Controle de Constitucionalidade Flashcards

1
Q

Verdadeiro ou Falso:

Não se admite a modulação temporal de efeitos em controle difuso de constitucionalidade.

A

Falso.

O STF entende que, excepcionalmente, quando a declaração de efeitos ex tunc mostrar-se mais prejudicial à parte, faz-se necessário uma ponderação, podendo-se, nesses casos, modular os efeitos no controle difuso.
(RE 197.917/SP)

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2
Q

Verdadeiro ou Falso:

Admite-se o controle difuso de constitucionalidade em ação civil pública, desde que a alegação de inconstitucionalidade não se confunda com o pedido principal da causa.

A

Verdadeiro.

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3
Q

Verdadeiro ou Falso:

A cláusula da reserva de plenário se aplica às turmas recursais dos juizados especiais.

A

Falso.

Isso porque as Turmas dos Juizados não funcionam sob o regime de plenário ou de órgão especial, o que não impede a interposição de recurso extraordinário contra a decisão da turma recursal.

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4
Q

Verdadeiro ou Falso:

A regra da reserva de plenário não se aplica a julgamento de competência singular, podendo o juiz, mesmo de ofício, deixar de aplicar preceitos normativos que considere contrários ao texto constitucional.

A

Verdadeiro.

A norma inscrita no art. 97 da Carta Federal, porque exclusivamente dirigida aos órgãos colegiados do Poder Judiciário, não se aplica aos magistrados singulares quando no exercício da jurisdição constitucional (RT 554/253).
[HC 69.921, rel. min. Celso de Mello, j. 9-2-1993, 1ª T, DJ de 26-3-1993.]

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5
Q

Verdadeiro ou Falso:

Embora produza efeitos contra todos e tenha eficácia vinculante, a declaração de inconstitucionalidade em ação direta não desconstitui, automaticamente, as sentenças das ações individuais transitadas em julgado em sentido contrário.

A

Verdadeiro.

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6
Q

O parâmetro do controle de constitucionalidade é encontrado na Constituição Federal, havendo tendência jurisprudencial e doutrinária no sentido de ampliação desse parâmetro a partir do conceito de “bloco de constitucionalidade”. Já o objeto da ADI genérica é norma veiculada por lei ou ato normativo que se mostre em confronto com o parâmetro. Sob essa ótica, é CORRETO afirmar que:

A. Apenas admite-se o controle de constitucionalidade de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e de projeto de lei quando estes forem manifestamente ofensivos a cláusula pétrea ou violem procedimento formal previsto na Constituição para sua elaboração.

B. Configura usurpação de competência do STF a tramitação de arguição de inconstitucionalidade (art. 948 do CPC) que tenha por objeto o mesmo dispositivo legal cuja validade esteja sendo discutida em sede de ADI na Suprema Corte.

C. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (Nova York, 2007), promulgada pelo Decreto nº 6.949/2009, faz parte do conceito de bloco de constitucionalidade.

D. É admissível, conforme entendimento do STF, a tramitação de ADI que tenha por objeto norma declarada constitucional, em sede recurso extraordinário, pelo Plenário da Corte, dado o efeito inter partes da decisão prolatada em controle difuso.

A

C.

a) errado, admite-se também o controle prévio em relação aos aspectos formais de Lei latu sensu.
b) errado, já decidiu o STF que a existência de ADI no Supremo não impede tramitação de incidente de inconstitucionalidade em outro tribunal.
c) correta, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo foram aprovadas têm valor de Emenda Constitucional, pois foi aprovada pelo quorum previsto no art. 5º , § 3º , da Constituição Federal.
d) errada, o STF passou a acolher a teoria da abstrativização do controle difuso.

Assim, se o Plenário do STF decidir a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, ainda que em controle difuso, essa decisão terá os mesmos efeitos do controle concentrado, ou seja, eficácia erga omnes e vinculante.

Houve mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88.

A nova interpretação deve ser a seguinte: quando o STF declara uma lei inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso, a decisão já tem efeito vinculante e “erga omnes” e o STF apenas comunica ao Senado com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê publicidade daquilo que foi decidido.

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7
Q

No que concerne aos efeitos da decisão definitiva de mérito no processo de controle abstrato, por meio do qual a ADI é veiculada, é CORRETO afirmar que:

A. Norma criada por lei e declarada inconstitucional pelo STF no processo objetivo ainda assim é suscetível de revogação pelo Congresso.

B. A decisão proferida em ADI produzirá efeitos contra todos e eficácia erga omnes, desde que atendido o requisito de sua comunicação à autoridade ou órgão responsável pela expedição do ato para que lhe suste a execução.

C. É inadmissível o ajuizamento de ADI ou ADPF contra lei ou ato normativo revogado ou de eficácia exaurida, diante da perda do objeto.

D. No direito brasileiro, a decisão de rejeição da inconstitucionalidade não implica declaração de constitucionalidade da norma impugnada, podendo o STF reexaminar a questão em outro processo objetivo de controle concentrado.

A

A.

a) Correta. A declaração de inconstitucionalidade representa a nulidade do ato (ainda que haja quem defenda a inexistência da norma). Não haveria efeito prático em revogar a norma, tendo em vista que a só declaração de inconstitucionalidade é suficiente. Por outro lado, como é reconhecido ao Legislativo editar ato normativo em sentido oposto ao da manifestação do STF (reação legislativa), seria inconsistente se sustentar que não se confere ao mesmo Poder a faculdade de revogar a norma já declarada inconstitucional.

O Congresso pode editar lei em sentido contrário ao que foi decidido pelo Supremo em controle concentrado (STF. Plenário. ADI 5.105/DF, rel. Min. Luiz Fux, j. 01.10.2015). Se há revogação quando uma lei trate inteiramente de matéria tratada por lei anterior (art. 2º da LINDB), a reação legislativa é verdadeira revogação de lei inconstitucional. Ademais, se o Supremo pode rever o seu posicionamento - como decorrência do abandono da teoria da transcendência dos motivos -, é possível que a nova lei seja considerada constitucional pelo Supremo, não obstante a anterior ter sido declarada inconstitucional.

b) Errada. Conforme o artigo 28, parágrafo único, da Lei n. 9.868/99, “a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade […] tem eficácia contra todos e efeito vinculante”. O efeito vinculante erga omnes, portanto, é ex lege, não dependendo de comunicação a autoridade ou órgão. Ressalte-se que o efeito vinculante erga omnes nas ações de controle difuso era condicionada ao ato senatorial (art. 52, X) – entendimento alterado no julgamento da ADI n. 3406/RJ, rel. Min. Rosa Weber.
c) Errada. Apesar de efetivamente não caber ADI (ADI n. 2.980, rel. Min. Cezar Peluso, j. 05.02.2009), o STF tem admitido a utilização de ADPF em face de atos de eficácia exaurida ou já revogados (ADPF 33, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 07.12.2005)
d) Errada. A doutrina – e o Supremo – costuma pontuar que no controle concreto de constitucionalidade o resultado do julgamento é ambivalente: a declaração de inconstitucionalidade implica na improcedência de eventual ADC, e a rejeição da inconstitucionalidade implica em reconhecimento da constitucionalidade. É o que está previsto, ademais, no artigo 24 da Lei n. 9.868/99.

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8
Q

Verdadeiro ou Falso:

A decisão de inconstitucionalidade operada em sede de controle incidental de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal é dotada de eficácia erga omnes e efeito vinculante, de modo que o Senado tem apenas o papel de dar publicidade à decisão, mas os efeitos transcendentes do decidido dele não dependem.

A

Verdadeiro.

Ao final de 2017 acolhida por maioria: STF passa a acolher a teoria da abstrativização do controle difuso.

Assim, se o Plenário do STF decidir a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, ainda que em controle difuso, essa decisão terá os mesmos efeitos do controle concentrado, ou seja, eficácia erga omnes e vinculante, sem necessidade de suspensão da execução da lei por Resolução do Senado Federal para poder produzir tais efeitos.

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9
Q

De acordo com atuais posicionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), no que concerne ao sistema de controle normativo abstrato de constitucionalidade, assinale a alternativa correta.

A. A ação civil pública em que a declaração de inconstitucionalidade com efeito erga omnes é posta como o próprio objeto do pedido, e não como causa de pedir, não usurpa a competência do STF para julgar a ação direta de inconstitucionalidade de leis federais em face da Constituição Federal.
B. A declaração final de inconstitucionalidade na ação direta de inconstitucionalidade não importa em restauração, de forma tácita, das normas estatais anteriormente revogadas pelo diploma normativo objeto do juízo de inconstitucionalidade.
C. O STF deve exercer a respectiva função precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis quando houver uma controvérsia suscitada em abstrato, independentemente do caráter geral ou específico, concreto e abstrato do respectivo objeto e, por isso, é possível, por exemplo, o controle abstrato de constitucionalidade das normas orçamentárias.
D. O princípio da fungibilidade não é aplicável, não se podendo conhecer da ação direta de inconstitucionalidade como arguição de descumprimento de preceito fundamental, ainda quando coexistentes todos os requisitos de admissibilidade desta, em caso de inadmissibilidade daquela.
E. A legitimidade ativa da confederação sindical, entidade de classe de âmbito nacional e Mesas da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e das Assembleias Legislativas, para a ação direta de inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ação, pelo que deve ser comprovada a pertinência temática.

A

C.

A. Errada. A ACP não pode ser usada para buscar a declaração de inconstitucionalidade como pedido e sim como causa de pedir. Apesar que, em tese, o controle de constitucionalidade possa ser feitos em todas as ações, na ACP, ela será limitada ao controle difuso e como causa de pedir da ação e não como o pedido.

B. Errada. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, o STF está declarando que aquela norma “nunca existiu” realizando o chamado efeito repristinatório. Assim, decisão do STF gerará o efeito repristinatório da legislação que vigorava antes de a norma declarada inconstitucional surgir no sistema.

C. É possível a impugnação, em sede de controle abstrato de constitucionalidade, de leis orçamentárias. Assim, é cabível a propositura de ADI contra lei orçamentária, lei de diretrizes orçamentárias e lei de abertura de crédito extraordinário.

D. Errada. Em função do STF admitir a aplicação do princípio da fungibilidade em sede de controle concentrado, recebendo a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) irregularmente proposta como Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica, (ADPFs 72 e 178) quando preenchidos os requisitos necessários.

E. Errado. Legitimidados que precisam demonstrar pertinência temática são:

  • Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF;
  • Governador de Estado/DF;
  • Confederação sindical;
  • Entidade de classe de âmbito nacional.
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10
Q

Quais são os três modelos de Controle de Constitucionalidade?

A

1) Controle Político: exercido pelo Legislativo e Executivo.
2) Controle Jurídico: exercido pelo Judiciário.
3) Controle Administrativo: exercido pelo Tribunal de Contas.

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11
Q

Verdadeiro ou Falso:

O CNJ não tem competência para realizar controle de constitucionalidade, seja difuso ou concentrado.

A

Verdadeiro.

