisol urinário livre no máximo três vezes o valor de referência)! Os principais exemplos são: doenças psiquiátricas (depressão, ansiedade, síndrome do pânico, psicose), alcoolismo e obesidade (principalmente do tipo “central”, e também a síndrome dos ovários policísticos)
170
Por que o cortisol total está aumentado na gestação?
A explicação para o aumento do cortisol total é o aumento da CBG (globulina ligadora de cortisol), secundário ao hiperestrogenismo gestacional
171
Cite manifestações clínicas com especificidade aumentada para cushing
fraqueza muscular proximal (cintura escapular e pélvica), atrofia cutânea estrias violáceas largas (> 1 cm de largura) aumento do panículo adiposo na região supraclavicular.
172
Conjunto de sinais clínicos em crianças que obrigam a investigação de descarte de cushing
obesidade generalizada e retardo no crescimento
173
Quando um paciente com cushing desenvolve hiperpigmentação cutâneo mucosa?
hiperpigmentação cutâneo-mucosa só acontece se houver aumento do ACTH (secreção concomitante de hormônio melanotrófico + efeito direto do ACTH nos melanócitos),
174
No contexto da síndrome de cushing, qual a etiologia destaque associada à presença de virilização vista em mulheres?
Carcinoma adrenal
175
Cite os testes de primeira linha para demonstrar que o paciente apresenta hipercortisolismo
(1) Dosagem do cortisol livre na urina de 24h (CLU); (2) Teste da supressão com dexametasona em dose baixa; (3) Dosagem do cortisol plasmático ou salivar à meia-noite. Pelo menos dois dos três testes acima devem ser positivos, a fim de confirmar a existência inequívoca de hipercortisolismo
176
Quantas vezes acima do limite superior a dosagem de cortisol na urina deve estar para qque seja considerado inequivocadamente positivo?
O valor de referência do CLU varia de acordo com o kit mas, para ser considerado inequivocamente positivo, deverá estar acima de três vezes o Limite Superior da Normalidade (LSN). Valores anormais, porém, < 3x o LSN, não são diagnósticos de síndrome de Cushing, sendo, na realidade, sugestivos de “pseudo-Cushing”...
177
Descreva o Teste da supressão com dexametasona em | dose baixa
O paciente toma 1 mg de dexametasona às 23h e mede o cortisol plasmático às 8-9h da manhã do dia seguinte, em jejum. Valores < 1,8 μg/dl (< 50 nmol/L) são “suprimidos” (normais), enquanto valores > 1,8 μg/dl (> 50 nmol/L) são “não suprimidos” (anormais)
178
Em que aspecto da sindrome de cushing se baseia o teste de dosagem do cortisol plasmático ou salivar à meia-noite?
Nos portadores de Cushing endógeno, o nadir fisiológico noturno simplesmente não acontece! Como o cortisol salivar também reflete diretamente os níveis de cortisol plasmático livre – com a vantagem de poder ser coletado de forma muito menos incômoda para o paciente – valores elevados (> 130 nmol/L) podem ser usados para demonstrar a presença de hipercortisolismo
179
Qual o segundo passo na investigação etiológica da síndrome de cushing?
Dosagem de ACTH
180
ACTH SUPRIMIDO aponta para...
patologia primária da suprarrenal. Solicita-se então uma tomografia computadorizada de abdome superior, com o intuito de visualizar as glândulas. Não há vantagem em solicitar uma RNM... Um tumor < 3 cm provavelmente é um adenoma, enquanto um tumor > 6 cm quase que com certeza representa um carcinoma!
181
Cite um achado laboratorial que aponta para carcinoma adrenal no ddx com adenoma adrenal
``` Os níveis de S-DHEA plasmático e 17-cetosteroides urinários estarão aumentados no carcinoma suprarrenal (que cursa com hiperandrogenismo), mas não no adenoma... ```
182
ACTH AUMENTADO aponta para o diagnóstico | de...
``` patologia primária do eixo hipotálamo- hipófise, ou secreção ectópica de ACTH/ CRH. Solicita-se então uma RM da sela túrcica, à procura de um adenoma hipofisário (etiologia mais comum) ```
183
Descreva o teste de Liddle 2
um teste de supressão do ACTH realizado com doses bem mais altas de dexametasona (2 mg VO de 6/6h nas 48h que antecedem a coleta do cortisol plasmático matinal). Seu objetivo é diferenciar o corticotropinoma da secreção ectópica de ACTH...
184
Seguindo a abordagem de uma síndrome de cushing com ACTH aumentado, se a RM de sela túrcica for normal, e não houver supressão do cortisol plasmático com o teste de Liddle 2, o provável diagnóstico é...
Secreção ectópica de ACTH Como a principal etiologia é o ca de pulmão de pequenas células, o próximo exame é a TC de tórax e abdome. Se normal, TC de pescoço. Se normal, octreoscan.
185
Se a RM de sela túrcica for normal, mas o Liddle 2 suprimir o cortisol ,qual o provável diagnóstico? Qual a conduta a seguir?
