ICC Aula 2 Flashcards
Quais as características da IC com Fração de Ejeção reduzida? (6)
- Problema sistólico
- Há uma dilatação (perda de força de contração)
- Remodelamento Excêntrico
- Volume sistólico é menor
- Consequente aumento do volume diastólico (para que se aumente o volume sistólico)
- Diminui a força, para ejetar um volume absoluto adequado, porém a Fração de ejeção fica reduzida (pois sobrou ainda muito sangue no ventrículo).
Para FE reduzida, o paciente deve apresentar: (3)
- IC Crônica
- FE menor que 40%
- Evidência de aumento de pressão de enchimento
Para FE preservada, o paciente deve apresentar: (4)
- IC Crônica
- FE maior que 50%
- VE não dilatado
- Evidência de aumento de pressão de enchimento
Quais as características da Fração de Ejeção dilatada? (4)
- Défict diastólico
- Remodelamento concêntrico
- IC Alto Débito
- IC Diastólica
A IC é uma doença (V/F)?
FALSO
A IC não é a doença, ela é uma síndrome clínica. É a manifestação da doença.
O paciente nunca terá somente IC, mas sim IC por algo, secundário a algo.
Então, a IC é secundária a “alguma coisa” e está descompensada por algum motivo.
Pois, se o paciente tem uma incapacidade de atender uma demanda periférica, ele tem alguma doença.
Monte a tabela da classificação funcional (nyha)
Classe I - Pacientes com doença cardíaca, porém sem limitação das atividades. A atividade física ordinária não provoca sintomas. (Compensado -> desempenha suas atividades habituais sem dispneia)
Classe II - Estes pacientes sentem-se bem em repouso, mas as atividades físicas comuns provocam sintomas. (Compensado -> Dispneia aos esforços habituais maiores)
Classe III - Acentuada limitação nas atividades físicas. Sentem-se bem em repouso, porém pequenos esforços provocam sintomas. (Compensado -> Dispneia ao andar)
Classe IV - Incapacidade de exercer qualquer atividade. Os sintomas
existem mesmo em repouso e se acentuam com qualquer atividade. (Dispneia com esforços mínimos)
Obs: Avaliação de como o paciente está agora
Monte a tabela da classificação do Estado da Doença (SBC)
Classe A:
- Paciente que não tem disfunção ventricular, não tem cardiopatia mas tem fator de risco. -> É possível proteger esse paciente para que ele não tenha IC; adoção de medidas para que ele não apresente remodelamento, ou seja, para que ele não tenha ativação excessiva dos mecanismos de compensação).
Classe B: Desenvolvimento de lesão cardíaca. Doença cardíaca
estrutural (disfunçao ventricular, remodelamento ventricular…), mas sem
sintomas (síndromes) de ICC.
Classe C: Desenvolvimento de sintomas. Doença cardíaca estrutural, com sintomas prévios ou atuais de ICC. (Tem ou já teve sintomas. Já descompensou).
Classe D:
Sintomas refratários.
ICC refratária, requerendo internação hospitalar (está descompensado apesar do tratamento ótimo).
Quais pacientes entram na classificação A do Estado de doença? (7)
- HAS
- Aterosclerose
- Diabetes
- Obesidade
- Síndrome metabólica
- Drogas cardiotóxicas
- História familiar de cardiomiopatia
Ex: Ele tem hipertensão, porém a pressão é controlada.
Quais pacientes entram na classificação B do Estado de doença? (4)
- Infarto
- Estenose aórtica leve
- Cardiopatia estrutural
- Doença valvar assintomática
Qual a correlação entre a classificação de SBC e NYHA? (4)
- Na classe A, o paciente não entra na classificação funcional (classe 0)
- Na classe B, ele é classe funcional 1, pois tem uma disfunção ventricular, tem cardiopatia estrutural, porém não tem sintomas
- Na classe C, ele pode ser classe 1 (se o paciente teve sintomas e o médico compensou) ou pode ser classe 2, classe 3 ou classe 4 (porém não está refratário).
- Na classe D, que é refratário, o paciente é classe 4.
SINAIS DA IC AGUDA (congestão - retrógradas): (15)
- Ictus desviado (pela dilatação)
- B3
- Sopro regurgitativo mitral
- Sopro regurgitativo tricúspide
- B4 (no VE)
- Creptos estertores (alvéolos molhados tentando abrir)
- Sibilos (se houver edema nos brônquios)
- Asma cardíaca
- VD Dilatado (possivel a palpação uma impulsão paraesternal - principalmente subxifóidea)
- B2 mais forte no foco pulmonar (por conta da hipertensão pulmonar)
- Congestão sistêmica jugular (não consegue desaguar na cava)
- Hepatomegalia de borda romba, dolorosa e lisa.
- Ascite (água no peritôneo)
- Derrame Pleural (sem ser por aumento do alvéolo, mas sim relacionado ao átrio direito, que a drenagem linfática das pleuras vai pro AD. Então, se não ocorre o deságue, permanece linfa na pleura, e ocorre Derrame Pleural)
- Edema de MMII
SINAIS DA IC AGUDA (má perfusão - anterógrado): (7)
- Hipotensão ou hipertensão (depende da vasoconstricção)
- Baixo fluxo renal
- Fadiga
- Tontura
- Síncope
- Baixo débito
- Palpitações (aumento da FC na tentativa de compensação)
Quais são as características da drenagem linfática das pleuras? (5)
- A pleura direita desagua direto no AD
- A pleura esquerda vai pro ducto torácico.
- O derrame pleural acomete primeiro o lado direito e depois ele é bilateral.
- Derrame pleural somente esquerdo é dificil ser IC, geralmente tem alguma outra patologia associada, provavelmente na própria pleura.
- É dificil aumentar a pressão de drenagem linfática da esquerda sem aumentar também a da direita, pois a direita já vai direto no átrio.
Cor pulmonale possui congestão pulmonar (V/F)?
FALSO, não possui congestão pulmonar pois o problema está no VD, tudo que chega no VE é ejetado mas possui fadiga. É possível ter dispneia.
Qual situação existe cianose?
A cianose existe em situações com shunt intracardíaco e se não existir uma lavagem do retorno venoso.