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12
Q

Verdadeiro ou Falso:

O CNJ Pode deixar de aplicar norma que entenda ser inconstitucional, o que configura exercício de controle da validade dos atos administrativos do Poder Judiciário

A

Verdadeiro.

STF, PET 4656/PB.

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13
Q

Via de regra, o STF não faz controle de constitucionalidade de projeto de lei (ou PEC) por meio de mandado de segurança impetrado por Parlamentar. Quais são as duas exceções?

A

Quando se tratar de:
1) PEC que viole cláusula pétrea; ou

2) PEC ou projeto de lei que esteja tramitando com violação às regras constitucionais sobre o processo legislativo.

MS 32033/DF.

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14
Q

Verdadeiro ou Falso:

A ANAMAGES, associação que representa os juízes estaduais, possui legitimidade para ajuizar ADPF questionando dispositivo da LOMAN, que dispõe sobre os magistrados de todo o Poder Judiciário, seja federal ou estadual.

A

Falso.

As associações que representam fração de categoria profissional não são legitimadas para instaurar controle concentrado de constitucionalidade de norma que extrapole o universo de seus representados.
ADPF 254 AgR/DF.

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15
Q

Qual é o status dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos que não forem aprovados pelo rito do art. 5º, §3º, da CF/88?

A

Status supralegal. Acima da legislação ordinária, mas abaixo da CF/88. Desse modo, são capazes de paralisar a eficácia de todo o ordenamento jurídico infraconstitucional em sentido contrário.

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16
Q

Verdadeiro ou Falso:

É cabível ADI contra decreto regulamentar.

A

Falso.

Porque, no caso de decreto regulamentar, seria o caso de controle de legalidade, vez que seu fundamento imediato é a lei.

Apenas se fosse decreto autônomo, cujo fundamento encontra-se diretamente na Constitucional, é que seria cabível ADI.

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17
Q

O que acontece se a lei impugnada por meio de ADI for alterada antes do julgamento da ação?

A

Deverá o autor aditar a petição inicial, comprovando que a inconstitucionalidade permanece, sob pena de não conhecimento da ADI, julgando prejudicado o pedido em razão da perda superveniente do objeto.

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18
Q

O que acontece caso o ato normativo que estava sendo impugnado na ADI seja revogado antes do julgamento da ação?

A

Em regra, há a perda superveniente do objeto e a ação não será conhecida.

Exceção 1: em caso de “fraude processual”, ou seja, a norma foi revogada propositalmente para evitar que o STF julgasse a ADI, deve a ADI ser conhecida e julgada.

Exceção 2: se o conteúdo impugnado tiver sido repetido em outro dispositivo.

Exceção 3: ter o STF julgado sem ter sido comunicado previamente que houve a revogação da norma atacada.

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19
Q

HIPÓTESE: Determinada lei foi impugnada por meio de ADI. Foi editada medida provisória revogando essa lei. ASSERTIVA: enquanto esta medida provisória não for aprovada, será possível julgar essa ADI.

A

Verdadeiro.

Se no dia do julgamento da ADI, a MP ainda não tiver sido votada, o STF poderá apreciar livremente a ação.
Isso porque a edição de MP não tem eficácia normativa imediata de revogação da legislação anterior com ela incompatível, mas apenas de suspensão, paralisação, das leis antecedentes até o término do prazo do processo legislativo de sua conversão.

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20
Q

Verdadeiro ou Falso:

A ALTERAÇÃO do parâmetro constitucional, quando o processo ainda está em curso, prejudica o conhecimento da ADI.

A

Falso.

Não prejudica o conhecimento d ADI.

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21
Q

As ações de controle abstrato de constitucionalidade (ADI, ADC e ADPF) possuem “causa de pedir aberta”. O que significa?

A

Todo e qualquer dispositivo da Constituição Federal ou do restante do bloco de constitucionalidade poderá ser utilizado pelo STF como fundamento jurídico para declarar uma lei ou ato normativo inconstitucional.

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22
Q

Verdadeiro ou Falso:

NÃO SE APLICA ao processo OBJETIVO de controle abstrato de constitucionalidade a norma que concede PRAZO EM DOBRO à Fazenda Pública, ao Ministério Público ou à Defensoria Pública.

A

Verdadeiro.

STF, ADI 5814 MC-AgR-AgR/RR, julgados em 06/02/2019.

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23
Q

Verdadeiro ou Falso:

É cabível ADPF contra decisão judicial transitada em julgado.

A

Falso.

ADPF 81 MC. Se fosse cabível, a ADPF seria sucedâneo da rescisória.

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24
Q

Verdadeiro ou Falso:

É cabível ADPF para questionar interpretação judicial de norma constitucional.

A

Verdadeiro.

ADPF 216/DF.

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25
Q

É possível que seja celebrado um acordo no bojo de uma ADPF?

A

Sim, desde que fique demonstrado que há um CONFLITO INTERSUBJETIVO SUBJACENTE (implícito), que comporta solução por meio de autocomposição (como é o caso dos expurgos inflacionários).

O STF não irá chancelar ou legitimar nenhuma das teses defendidas, mas apenas homologar as disposições patrimoniais combinadas e dentro do âmbito da disponibilidade das partes.

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26
Q

Verdadeiro ou Falso:

É possível o conhecimento da ADPF mesmo que a lei atacada tenha sido revogada antes do julgamento, se persistir a utilidade em se proferir decisão com caráter erga omnes e vinculante.

A

Verdadeiro.

ADPF 449/DF.

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27
Q

Verdadeiro ou Falso:

Lei que nasce inconstitucional permanece inconstitucional.

A

Verdadeiro.

ADI 4696/PI.

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28
Q

Verdadeiro ou Falso:

Embora as decisões de mérito proferidas em ADI e ADC sejam vinculantes e com eficácia erga omnes, tais efeitos não vinculam o STF.
Desse modo, se o STF entende que determinada lei é constitucional, poderá, posteriormente, concluir que esta mesma lei é inconstitucional.

A

Verdadeiro.

Rcl 4374/PE.

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29
Q

Verdadeiro ou Falso:

A decisão do STF declarando a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de preceito normativo não produz a automática reforma ou rescisão das sentenças anteriores que tenham adotado entendimento diferente; para que tal ocorra, será indispensável a interposição do recurso próprio ou, se for o caso, a propositura da ação rescisória.

A

Verdadeiro.

RE 730462/SP.

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30
Q

Quem pode atuar como Amicus Curiae?

A
  1. Pessoa, natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada.
  2. A pessoa ou órgão deve ter capacidade de oferecer contribuição ao processo.
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31
Q

Verdadeiro ou Falso:

Não é cabível a intervenção de amicus curiae em reclamação.

A

Falso.

É cabível amicus curiae em reclamação (Rcl 11949/RJ).

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32
Q

Até que momento é permitido o ingresso do Amicus Curiae?

A

Em regra, até o momento anterior à inclusão do feito em pauta para julgamento.

Exceção: quando houver a demonstração de uma situação excepcional (AgRg na ACO 779).

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33
Q

A decisão do relator que ADMITE ou INADMITE o amicus curiae no processo de controle de constitucionalidade é recorrível?

A

Quando a decisão for de inadmissão, CABE AGRAVO.

ADI 3396 AgR/DF.

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34
Q

Fale acerca da capacidade recursal do Amicus Curiae.

A

Em regra, não pode recorrer.

Exceções:

  • Opor embargos de declaração; e
  • Recurso contra a decisão que julgar IRDR.
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35
Q

De acordo com a Constituição Republicana de 1988, quem são os legitimados para propor a representação de inconstitucionalidade em face da Constituição Estadual?

A

A CF não dispõe quais são os legitimados, competindo à Constituição Estadual definir quem são essas pessoas. A CF apenas proíbe que seja fixado um único legitimado.

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36
Q

Complete:

Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais/estaduais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, DESDE QUE…

A

Se trate de normas de reprodução obrigatória pelos Estados, MESMO QUE NÃO TENHA SIDO EXPRESSAMENTE REPRODUZIDA NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL (RE 650898/RS).

Nesse caso (trata-se de norma de reprodução obrigatória), será cabível Recurso Extraordinário (RE 376440 ED/DF).

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37
Q

Em caso de coexistência de ADI no TJ e ADI no STF em face de uma mesma lei estadual, quando que o julgamento da primeira prejudica o da segunda? E o inverso (quando a decisão do STF prejudica/ou não o julgamento do TJ)

A

Somente se preenchidos dois requisitos cumulativos:

1) Procedência da ação no TJ;
2) A decisão tenha se fundamentado na incompatibilidade da lei com preceito da Constituição Estadual sem correspondente na CF. Se tiver correspondência na CF, a competência do STF permanece.

Quanto ao do STF:
1) Se o STF julga a ADI procedente, resta prejudicada a ADI perante o TJ.

2) Se o STF julga a ADI improcedente, o TJ ainda poderá declarar a inconstitucionalidade da lei, desde que por fundamento na Constituição Estadual.

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38
Q

A cláusula de reserva de plenário (art. 97, CF) é aplicada ao STF?

A

Não (RE 361829 ED). Isso porque o STF exerce, por excelência, o controle difuso de constitucionalidade.

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39
Q

Em sede de CONTROLE INCIDENTAL de constitucionalidade é possível a modulação dos efeitos da decisão proferida.

A

Verdadeiro.

RE 522897/RN.

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40
Q

Qual é o momento limite para que o STF module os efeitos da decisão?

A

Até o momento anterior ao encerramento do julgamento.

Após proclamado o resultado, inclusive com a votação sobre a modulação, não há como reabrir o caso, ficando preclusa a possibilidade de reabertura para deliberação sobre a modulação dos efeitos.
ADI 2949 QO/MG.

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41
Q

Verdadeiro ou Falso:

O quórum para votação (2/3 dos ministros do STF) é exigível ao caso de análise da recepção, ou não, de uma lei ou ato normativo.

A

Falso.

Não se aplica quando se trata de discussão em torno de direito pré-constitucional (RE 658312/SC).

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42
Q

Verdadeiro ou Falso:

O STF adota a “teoria da transcendência dos motivos determinantes”.

A

Falso.

O STF adota a teoria restritiva, segundo a qual somente o dispositivo da decisão produz efeito vinculante.

STF, Rcl 8168/SC.

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43
Q

Quem são os legitimados para propor ADI, ADC, ADO e ADPF, fazendo a distinção entre os legitimados UNIVERSAIS e os ESPECIAIS?

Rol taxativo ou exemplificativo?

A

ROL TAXATIVO.

LEG. UNIVERSAIS:

  1. Presidente da República;
  2. Mesa do Senado;
  3. Mesa da Câmara dos Deputados;
  4. Procurador-Geral da República;
  5. CFOAB;
  6. Partido Político com representação no CN;

LEG. ESPECIAIS:

  1. Mesa da AL ou da Câmara Leg. do DF;
  2. Governador;
  3. Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito NACIONAL.
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44
Q

Verdadeiro ou Falso:

Em ADI e ADC, ADO e ADPF, a petição inicial deverá ser apresentada em DUAS VIAS, devendo conter CÓPIAS DA LEI ou do ATO NORMATIVO impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

A

Verdadeiro.