`Provavelmente estaremos diante de um adenoma hipofisário extremamente pequeno, Deve-se empregar o cateterismo do seio petroso inferior! Neste método, comparamos o ACTH do sangue coletado por cateterismo com o ACTH do sangue coletado na periferia
186
TTO da DOENÇA de cushing
Ressecção transesfenoidal do corticotropinoma
187
Principais complicações da cxs transesfenoidais
pan-hipopituitarismo | diabetes insipidus central
188
Quando lançar mão da adrenelectomia bilateral para tto da doença de cushing? Quais os pontos negativos
é uma opção maisradical para os casos de doença persistente após cirurgia e radioterapia. O paciente se torna definitivamente dependente da reposição exógena de glico e mineralocorticoide.. Risco de síndrome de Nelson.
189
Descreva a síndrome de Nelson
Trata-se do surgimento de um macroadenoma hipofisário localmente invasivo, que aparece em indivíduos submetidos à adrenalectomia bilateral. O mecanismo etiopatogênico é a perda do feedback negativo exercido pelo hipercortisolismo sobre os corticotrofos hipofisários
190
Quais são e quando usar os inibidores da esteroidogênese adrenal no tto da doença de cushing?
empregados no tratamento da doença de Cushing para o preparo pré-operatório de casos extremamente graves, e também enquanto se aguarda a resposta à radioterapia. As drogas mais utilizadas nos dias de hoje são: cetoconazol, metirapona ou mitotano, pela via oral, ou etomidado IV (infusão contínua) em baixas doses (não anestésicas)
191
TTO dos adenomas de supra-renal
geralmente adrenalectomia videolaparoscópica unilateral
192
Tumores > 6 cm (suspeita de carcinoma) são preferencialmente abordados pela. ..
via cirúrgica laparotômica tradicional
193
Diferencia o hiperaldosteronismo primário do secundário
Hiperaldosteronismo primário: Aldosterona alta e renina baixa Hiperaldosteronismo secundário: Aldosterona alta e renina alta
194
Etiologia de hiperaldosteronimso primário
Adenoma Produtor de Aldosterona (APA) Hiperplasia Adrenal Bilateral Idiopática (HAI). Historicamente, o APA (também chamado de aldosteronoma) era considerado mais prevalente. No entanto, atualmente se acredita que a HAI seja mais comum que o APA, representando a principal etiologia de aldosteronismo primário! Outras causas menos frequentes são: hiperplasia adrenal unilateral, carcinoma adrenal, produção ectópica de aldosterona (por tumores de ovário), hiperaldosteronismo supressível por glicocorticoides e hiperaldosteronismo familiar
195
O que é a síndrome de Conn?
Quando o quadro de hiperaldosteronimso é secundário à presença de um aldosteronoma
196
IC, AVE e IRC em um quadro de hiperaldosteronismo estão associados apenas à HAS secundária ao aumento de aldosterona V ou F
F Complicações cardiovasculares (ex.: IC, AVE, DRC) são mais frequentes no hiperaldosteronismo primário do que na HAS idiopática, mesmo para um nível idêntico de hipertensão arterial... O motivo é o efeito tóxico direto da própria aldosterona nos tecidos!
197
Por que um paciente com hiperaldosteronismo pode cursar com poliúria e polidipsia?
A deficiência de potássio secundária ao hiperaldosteronismo também provoca lesão nos túbulos renais (proximal = nefropatia hipocalêmica vacuolar/distal = diabetes insípido nefrogênico), resultando em poliúria e polidipsia
198
Quando a relação aldosterona/renina no plasma é suficiente para estabelecer o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário?
quando >= 50
199
Descreva as interpretações possíveis da relação aldosterona/renina
• Relação < 30, com CAP > 12 ng/dl e ARP > 1 ng/ml/h DESCARTA o diagnóstico; • Relação > 50, com CAP > 20 ng/dl e ARP < 0,1 ng/ml/h CONFIRMA o diagnóstico; • Relação entre 30 e 50 indica a necessidade de testes adicionais.
200
Cite os testes confirmatórios de HAP
Teste da sobrecarga ORAL de sódio: realizado pelo acréscimo de 3 g de NaCl em cada uma das três refeições diárias, por três dias consecutivos. No terceiro dia, coleta-se uma urina de 24h para dosagem de aldosterona, sódio e creatinina... Aldosterona urinária > 12 mcg/24h, na presença de excreção urinária de sódio compatível com “sobrecarga salina” (Na urinário > 200-250 mEq) é compatível com HAP Teste da sobrecarga INTRAVENOSA de sódio: realizado através da infusão de 2 L de SF 0,9% IV em quatro horas, com o paciente deitado. A concentração de aldosterona plasmática deve ser obtida antes e depois da expansão intravascular... Em indivíduos normais, a expansão volêmica promove queda na produção de aldosterona (CAP < 5 ng/dl). Por outro lado, nos portadores de HAP, a aldosterona plasmática não se altera ou cai muito pouco (permanecendo com a CAP > 10 ng/dl) teste de supressão com captopril – no qual se administra 50 mg de captopril ao paciente deitado e mede-se a aldosterona e ARP basal e após duas horas. O teste é positivo se ocorre ausência de supressão da aldosterona (redução < 10% do basal) ou aldosterona plasmática pós-teste > 5 ng/dl; teste com fludrocortisona – nesse teste, administra-se 0,1 mg de fludrocortisona, de 6/6h e durante quatro dias, medindo- -se a aldosterona plasmática basal e após quatro dias. A ausência de supressão da aldosterona é caracterizada pelos mesmos parâmetros do teste com captopril.
