Direito Civil Flashcards

1
Q

(a) AB-ROGAÇÃO ou REVOGAÇÃO ABSOLUTA/TOTAL: que é a supressão integral da norma pela entrada em vigor de uma lei posterior

A

(b) DERROGAÇÃO ou REVOGAÇÃO PARCIAL: que é a supressão de parte de uma lei anterior por outra posterior.

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2
Q

O fenômeno da ultratividade da norma jurídica é exceção à regra de que a lei necessita estar vigente para ser aplicada.

A

Segundo a doutrina, em regra, a norma deve estar vigente para ser aplicável. Entretanto, excepcionalmente, pelo fenômeno da ultratividade, a norma pode estar revogada e conservar a sua força vinculante com relações a fatos anteriores à sua revogação.

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3
Q

Art. 1.586. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a bem dos filhos, regular de maneira diferente da estabelecida nos artigos antecedentes a situação deles para com os pais.

A

trata de uma hipótese legal de uso da equidade, ou seja, a aplicação da lei conforme o sentimento de justiça (ou bom senso) do magistrado, realizando, desse modo, a justiça do caso concreto, já que não estamos diante de uma lacuna da lei, mas sim de uma possibilidade, facultada pela norma, de o juiz ir além do direito positivo.

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4
Q

Antinomia Real-> a situação não pode ser resolvida com a mera aplicação dos critérios

A

Antinomia Aparente-> utiliza-se os critérios: hierarquia, especialidade e cronológico

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5
Q

A adaptação de lei, por um intérprete, às exigências atuais e concretas da sociedade configura interpretação

A

c) sociológica.

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6
Q

Ceticismo profissional

A

auditor realiza uma avaliação crítica, com uma mente questionadora da validade da evidência obtida e está atento a evidências que contradigam ou levantam dúvidas sobre a confiabilidade dos documentos ou representações da parte responsável.

ceticismo questiona a validade e não a quantidade (suficiência) da evidência de auditoria

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7
Q

governança pública

A

é assegurar a accountability pública, contribuindo para reduzir as incertezas sobre o que ocorre no interior da administração pública, fornecendo à sociedade e ao Congresso Nacional uma razoável segurança de que os recursos e poderes delegados aos administradores públicos estão sendo geridos mediante ações e estratégias adequadas para alcançar os objetivos estabelecidos pelo poder público , de modo transparente, em conformidade com os princípios de administração pública, as leis e os regulamentos aplicáveis.

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8
Q

Art. 5º A jurisdição do Tribunal abrange: I – qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária;

A

É responsabilidade dos tribunais de contas garantir que todas as pessoas físicas ou jurídicas encarregadas da administração de bens ou valores públicos prestem contas dos recursos utilizados nos prazos e nas condições estabelecidas por lei.

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9
Q

A compra e venda de merenda escolar por pessoa absolutamente incapaz constitui o que a doutrina denomina ato-fato jurídico real ou material

A

o ato-fato jurídico, a manifestação humana é da substância do fato, independendo para a norma se houve ou não a intenção de praticá-lo

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10
Q

Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

A

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

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11
Q

A Responsabilidade Civil decorrente do abuso do Direito Independente de culpa e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalistico

A

Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes

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12
Q

Não se admite termo:

A

a emancipação, o casamento, a adoção, o
reconhecimento de filho, a aceitação ou a renúncia

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13
Q

Ineficácia dos negócios jurídicos

A
  • Inexistentes
  • nulos (nulidade absoluta) - 166 a 170
  • anuláveis (nulidade relativa
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14
Q

Nulidade relativa

A
  1. incapacidade relativa
  2. erro
  3. dolo
  4. coação
  5. estado de perigo
  6. lesão
  7. fraude contra credores
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15
Q

Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos

A

O terceiro que exercer coação que vicie o negócio jurídico responderá integralmente pelas perdas e pelos danos causados ao coacto, ainda que a parte a quem aproveite a coação dela tenha ou deva ter conhecimento.

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16
Q

Vício de Lesão - aplica-se somente a contratos comutativos

A

Vício de Coação - aplica-se em contratos comutativos e aleatórios

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17
Q

Como condições para um erro ser considerado substancial incluem o erro de ser o único e principal motivo do negócio jurídico, sendo o erro de direito e não implicando recusa à aplicação da lei

A

o erro substancial é o que têm um papel decisivo na determinação da vontade da pessoa, de modo que se conhecesse o verdadeiro estado das coisas não
desejaria concluir o negócio (se a situação fosse perceptível não realizaríamos o ato).

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18
Q

Dolo

A

caracteriza-se pelo emprego de um artifício ou expediente astucioso, usado para induzir alguém à prática de um ato errôneo que o prejudica e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro

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19
Q

causa impeditiva ou suspensiva da prescrição, prevista no artigo 198,

A

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

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20
Q

autoridade judiciária brasileira tem competência exclusiva para o conhecimento de ações que discutam a validade de hipoteca que recai sobre bens imóveis situados no Brasil, ainda que as partes residam em país estrangeiro.