Lei 9.868/99, art. 3º, parágrafo único.

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45
Q

Contra a decisão que indefere a petição inicial de ADI, ADO, ADC e ADPF, cabe o quê? Qual o prazo e a quem compete julgar?

A

Cabe AGRAVO.

Prazo: 5 dias.
(Pelo CPC, o prazo é de 15 dias).

Competência do PLENO.

L. 9868, art. 4º, § único.

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46
Q

Verdadeiro ou Falso:

Em ADI, ADO, ADC e ADPF cabe desistência.

A

Falso.

Não se admite desistência.

Lei 9.868/99, art. 5º. caput.

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47
Q

Segundo a lei da ADI e ADC, o relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou ato normativo impugnado. Qual é o prazo para que tais informações sejam prestadas?

A

30 dias, a contar do recebimento do pedido.

Art. 6º, parágrafo único, L 9868/99.

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48
Q

Verdadeiro ou Falso:

A lei 9868/99 veda a intervenção de terceiros em ADI. Entretanto, admite a figura do Amicus Curiae.

A

Verdadeiro

Art. 7º, §2º.

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49
Q

Verdadeiro ou Falso:

Segundo a Lei 9868/99. em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de insuficiência das informações existentes, o relator pode requisitar informações adicionais, designar perito(s) para que emita(m) parecer sobre a questão, ou fixar data para audiência pública. Além disso, pode solicitar informações aos Tribunais acerca da aplicação da norma impugnada.

A

Verdadeiro.

Lei 9868/99, art. 9º.

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50
Q

Fale acerca a concessão de medida cautelar na ADI.

  1. Competência e Quórum?
  2. Quem deve ser ouvido antes da decisão?
  3. Efeitos da cautelar?
A

Salvo o período de recesso (cuja competência é do Presidente), a concessão de liminar é de competência da maioria absoluta (6), observado o quórum de 2/3 (8) dos ministros.

  1. Antes da decisão, devem ser ouvidos os responsáveis pela lei ou ato, no PRAZO DE 5 DIAS.
    1. Se indispensável, o relator ouvirá o Adv.-Geral da União e o PGR, no PRAZO DE 3 DIAS.
    1. Em caso de EXCEPCIONAL URGÊNCIA, o Tribunal pode deferir sem ouvir os responsáveis pela lei ou ato.
  2. A medida eficácia “erga omnes” e efeito EX NUNC, salvo se o tribunal atribuir efeito “EX TUNC”
    1. Concedida a liminar, a legislação anterior, caso exista, torna-se aplicável, salvo expressa manifestação em sentido contrário.
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51
Q

Acerca da concessão de liminar (cautelar) em ADO, responda:

  1. Qual o quórum?
  2. Quais são os efeitos objetivos da liminar?
A
  1. Maioria absoluta (6) presentes 2/3 (8) dos ministros.
  2. Pode consistir na SUSPENSÃO da LEI ou ato normativo impugnado, em caso de OMISSÃO PARCIAL, bem como na suspensão de PROCESSOS judiciais ou de procedimentos administrativos, ou, ainda em OUTRA PROVIDÊNCIA a ser fixada pelo Tribunal.
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52
Q

De acordo com a Lei 9.868/99, quais são os efeitos da decisão de mérito que declarar a inconstitucionalidade por omissão (ADO)?

A

Art. 12-H.

  1. Será dado ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias.
  2. Se imputado a órgão administrativos, será dado prazo de 30 dias (ou outro estipulado pelo Tribunal), para a adoção das providências.
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53
Q

Quais são os requisitos do objeto de uma ADC?

A
  1. Lei ou ato normativo FEDERAL.

2. Deve haver controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.

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54
Q

Em ADC, qual é o prazo padrão para que a PGR e o Advogado-Geral da União se manifestem?

A

15 dias.

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55
Q

Quais são os efeitos objetivos da concessão de medida liminar em ADC?

A

Consiste na determinação de que os juízes e Tribunais SUSPENDAM O JULGAMENTO dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo.

A suspensão pode perdurar por ATÉ 180 DIAS contados da publicação da parte dispositiva da decisão no DOU, findo o qual cessará a eficácia da medida cautelar.

É possível a atribuição de efeitos vinculantes e eficácia “erga omnes” em sede de liminar,podendo sua decisão ser preservada por meio de reclamação (ADC 4-MC)

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56
Q

Qual é o quórum necessário para julgar uma ADI, ADC, ADPF, ADO e REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA FEDERAL.

A
  • Presença de 2/3 (8 ministros). O quórum para decidir em determinado sentido é 6 ministros (maioria absoluta).
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57
Q

Fale acerca da recorribilidade da decisão que declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo em ADI, ADC, ADO, ADPF e Representação Interventiva Federal.

A

A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos de declaração.

NÃO CABE AÇÃO RESCISÓRIA.

Art. 26, Lei 9868.

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58
Q

Via de regra, a decisão que declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo em ADI ou ADPF possui eficácia “erga omnes” e efeitos “ex tunc”. Qual a exceção?

A

Art. 27.

Por razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social.

Poderá modular a eficácia a partir do trânsito em julgado ou “pro futuro”.

Para que haja a modulação, é necessário o voto de 2/3 dos ministros (8).

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59
Q

Verdadeiro ou Falso:

A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm EFICÁCIA CONTRA TODOS e EFEITO VINCULANTE em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

A

Verdadeiro.

Lei 9868/99, art. 28, parágrafo único.

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60
Q

Verdadeiro ou Falso:

Tendo em vista o caráter subsidiário da ADPF, ela não será admissível quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
Essa subsidiariedade restringe-se apenas aos processos constitucionais de ordem objetiva (ADI, ADC e ADO), de modo que a existência de recursos ordinários e extraordinários não deve excluir, a priori, a utilização da ADPF, em virtude da feição marcadamente objetiva dessa ação.

A

Verdadeiro.

Art. 4º, §1º.

ADPF 33.

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61
Q

Fale acerca da possibilidade de concessão de liminar em ADPF.

  1. Quórum.
  2. Efeitos objetivos.
A
  1. Quórum de MAIORIA ABSOLUTA (8).
    1. Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, o relator pode conceder liminar, “ad referendum” ao pleno.
    1. Em caso de recesso, a competência é do Presidente do Tribunal.
  2. A concessão da liminar poderá consistir na SUSPENSÃO do andamento do processo ou dos efeitos de decisão judicial, ou qualquer outra medida que tenha relação com o objeto da ADPF, salvo se decorrentes da coisa julgada.
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62
Q

Em caso de descumprimento da decisão proferida pelo STF em ADPF é cabível o quê?

A

Cabível RECLAMAÇÃO.

Art. 13 da Lei 9882/99.

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63
Q

Quais são os pressupostos essenciais para que seja possível o controle de constitucionalidade em face de uma Constituição?

A
  1. A Constituição deve ser RÍGIDA (ou super-rígida), implicando em atribuir à Constituição grau máximo na relação hierárquica, de modo que as demais normas encontram nela o seu fundamento de validade; e
  2. Deve-se atribuir a competência a um órgão jurisdicional.
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64
Q

Acerca do controle de constitucionalidade, teça as principais diferenças entre os sistemas NORTE-AMERICANO e AUSTRÍACO.

A
  1. Sistema NORTE-AMERICANO (Marshall):
    - Teoria da nulidade.
    - O ato inconstitucional é nulo. A decisão possui natureza declaratória.
    - A aferição da inconstitucionalidade se dá no âmbito da VALIDADE.
    - A decisão produz efeitos EX TUNC.
    - Os efeitos produzidos são inexistentes.
  2. Sistema AUSTRÍACO (Kelsen):
    - Teoria da anulabilidade.
    - O ato inconstitucional é anulável. A decisão possui natureza constitutiva.
    - A aferição da inconstitucionalidade se dá no âmbito da EFICÁCIA.
    - A decisão produz efeitos EX NUNC ou PRO FUTURO.
    - Os efeitos até então produzidos são existentes
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65
Q

Distinga “Constitucionalidade Superveniente” da “Inconstitucionalidade Superveniente” e sua admissibilidade do sistema jurídico brasileiro.

A
  1. CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE: é o fenômeno pelo qual uma lei ou ato normativo que tenha nascido inconstitucional, por vício formal ou material, posteriormente torna-se compatível.
    1. NÃO É ADMISSÍVEL, porque a constitucionalidade é atestada no momento da elaboração da norma (princípio da contemporaneidade). A norma inconstitucional não admite convalidação, porque nasce morte.
    1. Exceção: EC 57/08, que convalidou a criação dos diversos municípios brasileiros criados até a sua promulgação, embora inexistente a lei complementar federal que tenha estabelecido os requisitos.
  2. INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE: fenômeno pelo qual uma lei ou ato normativo nasce sem nenhum vício de inconstitucionalidade, mas vem a se tornar inconstitucional.
    1. Não é admissível porque a constitucionalidade é aferida no momento da criação da norma.
    1. Tal fenômeno recebe outra denominação: “não recepção”. Se o parâmetro para a análise da compatibilidade é posterior à norma objeto do controle, não é controle de constitucionalidade, e sim de compatibilidade. A norma incompatível com a norma Constitucional superveniente será NÃO RECEPCIONADA.
    1. Exceções: a) Mutação constitucional (alteração do sentido interpretativo da norma); e b) Mudança do substrato fático da norma (quando novos aspectos de fato, que não eram claros no momento da primeira interpretação, surgem - é o caso do AMIANTO. Em um primeiro momento o STF admitiu o seu uso controlado. 22 anos depois, na ADI 3.937, diante do avanço da tecnologia e da comprovação do seus efeitos nocivos, reconheceu a inconstitucionalidade da norma).
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66
Q

Acerca da evolução constitucional do sistema de controle de constitucionalidade no Brasil, responda:

  1. A Constituição de 1824 previa controle de constitucionalidade pelo Judiciário?
  2. Qual foi a primeira constituição a prever controle de constitucionalidade no Brasil?
  3. Quando que a Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva foi inserida no ordenamento jurídico?
  4. Quando a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi inserida no sistema judiciário brasileiro?
  5. Quais as contribuições da CF/88 e Emendas Constitucionais posteriores?
A
  1. A Constituição de 1824 não previa controle de constitucionalidade pelo Judiciário. Influenciada pelos sistemas francês e inglês, reconhecia a soberania do Parlamento, esvaziando qualquer competência do Judiciário. Ademais, sobre o Monarca recaia o Poder Moderador, de garantir o equilíbrio, independência e harmonia entre os poderes.
  2. A CF/1891, inseriu o controle difuso incidental.
  3. A ADI Interventiva foi inserida na CF/34 (confiada ao Procurador-Geral da República), bem como a Cláusula de Reserva de Plenário.
  4. A ADI foi inserida com a EC 16/65 à Constituição de 1946. Iniciativa privativa do Procurador-Geral da República.
  5. A CF/88 ampliou o rol de legitimados para a ADI, além de passar a prever a ADO e a ADPF. A EC 3/93 inseriu a ADC.
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67
Q

Quanto ao tipo de conduta praticada pelo Poder Público, como pode ser classificada a inconstitucionalidade?