201
TTO do APA
adrenalectomia unilateral por via laparoscópica
202
TTO da hiperplasia adrenal idiopática
O tratamento é medicamentoso. A droga recomendada é a espironolactona (100-400 mg/dia). Devido à sua ação antiandrogênica, a espironolactona pode causar disfunção erétil, diminuição da libido, ginecomastia e irregularidades menstruais. A eplerenona (100-200 mg/dia) é um antagonista específico do receptor da aldosterona que pode ser utilizado como alternativa à espironolactona nos pacientes com intolerância. A eplerenona não possui afinidade pelos receptores androgênicos e não causa os efeitos colaterais da espironolactona
203
descreva a síndrome de Sheehan
Necrose hipofisária pós parto
204
Descreva as manifestações clínicas da doença de Addison
refletem a deficiência de glicocorticoides (astenia, perda de peso, anorexia, náuseas e vômitos, hipotensão arterial etc.), mineralocorticoides (avidez por sal, hipovolemia, hipotensão, hipotensão ortostática, hiponatremia, hipercalemia e acidose metabólica leve) e androgênios adrenais (redução da pilificação axilar e corporal em mulheres)
205
Achados laboratoriais possíveis na síndrome de addison
hiponatremia + hipercalemia + tendência à hipoglicemia, além de anemia normocítica normocrômica, eosinofilia, basofilia e linfocitose relativa, bem como uma discreta neutropenia
206
Causas de crise adrenal
pacientes com doença de Addison expostos ao estresse de infecções, cirurgia ou desidratação indivíduos com hipotireoidismo autoimune com insuficiência adrenal primária, caso a reposição dos hormônios tireoidianos seja feita sem a administração concomitante do glicocorticoide secundária à apoplexia suprarrenal (hemorragia adrenal bilateral), como manifestação da síndrome de Waterhouse-Friederichsen (necrose hemorrágica associada à sepse por Gram- -negativos ou à meningogococcemia) ou ser secundária ao uso de anticoagulantes, trauma ou cirurgia abdominal, leucemia, trombose de veia adrenal, metástase ou venografia bilateral. Uma das principais causas é a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo primária.
207
Manifestações da crise adrenal
febre alta (do hipocortisolismo), anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal de forte intensidade (pseudo-abdome agudo), fraqueza, apatia, depressão, confusão mental (podendo evoluir e chegar ao coma), hipotensão e choque. A hiperpigmentação, quando presente, nos facilita o diagnóstico. Na síndrome de Waterhouse- -Friederichsen, podem estar evidentes petéquias e equimoses.
208
Principais achados laboratoriais na doença de addison
``` Hiponatremia (88%). Hipercalemia (64%). Hipercalcemia (6%). Azotemia (55%). Anemia (40%). Eosinofilia (17%). ```
209
Aspectos clínicos diferenciais entre insificiência adrenal primária e secundária
• Não cursa com hiperpigmentação cutânea (a secreção de ACTH é deficiente). • A secreção de mineralocorticoides geralmente é normal (portanto, o indivíduo não apresenta sintomas de desidratação e hipercalemia).
210
Conduta diagnóstica inicial em caso de suspeita de insuficiência adrenal
O cortisol sérico plasmático deve ser o primeiro exame a ser solicitado. Um valor do cortisol plasmático às oito horas da manhã menor do que 10 μg/dl é muito sugestivo, e um valor inferior a 3-5 μg/dl é quase patognomônico de insuficiência adrenal
211
Qual o teste mais importante para diagnóstico de insuficiência adrenal?
teste de estimulação rápida com ACTH. Este teste consiste na administração de um ACTH humano sintético (cortrosina ou cosintropina), na dose de 250 μg por via IM ou IV, seguida da dosagem do cortisol sérico após 30 e 60 minutos. Este exame pode ser realizado a qualquer hora do dia. Um pico de cortisol ≤ 18-20 μg/dl confirma o diagnóstico de insuficiência adrenal,
212
Que exame laboratorial pedir para diferenciar um IAP e uma IAS
dosagem do ACTH plasmático. Na doença de Addison, este hormônio caracteristicamente excede o limite superior do normal (VR 10-60 pg/ml) e usualmente está acima de 200 pg/ml. Na insuficiência adrenal secundária, o ACTH encontra-se baixo ou normal.
213
Meninos com insuficiência adrenal sem evidência de adrenalite autoimune ou causas infecciosas devem ser investigados para...
Adrenoleucodistrofia
214
Qual a etiologia de IA que necessita de reposição de mineralocorticoides?
Doença de Adisson
215
Qual a herança da Hiperplasia Adrenal Congênita? Qual sua principal etiologia?
distúrbio autossômico recessivo na esteroidogênese adrenal, caracterizado por uma deficiência de cortisol. A deficiência de 21-hidroxilase (CYP21A2) é responsável por 90% dos casos A deficiência de 11-β-hidroxilase (CYP11B1) representa cerca de 5-8% dos casos de HAC
216
Qual o quadro clínico da forma completa da hiperplasia adrenal congênita?
na forma completa da síndrome (deficiência enzimática profunda), ocorre choque circulatório hipovolêmico e hiponatrêmico nos primeiros dias após o nascimento (deficiência de cortisol + aldosterona).
