Intro a Pediatra Flashcards

1
Q

Saúde

A
  • estado completo de bem estar físico, mental e emocional
  • Não depende apenas da prestação de cuidados, mas de múltiplos fatores biofísicos, sociais, ecológicos, culturais, económicos
  • Em pediatria estes aspetos assumem uma maior importância uma vez que a criança e o jovem são seres mais vulneráveis e dependentes, daí a elevada importância do ambiente familiar e social
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2
Q

Parametros da UNICEF para bom estado de saúde

A
  • Material –pobreza, desemprego familiar
  • Saúde e segurança–Mortalidade infantil,acidentes
  • Educacional – sucesso escolar, gosto pela aprendizagem
  • Família e amigos -Agregado familiar, relações intrafamiliares. Pilares do desenvolvimento da criança. São fundamentais no desenvolvimento do bem estar social e psicológico da criança
  • Comportamentos e riscos -Hábitos (pequeno almoço, atividade física, excesso de peso, violência).
  • Bem-estar subjetivo–percepção de bem-estar, gosto por atividades escolares ou educativas, sensação de felicidade
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3
Q

Pediatria

A
  • medicina integral de um grupo etário desde a conceção até ao final da adolescência (população com idade inferior de 18 anos)
  • Alguns paises a idade é mais tardia
  • período de gestaçãodo feto é fundamental.
  • criança não pode ter doenças decorrentes do estado de adulto,mas um adulto pode ter doenças decorrentes de situações ocorridas nos primeiros tempos de vida –intra ou extrauterina.
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4
Q

Def de determinadas etapas

A
• Recém nascido –do nascimento até os 28 dias (um pouco arbítrio,mas por definição considera-se assim);
• Lactente –entre 29 dias e 1 ano;
• Andante –1 a 3 anos de idade;
• Criança– < 10 anos;
• Adolescente (OMS) –10-19;
o Fase inicial –10-14;
o Fase final–15-19;
• Pre escolar–4-5 anos;
• Escolar–6-18 anos.
  • RN pré-termo: toda a criança que nasce antes das 37 semanas completas (<259 dias), contadas a partir do primeiro dia do último período menstrual;
  • RN de termo: são todas as crianças nascidas vivas entre 37 a 41 semanas e 6 dias de gestação;
  • RN pós-termo: as crianças nascidas vivas com 42 semanas ou mais de idade gestacional.
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5
Q

Carta dos direitos de criança hospitalizada

A
  • As crianças somente serão admitidas para internamento hospitalar se os cuidados de que necessitam não poderem ser propiciados no domicílio ou em regime ambulatório
  • As crianças hospitalizadas têm o direito de terem os seus pais ou familiares/representantes, a acompanhá-los permanentemente. Apesar de não ficar o pai e a mãe, fica sempre um deles (ou outro cuidador)
  • As crianças hospitalizadas devem ser agrupadas de acordo com as idades e separadas de serviços de adultos. O mesmo se aplica a todos os profissionais de saúde que lidam com crianças (médicos, enfermeiros, auxiliares). Todos são específicos de pediatria e não apenas as instalações físicas.
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6
Q

Hospitalismo

A
  • René Spitz (1887-1974) em 1945
  • Conjunto de alterações físicas e psicológicas que surgem em crianças com menos de 18 meses de vida no decorrer de internamentos hospitalares prolongadas onde são privadas da mãe (ou de cuidador)
  • consequências podem ser duradouras e mesmo fatais.
  • Manifesta-se por sinais de carência afetiva, regressão do desenvolvimento psicomotor e sensorial, depressão e perda de peso que pode ser grave
  • Raro em PT
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7
Q

Humanização

A
  • Termo surgido nos EUA nas décadas de 70-80
  • desenvolvimento de uma cultura de prestação de cuidados à criança hospitalizada em que a família está presente e faz parte da equipa de prestação de cuidados
  • As instalações são também adaptadas à criança e adequadas aos vários grupos etários (deve haver o local de lactente, de adolescentes etc.)
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8
Q