A
  1. POR AÇÃO: as leis ou atos do Poder Público são incompatíveis com a Constituição.
  2. POR OMISSÃO: quando há inércia legislativa na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada. Inclusive quando há omissão parcial, em razão da “vedação à proteção deficiente”.
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68
Q

Distinga inconstitucionalidade nomodinâmica e nomoestática.

A

1) Nomodinâmica (formal): decorrente da violação ao processo legislativo de formação do ato normativo, que dá a ideia de dinamismo.
2) Nomoestática (material): vício de matéria, de substância, estático.

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69
Q

Em que consiste o vício formal (nomodinâmica) de inconstitucionalidade e como pode ser classificado?

A

Inconstitucionalidade Formal se dá quando há desobediência o processo legislativo previsto na CF.
Divide-se em:
1) Propriamente Dito: em razão do processo legislativo.
1.1. Subjetivo: vício de iniciativa quanto à PESSOA (Presidente da República ou Governador, por exemplo).
1.2. Objetivo: vicio nas demais fases do processo legislativo.

2) Orgânico: quando é desrespeitada a iniciativa determinado órgão (competência da União, Estados, Tribunais etc.).
3) Por violação de pressupostos objetivos: quando há inobservância aos requisitos objetivos previstos na Constituição para a elaboração de determinados atos. Ex.: para a elaboração de MP é necessário urgência e relevância, sem os quais o ato é inconstitucional.

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70
Q

Fale acerca do “Estado de Coisas Inconstitucional”, origem e contexto brasileiro.

A
  1. Origem na Corte Constitucional Colombiana, para referir-se às situações de violações graves e sistemáticas de direitos fundamentais.
  2. No Brasil, foi utilizado pela primeira vez na ADPF 347, para referir-se ao Sistema Penitenciário Nacional.
  3. Tem como pressupostos:
    - Fáticos: violação sistêmica e reiterada de direitos fundamentais, atingindo um número elevado e indeterminado de pessoas.
    - Políticos: conjunto de ações/omissões reiteradas dos Poderes e dos Entes Políticos tendentes a agravar ou perpetuar o quando de inconstitucionalidade.
    - Jurídicos: necessidade de adoção de medidas estruturais por parte dos três Poderes e dos Entes Políticos.
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71
Q

Verdadeiro ou Falso:

A emissão de parecer pela inconstitucionalidade por Comissão de Constituição e Justiça de qualquer das Casas do Congresso é IRRECORRÍVEL, implicando na rejeição e arquivamento definitivo do projeto de lei.

A

Falso.

É possível que caiba recurso ao Plenário, como acontece no Senado, em que o parecer será levado a julgamento pelo Plenário se houver recurso de 1/10 dos senadores.

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72
Q

Fale acerca do controle preventivo de constitucionalidade realizado pelo Chefe do Executivo.

  • Qual o instrumento de controle.
A
  1. O instrumento de controle preventivo do Presidente da República é o VETO.
  2. O veto poderá ser POLÍTICO (por razões de interesse público) ou JURÍDICO (por entender que há inconstitucionalidade). Em todos os casos, deve ser realizado em até 15 dias úteis, sendo expresso e motivado.
  3. O veto será apreciado em SESSÃO CONJUNTA, em até 30 dias, podendo ser derrubado pela MAIORIA ABSOLUTA, em voto aberto.
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73
Q

Fale acerca do controle preventivo de constitucionalidade realizado pelo Judiciário:

  1. Legitimidade e instrumento.
  2. Limites.
A
  1. O controle se dá por meio de Mandado de Segurança, cujo legitimado é, exclusivamente, o PARLAMENTAR que vê violado o devido processo constitucional.
    1. A condição de parlamentar é necessária tanto no momento do ajuizamento quanto para o prosseguimento da causa, sendo a perda de tal qualidade causa de extinção do mandado de segurança.
  2. Os limites do Mandado de Segurança são:
    - Para PEC, (1) violação do processo constitucional legislativo e (2) quando houver manifesta ofensa à cláusula pétrea.
    - Para Projeto de Lei, (1) violação do processo constitucional legislativo.
    Não cabe controle prévio se a violação for sobre regras interna corporis (como o Regimento Interno da CD ou Senado).
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74
Q

Em que consiste a perspectiva do controle de constitucionalidade sobre “normas constitucionais interpostas”?

A
  1. Desenvolvido no estudo de Gustavo Zagrebelsky.
  2. Defende que, se a norma constitucional fizer referência expressa a outras disposições normativas, a violação constitucional poderá advir da violação dessas outras normas, que, muito embora não sejam formalmente constitucionais, vinculam os atos e procedimentos legislativos.
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75
Q

Verdadeiro ou Falso:

Existem três sistemas de controle posterior ou repressivo de constitucionalidade: o político; o jurisdicional; e o híbrido. O Brasil adota o sistema híbrido.

A

Falso.

Adota o sistema de controle posterior jurisdicional.

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76
Q

Via de regra, o controle repressivo de constitucionalidade é de competência do Poder Judiciário. Em que hipóteses excepcionais a competência pertence ao Legislativo?

A
  1. Sustar atos normativos do Poder Executivo que:
    a) Exorbitem do poder regulamentar;
    b) Exorbitem dos limites da delegação legislativa.
  2. Controle das medidas provisórias, a ser feita pelo Congresso Nacional.
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77
Q

Via de regra, o controle repressivo de constitucionalidade é de competência do Poder Judiciário. Em que hipóteses excepcionais a competência pertence ao Executivo?

A

Possibilidade de o Chefe do Executivo negar cumprimento a lei que ele considere inconstitucional, determinando que os subordinados façam o mesmo. Os motivos do descumprimento devem ser expressos.

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78
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os órgãos administrativos autônomos (CNJ, CNMP, CNJ) não fazem controle de constitucionalidade.

A

Verdadeiro.

Tais órgãos possuem competência para recusar a aplicação de normas que eles entendam ser inconstitucionais (não aplicação de leis inconstitucionais), o que não se confunde com a competência para declarar a inconstitucionalidade de tais atos (cujo exercício sujeita-se à reserva de jurisdição).

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79
Q

No tocante ao critério subjetivo, como o controle de constitucionalidade pode ser classificado?

A
  1. DIFUSO: quando pode ser realizado por qualquer juiz ou tribunal, observadas as regras de competência.
  2. CONCENTRADO: quando a competência para o controle se concentra em um ou alguns poucos órgãos jurisdicionais. Constitui competência originária para julgar.
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80
Q

No tocante ao critério formal, como o controle de constitucionalidade pode ser classificado?

A
  1. Pela via PRINCIPAL (via de abstrato ou ação): a analise da constitucionalidade é o objeto principal, autônomo e exclusivo da causa. O objeto é assegurar a supremacia da Constituição.
  2. Pela via INCIDENTAL (concreto, via de defesa ou de exceção): a inconstitucionalidade é a causa de pedir, é preliminar de mérito, premissa lógica do pedido principal. O objeto não é assegurar a supremacia da Constituição e sim os direitos subjetivos discutidos.
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81
Q

Fale acerca do histórico do controle difuso de constitucionalidade.

A
  1. Surge nos EUA, no caso “Marbury Vs. Madison” (1803).
  2. A Suprema Corte Americana, ao apreciar o “Judiciary Act”, que previa a competência da Suprema Corte para, originariamente, julgar o “writ of mandamus” com o objetivo de efetivar a nomeação de Marbury para o cargo de Juiz de Paz.
  3. John Marshall, Chief Justice, reconheceu que, diante da ausência da previsão de tal competência na Constituição Americana de 1787, lei infraconstitucional que, no caso concreto, violasse a Constituição seria nula, competindo a todos os tribunais e demais departamentos, declarar sua inconstitucionalidade.
  4. Desse modo, a Suprema Corte reconheceu a inconstitucionalidade da lei que atribua a ela a competência para julgar tal caso, deixando de analisar se era devida a nomeação de Marbury.
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82
Q

Fale acerca da regra do “Full Bench”.

  1. Em que consiste?
  2. Quando é dispensado?
A

1, Conhecida como “cláusula de reserva de plenário”, consiste em mecanismo constitucional (art. 97) para fins de declaração de inconstitucionalidade pelo tribunal em controle incidental.

  1. O Tribunal, ao receber o recurso, remeterá os autos à câmara, turma ou seção. Para que o referido órgão fracionário possa declarar a inconstitucionalidade, precisará submeter a questão ao Plenário ou órgão especial, caso haja.
  2. A inconstitucionalidade será declarada pela MAIORIA ABSOLUTA do Plenário ou órgão especial. Este apreciará apenas a (in)constitucionalidade da lei ou do ato, vinculando o órgão fracionário, que decidirá a questão principal.
  3. Será dispensada a observância da regra quando já houver pronunciamento do Plenário ou do órgão especial sobre a questão (CPC, art. 949, parágrafo único).
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83
Q

Verdadeiro ou Falso:

A decisão que enseja a interposição de recurso ordinário ou extraordinário não é a do plenário, que resolve o incidente de inconstitucionalidade, mas a do órgão (câmaras, grupos ou turmas) que completa o julgamento do feito.

A

Verdadeiro.

Súmula 513/STF.

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84
Q

Verdadeiro ou Falso:

Viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

A

Verdadeiro.

SV. 10/STF.

85
Q

Verdadeiro ou Falso:

É dispensada a observância da cláusula de reserva de plenário nos casos de normas pré-constitucionais, vez que não se trata de controle de constitucionalidade, e sim de recepção, ou não, da norma.

A

Verdadeiro.

86
Q

Verdadeiro ou Falso:

Embora os órgãos colegiados administrativos (CNJ, CNMP, TCU) não tenham competência para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos, possuem competência para negar aplicabilidades àquelas que entendam violador da Constituição. Para tanto, porém, PRECISAM OBSERVAR A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO.

A

Verdadeiro.

Pet 4.656/17.

87
Q

No controle incidental, quais são os efeitos subjetivos e temporais da decisão de mérito?

A
  1. SUBJETIVO:
    - Regra: “inter partes”.
    - Exceção: “erga omnes”, caso o STF entenda ser relevante.
  2. TEMPORAL:
    - Regra: “ex tunc”.
    - Exceção: por decisão de 2/3 dos membros, é possível atribuir efeito “ex nunc” ou “pro futuro”.
88
Q

Verdadeiro ou Falso:

A competência do Senado Federal de suspender as leis declaradas inconstitucional pelo STF em controle incidental de constitucionalidade poderá se dar em face de leis FEDERAIS, ESTADUAIS, DISTRITAIS E MUNICIPAIS.

A

Verdadeiro.

89
Q

O Senado tem a competência para suspender, “no todo ou em parte”, lei declarada inconstitucional pelo STF em controle incidental (CF, art. 52, X). Como esse dispositivo deve ser interpretado?