217
Como é feito o screening para deficiência de C-21 hidroxilase é durante o “teste do pezinho”?
dosagem de 17-hidroxiprogesterona (17OHP)
218
Como avaliar o bom controle de terapeutico da HAC? O que níveis normais de 17ohp revelam
O bom controle terapêutico se reflete na ausência de sinais de Cushing, velocidade de cresci- com a idade. Laboratorialmente, o principal critério indicador de bom controle terapêutico é a normalização dos níveis de androstenediona e testosterona, já que os níveis de 17-OHP não se normalizam, apesar de um bom controle. Isso tem importância terapêutica: diante de valores normais de 17-OHP, podemos afirmar que a dose de glicocorticoide usada está sendo alta e o paciente poderá apresentar futuramente sinais de Cushing. Devemos, portanto, reduzir a dose do glicocorticoide nesses casos...
219
Quais as três formas de HAC por deficiência de 21hidroxilase?
forma clássica virilizante simples; forma clássica perdedora de sal; e forma não clássica.
220
A deficiência de 11 b hidroxilase cursa com que quadro clínico?
cursa com | hipertensão e hipocalemia
221
Poe que os feocromocitomas | extra-adrenais produzem apenas noradrenalina?
a maioria dos paragangliomas não possui | a enzima PNMT (Feniletanolamina N-Metiltransferase) que converte a noradrenalina em adrenalina
222
Descreva a regra dos 10 dofeocromocitoma
10% dos tumores são bilaterais. 10% dos tumores são extra-adrenais. 10% dos tumores extra-adrenais localizam-se no tórax. 10% dos pacientes têm menos de 20 anos de idade. 10% são malignos (esse percentual aumenta se incluirmos os paragangliomas) . 10% cursam sem hipertensão. 10% recidivam após a retirada cirúrgica. 10% se apresentam como incidentalomas adrenais
223
Cite os principais distúrbios hereditários que podem cursar com um feocromocitoma
NEM 2A Feocromocitoma + carcinoma medular da tireoide + hiperparatireoidismo primário. NEM 2B (3) Feocromocitoma + carcinoma medular da tireoide + neuromas de mucosa e fenótipo marfanoide. Síndrome de von-Hippel Lindau: Feocromocitoma + angioma retiniano + hemangioblastoma cerebelar + cistos e carcinomas renais (hipernefroma) + cistos pancreáticos + cistadenoma do epidídimo. Neurofibromatose Hereditária tipo 1 (doença de von Recklinghausen): feocromocitoma + neurofibroma + manchas café com leite
224
Como o pct com feocromocitoma costuma apresentar sua volemia?
Hipovolemia
225
Cite síndromes paraneoplásicas possíveis causadas por um feocromocitoma
``` ACTH - Síndrome de Cushing Interleucina 6 - Febre Eritropoietina - Policitemia Amina vasoativa - Hipotensão postural PTHrp - Hipercalcemia VIP - Síndrome de Verner- Morrison (diarreia aquosa + hipocalemia) ``` Pode secretar também dopamina
226
Qual o método mais sensível para o diagnóstico bioquímico do feocromocitoma?
dosagem plasmática de metanefrinas | fracionadas
227
Cite dois marcadores bioquímicos plasmáticos que, quando presentem, associam-se a maior chance de feocromocitoma maligno
Cromogranina A | Enolase neurônio específica
228
Qual a situação clínica que indica uma biopsia por paaf em suspeita de feocromocitoma?
a aspiração com agulha fina está formalmente contraindicada em uma lesão adrenal se a suspeita é de feocromocitoma, a PAAF pode desencadear uma crise hiperadrenérgica fatal
229
Descreva os feocromocitomas no contexto da nem
feocromocitomas associados às NEM são bilaterais, raramente malignos, intra- -adrenais e secretam adrenalina.
230
O que são os incidentalomas?
São massas adrenais > 1 cm assintomáticas, encontradas por acaso em exames de imagem realizados por algum motivo. A maioria dos incidentalomas adrenais é benigna (adenoma) e clinicamente não funcionante (60-85%)
231
Quais os tipos funcionantes mais comuns de incidentalomas?
adenoma produtor de cortisol (causando, em geral, uma síndrome de Cushing subclínica, devido aos baixos níveis de cortisol secretados), feocromocitoma e adenoma produtor de aldosterona
232
Qual o tipo mais comum de incidentaloma | maligno?
MTX (pulmão, mama)
233
Quando operar um incidentaloma não funcionante?
a adrenalectomia é recomendada para tumores não funcionantes maiores do que 4 cm de diâmetro. Lesões menores que 4 cm, mas com características malignas, também devem ser operadas.
234
Sabe-se que crianças da região sul tem chance aumentada de desenvolver carcinoma adrenocortical, Quantas vezes mais chances elas têm? Qual a origem dessa incidência aumentada?
risco dez vezes maior Quase 100% dos casos apresenta a mutação R337H no gene TP53 (de etiologia desconhecida)
235
Quando lanças mão da paaf para confirmação de diagnóstico de carcinoma adrenocortical?
biópsia da lesão é contraindicada na suspeita de malignidade!!! Tanto a PAAF guiada por imagem quanto a biópsia laparoscópica rompem a cápsula tumoral e contribuem para a disseminação da doença.
236
A maioria dos casos de carcinoma adrenocortical é esporádica, porém ele pode estar associados à síndromes clínicas. Cite-as
Li-Fraumeni (câncer de mama, sarcomas, tumores cerebrais e carcinoma adrenocortical), síndrome de Beckwith-Wiedemann (tumor de Wilms, neuroblastoma, hepatoblastoma e carcinoma adrenocortical), NEM1 (Neoplasia Endócrina Múltipla do tipo 1: tumores de hipófise, paratireoide, tumores neuroendócrinos pancreáticos e adenomas ou carcinomas adrenais) síndrome SBLA (sarcoma, câncer de mama, câncer de pulmão e carcinoma adrenocortical).