Cuidados paliativos pediátricos

A
  • conjunto de cuidados totais e proactivos prestados à criança ou adolescente no qual é previsível que não haja melhoria da condição clínica. Devem ter início logo que esteja feito o diagnostico da condição e incluem cuidados corporais, psicológicos, espirituais e sociais.
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9
Q

Sistema Nacional de Saúde

A
  • Composto por:
    o Serviço Nacional de Saúde (1979). É universal e tendencialmente gratuito, com o objetivo de prevenção, vigilância e tratamento da doença.
    o Instituições Privadas de Saúde(1990)- Instituições com fins lucrativos que prestam cuidados de saúde pagos pelo doente ou por intermediários (ex: seguros de saúde, subsistemas (ADSE, SAMS), etc.
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10
Q

Niveis de prestação de cuidados de saúde em PT

A
  • Cuidados Primários-Prestados nos Centros de Saúde por médicos de família e enfermeiros de saúde infantil;
  • Cuidados Hospitalares-Cuidados prestados por especialistas; Internamento em enfermaria normal, unidades de cuidados especiais ou intensivos;
  • Cuidados Continuados-Rede de entidades publicas e privadas (Misericórdias) que prestam assistência na doença cronica ou limitação funcional –Pediatras, MGF, Enfermeiros, Fisiatras
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11
Q

Internamento de crianças em PT

A

Serviços de Pediatria–São os mais numerosos. São serviços integrados em Hospitais Gerais
• Públicos (Santarém, Portalegre, Faro)
• Privados (CUF, Luz, Lusíadas)
• Público scom gestão privada (Beatriz Ângelo, VFXira, Cascais,)
• Hospitais Pediátricos –São os mais diferenciados. Têm todas as especialidades. Há 3 em Portugal
o Hospital Dona Estefânia
o Hospital Pediátrico de Coimbra
o Centro Materno infantil do Norte (CMIN)

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12
Q

Recursos humanos de pediatria

A
  • Pediatras, Especialistas vários, Internos de Pediatria, Internos de MGF, Enfermeiros, Enfermeiros Especializados, Assistentes Operacionais, Educadoras de Infância, Professores(para permitir que as crianças consigam manter o aproveitamento escolar), voluntários etc.
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13
Q

Locais de prestação de cuidados

A
  • Ambulatório (que seria o ideal)–Serviço de Urgência, Consulta Externa, Hospital de Dia
  • Internamento- Enfermaria de várias especialidades ou grupos etários, Unidades de Cuidados Especiais, Unidades de Cuidados Intensivos, Unidades de Especialidades
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14
Q

Regionalização

A
  • desenvolvimento de um sistema de prestação de cuidados de saúde, estruturado de modo a melhorar os resultados, dirigindo os doentes para hospitais com capacidade otimizada para tratar determinado tipo de doença ou lesão. (ex: Regionalização em oncologia –serviço de oncologia que reúne especialistas com conhecimento e experiência para tratar certa situação)
  • Regionalização dos cuidados perinatais cada grávida sabe onde se deve dirigir.
    o Gravidez de baixo risco seguida no centro de saúde ou nível 1
    o Gravidez de médio risco seguida num hospital distrital ou nível 2
    o Gravidez de alto risco seguida num hospital perinatal diferenciado ou nível 3
  • Regionalização é tipicamente orientada porfatores económicos, devido à incapacidade de todos os hospitais disponibilizarem e manterem equipamento e pessoal treinado para tratar todas as situações clinicas. -> cuidados muito mais diferenciados e em melhoria de cuidados em saúde com resultados a médio e a longo prazo muito superiores àqueles que havia antes da regionalização.
  • regionalização dos cuidados perinatais significa que a criança deve nascer no hospital que lhe pode prestar o nível de cuidados de que ele ou a mãe necessitam. Em Medicina Perinatal a razão não é económica antes conduzida pela necessidade de melhorar resultados. Contudo, a regionalização resulta numa prestação de cuidados custo/efectiva.
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15
Q