A
  1. Deve ser entendida como sendo impossível o Senado ampliar, interpretar ou restringir a extensão da decisão do STF.
  2. Assim, se o STF declarou, incidentalmente, que toda uma lei é inconstitucional, se o Senado optar pela suspensão da lei, a suspensão deverá ser integral.
  3. Igualmente, sendo a inconstitucionalidade parcial, se o Senado for suspender a lei, esta suspensão deverá restringir-se à “parte” declarada inválida, não podendo ir além ou ficar aquém.
90
Q

Em caso de suspensão de lei declarada inconstitucional pelo STF, a resolução do Senado tem efeitos “ex tunc” ou “ex nunc”?

A
  1. No âmbito federal, o D. 2.346/97 reconhece a produção de efeitos é “EX TUNC”.
91
Q

Fale acerca da admissibilidade da Ação Civil Pública como instrumento de controle de constitucionalidade.

A

É admissível como instrumento de controle INCIDENTAL, ou seja, a inconstitucionalidade deve ser a causa de pedir, prejudicial à resolução do pedido principal.

  1. O pedido da ACP deve ser de efeitos concretos (ex.: suspensão de uma contratação). A inconstitucionalidade é a causa de pedir (ex.: inconstitucionalidade da lei estadual que dispensou a realização do concurso público).
92
Q

Verdadeiro ou Falso:

Leis e atos normativos ainda em formação NÃO podem ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade, que supõe a existência de espécie normativa definitiva, perfeita e acabada, ainda que não esteja em vigor (vacatio legis).

A

Verdadeiro.

93
Q

Quais são os requisitos para que um “ATO NORMATIVO” seja objeto de controle abstrato de constitucionalidade?

A

(1) Autonomia (fundamento direto na Constituição), (2) Generalidade, (3) Abstração e (4) Impessoalidade.

94
Q

O que pode ser objeto de ADC, ADI e ADPF?

A
  1. ADC: lei ou ato normativo FEDERAL;
  2. ADI: lei ou ato normativo ESTADUAL ou FEDERAL; e
  3. ADPF: qualquer ato do poder público MUNICIPAL, ESTADUAL, FEDERAL ou DISTRITAL.
95
Q

Verdadeiro ou Falso:

Súmula (VINCULANTE OU NÃO) pode ser objeto de controle abstrato de constitucionalidade.

A

Falso.

Isso porque a súmula não é marcada pela generalidade e abstração.

96
Q

Verdadeiro ou Falso:

Decreto regulamentar e regulamentos subordinados ou de execução à lei podem ser objeto de controle abstrato de constitucionalidade.

A

Falso.

Isso porque o vício seria de legalidade, e não de constitucionalidade.

97
Q

Verdadeiro ou Falso:

Não se admite controle concreto ou abstrato de constitucionalidade de normas produzidas pelo poder constituinte originário.

A

Verdadeiro.

ADI 4.097 - AgR.

98
Q

Verdadeiro ou Falso:

O STF ADMITE a possibilidade de modulação dos efeitos de não recepção de ato normativo editado antes da CF/88.

A

Verdadeiro.

RE 600885.

99
Q

Verdadeiro ou Falso:

A técnica do ARRASTAMENTO é admitida no controle de inconstitucionalidade/não recepção de lei. Desse modo, se “A” for declaração inconstitucional ou não recepcionado, “B”, que encontra fundamento em “A” também o será por arrastamento.
Diversamente, o STF não admite o controle de inconstitucionalidade de ato que encontra o seu fundamento em LEI, uma vez que a inconstitucionalidade seria apenas REFLEXA/INDIRETA.

A

Verdadeiro.

100
Q

Verdadeiro ou Falso:

Embora a posição sedimentada no STF é o da impossibilidade de controle abstrato de constitucionalidade sobre leis de EFEITOS CONCRETOS, há decisões recentes em contrário, admitindo o controle abstrato de constitucionalidade sobre leis de efeito concreto.

A

Verdadeiro.

ADI 4048-MC/DF.

101
Q

Verdadeiro ou Falso:

É cabível ADI contra ato normativo revogado ou com a sua eficácia exaurida.

A

Falso.

Entretanto, o STF admite ADPF.

102
Q

Caso ajuizada ADI ou ADC tendo por parâmetro determinada norma da Constituição, qual a consequência caso esse parâmetro seja alterado/revogado por Emenda Constitucional?

A

A ADI ou ADC deve ser julgada prejudicada.

103
Q

Verdadeiro ou Falso:

Segundo o STF, a simples divergência entre a EMENTA da lei e o seu CONTEÚDO não seria suficiente para configurar afronta à Constituição.

A

Verdadeiro.

ADI 1.096-4.

104
Q

Verdadeiro ou Falso:

Não pode ser objeto de ADI as respostas emitidas pelo TSE às consultas que lhes forem endereçadas.

A

Verdadeiro.

ADI 1.805-MC/DF.

105
Q

Verdadeiro ou Falso:

O STF ADMITE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE SOBRE NORMAS ORÇAMENTÁRIAS, independentemente do seu caráter geral ou específico, concreto ou abstrato.

A

Verdadeiro.

ADI 4.048-MC.

106
Q

Verdadeiro ou Falso:

Resoluções do CNJ e do CNMP, quando dotados de generalidade, impessoalidade e abstração, podem ser objeto de controle abstrato por meio de ADI, ADC e ADPF, uma vez que o STF vem reconhecendo a natureza jurídica de ato normativo PRIMÁRIO. Desse modo, não pode ser objeto de Mandado de Segurança.

A

Verdadeiro.

ADC 12 MC + Súmula 266/STF (“Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.”).

107
Q

Fale acerca da teoria da “transcendência dos motivos determinantes” e sua admissibilidade pelo STF.

A

Segundo essa teoria, atribui-se efeito vinculante não apenas ao dispositivo, mas, também, aos fundamentos determinantes da decisão.

Faz-se distinção entre a “ratio decidendi” (ou holding) e “obiter dictum”.
A primeira refere-se à fundamentação essencial que ensejou o resultado da ação.
A segunda refere-se a tudo aquilo que foi dito de passagem, mas que é desnecessária à conclusão obtida.

Somente a “ratio decidendi” seria vinculante.

Essa teoria não foi adotada pelo STF (Rcl 10.604), que optou pela teoria restritiva, onde apenas a decisão seria vinculante.

108
Q

Em que consiste a inconstitucionalidade por “reverberação normativa”?

A

Também chamada de inconstitucionalidade por “arrastamento”, “atração”, “consequencial”, “consequente” ou “derivada”.

Em controle abstrato de constitucionalidade, tendo sido a norma objeto de controle sido declarada inconstitucional, todos os demais atos que nela se fundamentam serão, também, declarados inconstitucionais, ainda que não haja pedido nesse sentido.

Esse entendimento também se aplica ao controle de recepção de lei pré-constitucional. Se ela não tiver sido recepcionada, as demais normas que nela se fundamentam também não terão sido recepcionadas.

109
Q

No que consiste uma lei “ainda constitucional”, “inconstitucionalidade progressiva” ou “declaração de constitucionalidade de norma em trânsito para a inconstitucionalidade”?

A
  1. Consiste em situação onde uma norma só é constitucional em razão das circunstâncias fáticas de um determinado momento. Após a superação dessas circunstância, a norma tornar-se-á inconstitucional.
  2. Como exemplo, tem-se:
    a. Prazo em dobro para a Defensoria Pública no processo penal: será assim até que a Defensoria Pública alcance o nível de organização o respectivo MP.

b. Competência do MP para ajuizar Ação Civil “ex delicto” quando o titular do direito for pobre. A norma seria constitucional até que a Defensoria Pública fosse efetiva e eficazmente instalada.

110
Q

Qual é a eficácia subjetiva da decisão proferida em controle abstrato de constitucionalidade (ADI, ADC e ADPF)?

A
  1. Eficácia “erga omnes” (contra todos).
  2. ## Efeito vinculante: todos os órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta.
111
Q

Qual a diferença entre eficácia “ultra partes” e “erga omnes”?

A
  1. “Ultra partes” (além das partes): significa que os efeitos da decisão alcançam todos TITULARES DO DIREITO MATERIAL objeto da demanda.
  2. “Erga omnes” (contra todos): os efeitos da decisão alcançam a TODOS, INDISTINTAMENTE.
    - Não vincula o legislativo, na sua função legiferante; o STF (Plenário) e o Executivo (na função atípica de legislar).
    - A não vinculação desses órgãos impede a ocorrência do fenômeno da “fossilização da Constituição”, o que seria inconcebível.
112
Q

Dentre as técnicas de decisão, tem-se a “declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade”. Em que consiste?

A

Se dá quando o Tribunal modula os efeitos da decisão “pro futuro”. Ou seja, embora o ato viole a Constituição, ele continua válido por determinado período, porque sua invalidação imediata resultaria em mais prejuízos do que em vantagens (segurança jurídica).

Isso permite que o órgão competente sane o vício no prazo estipulado, evitando maiores prejuízos.

113
Q

No controle abstrato de constitucionalidade, a partir de que momento se inicia a eficácia da decisão que reconhece a (in)constitucionalidade de lei ou ato normativo?

A

A partir da PUBLICAÇÃO DA ATA (não do acórdão) de julgamento no DJE.

É desnecessária a ocorrência do trânsito em julgado.

114
Q

De quem é a competência para processar e julgar ADI?

A
  1. Lei ou ato normativo FEDERAL ou ESTADUAL (DF, em competência estadual) em face da CF: STF, originariamente.
  2. Lei ou ato normativo ESTADUAL ou MUNICIPAL (DF, em competência municipal) em face da CE (ou LODF): TJ local, originariamente.
  3. Lei ou ato normativo MUNICIPAL (DF, em competência municipal) em face da CF: NÃO CABE ADI. É cabível controle concreto/difuso ou ADPF (caso viole preceito fundamental).
115
Q

É cabível ADI em face de lei municipal por violação à Lei Orgânica do Município?

A

Não.

Segundo André R. Tavares, estar-se-ia diante de controle de LEGALIDADE, e não de constitucionalidade.

116
Q

Verdadeiro ou Falso:

A perda da representação do partido político no Congresso Nacional, após o ajuizamento da ADI não descaracteriza a legitimidade ativa para o prosseguimento da ação.

A

Verdadeiro.

ADI 2.159.

117
Q

Dentre os legitimados para propor ADI, ADC, ADPF e ADO, quais são aqueles que precisarão contratar advogados?
(Os demais possuem capacidade processual plena e capacidade postulatória).

A
  1. Partidos políticos;

2. Confederação sindical e entidades de classe de âmbito nacional.

118
Q

Verdadeiro ou Falso:

Segundo o entendimento do STF, é hipótese de manifesta improcedência de ADI que versar sobre norma já declarada constitucional pelo Plenário da Corte, ainda que em RE, salvo se comprovada a ocorrência de significas modificações de ordem jurídica, social ou econômica.

A

Verdadeiro.

ADI 4.071-AgR.

119
Q

Ao Advogado-Geral da União é atribuída a competência para defender a lei ou ato normativo impugnado (“Defensor Legis”). Entretanto, em que hipóteses o STF entende que o mesmo não será obrigado a defender a lei ou ato normativo?