237
Qual é a forma biologicamente ativa da vit D?
1,25-hidroxivitamina D ou calcitriol
238
Como o cálcio plasmático circula?
ligado à albumina (40-50%) livre/ionizado (50-60%) ligado a outros ânions (5-10%).
239
Como calcular o cálcio total corrigido?
Cálcio “corrigido” = cálcio total medido + 0.8 x (4 - albuminemia do paciente) Em média, a cada 1 g/L de variação na albuminemia, temos uma alteração de 0,8 mg/dl na calcemia total. Assim, para cada 1 g/L de queda da albumina abaixo de 4 g/L, devemos aumentar o cálcio em 0,8 mg/dl.
240
Como o pth induz aumento da calcemia?
(1) retirando cálcio do osso – reabsorção óssea; (2) reduzindo a excreção renal de cálcio; (3) estimulando a produção do calcitriol ou 1,25 (OH)2 vitamina D pelas células renais, por estimular a enzima 1-α-hidroxilase
241
Qual metabólito da vit D parece estar mais associado ao feedback negativo com o pth? Qual metabólito deve ser dosado para se avaliar carência de vit d?
25 (OH) vitamina D, que é formada no fígado (25-hidroxilação hepática). Além disso, é esse metabólito da vitamina D que deve ser medido para se diagnosticar a carência vitamínica, por sofrer menos variação
242
Qual o principal hormônio associado ao metabolismo do fósforo?
1,25 hidroxivit D, o calcitriol
243
Como o calcitriol aumenta o nível sérico de fosfato?
(1) aumenta a absorção intestinal de fosfato; (2) inibe a produção de PTH. Como veremos adiante, o PTH promove maior excreção renal de fosfato (efeito fosfatúrico do PTH)
244
A depleção de mg pode causar que outras alterações eletrolíticas?
hipocalemia (aumento da perda renal de potássio) | hipocalcemia (supressão transitória da secreção de PTH)
245
Como fazer a conversão dos níveis de cálcio entre as unidades?
Para passar de mg/dl para mM é só dividir por 4. | Para passar de mM para mEq/L é só multiplicar por 2.
246
Como fazer a conversão dos níveis de fósforo entre as unidades?
Para passar de mg/dl para mM é só dividir por 3,1. | Para passar de mM para mEq/L é só multiplicar por 1,8.
247
Como fazer a conversão dos níveis de magnésio entre as unidades?
Para passar de mg/dl para mM é só dividir por 2,4. | Para passar de mM para mEq/L é só multiplicar por 2.
248
Quais os efeitos do pth no rim?
(1) aumenta a reabsorção de cálcio no túbulo contorcido distal; (2) aumenta a produção e liberação de 1,25 (OH)2 vitamina D (ou calcitriol) nas células tubulares proximais, por estimular a enzima alfa-1-hidroxilase; (3) inibe a reabsorção de fosfato no túbulo proximal; (4) inibe a reabsorção de bicarbonato no túbulo proximal. Como resultado final, temos: retenção renal de cálcio, excreção renal de fosfato (fosfatúria) e de bicarbonato (bicarbonatúria).
249
Qual a principal causa de hipercalcemia? Qual a | etiologia específica mais comum?
Hiperparatireoidismo (primário) | Adenoma solitário esporádico
250
Qual o único fator de risco conhecido para adenoma esporádico de paratireoide?
história de exposição à radiação ionizante
251
Quais as principais síndromes genéticas associadas ao hiperparatireoidismo?
NEM 1 (hiperpara em + de 90%) NEM 2A Síndrome de Hiperparatireoidismo-tumor de Mandíbula (adenoma cístico numa paratireoide, associado a fibromas ossificantes da mandíbula ou maxila, além de lesões renais) Hiperparatireoidismo Familiar Isolado
252
Descreva a NEM 1
Autossômica dominante (mutações no gene MEN1) Hiperparatireoidismo primário (90-100%). Tumor de ilhota pancreática (gastrinoma 40%; insulinoma 10-35%; glucagoma 5%; VIPoma 2%). ``` Adenomas hipofisários (10-60%): + Tumores do córtex adrenal (adenomas em 20-40%); + Tumores carcinoides; + Lipomas; + Angiofibromas; + Colagenomas. ```
253
Descreva a NEM 2A (2)
Autossômica dominante (mutações no gene RET) Carcinoma medular de tireoide (90%). Feocromocitoma (40-50%). Hiperparatireoidismo primário (10-35%).
254
Descreva a NEM 2B (3)
Autossômica dominante (mutações no gene RET) CMT (> 90%). Feocromocitoma (40-50%). Hábito marfanoide (> 95%). Neuromas de mucosa (quase 100%).
255
Causas de hiperpara secundário
casos em que algum fator sistêmico estimula a hipersecreção de PTH, como: Hiperfosfatemia Deficiência de vitamina D Doença renal crônica (engloba os dois primeiros)
256
Descreva o hiperpara terciário
um hiperparatireoidismo secundário em que o tecido glandular cronicamente estimulado sofreu transformação neoplásica, tornando a secreção de PTH autônoma, isto é, mesmo que a doença de base seja resolvida, o hiperparatireoidismo é mantido e progride
257
Por que a DRC cursa com hiperpara?
