Cirurgia 1 - TRAUMA ABD Flashcards

1
Q

Qual a conduta no trauma de pâncreas sem lesão do ducto pancreático principal?

A

-Independe do segmento pancreático.

-Sempre:
>Desbridamento; e
>Rafia/reparo; e
>Drenagem + observação.

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2
Q

Qual a conduta em caso de trauma de pâncreas com lesão do ducto pancreático principal?

A

-Depende do local:
>Corpo ou cauda: pancreatectomja distal (corpo-caudal)
>Cabeça: damaged control com reabordagem controlada em um segundo momento (duodenopancreatectomia/cirurgia de Whipple)

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3
Q

O que é a Manobra de Kocher (Estendida)?

A

Também conhecida como rotação visceral direita medial.

É uma manobra cirúrgica que consiste no descolamento do cólon direito e duodeno, e rotação medial (para a esquerda) deles, dando acesso ao retroperitôneo (é feita pela região abd anterior [intraperitoneal] em direção ao retroperitoneo).
-Obs.: Antes da manobra de Kocher em si, deve ser feita a secção do ligamento gastrocólico (mas isso não faz parte da manobra).

  • Esta manobra permite acessar a região retroperitoneal, sendo útil e, várias situações como:
    > explorar um hematoma em zona I de retroperitoneo
    -principal aplicação
    > permite acessar o segmento infra-hepático da veia cava inferior, aorta supracelíaca, origem da AMS.
    > permite acessar/avaliar rim direito
    > permite acessar/avaliar a cabeça do pâncreas
    > permite acessar/avaliar a porção posterior do dreno (até a 3ª porção)
    > permite acessar/avaliar a via biliar principal (colédoco terminal)
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4
Q

O que é a Manobra de Cattel-Braasch?

A

É uma manobra cirúrgica mais medial ainda do que a manobra de Kocher. É realiza da seguinte forma:
1. Rotação medial do cólon
2. Rotação medial do duodeno (Manobra de Kocher)
3. Luxação renal (se necessário)

-Obs,: assim como na Manobra de Kocher, também é necessário o descolamento do mesentério, mas na de Cattel o descolamento é feito até o ligamento duodenojejunal.

-Está manobra é a que permite a maior visualização do retroperitoneo; permitindo:
> acesso a zona II do retroperitoneo DIREITO
> acesso a veia cava inferior e vasos mesentéricos
> acesso a porção posterior do duodeno e a cabeça do pâncreas

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5
Q

O que é a Manobra de Mattox?

A

Também conhecida como rotação visceral medial esquerda.

É uma manobra cirúrgica que consiste na liberação de 5 vísceras que estão a esquerda: baço, estômago, rim esquerdo, cólon esquerdo, e corpo e cauda do pâncreas. Em seguida, essas vísceras são “giradas” em direção a linha média (para a direita).

-Está manobra permite a visualização de toda a aorta desde o hiato aórtico no diagrama até a bifurcação das ilíacas (mas não visualiza as artérias renais).

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6
Q

Como é feita a abordagem cirúrgica dos hematomas retroperitoneais?

A

A abordagem é feita através de incisão ampla xifopubiana, afim de identificar áreas de sangramento e tampona-lãs com compressas cirúrgicas.

Uma vez identificado o local do hematoma no retroperitoneo (através da inspeção da cavidade abd), deve-se lançar mão de manobras cirúrgicas para expor os vasos retroperitoneais acometidos.

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7
Q

Quais são as principais Manobras cirúrgicas de acesso ao retroperitoneo?

A

Manobra de Kocher (Estendida).

Manobra de Cattel-Braasch.

Manobra de Mattox.

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8
Q

Qual manobra cirúrgica de acesso ao retroperitoneo permite a maior visualização do retroperitoneo?

A

Manobra de Cattell-Braasch.

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9
Q

Como é a classificação do trauma de pâncreas?

A

Print iPad 25/02/23

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10
Q

Quais são os limites da transição toracoabdominal?

A

Superiormente delimitado por uma linha imaginária que cruza os mamilos (a partir do quarto espaço intercostal) (anteriormente) e a região infra-escapular (posteriormente)
Inferiormente é delimitado pelo rebordo costal inferior.

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11
Q

Quais as vísceras presentes na transição toracoabd? Qual a que tem maior risco de lesão em caso de trauma na transição toracoabd?

A

Diafragma, fígado, baço e estômago.

