Doenças da Tireoide Flashcards
Vascularização arterial da tireoide
A. carótida externa»_space; A. tireoidea superior
Tronco tireocervical (da . subclávia)»_space;A. tireoidea inferior
Inervação da tireoide
N. vago»_space;
- N. laringeo superior (passa pelo tronco braqueocefálico)»_space; estiramento das cordas vocais (timbre)»_space; pode lesar por estar perto da a. tireoidea superior
- N. laringeo recorrente (passa pelo arco da aorta)»_space; adução/abdução de cordas vocais »_space; pode ocorrer lesão por estar muito perto da a. tireoide ainferior»_space; rouquidão +- insuficiência respiratória
Lesão do n. laríngeo recorrente
Perda da abdução/adução»_space; rouquidao + insuficiência respiratória
Lesão do n. laríngeo superior
Alteração do timbre da voz
Fisiologia hormonal
Hipotálamo»_space; TRH (hormônio liberador de tireotrofina)
»
˜estmula (+) a adenohipófise»_space; TSH (tireotrofina)
»
˜estimula (+) a Tireoide»_space; T4 (de fato o hormônio predominante) e T3
»
˜estimula (-) TRH e TSH
Por que pedir T4L e não T4 total?
T4 ligado a globulina não exerce função, somente a forma livre
Como o TSH estimula a produção de T4?
TSH se liga ao receptor»_space; TPO (tireoperoxidade) une a matéria prima (iodo) com a proteína específica da tireoide (tireoglobulina)»_space; T3 (3 iodos) e T4 (4 iodos)
Papel do T4
T4 entra na célula»_space; encontra a enzima desiodase 1»_space; tira 1 iodo»_space; vira T3, que tem ação biológica no corpo»_space; T3 entra no núcleo da célula e exerce suas funções
Classificação do hipertireoidismo
Primário: se origina na glândula»_space; T4L aumentado e TSH diminuído»_space; Doença de Graves
Secundária: se origina do eixo, ex: hipófise»_space; T4L aumentado e TSH aumentado»_space; Tumor de hipófise (adenoma)
Terciário: origem hipotalâmica.
Fácies basedowiana
Bócio
Pele quente
Exoftalmia
Doença de Graves
Patogênese da Doença de Graves
Doença autoimune
Linfócitos B produzem o autoanticorpo TRAb (anticorpo “contra” o receptor de tiretrofina/TSH)»_space; anticorpo estimula os receptores do TSH e desempenham funções di TSH»_space; alto nível de TSH com hiperativação da tireoide»_space; hipertrofia glandular, aumento da vascularização da glândula, aumento da produção e secreção dos hormônios
Clínica da Doença de Graves
TIREOTOXICOSE!»_space; LUTA E FUGA sem níveis aumentados de adrenalina, por aumento de beta receptores adrenérgicos
- Cansaço extremo
- Agitação psicomotora
- Agressividade
- Queda de cabelo
- Pele quente e úmida
- Tremor fino e sustentado
- Intolerância ao calor
- Hiperdefecação
- Amenorreia ou oligomenorreia
- Perda ponderal
- Midríase
- Taquicardia
- Insônia
- Agitação
- Polifagia
- Sudorese
- PA divergente: PAS aumenta pelo aumento de receptores B1 no coração»_space; aumento do cronotropismo e inotropismo. PAD não aumenta por conta do aumento dos receptores B2 na periferia, que dilata o vaso e diminui a RVP
- FA
- Bócio (aumento homogêneo e simétrico da tireoide)
- Oftalmopatia de Graves
- Mixedema pré-tibial
- Baqueteamento digital (acropatia)
Diagnóstico da Doença de Graves
Clínica + laboratório +- imagem
CLÍNICA: tireotoxicose + bócio +- oftalmopatia
LABORATÓRIO: TSH, T4L +- T3
- TRAb: somente solicitar se dúvida diagnóstica (paciente sem clínca)
- TSH diminuido e T4L aumentado»_space; hipertireoidismo clássico
- TSH diminuido e T4L normal»_space; dosar T3»_space; aumentado»_space; T3toxicose (fase inicial da doença)
- TSH diminuído e T4L normal»_space; T3 normal»_space; hiper subclínico
IMAGEM: US de tireoide
- Sem nódulos»_space; ok
- Com nódulos»_space; pode ser algo a mais (ex: plummer, BMT)»_space; realizar cintilografia/RAIU
DD Doença de Graves
Bócio Multinodular tóxico
Tireoidite
Doença de Plummer
Quando tratar o hipertireoidismo subclínico?