A
  1. Cuja tese jurídica que iria se valer já tiver sido declarada inconstitucional pela Corte;
  2. Quando o ato/lei for contrário aos interesses da União; e
  3. Ato flagrantemente inconstitucional.
120
Q

De acordo com a lei 9.868/99, não alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, e estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, qual a solução a ser adotada?

A

Deve o julgamento ser suspenso até o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.

Essa regra se aplica para ADI, ADC, ADO, ADPF e Representação Interventiva Federal.

121
Q

Verdadeiro ou Falso:

O ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade não está sujeito à observância de qualquer prazo prescricional ou de caráter decadencial.

A

Verdadeiro.

STF, Pleno, ADI-MC 1.247/PA.

122
Q

Contra a decisão do PLENO que não conhece de ADI é cabível agravo?

A

Não, vez que cabível apenas contra decisão do relator que liminarmente indefira a petição inicial.

123
Q

No processo objetivo de constitucionalidade, quem tem competência para admitir o “Amicus Curiae”?

A

A competência é do RELATOR.

Entretanto, o Tribunal poderá deixar de referendá-lo, afastando sua intervenção.

124
Q

Verdadeiro ou Falso:

O “Amicus Curae” não tem direito a formular pedido ou aditar pedido já delimitado pelo autor da ação.

A

Verdadeiro.

125
Q

Verdadeiro ou Falso:

É admissível a intervenção do “Amicus Curiae” em ADI, ADC, ADO, ADPF e Representação Interventiva.

A

Verdadeiro.

126
Q

A ADI e a ADC possuem caráter dúplice ou ambivalente. O que isso significa?

A

Declarada a CONSTITUCIONALIDADE de lei ou ato normativo, serão julgados improcedentes as ADI’s e procedentes as ADC’s.

Em contrário, declarada a INCONSTITUCIONALIDADE, serão julgados procedentes as ADI’s e improcedentes as ADC’s.

127
Q

Verdadeiro ou Falso:

Quando há declaração de inconstitucionalidade em controle abstrato de constitucionalidade, é desnecessária a suspensão de sua execução por meio de resolução do Senado.

A

Verdadeiro.

128
Q

Verdadeiro ou Falso:

Tendo em vista que a declaração de inconstitucionalidade não vincula o legislativo, em sua função legiferante, este poderá editar lei em sentido contrário à decisão do STF. Nesse caso, INCABÍVEL RECLAMAÇÃO, devendo ser proposta nova ADI, em razão do novo objeto.

A

Verdadeiro.

129
Q

No controle concentrado abstrato de constitucionalidade aplica-se o “princípio da parcelaridade”. Em que consiste?

A

Pelo qual é possível a declaração de inconstitucionalidade de parcela do dispositivo, como uma expressão ou palavra.

Desde que não haja a alteração do sentido da norma. Por exemplo, não se pode declarar a inconstitucionalidade da palavra “não”.

É utilizada na técnica da interpretação conforme COM redução de texto.

130
Q

Essencialmente, qual a distinção entre a “Declaração de Inconstitucionalidade Sem Redução de Texto” e “Interpretação Conforme à Constituição”?

A

Ambas são utilizadas quando há polissemia da norma.

DISRT: o Tribunal afasta uma interpretação incompatível com a Constituição e permite todas as demais.

ICC: o Tribunal diz qual é a interpretação compatível com a Constituição e afasta todas as demais.

131
Q

Verdadeiro ou Falso:

Dentre os efeitos da declaração de inconstitucionalidade em controle abstrato, está o efeito repristinatório, segundo o qual a lei revogada pela lei inconstitucional volta a produzir efeitos. Se esta também for inconstitucional, é necessário que o legitimado ativo da ADI também impugne-a, sob pena de o STF não poder declará-la de ofício, assim como não conhecer da ADI.

A

Verdadeiro.

ADI 2574.

132
Q

Caso uma decisão judicial seja fundada em lei posteriormente declarada inconstitucional, o que poderá o interessado fazer?

A

Poderá ajuizar AÇÃO RESCISÓRIA contra a decisão.

Entretanto, deve ser respeitado o prazo decadencial de 2 ANOS, a contar do trânsito em julgado da decisão individual.

133
Q

Caso decisão do STF, dotada de eficácia “erga omnes” e efeito vinculante. como ocorre no controle abstrato ou Súmula Vinculante, seja desrespeitada, SERÁ CABÍVEL RECLAMAÇÃO. Quem tem legitimidade e qual a condição de admissibilidade?

A

São legítimos todos os que forem atingidos por decisões contrárias ao entendimento firmado pela Suprema Corte.

Tem como requisito o NÃO TRÂNSITO EM JULGADO do ato judicial (Súmula 734/STF).

134
Q

Verdadeiro ou Falso:

Para o conhecimento de reclamação não se exige a juntada de cópia do acórdão do STF que teria sido desrespeitado.

A

Verdadeiro.

Rcl 6.167-AgR.

135
Q

Quais são os efeitos temporais e subjetivos da decisão de julga procedente ADC?

A

Eficácia EX TUNC.

Eficácia “Erga Omnes” e Vinculante aos órgãos do Judiciário e à Administração Pública Federal, Estadual, Distrital ou Municipal.

136
Q

Verdadeiro ou Falso:

Em aplicação ao princípio da fungibilidade no processo constitucional objetivo, admite-se o conhecimento de ADI como ADPF e entre ADI e ADO, e vice-versa, desde que presentes os requisitos da outra ação e não haja erro grosseiro.

A

Verdadeiro.

137
Q

Qual é o objeto da ADO?

A
  1. Consiste na omissão de qualquer dos Poderes ou de órgão administrativo em efetivar norma constitucional.
138
Q

Caso pendente de julgamento ADO, qual a solução caso a norma constitucional que não tinha sido regulamentada seja revogada? E se for o caso de encaminhamento de projeto de lei sobre a matéria ao CN? E se quando da propositura o processo legislativo já havia sido desencadeado?

A

Nos dois primeiros casos, a ação deverá ser extinta por perda do objeto, julgando-se prejudicada. (ADI 1.836).

No terceiro caso, é hipótese de não cabimento da ação, salvo se houver mora legislativa.

139
Q

Verdadeiro ou Falso:

É admissível a conversão de mandado de injunção em ação direta de inconstitucionalidade por omissão.

A

Falso.

MI 395-QO.

140
Q

Verdadeiro ou Falso:

Em ADO, o STF já adotou a posição CONCRETISTA INTERMEDIÁRIA, segundo a qual, fixa-se prazo ao órgão competente supra a omissão, findo o qual, o Tribunal adota os próprios efeitos.
O caso ocorreu com a ADO 25, onde o STF deu um prazo de 12 meses para o Congresso suprir a omissão, findo o qual, sem a supressão, competiria ao TCU tal incumbência.

A

Verdadeiro.

141
Q

Quem tem legitimidade para ajuizar Representação Interventiva Federal?

A

Apenas o Procurador-Geral da República.

142
Q

Em que hipóteses será possível o ajuizamento de Representação Interventiva Federal?

A
  1. Quando o Estado ou DF violar princípio sensível:
    a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
2. Para garantir o cumprimento de lei federal.

143
Q

Quem tem a competência originária para processar e julgar ADI, ADO, ADC, ADPF e Representação Interventiva Federal?

A

O STF.

144
Q

Contra a decisão do relator que indefere liminarmente a petição inicial em Representação Interventiva cabe o quê?

A

Agravo, em 5 dias.

Art. 4º, parágrafo único, lei 12.562/11.

145
Q

Qual é o quórum para que haja decisão na representação interventiva federal?

A

Quórum de abertura: 2/3 (8 ministros).

Para decidir em algum sentido é necessário MAIORIA ABSOLUTA (6).

146
Q

Caso julgada procedente a Representação Interventiva Federal, quais são as consequências?

A
  1. O Presidente do STF, após a publicação do acórdão, o levará ao conhecimento do Presidente da República para, NO PRAZO IMPRORROGÁVEL DE 15 DIAS, dar cumprimento à decisão.
    1. O Presidente da República NÃO PODE DESCUMPRIR a ordem, sob pena de cometer crime comum e de responsabilidade.
  2. Em um primeiro momento, o Presidente limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado. Caso a medida seja insuficiente, aí sim decretará a intervenção federal.
    1. No caso de intervenção federal, estará sujeito ao controle político pelo Congresso Nacional.
147
Q

Fale acerca da possibilidade de concessão de liminar em Representação Interventiva Federal.

  • Quórum.
  • Efeitos.
A
  1. A lei 12.562/11 prevê expressamente a possibilidade de concessão de liminar, cujo quórum é de MAIORIA ABSOLUTA (6).
  2. Efeitos:
    SUSPENSÃO do ANDAMENTO de processos ou os EFEITOS de decisões judiciais ou administrativas ou de QUALQUER OUTRA MEDIDA que apresente relação com a matéria objetivo da representação interventiva.
148
Q

Verdadeiro ou Falso:

Ainda que a Constituição Federal trate apenas da representação de inconstitucionalidade, é perfeitamente cabível que as Constituições Estaduais prevejam a ADC, ADO, ADPF e Representação Interventiva Estadual, desde que respeitada a simetria.

A

Verdadeiro.

149
Q

Qual é o objeto e o parâmetro da ADI Estadual?

A

Lei ou ato normativo Estadual ou Municipal em face da CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.

150
Q

Verdadeiro ou Falso:

O Tribunal de Justiça não possui competência para realizar controle CONCENTRADO de lei federal em ADI, seja em face da CE ou CF.

A

Verdadeiro.

Entretanto, pode fazer controle difuso.

151
Q

Verdadeiro ou Falso:

É admissível controle abstrato de constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal por violação à CE, quando se trate de “norma de imitação” (ou seja, reproduziu a Constituição porque quis, não havendo vinculação). Nesse caso, não é cabível RE ao STF.

A

Verdadeiro.

152
Q

Verdadeiro ou Falso:

No caso de RE em face de decisão de TJ que reconheceu a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal ou estadual em face de norma da Constituição Estadual que reproduz norma de reprodução obrigatória da CF, o julgamento do Recurso Extraordinário terá eficácia “erga omnes” e vinculante, vez que se trata de controle concentrado por meio de instrumento de controle difuso.

A

Verdadeiro.

153
Q

Verdadeiro ou Falso:

Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal.

A

Verdadeiro.

Súmula 614/STF.

154
Q

Complete:

O Ministério Público, nas arguições de descumprimento de preceito fundamental em que não houver formulado, terá vista do processo, por ___ dias, após o decurso do prazo para informações.

A

5 dias.

155
Q

Verdadeiro ou Falso:

A ação direta de inconstitucionalidade não é suscetível de desistência, contudo o autor da ação pode desistir do pedido de medida cautelar formulado.

A

Falso.

Mais do que não admitir a desistência da própria ação direta, o STF sequer reconhece ao autor a possibilidade de desistir, até mesmo, do pedido de medida cautelar formulado em sede de controle normativo abstrato: O princípio da indisponibilidade, que rege o processo de controle normativo abstrato, impede por razões exclusivamente fundadas no interesse público que o autor da ADI venha a desistir do pedido de medida cautelar por ele eventualmente formulado. (, rel. min. Celso de Mello).” (, rel. min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 1º-8-2001, DJ de 14-8-2001.)