(1) retenção renal de fosfato (a hiperfosfatemia inibe a enzima 1-alfa-hidroxilase presente nas células do túbulo proximal, responsável pela ativação da vitamina D); (2) queda na produção renal de 1,25(OH)2D3 (a forma ativa da vitamina D inibe a secreção de PTH; além disso, a vit. D promove absorção intestinal de cálcio, logo, existe uma tendência à hipocalcemia nesta situação, o que também estimula a secreção de PTH).
258
Qual o exame de escolha para dosagem do pth?
ensaio radioimunométrico
259
Por que no hiperpara pode haver hipomagnesemia?
a hipercalcemia diminui a reabsorção tubular renal de magnésio (efeito magnesiúrico).
260
O hiperpara pode cursar com acidose metabólica hiperclorêmica e hiperuricemia porque...
(1) bloqueio à reabsorção de bicarbonato (ATR tipo 2); (2) aumento na reabsorção de ácido úrico.
261
A qual exame de imagem não relacionado à região cervical todo portador de hiperpara deve ser submetido? por quê?
TC de abdome/pelve sem contraste, a fim de pesquisar nefrolitíase/nefrocalcinose. A presença de cálculos ou calcificação do parênquima renal, mesmo no paciente assintomático, é considerada motivo suficiente para se indicar o tratamento cirúrgico do hiperpara!
262
Qual é o achado radiológico mais característico do hiperparatireoidismo?
Reabsorção subperiosteal Costuma ser visualizada nas bordas das falanges média e distal do 2º e 3º quirodáctilos. Também pode ser observado na extremidade distal das clavículas.
263
Achados Radiológicos da Osteíte Fibrosa Cística
1- Reabsorção superiosteal das falanges da mão – achado mais específico. 2- Cistos ósseos – “tumor marrom”. 3- Crânio em “sal e pimenta”. 4- Coluna vertebral em “camisa rugger jersey” ou “camisa de rugby”.
264
No carcinoma de paratireoide os níveis de PTH costumam estar acima de 1.000 pg/ml e também pode haver aumento de beta-hCG V ou F
V
265
Indicações de paratireoidectomia
1. Presença de sintomas de hiperparatireoidismo. ``` SE O PACIENTE FOR ASSINTOMÁTICO: 2. Nefrolitíase/nefrocalcinose; 3. Idade < 50 anos; 4. Gravidez; 5. Cálcio sérico 1 mg/dl acima do LSN, acompanhado de calciúria > 50 mg/dia; 6. Calciúria > 400 mg/dia (independentemente do cálcio sérico); 7. Clearance de creatinina < 60 ml/min; 8. Osteoporose (T score inferior a -2.5 DP); 9. Fratura patológica; 10. Dificuldade em manter um acompanhamento clínico regular. ```
266
Principal complicação pos op da paratireoidectomia
HIPOCALCEMIA AGUDA secundária ao hipoparatireoidismo, que costuma ser transitório (“funcional”) mas pode ser permanente (paratireoidectomia total ou lesão iatrogênica do tecido glandular remanescente).
267
Descreva os dois tipos de doença poliglandular autoimune ou Síndrome de Deficiência Endócrina Múltipla
Tipo I – doença de Addison + hipoparatireoidismo + candidíase mucocutânea. Acomete crianças com idade média em torno de 12 anos, tendo uma herança genética com padrão autossômico recessivo. As outras manifestações da síndrome estão dispostas na Tabela a seguir, com os respectivos percentuais de ocorrência. Geralmente a candidíase mucocutânea (pele, unhas e, mais raramente, esôfago) é a primeira manifestação clínica, geralmente por volta dos cinco anos. O hipoparatiroidismo tende a surgir na idade de dez anos, e a doença de Addison, por volta dos 14 anos. Tipo II – doença de Addison + tireoidite de Hashimoto + diabetes mellitus tipo 1. Acomete indivíduos com idade média de 24 anos, tendo uma herança genética com padrão autossômico dominante ou recessivo e associação documentada com o HLA DR3/DR4. As outras manifestações da síndrome estão dispostas na Tabela abaixo, com os respectivos percentuais de ocorrência. Como você percebeu, o tipo II não está associado ao hipoparatireoidismo. A doença de Addison está presente em 100% dos casos.
268
A síndrome de DiGeorge é...
A síndrome de DiGeorge é uma rara anomalia congênita caracterizada por aplasia ou hipoplasia do timo (levando à imunodeficiência celular grave) e das paratireoides (levando ao hipoparatireoidismo), frequentemente associada à malformação cardiovascular, fenda palatina, fácies anormal e microdeleções no cromossoma 22. É comum a deleção do cromossoma 22. O óbito ocorre geralmente na infância precoce, devido a infecções oportunísticas, hipocalcemia com convulsões e complicações cardíacas.
269
que substancia pode mascarar a presença do sinal de chvostek e trousseau?