A

Como se trata de discussão envolvendo um bem imóvel situado no Brasil, por questão de soberania é apenas o Poder Judiciário brasileiro que poderá decidir essa demanda, com exclusão de qualquer outra autoridade judiciária estrangeira.

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21
Q

Personalidade jurídica material é a aptidão para ser titular de “direitos patrimoniais”. Tem início quando a criança nasce com vida.

A

Personalidade jurídica formal é a aptidão para ser titular de “direitos da personalidade”. Ex.:direito à vida, direito à gestação saudável. Tem início a partir da concepção

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22
Q

O servidor público tem domicílio no local onde exerce permanentemente suas funções, ainda que exerça função de confiança de forma transitória em local diverso.

A

o foro de eleição não é definido pela lei, como o domicílio necessário ou legal, mas pela vontade das partes. São as partes que elegem o foro para discussão de cláusulas de um contrato, ou seja, é um domicílio voluntário.

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23
Q

É característica dos direitos da personalidade a sua oponibilidade erga omnes.

A

o Código Civil admite que a lei imponha limitações aos direitos da personalidade.

O que o Código impede, de forma geral, é a limitação voluntária. Observe: “Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.”

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24
Q

A capacidade de direito ou de gozo é aquela para ser sujeito de direitos e deveres na ordem privada e todas as pessoas naturais a possuem.

A

Já a capacidade de fato ou de exercício se refere ao direito de exercer pessoal e diretamente os direitos e deveres e nem todas as pessoas a possuem e, por isso, são considerados incapazes (relativa ou absolutamente)

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25
Q

o STF decidiu é inexigível a autorização do indivíduo biografado, bem como de outras pessoas que sejam mencionadas na narrativa da biografia.

A

O que o Supremo reconheceu, porém, foi que essas pessoas poderão, se lesadas, ajuizar a ação competente para a reparação dos danos e que essa reparação pode ser pecuniária, mas também pode implicar publicação de ressalva, nova edição com correção, direito de resposta, etc.

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26
Q

emancipação voluntária é aquela feita pelos próprios pais ou por um deles, na falta dos outros, e não dependerá de homologação judicial.

A

Deve ocorrer sempre por escritura pública.

27
Q

A emancipação judicial, ou seja, feita em juízo é aquela dada pelo tutor ao seu tutelado.

A

Temos ainda as hipóteses de emancipação legal por ocorrência de fatos previstos na lei, como a colação de grau em curso superior, o casamento,

28
Q

A morada é aquele local que a pessoa habita de forma temporária, como casas de campo, de praia, etc.

A

residência não exige o ânimo definitivo, pois é uma situação de fato.

29
Q

Se os incapazes atuarem sem a assistência ou representação, o ato será nulo ou anulável, conforme o ato seja de absolutamente incapaz ou de relativamente incapaz (como o ébrio). Essa anulação ocorre para proteger o incapaz e não será necessária se o ato não causa prejuízo ao incapaz,

A

A incapacidade é uma forma de proteger o incapaz, de modo que seja possível afastar a decretação de nulidade de ato praticado por ébrio habitual se ausente o prejuízo.

30
Q

Personalidade é a aptidão para possuir direitos e deveres, que a ordem jurídica reconhece para todas as pessoas.

A

Toda pessoa tem personalidade civil, que é a aptidão de possuir direitos e obrigações na ordem civil.

31
Q

De acordo com entendimento consagrado por meio de enunciado de jornada de direito civil, a vontade dos absolutamente incapazes, na hipótese dos menores de dezesseis anos de idade, é juridicamente relevante na concretização de situações existenciais a eles concernentes, desde que eles demonstrem discernimento bastante para tanto.

A

Embora os absolutamente capazes não possam exercer por si sós os atos da vida civil, necessitando de um representante, eles devem ser ouvidos no que diz respeito a situações existenciais, se tiverem o discernimento necessário para tanto. Assim, em temas como guarda de filhos, por exemplo, o juiz pode verificar a importância de colher a manifestação dos menores de 16 anos, para decidir o melhor para eles.

32
Q

Art. 9º Serão registrados em registro público:

A

I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.”

33
Q

Violado direito da personalidade, configura-se o dano moral, que é, no caso, presumido ante a simples lesão ao bem jurídico tutelado.

A

A simples lesão ao direito da personalidade já acarreta o direito à indenização por danos morais, não sendo necessário provar que houve um sofrimento interno, tristeza ou qualquer outra sensação anímica. Se, por exemplo, usarem a imagem de José em propaganda sem sua autorização, ele não precisa provar que isso o magoou, podendo já requerer os danos morais que serão presumidos.