Paciente com muita supressão do TSH e risco de complicação fatal
> 65 anos + TSH < 0,1
Tratar com MMZ ou PTU
Parâmetros da RAIU/Cintilografia
RAIU:
- Normal: 5-20% de captação
- Tireoidites: < 5%»_space; tireoide destruída, mas consegue liberar hormônio
- Hipertireoidismo: > 20%»_space; fábrica está a todo vapor. Pode ser BMT ou Graves»_space; cintilografia
CINTILOGRAFIA:
- Iodo homogeneamente distribuído (difuso)»_space; Doença de Graves
- Iodo concentrado em 1 único ponto (nódulo único)»_space; Plummer
- Vários nódulos de captação de iodo»_space; BMT
Tratamento da doença de Graves
MEDICAMENTOSO: inibem a produção de hormônios da tireoide
- Drogas antitireoidianas (DAT): demoram a agir
a) Metimazol (MMZ): inibe TPO»_space; 1a escolha (dose única)
b) Propiltiouracil (PTU): inibe TPO + desiodade 1»_space; não atravessa a barreira placentária (gestantes)
- BB: melhoram os sintomas cardíacos»_space; propranolol: também inibe a desiodase 1»_space; 20-40 mg 6 a 8/8h. 2ª opção: BCC
Duração do TTO: 1-2 anos»_space; a doença tende a remitir
RADIOABLAÇÃO:
- Insucesso terapêutico após 1-2 anos
- Efeitos colaterais: rash cutâneo
- Contraindicação: gestação e amamentação, oftalmopatia de graves moderada a grave, bócio volumoso (> 50 ml)
CIRURGIA: tireoidectomia total
- Contraindicações à radioablação
- Opção do paciente
Preparo pré-operatório de um paciente com Doença de Graves
Drogas antitireoideanas: PTU ou MMZ por 6 semanas»_space; evita boom de liberação de hormônio tireoideano»_space; diminui tireotoxicose durante o ato operatório
Lugol (iodo) por 10 dias»_space; diminui o sangramento intraoperatório»_space; efeito Wolff-Chaikoff»_space; quando há ingesta excessiva de iodo, a glândula se desliga (hipotireoidismo)
O que é o efeito Wolff-Chaikoff?
chaikOFF
Iodo em excesso»_space; glândula para de funcionar por feedback negativo / organificação é inibida»_space; hipotireoidismo
O que é o efeito Jod-Basedow?
basedON
Quando você ingere iodo em quantidades boas que fazem com que a glândula funcione bastante (hipertireoidismo)
Amiodarona pode provocar hipertireoidismo. V ou F?
Verdadeiro!!
Amiodarona contém iodo e isso pode causar hipertireoidismo pelo efeito Jod-Basedow
Def. Crise tireotóxica (tempestade tireoidiana)
Tireotoxicose + disfunção orgânica»_space; exacerbação do estado de hipertireoidismo, com risco a vida
Emergência médica
Quando suspeitar de crise tireotóxica?
Tireotoxicose Febre elevada Delirium/agitação/psicose/coma Diarreia/icterícia Taquicardia/FA IC de alto débito
Tratamento da crise tireotóxica
Monitorização em UTI
PTU»_space; ação mais ampla (inibe a desiodase 1)
Iodo»_space; tentar fazer efeito Wolff-Chaikoff
Corticoide»_space; diminui a produção de adrenalina pela adrenal
BB»_space; diminui o efeito adrenérgico
Tratamento do BMT
Tireoidectomia subtotal ou total
Pode esconder um CA
Tratamento da Doença de Plummer
Tireoidectomia parcial
Diagnóstico da tireoidite
RAIU < 5% + VHS aumentado + aumento de tireoglobulina
Quando suspeitar de tireotoxicose factícia
RAIU < 5% VHS normal ou diminuído TSH suprimido Elevação de T3 e/ou T4 Ausência de bócio e oftalmopatia
Quando realizar nodulectomia?