156
Q

Verdadeiro ou Falso:

O Supremo Tribunal Federal deve analisar a conveniência política de eventual suspensão cautelar da lei impugnada em ADI.

A

Verdadeiro.

A análise dos requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora para a concessão de medida liminar em sede de controle abstrato de constitucionalidade admite maior discricionariedade por parte do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, com a realização de verdadeiro juízo de conveniência política da suspensão da eficácia (ADI 3401 MC, Rel. Min. GILMAR MENDES, Pleno, decisão: 3/2/2005)

157
Q

Verdadeiro ou Falso:

Segundo jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal, o ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental, que constituir· disciplina dos horários normais, poderá ter natureza confessional, na medida que sua matrícula É facultativa nos termos do artigo 210, § 1°, da CF/88.

A

Verdadeiro.

“A CF/88 não proíbe que sejam oferecidas aulas de uma religião específica, que ensine os dogmas ou valores daquela religião. Não há qualquer problema nisso, desde que se garanta oportunidade a todas as doutrinas religiosas”. Em outras palavras, o ensino religioso nas escolas públicas brasileiras pode ter natureza confessional. STF. Plenário. ADI 4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/9/2017 (Info 879)

158
Q

Verdadeiro ou Falso:

Entendeu o STF, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2566, que é constitucional a proibição a proselitismo de qualquer natureza na programação das emissoras de radiodifusão comunitária.

A

Falso.

Na verdade, o STF entendeu que a liberdade de pensamento inclui o discurso persuasivo, o uso de argumentos críticos, o consenso e o debate público informado e pressupõe a livre troca de ideias e não apenas a divulgação de informações. Por isso, reconheceu a inconstitucionalidade de dispositivo que proibia, no âmbito da programação das emissoras de radiodifusão comunitária, a prática de proselitismo, ou seja, a transmissão de conteúdo tendente a converter pessoas a uma doutrina, sistema, religião, seita ou ideologia. STF. Plenário. ADI 2566/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 16/5/2018 (Info 902).

159
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana, conforme entendimento recente do STF.

A

Verdadeiro.

É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana. (…) A proibição do sacrifício de animais em seus cultos negaria a própria essência da pluralidade cultural, com a consequente imposição de determinada visão de mundo. Ao se conferir uma proteção aos cultos de religiões historicamente estigmatizadas, o legislador não ofende o princípio da igualdade. Ao contrário, materializa esse princípio diante do preconceito histórico sofrido. STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 28/3/2019 (repercussão geral) (Info 935).

160
Q

Verdadeiro ou Falso:

No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de 2/3 de seus membros.

A

Verdadeiro.

CF, art. 102, §3º.

161
Q

Verdadeiro ou Falso:

As decisões em arguição de descumprimento de preceito fundamental são dotadas de eficácia vinculante, não obstante a falta de previsão constitucional expressa nesse sentido.

A

Verdadeiro.

A única coisa que a CF fala sobre ADPF é:
“Art. 102, § 1º: A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.”

A previsão de efeito vinculante e eficácia erga omnes não tem previsão na CF/88, mas apenas na lei 9.882/99.

162
Q

Verdadeiro ou Falso:

O conjunto de reiteradas decisões sobre determinada matéria é considerado ato do poder público passível de controle pela ADPF e esta é a via correta para questionar interpretação judicial de normas constitucionais e legais.

A

Verdadeiro.

STF. Plenário. ADPF 548 MC-Ref/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 31/10/2018 (Info 922).

163
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os estados e o Distrito Federal não estão legitimados pela Constituição Federal a propor ação direta de inconstitucionalidade.

A

Verdadeiro.

Os Estados-Membros não se incluem no rol dos legitimados a agir como sujeitos processuais em sede de controle concentrado de constitucionalidade. Não se admite, no modelo de processo objetivo, a intervenção de terceiros subjetivamente interessados no feito. 3. Agravo a que se nega provimento. (ADI 4420 ED-AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 05/04/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-103 DIVULG 25-05-2018 PUBLIC 28-05-2018)

164
Q

Verdadeiro ou Falso:

Constitui requisito para a aprovação de súmulas vinculantes a existência de controvérsia atual sobre a matéria em questão entre órgãos judiciários ou entre estes e a Administração Pública, que esteja a suscitar grave insegurança jurídica.

A

Verdadeiro.

Art. 103-A, §1º.

165
Q

Verdadeiro ou Falso:

Somente os legitimados para propositura de ação direta de inconstitucionalidade poderão formular pedido de aprovação, alteração ou cancelamento de súmula vinculante.

A

Falso.

“Art. 103-A, §2º. SEM PREJUÍZO DO QUE VIER A SER ESTABELECIDO EM LEI, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.”

166
Q

Verdadeiro ou Falso:

É INCONSTITUCIONAL norma da Constituição estadual que IMPÕE PRAZOS para que o chefe do Poder Executivo apresente proposições legislativas ou pratique atos administrativos.

A

Verdadeiro.

ADI 179/RS.

167
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Constituição Estadual somente pode exigir que o Governador ou Prefeito (ou Vice) peça autorização à Assembleia Legislativa (ou Câmara Municipal) para se ausentar do país, se esta ausência for superior a 15 dias.

A

Verdadeiro.

ADI 775/RS; ADI 2453/PR; ADI 5373 MC/RR; e ADI 825/AP.

168
Q

Verdadeiro ou Falso:

É incompatível com a CF/88 norma da Constituição Estadual que preveja que os servidores públicos estaduais não poderão receber remuneração inferior ao piso salarial profissional (salário mínimo profissional) estabelecido em lei federal.

A

Verdadeiro.

ADI 290/SC e ADI 668/AL.

169
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional norma da Constituição Estadual que preveja isonomia de vencimentos entre os membros das Polícia Civil e Militar.

A

Falso.

É inconstitucional.

Ofende ao art. 37, XIII, que proíbe equiparações entre servidores de carreiras distintas.

170
Q

Verdadeiro ou Falso:

É incompatível com a CF/88 norma da Constituição Estadual que afirme que o servidor público em disponibilidade ficará recebendo remuneração INTEGRAL.

Também é incompatível com a CF/88 norma da CE que afirme que o servidor público em disponibilidade deverá ser aproveitado em outro cargo no PRAZO MÁXIMO DE 1 ANO. Isso porque a CF não fixou tal prazo.

A

Verdadeiro.

ADI 239/RJ.

171
Q

Verdadeiro ou Falso:

É CONSTITUCIONAL a garantia da disponibilidade remunerada ao ex-detentor de mandato eletivo, com a opção pelo retorno ou não às atividades, se servidor público, após o encerramento da atividade parlamentar.

A

Falso.

Após o término do mandato, deve voltar imediatamente ao cargo.

ADI 119/RO.

172
Q

Verdadeiro ou Falso:

É INCONSTITUCIONAL norma da Constituição estadual que disponha sobre o regime trabalhista dos servidores das empresas públicas e sociedades de economia mista.

A

Verdadeiro.

ADI 318/MG.

173
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Constituição Estadual não pode prever hipóteses diversas de perdimento do mandato de Deputado Estadual daquelas previstas na Constituição Federal aos Deputados Federais.

A

Verdadeiro.

ADI 3200/SP.

174
Q

Verdadeiro ou Falso:

É CONSTITUCIONAL norma da Constituição estadual que preveja que as proibições e os impedimentos estabelecidos para os Deputados Estaduais deverão ser aplicados também para o Governador e o Vice-Governador do Estado.

A

Verdadeiro.

ADI 253/MT.

175
Q

Verdadeiro ou Falso:

Constituição Estadual pode proibir que servidores estaduais substituam trabalhadores privados em greve.

A

Verdadeiro.

ADI 232/RJ

176
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional norma da CE que preveja que compete privativamente à Assembleia Legislativa autorizar e resolver definitivamente sobre empréstimo, acordos e convênios que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio estadual.

A

Verdadeiro.

ADI 331/PB.

177
Q

Verdadeiro ou Falso:

Não é incompatível com a CF/88 norma de CE que exija quórum maior (lei complementar) para tratar sobre questão atribuída à lei ordinária por aquele diploma.

A

Verdadeiro.

ADI 2314/RJ.

178
Q

Verdadeiro ou Falso:

Não se considera entidade de classe a associação que, a pretexto de efetuar a defesa de toda a sociedade, patrocina interesses de diversas categorias profissionais e/ou econômicas não homogêneas

A

Verdadeiro.

ADI 4230 AgR/RJ

179
Q

Verdadeiro ou Falso:

Para fins de comprovação de legitimidade para ajuizar ADI, o caráter nacional da associação é verificado pela declaração constante dos seus atos constitutivos.

A

Falso.

A comprovação do caráter nacional da entidade se dá pela existência de membros ou associados em pelo menos NOVE ESTADOS da federação, não bastante para esse fim a mera declaração formal do qualificativo nos seus estatutos sociais

180
Q

Verdadeiro ou Falso:

Do acórdão proferido por órgão especial do Tribunal que decide incidente de inconstitucionalidade, cabe recurso para os Tribunais superiores.

A

Falso.

O que se recorre não é do acordão que julga o incidente, porque ele não decide a causa, ele apenas incidentalmente decide se a lei é constitucional ou não, pois quem ira julgar a causa é a turma ou câmara e dessa decisão que caberá recurso.
Súmula 513/STF.

181
Q

Verdadeiro ou Falso:

O controle incidental de constitucionalidade pode ser exercido em relação a normas emanadas dos três níveis de poder, de qualquer hierarquia, inclusive as anteriores à Constituição vigente.

A

Verdadeiro.

“Ao contrário da via abstrata, que tem sempre como parâmetro de controle a Constituição em vigor, o controle incidental pode ser realizado em face de Constituição pretérita, já revogada, sob cuja vigência tenha sido editada a lei ou o ato normativo controlados. Assim, na via incidental é plenamente possível que o Poder Judiciário declare, hoje, na vigência da Constituição de 1988, a inconstitucionalidade de uma lei pré-constitucional, por ofensa à Constituição vigente na época da edição dessa lei (por exemplo, uma lei editada em 1975, incompatível com a Constituição de 1969” (VICENTE PAULO e MARCELO ALEXANDRINO)

182
Q

Verdadeiro ou Falso:

A decisão do STF em controle concentrado de constitucionalidade, em regra, vale a partir da publicação do acórdão do julgamento.

A

Falso.

A contar da publicação da ATA DE JULGAMENTO.

183
Q

Verdadeiro ou Falso:

Uma vez proposta a ADI por omissão, todos os demais legitimados podem manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais.

A

Verdadeiro.

Art. 12-E, §1º, Lei 9.868/99.

184
Q

Verdadeiro ou Falso:

O STF, seguindo a doutrina constitucional majoritária, entende que a ADPF é cabível contra ato do poder público de natureza administrativa ou normativa, mas não contra ato judicial.