34
Q

As associações são pessoas jurídicas de direito privado, mas não são sociedades/empresas

A

Justamente por isso devem ser inscritas no registro civil de pessoas jurídicas e não no registro de empresas.

35
Q

O prazo para anulação da constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, é um prazo

A

decadencial de 3 anos contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

36
Q

O acolhimento da desconsideração da personalidade jurídica não significa que a pessoa jurídica não irá responder pelas obrigações em questão ou que seu patrimônio não será atingido. O que ocorre é que sócios e administradores passam a ser devedores também, ou seja, juntamente com a pessoa jurídica.

A

Os patrimônios dos sócios, dos administradores e da empresa passam a responder por aquelas obrigações.

37
Q

A desconsideração da personalidade jurídica é técnica que não consiste na ineficácia ou invalidade de negócios jurídicos celebrados pela empresa, mas na ineficácia relativa da própria pessoa jurídica frente a credores cujos direitos não são satisfeitos.

A

A desconsideração da personalidade jurídica não signifique afasta a validade e eficácia dos negócios celebrados pela empresa. Essa desconsideração apenas significa que será levantado o véu da pessoa jurídica para alguns credores e em relação a algumas obrigações. Assim, esses credores, para adimplir essas obrigações, poderá acessar o patrimônio de sócios e administradores.

38
Q

O espólio e a massa falida são exemplos de universalidade de direito, dotadas de valor econômico.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

A

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

São exemplos de universalidade de fato a biblioteca (livros), a pinacoteca (quadros), a manada (elefantes)

39
Q

A eventual dissolução de uma associação deve ser registrada

A

no registro civil de pessoas jurídicas onde foi inscrito o ato constitutivo da associação.

40
Q

na hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, a responsabilização será limitada aos administradores ou sócios que nela hajam incorrido. Art. 50” Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso”.

A

só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando houver a prática de ato irregular, e limitadamente, aos administradores ou sócios que nela hajam incorrido”

41
Q

Na aplicação da lei, cabe ao juiz, a fim de criar uma norma individual, interpretá-la buscando atender aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.

A

a “individuação da lei ao caso que chega em suas mãos” é exatamente a construção dessa chamada NORMA INDIVIDUAL que nada mais é que o resultado entre o cotejo da normal legal em abstrato a luz do caso concreto julgado (subsunção do fato a norma), que acaba por criar uma norma individual que resolve o caso específico!

42
Q

A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro prevê, em ordem preferencial e taxativa, como métodos de integração do direito, a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.

A

Há grande discussão sobre o tema. Sílvio Rodrigues entende que há uma ordem de preferência (analogia > costumes > PGD). Por outro lado, a doutrina mais moderna (Rosenval e Farias) entendem que não pode haver hierarquia entre os métodos de integração, pois o juiz possui a livre convicção motivada quando for decidir a lide (art. 131, CPC) - até porque, se prevalência houvesse, os PGD deveriam estar na primeira posição, pois são o norte à atuação do próprio legislador.

43
Q

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.

A

§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.

44
Q

“quando uma ofensa (lesão à imagem, por exemplo) é dirigida diretamente a uma pessoa já falecida, não produz qualquer efeito jurídico, na medida em que o morto não ostenta personalidade jurídica”

A

Em razão dos efeitos prospectivos da personalidade jurídica, constitui violação de direitos quando uma ofensa for dirigida diretamente contra uma pessoa falecida

ERRADO

45
Q

A incapacidade civil absoluta configura hipótese de suspensão dos direitos políticos.

A
46
Q

A lei confere personalidade jurídica formal ao nascituro

Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.

A

A personalidade jurídica material que se refere aos direitos materiais fica condicionada ao nascimento com vida.

47
Q

personalidade jurídica é a aptidão genérica reconhecida a toda e qualquer pessoa para que possa titularizar relações jurídicas e reclamar a proteção jurídica devida aos direitos da personalidade e a capacidade de direito é atributo de todas as pessoas.

A

CAPACIDADE DE DIREITO

Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”.

Essa capacidade é inerente a todas as pessoas, sem distinção.

48
Q

A desconsideração da personalidade jurídica, meio de afastamento da autonomia patrimonial da pessoa jurídica, prevista no Código Civil, depende da demonstração de dolo para a sua decretação quando baseada no desvio de finalidade.

A

o desvio de finalidade, principal causa de desconsideração, passa a ter conotação subjetiva (desvio de finalidade é a utilização dolosa da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de ilícitos de qualquer natureza)”

49
Q

Elias, em razão de ter sofrido coação moral, geradora de fundado temor de dano iminente e consideração à sua pessoa, realiza negócio jurídico de doação de sua capa a Acabe. Nesse caso, o negócio jurídico entabulado entre Elias e Acabe é existente, inválido, mas eficaz.

