Pancreatite Aguda Flashcards

1
Q

Definição?

A

Processo inflamatório agudo decorrente do extravasamento e ativação de enzimas pancreáticas dentro do próprio órgão e nos tecidos adjacentes

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2
Q

Duas principais etiologias de pancreatite aguda?

A

Colelitíase (biliar) – 40% dos casos

Alcoolismo (alcoólica) – 30% dos casos

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3
Q

Causas alternativas de PA?

A
Hipertrigliceridemia
Hipercalcemia
Trauma
Drogas
Pós-CPRE
Infecção (CMV, EBV, caxumba, ascaris, etc)
Pancreas divisum
Idiopática
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4
Q

Quando se torna importante considerar a etiologia farmacológica para pancreatite?

A

Nos pacientes em polifarmácia internados em CTI que apresentam pancreatite e foram excluídas as etiologias biliar e alcoólica

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5
Q

Clínica da pancreatite aguda? (6)

A

Dor abdominal
Náuseas e vômitos
Dor a palpação do andar superior
Plastrão epigástrico
Distensão abdominal não justificada e sem irritação peritoneal
Sinais de SIRS – febre, taquicardia, oligoanúria, sinais de choque, etc

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6
Q

Dois sinais clássicos de pancreatite aguda ao exame físico e significado de cada um

A

Sinal de Cullen: sinal de sangramento retroperitoneal

Sinal de Grey-Turner: sinal de pancreatite necro-hemorrágica

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7
Q

Ponto-chave do laboratório na pancreatite aguda?

A

Elevação de amilase e lipase pelo menos 3x o valor normal

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8
Q

Qual enzima é mais específica?

A

Lipase

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9
Q

Pancreatite e o achado no hematócrito

A

Normalmente, Ht está aumentado por causa da depleção do volume intravascular para o 3º espaço, causando hemoconcentração

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10
Q

Aumento das enzimas pancreáticas E hepáticas sugere? Qual o perigo disso?

A

Etiologia biliar. 10% das pancreatites biliares tem enzimas hepáticas normais – USG para todos!

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11
Q

Padrão ouro de imagem?

A

TC

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12
Q

Qual é e como é o escore tomográfico para avaliação de gravidade?

A
Escore Tomográfico de Balthazar
Aspecto Tomográfico
A: pancreas normal – 0 pt
B: aumento do pâncreas– 1 pt
C: inflamação pancreática ou da gordura peripancreática – 2 pt
D: 1 coleção líquida peripancreática – 3 pt
E: 2 ou + coleções peripancreáticas OU gás no retroperitôneo – 4 pt
–––––––––––––––––––––
Intensidade da necrose
A: sem necrose – 0 pt
B: < 30% – 2 pt
C: 30%-50% – 4 pt
D: > 50% – 6 pt
––––––––––––––––––––
Soma dos pontos
0-3: mortalidade de 3%
4-6: mortalidade de 6%
7-10: mortalidade de 17%
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13
Q

Qual é e como é o escore para estratificação de risco?

A
Escore de Ranson
# Na admissão:
Idade maior a 55 anos
Leucócitos maior a 16000 células/mm3
Glicemia > 200 mg/dL
AST/TGO sérico maior a 250 UI/L
LDH sérico maior a 400 UI/L
–––––––––––––––––––
# Após 48 horas:
Calcemia < 8.0 mg/dL
Redução de 10% do hematócrito
PaO2 < 60 mm hg
Aumento da uréia superior a +15mEq/dL
BE > 4 mEq/L
Sequestro de fluidos maior a 6 L
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14
Q

Pontos gerais do tratamento da pancreatite aguda (independente do tipo de lesão)

A
Dieta
Reposicão volêmica
Analgesia
Pró-cinéticos
Profilaxias
CPRE com papilotomia
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15
Q

Como deve ser a dieta do paciente?

A

Zero por 48-72h

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16
Q

Quando estamos autorizados a reintroduzir dieta?

A

Quando paciente estiver sem dor, sem distensão, e enzimas e marcadores inflamatórios em queda

17
Q

Qual é o tipo de dieta que devemos reintroduzir?

A

Hipolipídica

18
Q

O que justifica a grande importância da reposição volêmica?

A

O grande sequestro de líquido intra-abdominal, com potencial de hipovolemia.

19
Q

Como fazer a reposição volêmica? (dose, tempo, e fluido de escolha)

A

Dose de 5-10ml/kg/h –entre 2,5L e 4L
Maior intensidade de reposição nas primeiras 6h
Líquido de escolha é o Ringer Lactato – promover menos acidose

20
Q

Por que devemos incluir os pro-cinéticos na prescrição da PA?

A

Com a inflamação, tem-se um quadro de gastroparesia que aumenta o risco de vômitos e broncoaspiração

21
Q

Profilaxias na pancreatite aguda?

A

Profilaxia de TEV: primeira escolha é a compressão pneumática
Profilaxia de LAMG: pantoprazol

22
Q

Pontos adicionais do manejo na pancreatite aguda grave

A

Suporte nutricional
Antibióticos
Indicações Cirúrgicas
CPRE com papilotomia

23
Q

Qual é a via preferida para nutrir o paciente com PA grave e por que?

A

Preferencialmente devemos nutrir por sonda nasoentérica, posicionada no jejuno por endoscopia digestiva alta. A vantagem é uma nutrição mais fisiológica, que preserva a integridade da mucosa intestinal e diminui a intensidade da translocação bacteriana.

24
Q

Quando apenas devemos lançar mão da NPT no suporte nutricional do paciente com PA grave?

A

Íleo paralítico metabólico (peristalse débil)
Distensão que não resolve
Resíduo gástrico ainda aumentado

25
Q

V ou F: devemos lançar mão de antibioticoterapia para o pâncreas isoladamente necrosado.

A

Falso! A indicação para o uso de antibióticos na pancreatite aguda é a ocorrência de infecção do parênquima necrosado. Isquemia e necrose isoladamente não representam indicação.

26
Q

Classe antibiótica de primeira escolha para o tratamento de necrose infectada

A

Carbapenêmicos

27
Q

Paciente com necrose pancreática infectada + alergia à classe de antibióticos de escolha: alternativas?

A

Cefepime + metronidazol

Piperacilina + tazobactam

28
Q

Principal achado sugestivo de infecção na tomografia?

A

Presença de gás: retroperitôneo ou dentro da coleção

29
Q

Quais as duas indicações cirúrgicas que podem surgir no cenário da PA grave?

A

Necrose séptica e retropneumoperitôneo

30
Q

Consideração especial no paciente com PA biliar ANTES da alta

A

PA por etiologia biliar confirmada torna mandatório a realização de colecistectomia VLP após resolução do quadro e antes da alta hospitalar.

31
Q

Qual a única indicação de realizarmos CPRE com papilotomia no cenário da pancreatite aguda, independente da intensidade?

A

Ocorrência simultânea de icterícia obstrutiva

32
Q

Janela de tempo para realização de CPRE com papilotomia em pacientes com pancreatite aguda leve vs grave + icterícia obstrutiva

A

Leve: realizar em até 72h
Grave: realizar em até 24h

33
Q

Qual é a lógica de indicarmos uma CPRE com papilotomia no cenário da PA com icterícia obstrutiva?

A

Descomprimir a VB e tratar uma possível colangite associada

34
Q

Caso a pancreatite biliar seja leve a moderada, mas SEM obstrução de VB, qual é o estudo indicado?

A

Colangiografia intraoperatória