Hidantoína
270
A acidose, por reduzir a fração de Ca ionizado, pode precipitar os sintoma de hipocalcemia V ou F
F | é a alcalose que faz isso
271
Por que pacientes com hipocalcemia podem desenvolver sintomas extrapiramidais, como distonias
Devido à predisposição a um processo de calcificação do núcleos da base
272
Descrevais sinais e sintomas da hipocalcemia
SNC – irritabilidade, depressão, psicose, edema cerebral, hipertensão intracraniana (papiledema): Crônica: calcificação dos gânglios da base cerebrais – síndrome extrapiramidal e cerebelar; Casos graves: convulsões tônico-clônicas generalizadas, coma. Neuromuscular – parestesias nas mãos e pés, parestesias periorais, mialgias (pode causar dor torácica), fraqueza muscular. Tetania: espasmos musculares carpopedais (“mão do parteiro”), estridor laríngeo, cãibras. Olhos – crônica: catarata bilateral. Pele e fâneros – unhas quebradiças, alopecia, pele seca. Coração – ECG com intervalo QT longo, alterações sugestivas de IAM, arritmias, insuficiência cardíaca. Dentárias – hipoplasia do esmalte, defeitos da dentina, retardo da erupção dentária, cáries, encurtamento das raízes, perda dentária.
273
Diagnóstico do hipopara primário
A presença de hipocalcemia e hiperfosfatemia, com níveis baixos ou indetectáveis de PTH (< 10 pg/ml), confirma o diagnóstico *O PTH pode se encontrar no limite superior da normalidade ou elevado nos casos em que há resistência à sua ação. Podem-se encontrar anticorpos contra o receptor sensor de cálcio nos casos de etiologia autoimune.
274
TTO hipopara
reposição de cálcio e de vitamina D
275
A depleção de qual eletrólito causa hipopara funcional?
Magnésio
276
A que se refere o termo pseudo hipoparatireoidismo?
conjunto de desordens hereditárias (autossômicas dominantes) caracterizadas por uma alta resistência periférica à ação do PTH
277
Qual doença é caracterizada por baixa estatura, obesidade, face redonda, pescoço curto e fundamentalmente o encurtamento dos metacarpos e/ou metatarsos (geralmente do 4o e 5o dedos) e calcificações subcutâneas
Osteodistrofia hereditária de Albright
278
Consequências da deficiencia de vit D
hipocalcemia + hipofosfatemia | + doença óssea + miopatia
279
Como é chamada a osteopatia causada pela deficiência de vit D
raquitismo, quando ocorre na criança, osteomalácia, quando no adulto
280
Descreva o aspecto patogênico da osteopatia por defic de vit D
O distúrbio ósseo é caracterizado por uma deficiência exclusiva da mineralização óssea, sem prejudicar a síntese do osteoide (matriz óssea)
281
Deformidades ósseas possiveis no raquitismo
desde os seis meses de idade: abaulamento do osso frontal sulco de Harrinson (colapso lateral das paredes torácicas) rosário raquítico (abaulamentos na região anterior dos arcos costais) arqueamento do fêmur e da tíbia, com abaulamento das epífises
282
A administração de insulina para o tratamento da cetoacidose diabética ou da síndrome hiperosmolar diabética não cetótica é uma importante causa de hipofosfatemia. O organismo está depletado de fosfato pela poliúria osmótica e a insulina estimula a glicólise e, portanto, o consumo de fosfato V ou F
V
283
A alcalose metabólica é uma das causas mais comuns e importantes de hipofosfatemia grave. O aumento do pH intracelular estimula uma enzima chave da glicólise – a fosfofrutoquinase – aumentando o consumo de fosfato. A alcalose respiratória não tem este efeito, pois afeta menos o pH intracelular em relação ao distúrbio metabólico. V ou F
F | metabólica e respiratoria estão trocados
284
A síndrome de Fanconi (disfunção | tubular proximal) manifesta-se com...
``` deficiência na reabsorção tubular de glicose (glicosúria), aminoácidos (aminoacidúria), bicarbonato (bicarbonatúria) e fosfato (fosfatúria). ``` Estes pacientes também apresentam uma queda na produção de calcitriol, e o resultado pode ser o raquitismo/osteomalácia
285
Manifestações da hipofosfatemia grave
Agudamente, o paciente pode evoluir com sinais de encefalopatia metabólica (confusão mental, convulsões, coma), fraqueza muscular generalizada (incluindo os músculos respiratórios), disfunção miocárdica, rabdomiólise (grandes aumentos da CPK), hipóxia tecidual (pela depleção do 2,3 DPG eritrocitário), acidose metabólica, hemólise e comprometimento da função leucocitária
286
Principais causas de hiperfosfatemia por liberação de fosfato celular
rabdomiólise, trauma muscular extenso, terapia citotóxica para tumores agressivos, hipotermia grave
287
A principal consequência da hiperfosfatemia | aguda grave é a
hipocalcemia sintomática
288
Sinais e sintomas da hipermagnesemia. TTO dela
sinais e sintomas surgem assim que a magnesemia torna-se maior que 4,5 mg/dl. Inicialmente o paciente desenvolve: hiporreflexia tendinosa. ``` O agravamento da hipermagnesemia pode levar à: arreflexia, fraqueza muscular, bradipneia e até mesmo à parada respiratória e cardíaca. ``` O tratamento da intoxicação por magnésio deve ser feito de imediato com gluconato de cálcio
289
Como o pH influencia nos níveis de cálcio?
Em situações de pH alcalino a avidez da albumina pelo cálcio aumenta, diminuindo assim os níveis da fração ionizada (livre), a responsável pelos efeitos do cálcio. Na acidose ocorre o efeito inverso.