NUNCA!! Não deve ser mais realizada porque há muita complicação hemorrágica
Diferença entre os tipos de tireoidectomia
T. parcial»_space; lobectomia + istmectomia (conduta estética)»_space; nódulos unilaterais
T total»_space; preferida por menor recorrência, mas aumenta o risco de complicações
T subtotal»_space; deixa um pouco de parênquima para não interferir no nervo. Mantidos 1 a 2 g bilateralmente
T quase total»_space; mantidos apenas 1 a 2h contralateral
Complicação mais temida da tireoidectomia
Hematoma cervical»_space; insuficiência respiratória por compressão
Complicação mais grave da tireoidectomia
Lesão do n. laringeo recorrente»_space; insuficiência respiratória quando cordas vocais param em adução
Complicação mais comum da tireoidectomia
Hipoparatireoidismo primário»_space; hipocalcemia transitória
Lesão transitória por isquemia
20-30%
Sempre realizar sinal de Chvostek e Trousseau após tireoidectomia. V ou F?
Verdadeiro, para analisar a possibilidade de hipocalcemia (complicação cirúrgica)
Peso normal da tireoide
10-20 g
Divisão anatômica da tireoide
Lobo direito
Lobo esquerdo
Istmo
Lobo piramidal: eventuamente encontrado
Hormônio secretado pelas células parafoliculares, localizadas entre os folículos tireoideanos
Calcitonina
Enzima determinante na formação dos hormônios tireoideanos
TPO (tireoperoxidase)
Tireoglobulina»_space; TPO ioda as tirosinas desses peptídeos
Enzima presente no interior das celus que convertem o T4 em T3 (hormônio ativo)
Desiodase tipo 1
Molécula de peptídeos formada a base de tireosina que é a matriz dos hormônios da tireoide
Tireoglobulina
Forma ativa dos hormônios tieoidianos
T3
Hormônios glicoproteicos que possuem a unidade alfa em comum com o TSH
LH, FSH, beta-HCG
Valor de referência normal do TSH
0,5 a 5 mU/L
Agentes endógenos e exógenos que podem suprimir a secreção do TSH
- Hormônios tireoidianos e análogos
- Dopamina e agonistas dopaminérgicos
- Dobutamina
- Glicocorticoides em altas doses de forma aguda
- TNF-alfa, IL-I, IL-6
- Fenitoína
Função do T3
CRISE ADRENÉRGICA
- Estimula SNC
- Aumenta o metabolismo
- Aumento dos receptores beta adrenérgicos do coração
Aumento do consumo de O2 e produção de calor pelos tecidos
Estimula a concentração, rapidez de raciocínio
Aumento da contratilidade muscular cardíaca e squelética
Aumento da motilidade do TGI
Catabolismo: aumentam a reabsorção óssea, o catabolismo proteico, a glicogenólise, lipólise e gliconeogênese
Valor de referência normal do T4L
0,92 - 2 ng/dl
Clínica do hipotireoidismo congênito
Após o nascimento o RN ainda possui quantidade razoável de T4 materno
Síndrome do cretinismo: retardo mental + nanismo (se não tratado dentro dos primeiros 3 meses de vida)
Persistência da icterícia fisiológica
Constipação
Sonolência
Hérnia umbilical
Mecanismo do hipertireoidismo subclínico
Ocorre no hipertireoidismo primário:
Aumento dos hormônios tireoidianos»_space; diminuição do TSH por feedback negativo»_space; T3L e T4L podem ficar no seu valor normal pela menor estimulação do TSH
Valor do TSH no hipertireoidismo primário
TSH < 0,5
Valor do TSH no hipotireoidismo primário
TSH > 5
Como funciona o exame de cintilografia da glândula tireoide?
A cintilografia se constitui d 2 fases:
- A IMAGEM (cintilografia em si), que determina a topografia das regiões funcionantes da glândula
- A CAPTAÇÃO (RAIU), que avalia a função glandular, em %»_space; capta a liberação excessiva de iodo radioativo por um tecido tireoidiano hiperfuncionante
Diferença entre hipertireoidismo e tireotoxicose
Tireotoxicose: qualquer estado clínico resultane do excesso de hormônios tireoidianos nos tecidos, com a função da tireoide podendo estar normal ou alterada
Hipertireoidismo: hiperfunção da glândula tireoide, que cursa com tireotoxicose
A doença automune da tireoide pode alternar fases de hipertireoidismo com fases de hipotereoidismo. V ou F?
Verdadeiro! Depende de qual tipo de autoanticorpo está sendo produzido: estimuladores ou bloqueadores.