Maior risco de lesão em caso de trauma na transição toracoabd: diafragma.

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12
Q

Quais são as regiões e os limites anatômicos das regiões do tronco? (5)

A

Tórax: vai da base do pescoço até o diafragma (anteriormente) e até o limite inferior das escápulas (posteriormente).

Abdome anterior: região entre as margens costais superiormente, ligamento inguinal e sínfise púbica inferiormente, e linhas axilares anteriores lateralmente.

Transição toracoabdominal (engloba parte do tórax e do abdome anterior): Superiormente delimitado por uma linha imaginária que cruza os mamilos (a partir do quarto espaço intercostal) (anteriormente) e a região infra-escapular (posteriormente)
Inferiormente é delimitado pelo rebordo costal inferior.

Flancos: vão da linha axilar anterior até a posterior, e do sexto espaço intercostal à cristã ilíaca. Seus músculos são mais espessos, conferindo maior proteção.

Dorso: limitado superiormente pela ponta inferior das escapulas, inferiormente pelas cristas ilíacas, e lateralmente pelas linhas axilares posteriores. Também possuem musculatura mais espessa, conferindo maior proteção.

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13
Q

Quais são as estruturas presentes na pelve?

A

Ossos da bacia, reto, bexiga; e nas mulheres útero e ovários.

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14
Q

O que fazer nos casos de trauma abdominal com instabilidade hemodinâmica (=“abd cirúrgico”) que estabiliza após condutas iniciais (reposição volemica, p. Ex.)?

A

Laparotomia exploradora.

Independente se o paciente está estável no momento, se ele já esteve instável sempre vai ser um abd cirúrgico.

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15
Q

Qual a vantagem de fazer o FAST antes da TC em pacientes com trauma abd contuso, sem peritonite ou pneumoperitônio/retro, e estabilidade hemodinâmica?

A

Pois até 30% destes pacientes desestabilizam durante a TC.

Obs.: mas cuidado, pois não é obrigatório o FAST antes, e mesmo que positivo, não contraindica a TC.

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16
Q

Conduta no trauma penetrante em dorso

A

1- Abd cirúrgico? (Choque, peritonite ou evisceração)
>sim: laparotomia exploradora
>não: passo 2

2- PAF ou arma branca?
>PAF: laparotomia exploradora
>arma branca: TC com contraste (exploracao digital em dorso não é eficaz)

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17
Q

Que órgãos não são bem avaliados pela TC com contraste?

A

Vísceras ocas e diafragma

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18
Q

Como identificar sangramentos pelo FAST?

A

Todo líquido livre no contexto do trauma = sangue.

Os líquidos aparecem como imagens anecoicas.

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19
Q

Verdadeiro ou falso?
O FAST consegue identificar líquido livre na pelve (intraperitoneal) mas não no retroperitoneo.

A

Verdadeiro, através da janela suprapúbica.

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20
Q

Como realizar o LPD?

A

Foto iPad 27/02

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21
Q

Contraindicações a LPD?

A

Peritonite.
Evisceração.
Pneumoperitônio.

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22
Q

O que muda na realização do LPD em gestantes ou na suspeita de fratura de pelve?

A

Deve ser feito por incisão (não punção) e supraumbilical (não infra).

Em gestantes: deve ser feito acima do fundo do útero; e somente pode ser feita após descompressão vesical e gástrica (SNG e SVD).

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23
Q

Qual o mecanismo mais comum de trauma do diafragma?

A

Trauma penetrante 6x > trauma contuso (mas este cai mais em prova).

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24
Q

Qual o mecanismo mais grave de trauma no diafragma?

A

Trauma contuso

25
Q

Qual a clínica do trauma contuso de diafragma? Qual a conduta?

A

Clínica: o envolvimento do músculo pode passar despercebido, surgindo manifestações de herniação crônica após algum tempo (anos), sendo comum encontrar aderências entre os órgãos abdominais e estruturas torácicas.

> Conduta: RAIO X DE TÓRAX
-Alteracoes sugestivas de lesão do diafragma: laparotomia
-Sem alteracoes: VIDEOLAPAROSCOPIA: exatamente pelo fato de que as hérnias costumam aparecer mais tardiamente, então a videolaparoscopia deve ser feita pra investigar se há lesão ou não.

26
Q

Qual a clínica do trauma fechado de diafragma? Qual a conduta?

A

Trauma fechado: mais grave, geralmente produzindo lesões grandes (>5cm).