290
Efeitos da calcitonina
* Diminui a reabsorção óssea. | * Diminui a reabsorção tubular de cálcio.
291
tto da hipercalcemia
Hidratação com SF 0,9% + furosemida + calcitonina | + bifosfonados + corticoide (nas doenças granulomatosas e nos linfomas).
292
Hormônios produzidos pela adenohipófise
``` GH (hormônio do Crescimento) Prolactina TSH (tireotrofina) ACTH (corticotrofina) LH (hormônio luteinizante) FSH (hormônio folículo-estimulante) ```
293
Por meio de qual hormônio o hipotálamo exerce efeito sobre a hipófise no sentido de liberar prolactina?
TRH (hormonio liberador de tireotrofina) - estímulo | Dopamina - inibição
294
Qual o único hormônio que tem sua produção aumentada em caso de perda de contato entre o hipotálamo e a adenohipófise?
``` Prolactina O lactotrofo normalmente recebe influência muito mais inibitória (pela dopamina) do que estimulatória do hipotálamo ```
295
Do que é composta a neurohipófise?
A neuro-hipófise não contém células! Esta porção hipofisária é composta pelos axônios derivados de neurônios hipotalâmicos, cujos corpos celulares encontram-se nos núcleos supraóptico e paraventricular.
296
Hormonios secretados pela neurohipófise
(1) ADH (Hormônio Antidiurético ou Arginina- - Vasopressina); (2) Ocitocina
297
A falência hormonal da hipófise anterior costuma obedecer a uma sequência de deficiência hormonal, descreva-a
GH> LH/FSH > TSH > ACTH > PRL. No adulto, o quadro clínico inicial mais frequente é o hipogonadismo, enquanto na criança o deficit de crescimento é a apresentação habitual
298
Qual o quadro clínico inicial mais frequente do panhipopituitarismo em adultos? e em crianças?
Em adultos é o hipogonadismo, Na criança o deficit de crescimento é a apresentação habitual
299
Origem do craniofaringioma
O craniofaringioma é um tumor hipotalâmico derivado dos remanescentes da bolsa de Rathke.
300
Achado em exames de imagem
Há múltiplas calcificações suprasselares nos | exames de imagem
301
Qual a causa mais comum de pan-hipopituitarismo
Adenoma hipofisário
302
Tipo mais comum de adenoma hipofisário
prolactinoma
303
Descreva a síndrome da sela vazia
A síndrome da sela vazia primária é uma entidade mais comum no sexo feminino, na qual existe um defeito no diafragma da sela túrcica que permite a herniação da membrana aracnoide para a fossa hipofisária. Nos casos de longa duração, ocorre o aumento da sela túrcica, provavelmente devido à transmissão persistente da pressão intracraniana. A hipófise fica “achatada” no assoalho da sela e o pedículo hipofisário fica estirado – explicando a hiperprolactinemia em 15% dos casos. A síndrome da sela vazia pode ser secundária à cirurgia, radioterapia ou infarto hipofisário.
304
Descreva a apoplexia hipofisiária
A apoplexia hipofisária é definida como uma hemorragia da hipófise que evolui para necrose, levando ao pan-hipopituitarismo súbito. O quadro clínico inicia-se com uma forte cefaleia, associada a náuseas e vômitos. O paciente evolui rapidamente com queda do estado de consciência, choque refratário à reposição volêmica e hiponatremia grave
305
Consequência da compressão do quiasma óptico por um tumor
hemianopsia bitemporal
306
Efeitos da prolactina
(1) induzir e manter a lactação (principal); (2) inibir a função reprodutora, suprimindo o hormônio liberador das gonadotropinas (GnRH) hipotalâmicos e as gonadotrofinas hipofisárias; (3) inibir o impulso sexual (libido).
307
Limite superior da prolactina nos quadros de hiperprolactinemia fisiológica
• As causas fisiológicas de hiperprolactinemia cursam com prolactina < 50 mg/ml (exceto gravidez).
308
Principal causa não fisiológica de hiperprolactinemia
• O uso de fármacos é a principal causa de | hiperprolactinemia não fisiológica.
309
Quando pensar em prolactinomas
• Níveis de prolactina > 150-200 ng/ml sugerem | prolactinomas
310
TTO medicamentoso do prolactinoma
Agonistas Dopaminérgicos - Bromocriptina Os principais efeitos colaterais são: náuseas, cefaleia, tontura e fadiga. É a droga de escolha na gravidez, pela maior experiência desta droga durante a gestação; Cabergolina É a droga de escolha pela melhor eficácia, melhor perfil de efeitos colaterais e posologia mais adequada.
311
Achados laboratoriais que excluem e que confirmam o diagnóstico de acromegalia/gigantismo
Excluem *GH randômico < 0,4 ng/ml e IGF-1 normal; *Nadir do GH durante TOTG < 1,0 ng/ml e IGF-1 normal. Confirma *Nadir do GH durante TOTG > 1,0 ng/ml e IGF-1 elevado.
312
TTO para pacientes com acromegalia/gigantismo não elegíveis para a cirurgia transesfenoidal
Análogos da Somatostatina: representam o tratamento de escolha para a maioria dos pacientes e agem através de sua ligação com receptores específicos ``` Octreotide LAR (Long Acting Release) Lanreotide SR (Slow Release) Lanreotide Autogel ```
313
Qual cancer tem sua incidência caracteristicamente aumentada em pacientes com acromegalia?
Ca colorretal