Indicadores de saúde na pop

A

Taxa bruta de Natalidade –Nados-vivos/1000 residentes
• Índice sintético de fertilidade –nº de filhos em média por mulher em idade fértil (15-49 anos) (2,3 filhos para substituir gerações (1960–3,16; 2017–1,37)
• Idade materna no 1º filho –1960-25 anos; 2017-30.3 anos (32.1% das mães tinha mais de 35 anos)

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16
Q

Taxas de mortalidade

A
  • Materna –Nº de mortes relacionadas com gravidez e parto/100 000 NV
  • Perinatal –nº de fetos mortos >28 semanas+ óbitos de NV <8 dias/FM+NV até 8 dias
  • Neonatal –óbitos de NV<28 dias/1000NV
  • Infantil –óbitos de NV até 365 dias/1000NV
  • Mortalidade abaixo dos 5 anos–óbitos<5 anos/1000NV
17
Q

Avaliação da qualidade de saúde na criança

A
  • Crescimento e desenvolvimento
  • Tipo de alimentação, exercício físico
  • Acidentes, hábitos aditivos, violência(doméstica, escolar) (evicção de riscos)
  • Saúde oral
  • Vacinas
  • Aproveitamento escolar
  • Deteção precoce de desvios e sua correção
  • Equilíbrio bio-psico-social
18
Q

Nados-vivos em PT 1960-2018

A
  • A taxa de natalidade diminuiu drasticamente em relação a 1960 sendo neste momento quase 1/3. Assim, não há regeneração de populações. Atualmente, existe um número de óbitos diários superior ao número de nascimentos diários e o crescimento da população continua negativo pelo 10º ano consecutivo. Isto é muito grave porque não conseguimos repor a população, no entanto, conseguimos manter mais ou menos o crescimento devido aos imigrantes.
  • Partos domicilio quase 0
19
Q

Prematuridade e baixo peso

A
  • elevadas e superiores aos restantes países da Europa.
  • maior taxa de prematuridade está associada a mães com mais de 35-40 anos.
  • maior taxa de baixo peso (2550g) está associada a mães com mais de 35-40 anos.
  • Portugal é o 4º país europeu com maior mortalidade materna. Dados de 2017 = 1990
  • mortalidade neonatal precoce contribui para a mortalidade perinatal.
20
Q

Causas de morte pediatrica

A
  • Infantil: origem no periodo perinatal
  • <5 anos: origem no periodo perinatal (47,7%) e anomalias congénitas (19,6%) -> 5% sepsis bacteriana no periodo neonatal
21
Q

Ameaças

A
  • Uma das maiores ameaças que temos a esta organização de cuidados perinatais e na pediatria em geral é o número de nados vivos em Portugal. Têm de ser tomadas medidas sociais, económicas, familiares, de emprego para que este número aumente.
  • Outra ameaça são os hospitais públicos de nível lI com gestão privada, equipados e a trabalhar como sendo nível III.
  • Nascimentos em hospitais privados. Nos hospitais privados só devem nascer gestações de baixo risco, sem anomalias congénitas, sem necessidade de cirurgia no período perinatal, sem necessidade de cuidados intensivos porque a experiência do pessoal no hospital público não se pode comparar à de um privado e a experiência nesta área é fundamental para que tudo corra bem. Para além disso, enquanto a taxa de cesarianas no hospital privado for tão elevada a taxa de cesarianas nacional não diminui.
  • Emigração de jovens em idade reprodutiva
  • Emigração de casais jovens com os filhos
  • Baixo rendimento familiar
  • Elevado preço da habitação
  • Elevada taxa de desemprego de gente jovem
  • Saída de médicos e enfermeiros do sector público para o privado e para o estrangeiro
  • Reforma precoce dos médicos