A

Falso.

Segundo o art. 1º da Lei nº 9.882/99, a ADPF será proposta perante o STF, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ATO DO PODER PÚBLICO.

Quando a lei fala em “ato do poder público” abrange não apenas leis ou atos normativos, mas também outros atos do poder público, como uma decisão judicial.

185
Q

Como se dá a classificação do Controle de Constitucionalidade repressivo em relação ao órgão controlador?

A

SISTEMA POLÍTICO: o controle é realizado por órgãos sem poder jurisdicional. Países nos quais o controle de constitucionalidade é exercido pelo Legislativo ou por um órgão criado especificamente para este fim adotam o sistema político, como na França, onde a constitucionalidade é apreciada pelo “Conseil Constitutionnel”.

SISTEMA JURISDICIONAL: o controle é feito por órgãos do Poder Judiciário. Quando o exercício do controle é atribuído com primazia a este Poder, adota-se o sistema jurisdicional. No Brasil, apesar de realizado pelo Legislativo, Executivo e Judiciário, cabe a este a função precípua de exercer o controle de constitucionalidade de leis e atos normativos, razão pela qual, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos da América, o sistema brasileiro é classificado como jurisdicional.

SISTEMA MISTO: Constituições que submetem certas categorias de leis ao controle político e outras ao controle jurisdicional adotam o sistema misto. Na Suíça, enquanto as leis locais são submetidas ao controle do Poder Judiciário, as leis federais ficam a cargo da Assembleia Nacional

186
Q

Verdadeiro ou Falso:

O Estado-membro possui legitimidade para recorrer contra decisões proferidas em sede de Controle Concentrado de Constitucionalidade se a Ação Direta de Inconstitucionalidade tiver sido ajuizada pelo respectivo Governador do Estado.

A

Falso.

DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE E ILEGITIMIDADE RECURSAL. […] 2. Os Estados-Membros não se incluem no rol dos legitimados a agir como sujeitos processuais em sede de controle concentrado de constitucionalidade. Não se admite, no modelo de processo objetivo, a intervenção de terceiros subjetivamente interessados no feito. 3. Agravo a que se nega provimento. (ADI 4420 ED-AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 05/04/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-103 DIVULG 25-05-2018 PUBLIC 28-05-2018)

187
Q

Verdadeiro ou Falso:

A norma da Constituição local que atribui ao procurador da Assembleia Legislativa a incumbência de defender a constitucionalidade de ato normativo estadual questionado em controle abstrato de constitucionalidade na esfera de competência do Tribunal de Justiça é inconstitucional.

A

Falso.

“Não é inconstitucional norma da Constituição do Estado que atribui ao procurador da Assembleia Legislativa ou, alternativamente, ao procurador-geral do Estado, a incumbência de defender a constitucionalidade de ato normativo estadual questionado em controle abstrato de constitucionalidade na esfera de competência do Tribunal de Justiça. Previsão que não afronta a Constituição Federal, já que ausente o dever de simetria para com o modelo federal, que impõe apenas a pluralidade de legitimados para a propositura da ação (art. 125, § 2º, CF/88) - ADI 119-RO”

188
Q

Verdadeiro ou Falso:

Tendo em vista que, de acordo com súmula vinculante editada pelo STF, a cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola dispositivo da CF, é correto concluir que a cobrança, por instituição pública de ensino superior, de taxa para revalidar diploma de graduação obtido no exterior é inconstitucional.

A

Falso.

Segundo entendeu o STF, esta súmula (SV 12) tem aplicação restrita às hipóteses de cursos de ensino oferecidos pela universidade, não proibindo que haja cobrança de taxa de matrícula em casos de pós-graduação (pesquisa e extensão).

Segundo o entendimento perfilhado por esta Corte “o princípio constitucional da gratuidade do ensino público não impede a cobrança de taxa de revalidação de diploma estrangeiro, devendo esta, todavia, corresponder ao custo de serviço, não podendo ser exorbitante a ponto de impedir o próprio exercício do direito de requerer a revalidação” (AMS 2008.32.00.002049-1/AM, Rel. Desembargadora Federal Maria Isabel Gallotti Rodrigues, Sexta Turma, e-DJF1 p. 629 de 27/07/2009).

189
Q

Verdadeiro ou Falso:

O fato de uma lei possuir DESTINATÁRIOS DETERMINÁVEIS não retira seu caráter abstrato e geral, tampouco a transforma em norma de efeitos concretos, sendo passível de controle de constitucionalidade em abstrato.

A

Verdadeiro.

RE 1186465 AgR/TO.

190
Q

Verdadeiro ou Falso:

O fato de a lei ter sido aplicada em casos concretos, com decisões transitadas em julgado, em nada interfere na possibilidade dessa mesma norma ser analisada, abstratamente, em sede de ADI. Admite-se a existência da coisa julgada inconstitucional, passível de controle.

A

Verdadeiro.

RE 1186465 AgR/TO.

191
Q

Verdadeiro ou Falso:

Se forem ajuizadas simultaneamente ações diretas de inconstitucionalidade contra a mesma lei distrital, uma perante o TJDFT e outra junto ao STF, as quais tenham como parâmetro de controle norma de reprodução obrigatória prevista na CF inserida na LODF, deverá ser primeiramente julgada a ação em trâmite no TJDFT, dada a natureza distrital da norma.

A

Falso.

O Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do procedimento da ação direta perante o Tribunal de Justiça.

192
Q

Verdadeiro ou Falso:

Constitui modalidade de controle preventivo e abstrato a admissão de mandado de segurança impetrado por parlamentar contra as Mesas do Congresso Nacional com a finalidade de impedir a prática de atos incompatíveis com o devido processo legislativo.

A

Falso.

O erro da assertiva é porque se trata de controle preventivo e CONCRETO.

193
Q

Verdadeiro ou Falso:

São constitucionais as normas da CVM que impõem a rotatividade de auditores independentes, não havendo violação à liberdade profissional.

A

Verdadeiro.

ADI 3033/RJ

194
Q

Verdadeiro ou Falso:

Em tese, é possível o reconhecimento de inconstitucionalidade formal no processo constituinte reformador quando eivada de vício a manifestação de vontade do parlamentar no curso do devido processo constituinte derivado, pela prática de ilícitos que infirmam a moralidade, a probidade administrativa e fragilizam a democracia representativa.

A

Verdadeiro.

STF, ADI 4887/DF.

195
Q

Verdadeiro ou Falso:

É inconstitucional lei que preveja a concessão de aposentadoria com paridade e integralidade de proventos aos servidores civis.

Do mesmo modo, é inconstitucional a criação de adicional que permitam que o aposentado receba aposentadoria em classe superior ao que estava na ativa.

A

Verdadeiro.

[1] Porque a integralidade e a paridade foram extintas pela EC 41/03, não existindo mais.

[2] Porque a Constituição dispõe, em seu art. 40, §2º, que os proventos de aposentadoria não poderão exceder a remuneração do servidor quando em atividade.

ADI 5039/RO.

196
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os Estados-membros e o Distrito Federal TÊM COMPETÊNCIA legislativa para estabelecer regras de postagem de boletos referentes a pagamento de serviços prestados por empresas públicas e privadas.

A

Verdadeiro.

ARE 649379/RJ.

197
Q

Verdadeiro ou Falso:

O controle de constitucionalidade no Brasil, quando realizado repressivamente pelo Poder Judiciário, é classificado como misto.

A

Verdadeiro.

Em matéria de controle de constitucionalidade, o ordenamento brasileiro adota um sistema misto, abrangendo o controle difuso – de origem norte-americana – e o controle concentrado, sistema adotado na Europa.

198
Q

Verdadeiro ou Falso:

O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 90 (noventa) dias, quando notificado judicialmente.

A

Falso.

30 dias.

199
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os regimentos internos dos tribunais não podem ser objeto da denominada ADI genérica.

A

Falso.

Podem sim.

200
Q

Verdadeiro ou Falso:

O STF não admite o fenômeno da constitucionalidade superveniente por força do princípio da contemporaneidade.

A

Verdadeiro.

A norma que nasce inconstitucional não pode se tornar constitucional.

201
Q

Verdadeiro ou Falso:

O STF não admite no julgamento em sede de controle de constitucionalidade a aplicação da teoria da inconstitucionalidade consequencial.

A

Falso.

Teoria da inconstitucionalidade por arrastamento ou atração ou consequente de preceitos não impugnados ou consequencial ou derivada ou por reverberação normativa: conforme a teoria, se, em processo de controle concentrado, for julgada inconstitucional a norma principal, em futuro processo, outra norma dependente daquela também será eivada de inconstitucionalidade – tendo em vista a relação de instrumentalidade. Ex: decreto que se fundava em lei que foi declarada inconstitucional.

O STF admite.

202
Q

Verdadeiro ou Falso:

O STF ainda não admitiu a denominada inconstitucionalidade progressiva.

A

Falso.

O STF já admitiu.

203
Q

Verdadeiro ou Falso:

De acordo com o Forum de Processualistas Civis, os fundamentos determinantes do julgamento de ação de controle concentrado de constitucionalidade realizado pelo STF caracterizam a ratio decidendi do precedente e possuem efeito vinculante para todos os órgãos jurisdicionais.

A

Verdadeiro.

Enunciado 168 FPPC

204
Q

Verdadeiro ou Falso:

É incabível reclamação constitucional que, sob a alegação de desrespeito a súmula vinculante, vise impugnar ato judicial transitado em julgado.

A

Verdadeiro.

A redação da súmula 734 do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovada em Sessão Plenária de 26/11/03, é de que “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

205
Q

Acerca da ADPF, complete:

Lei 9882, Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se _____________.

A

As condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental.

206
Q

Verdadeiro ou Falso:

É incabível arguição de descumprimento de preceito fundamental em face de omissão legislativa municipal.

A

Falso.

Cabe ADPF quando se alega que está havendo uma omissão por parte do poder público. STF. Plenário. ADPF 272/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 25/3/2021 (Info 1011).

207
Q

Verdadeiro ou Falso:

Governador de estado afastado apenas cautelarmente de suas funções não perde a legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade.

A

Falso.

Governador de Estado afastado cautelarmente de suas funções — por força do recebimento de denúncia por crime comum — não tem legitimidade ativa para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. STF. Plenário. ADI 6728 AgR/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 30/4/2021 (Info 1015).

208
Q

Verdadeiro ou Falso:

Leis municipais e normas pré-constitucionais não podem ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

A

Falso.

Art. 1Parágrafo único, lei 9.882: Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;

209
Q

Verdadeiro ou Falso:

É permitido ao Supremo Tribunal Federal o controle jurisdicional em relação à interpretação do sentido e do alcance de normas regimentais das Casas Legislativas, ainda que se trate de matéria interna corporis e não envolvam violações ao processo legislativo.

A

Falso.

Em plenário virtual, os ministros do STF, por maioria, fixaram que é proibido ao Poder Judiciário exercer o controle jurisdicional em relação à interpretação do sentido e do alcance de normas meramente regimentais das Casas Legislativas, por se tratar de matéria interna corporis