> Clínica: costuma ser mais grave, podendo haver herniação imediata de órgãos abdominais para a cavidade torácica. > cursa com hipoxemia e insuficiência respiratória.
-Obrigatório VA Definitiva para iniciar VPP, pois se iniciar VPP em VNI parte do ar vai para as alças intestinais, dilatando-as e piorando a hipoxemia.

> Conduta: RAIO X DE TÓRAX
-Alterações sugestivas de lesão do diafragma: LAPAROTOMIA: diminuição da hérnia, realojamento dos órgãos e rafia do diafragma.
-Sem alteracoes: descarta.

> No trauma fechado, como as lesões costumam já aparecer na hora, não há necessidade de videolaparoscopia inicialmente, só faz os exames de imagem e se aparecer algo = laparotomia.

27
Q

Qual a classificação do trauma de pescoço?

A

Zonas I, II e III:
-I: fúrcula esternal até cartilagem cricoide.
-II: cartilagem cricoide até ângulo da mandíbula.
-III: ângulo da mandíbula até base do crânio.

28
Q

Qual a conduta no trauma de pescoço?

A

> Avaliar o Platisma:
-Não perfurado: não necessita de cirurgia.
-Perfurado: realizar exames complementares para avaliar necessidade de cirurgia: TC de pescoço + EDA e;ou esofagografia

29
Q

Quais as indicações de cirurgia no trauma de pescoço?

A

> Indicações de cirurgia:
-Sangramento ativo (nesse caso perfurou o platisma)
-Hematoma em expansão (nesse caso não perfurou o platisma)
-Instabilidade hemodinâmica
-Suspeita de comprometimento de trato aerodigestivo (estridor, enfisema subcutâneo, …, alteração dos exames de imagem).

> Obs.: se distorção anatômica ou incapacidade de visualização das cordas vocais por edema ou sangue = CI IOT

30
Q

Qual a classificação do trauma de face?

A

> Classificação de Le Fort:
-Tipo I (fratura de Guérin ou disjunção dentoalveolar): lesão até a articulação entre maxila e osso nasal.
-Tipo II: lesão transversa na articulação do osso nasal com o osso frontal e da maxila com o osso frontal, separando os ossos maxilar e nasal do frontal.
-Tipo III: fratura da órbita na parede medial, estendendo-se posteriormente e lateralmente.

31
Q

Qual a conduta no trauma de face?

A

> Conduta: as fraturas de face NÃO são urgências cirúrgicas, devendo ser operadas tardiamente.
-Exceção: fratura de face com afundamento = urgência, pois pode ter acometido o tecido cerebral adjacente.

-Obs.: se lesão extensa = CI IOT se não for capaz de visualizar as cordas vocais (mas deve tentar).

32
Q

Qual a principal causa do surgimento de acidose metabólica na tríade da morte?

A

Hipoperfusao esplancnica.

33
Q

O que deve ser feito na primeira etapa da CCD (laparotomia abreviada? O que não deve ser feito?

A

Controle vascular, ressecção/sutura de lesões orgânicas, fechamento do abd ou bolsa de peritoneostomia.

Contraindicado: anastomoses (mas pode ligar[fechar]/sepultar/grampear)

34
Q

Qual a conduta na HIA sem SCA? O que não deve ser feito?

A

Analgesia e sedação; drenagem NG (descompressão gástrica); reposição volemica cuidadosa; drogas vasoativas.

Não deve ser feito drenagem de coleções.

35
Q

Qual a clínica do trauma de baço?

A

Sinal de Kehr (dor infraescapular esquerda) + dor abd em HIE +- fratura de arcos costais inferiores esquerdos (pois geralmente trauma contuso de forte intensidade)

36
Q

Qual a indicação de angioembolizacao no trauma de baço?

A

Traumas grau I-III com TC com coleção hipertensa formada por contraste no parênquima esplênico (contrast blush) = angioembolizacao.

37
Q

O que deve ser feito em pacientes com indicação de esplenectomia? (3)

A

Vacinas para pneumococo (23 valente; se <2anos: 10-valente), meningococo e HiB.

Se eletiva: 14 dias antes da cirurgia (as 3 vacinas).
Se de urgência: pnm 23-valente no pós-op imediato + menigococo e HiB 14 dias após a cirurgia.

38
Q

Qual a principal complicação em pacientes esplenectomizados?

A

Aumento do risco de infecções (principalmente por germes encapsulados).

39
Q

O que é a sepse fulminante pós-esplenectomia?

A

Quadro de sepse que evolui com choque séptico em 12-18 horas do início da sepse.

Principal agente é o pneumococo.

Acomete principalmente crianças.

40
Q

Qual a clínica do trauma de fígado?

A

Dor em HID + “sinal de Kehr a direita”

41
Q

Que cirurgia deve ser feita em pacientes com indicação de cirurgia no trauma de fígado? Qual a indicação?

A

Hepatectomia total + shunt porto-cava

Indicação: grau VI (avulsao hepática)

42
Q

Quais são os segmentos de Couinaud?

A
43
Q

Quais os sinais e sintomas do hematoma/contusão duodenal?

A

Obstrução intestinal alta (com náuseas e vômitos)
RX/TC: sinal da mola em espiral ou do empilhamento de moedas; sangue na parede duodenal.

44
Q

Qual a classificação do trauma duodenal?

A
45
Q

Qual a conduta nos traumas de duodeno grau I e II?

A

Hematoma: expectante por até 10-14 dias, com dieta zero, NPT, analgesia. Se não resolver até 10-14 dias = cirurgia.

Laceração: rafia + reforço com omento.

46
Q

Conduta trauma de duodeno grau III

A

Cirurgia de Vaughan: reparo duodenal + cerclagem do piloro + gastroenteroanastomose (jejuno)

> Grau 3 = cirurgia com 3 coisas.

47
Q

Conduta trauma de duodeno grau IV

A

Reparo do duodeno e do colédoco.

48
Q

Conduta no trauma de duodeno grau V

A

Cirurgia de Whipple (duodenopancreatectomia).

49
Q

Conduta no trauma de cólon e reto

A

Cólon + reto proximal (intraperitoneal): = delgado.
>Exceções: choque, peritonite, cirurgia tardia (>4-6h), necessidade de transfusão de 4-6 CHA: cirurgia de HarTmann (ressecção + anastomose + colostomia Terminal).

Reto distal (extraperitoneal): desbridamento + ráfia + drenagem pré-sacra + colostomia proximal + curativos e limpeza seriados em centro cirúrgico até cicatrização por segunda intenção + reconstrução perineal tardia.
>Se acometer esfíncter anal ou assoalho pélvico: transversostomia.

50
Q

Qual o melhor exame para dx trauma de bexiga

A

Cistografia retrógrada.

51
Q

Qual a clínica clássica do trauma de uretra?

A

Tríade: uretrorragia, retenção vesical (oligúria), globo vesical palpável (bexigoma).
Pode haver: equimose perineal e de bolsa escrotal/peniana.

52
Q

No trauma de uretra, o que define se a equimose será só de bolsa escrotal/peniana ou será perineal?

A

Se a Fáscia de Buck estiver integra: equimose de bolsa escrotal/peniana.
Se a Fáscia de Buck estiver rompida: equimose perineal

53
Q

Qual a conduta na suspeita de trauma de uretra?

A

Suspeita: proibido cateterismo vesical

Conduta: uretrocistografia retrógrada.
-Lesão confirmada: cistostomia
-Lesão descartada: cateterismo vesical

54
Q

Qual a clínica do trauma de rim?

A

Hematúria (pouco específico e sem relação com a gravidade)

55
Q

Qual a classificação do trauma de rim?

A

Grau IV: blush arterial (sangue extravasa pra fora da cápsula perirrenal, para o peritônio ou retroperitoneo).

56
Q

Qual a conduta no trauma de rim de acordo com o grau?

A

Graus I-III: conservador, se possível (hemodinamicamente).
Grau IV: angioembolizacao (se estável tentar conduta conservadora)
Grau V: nefrectomia

57
Q

O que deve ser feito com o feto nos casos de PCR em gestantes?

A

Se não houver retorno da circulação espontânea após 4 minutos de RCP, deve ser feita a cesariana perimortem (com retirada do feto em até 5 minutos).

58
Q

Quando fazer arteriografia no trauma abdominal?

A

Quando a TC de abdome e pelve com contraste mostrar achado compatível com sangramento ativo ou alto risco de lesão vascular (blush arterial, pseudoaneurisma, etc).

59
Q

Quando fazer laparoscopia diagnóstica?

A

-Lesões na transição toracoabdominal conforme indicação

-Quando tiver líquido livre intra-abdominal SEM lesão de vísceras parenquimatosas à TC.