A

c) existir, ser inválido, mas eficaz (negócio jurídico anulável antes da decretação de sua anulabilidade

50
Q

Para a imputação do pagamento, os débitos devem ser
relativos a coisas fungíveis entre si e consistir em
obrigações líquidas e vencidas.

A

o art. 352: “A pessoa obrigada por dois ou mais
débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o
direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se
todos forem líquidos e vencidos”.

51
Q

“Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; os instrumentos particulares
forem antedatados, ou pós-datados”.

A

“O juiz não pode decidir, em grau
algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de
matéria sobre a qual deva decidir de ofício.” Em caso
de inobservância do dispositivo, entende-se que a
decisão será nula por ofensa ao Princípio do
Contraditório.

52
Q

Segundo dispõe o art. 213, caput e parágrafo único: “Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz
de dispor do direito a que se referem os fatos
confessados.

A

Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado”.

53
Q

A cláusula de reserva de domínio será estipulada por
escrito e depende de registro no domicílio do
comprador para valer contra terceiros.

A

“ A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros”

54
Q

Súmula 465/STJ: Ressalvada a hipótese de efetivo agravamento do risco, a seguradora não se exime do dever de indenizar em razão da transferência do veículo sem a sua prévia comunicação

A

DO Tu quoque: aquele que descumpriu norma legal ou contratual, atingindo com isso determinada posição jurídica, não pode exigir do outro o cumprimento do preceito que ele próprio já descumprira. O tu quoque veda que alguém faça contra o outro o que não faria contra si mesmo.

55
Q

Surrectio: é a outra face da suppressio, pois consiste no nascimento de um direito, sendo nova fonte de direito subjetivo, consequente à continuada prática de certos atos. A duradoura distribuição de lucros da sociedade comercial em desacordo com os estatutos pode gerar o direito de recebêlos do mesmo modo, para o futuro.

A

Suppressio (supressão): é um direito não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais sê-lo, por contrariar a boa-fé. O contrato de prestação duradoura que tiver permanecido sem cumprimento durante longo tempo, por falta de iniciativa do credor, não pode ser motivo de nenhuma exigência, se o devedor teve motivo para pensar extinta a obrigação e programou sua vida nessa perspectiva.

56
Q

Contrato benéfico é aquele em que apenas um dos contratantes aufere benefício ou vantagem, enquanto para o outro há só obrigação, sacrifício (doações puras, p. ex.).

A

Contrato aleatório é o bilateral e oneroso em que pelo menos um dos contraentes não pode antever a vantagem que receberá em troca da prestação fornecida.

57
Q

Contrato bilateral imperfeito: é o unilateral que por circunstância acidental, ocorrida no curso da execução, gera alguma obrigação para o contratante que não se comprometera.

A

É motivo capaz de ensejar revisão ou rescisão contratual, com base na teoria da imprevisão, que o acontecimento seja extraordinário, imprevisível e excessivamente oneroso com extrema vantagem para a outra parte

58
Q

Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.

A

IMPREVISÃO

59
Q

Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.

A

A exceção se dá quanto à forma, pois o contrato preliminar apenas vincula as partes à um negócio jurídico, podendo esta ser lavrada por instrumento particular, enquanto o contrato definitivo será lavrado em instrumento público, seguindo o que foi anteriormente pactuado entre as partes.

60
Q

Nos termos do art. 67, inc. I a III: “Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; não contrarie ou desvirtue o fim desta;

A

seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado”.

61
Q

“Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

A

Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau”.

62
Q

“A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família”.

A

Segundo dispõe o art. 192: “Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes”. Além disso, prevê o art. 206, § 3º, inc. I: “Prescreve: Em 3 anos: a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústico”.

63
Q

os direitos da personalidade são dotados das seguintes características / atributos:

A

1) são absolutos: isto é, são oponíveis contra todos (erga omnes), impondo à coletividade o dever de respeitá-los.

► 2) generalidade: os direitos da personalidade são outorgados a todas as pessoas, pelo simples fatos de existirem.

► 3) extrapatrimonialidade: os direitos da personalidade não possuem conteúdo patrimonial direto, aferível objetivamente;

► 4) indisponibilidade: nem por vontade própria do indivíduo o direito da personalidade pode mudar de titular;

► 5) imprescritibilidade: inexiste um prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo seu não-uso;

► 6) impenhorabilidade: os direitos da personalidade não são passíveis de penhora; e,

► 7) vitaliciedade: os direitos da personalidade são inatos e permanentes, acompanhando a pessoa desde seu nascimento até sua morte.

64
Q

Embora a renúncia da prescrição seja admitida pelo Código Civil brasileiro, esse ato abdicativo somente poderá operar após a consumação da prescrição e desde que não acarrete prejuízo para terceiros.

A

A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar.