CIR 5 - Sd. oclusão intestinal, hérnias Flashcards
Classificação da obstrução intestinal
- Altura
- Grau
- Gravidade
Altura: Alta (até jejuno) X Baixa (íleo e cólon)
Grau: Total (não elimina) X Suboclusão (elimina algo)
Gravidade: Simples X Complicada (isquemia/estrangulamento)
Clínica da obstrução intestinal (4)
Parada da eliminação de gases e fezes
Dor abdominal (cólica → contínua)
Distensão (causa isquemia)
Peristalse → 1) Aumentada (timbre metálico na ausculta) 2) Diminuída ou ausente
Obstrução intestinal: Vômitos e toque retal
Vômitos
- Precoces: Obstrução alta
- Tardios e fecaloides: Obstrução baixa
Toque retal
- Ampola retal vazia: Obstrução total
- Ampola retal cheia: Obstrução funcional
Volvo:
- Definição
- Local mais comum
- Dx
- Tratamento
Volvo: Torção sobre o próprio eixo
Local: Mais comum é de sigmoide. Complica rapidamente
Diagnóstico
- RX com sinal do grão de café / U invertido
- Enema baritado: bico de pássaro
Tratamento
- Não complicado→ Descompressão endoscópica + sigmoidectomia “eletiva”
- Complicado → Cirurgia de urgência (Hartmann)
Causas mecânicas de obstrução intestinal no DELGADO
Brida, Crohn, neoplasias, hérnias, íleo biliar
1º exame a ser pedido em obstrução intestinal e por que
RX de abdome agudo (Tórax AP, abdome em pé e deitado)
Localiza a obstrução (mas não identifica causa)
Se RX inconclusivo → TC (mais usado para DDX)!
Achados no RX de abdome agudo (delgado x cólon)
- Delgado: distensão central (de até 5 cm), pregas coniventes (empilhamento de moedas)
- Cólon: distensão periférica (> 5 cm), haustrações
Laboratoriais de obstrução intestinal
Alcalose metabólica hipoclorêmica (por causa dos vômitos)
HipoK (SRAA tenta corrigir hipovolemia)
Se isquemia → Acidose metabólica
Causas mecânicas de obstrução intestinal na CRIANÇA
intussuscepção, bezoar (corpo estranho), áscaris, hérnia
Tratamento inicial padrão de qualquer obstrução intestinal
Dieta zero
HV
SNG
DHE + ácido-base
Avaliar se tem IRRITAÇÃO PERITONEAL
Íleo biliar:
- Definição
- Local mais comum
- Dx
- Tratamento
Colecistite → fistulização → obstrução no delgado
Local mais comum: íleo distal
Diagnóstico:
- TC ou RX de abdome
- Tríade de Riegler: Aerobilia + Distensão + Cálculo
Tratamento: Retirada do cálculo +- CVL
Tratamento da obstrução (mecânica x funcional)
mecânica com peritonismo = CX
mecanica sem peritonismo = conservador
funcional = conservador
Bridas: o que são e tratamento
Causa mais comum de obstrução intestinal (requer cirurgia abdominal prévia)
Tratamento
Não complicada: suporte (24-48h) + gastrografin
Refratário ou complicado: lise das aderências
Sd. de Ogilve
- Clínica
- Conduta
Clínica: dor, distensão colônica, peristalse presente → Ocorre apenas em pacientes graves (↑ simpático)
Conduta: Excluir causas mecânicas + suporte
1) Aguardar resposta em 24-72h
2) Neoestigmina (anti-colinesterásico)
3) Descompressão colonoscópica
4) Cecostomia
2 causas FUNCIONAIS de obstrução intestinal
Íleo paralítico (todo intestino paralisado)
Sd. de Ogilve (só colon paralisado)
Causas mecânicas de obstrução intestinal no CÓLON
Câncer colorretal (+ comum), volvo, doença diverticular
Intussuscepção
- Definição
- Localização
- Clínica
- DX
- Tratamento
Intussuscepção: alça intestinal invagina outra
Localização mais comum: válvula ileocecal
Clínica: dor abdominal, massa em salsicha, fezes em geleia de framboesa
Diagnóstico
- USG com sinal do alvo e do pseudorim
- Enema opaco: diagnóstico (sinal da lua em crescente/menisco) e terapêutico
Tratamento
- Redução com enema
- Refratário, complicado ou adulto: cirurgia
Íleo paralítico
- Causas
- Clínica
- Conduta
Causas: Pós-operatório (fisiológico até 48-72h), opioides, distúrbio hidroeletrolítico (K), inflamação
Clínica: Dor contínua, distensão, peristalse diminuída/ausente
Conduta: Excluir causas mecânicas + suporte
Hérnia umbilical: indicações de cirurgia NA CRIANÇA (4)
- Se concomitante com hérnia 1nguinal
- Defeito > 2 cm
- Associada à DVP
- Não fechamento com 4-6 anos
Canal inguinal
- Parede anterior
- Parede posterior
- Conteúdo (homens x mulheres)
Parede anterior: Aponeurose do M. Oblíquo externo
Parede posterior: Fáscia transversalis + M. Transverso + M. Oblíquo interno
Conteúdo
- Homens: funículo espermático (conduto peritônio-vaginal obliterado)
- Mulheres: ligamento redondo do útero
Hérnia inguinal indireta
- Através do _______
- Etiologia
- Vasos epigástricos são limite ______
- EF: encosta na _______ do dedo
Através do anel inguinal interno
Defeito congênito (infância):
Vasos epigástricos são limite medial
Exame físico → Ponta do dedo
Limites do trígono de Hasselbach
Inferior: Ligamento inguinal
Lateral: Vasos epigástricos inferiores
Medial: Borda lateral do reto abdominal
Hérnia femoral: localização
Abaixo do ligamento inguinal
Hérnia inguinal direta
- Através do _______
- Etiologia
- Vasos epigástricos são limite ______
- EF: encosta na _______ do dedo
Através do Trígono de Hasselbach
Enfraquecimento da parede posterior do canal inguinal
Vasos epigástricos são limite lateral
Exame físico → Polpa do dedo
Quais os sinais de sofrimento isquêmico de uma hérnia?
Dor intensa
Peritonite
Febre / Sepse
Sinais de obstrução
Instabilidade hemodinâmica
Hérnia mais comum de todas e lateralidade mais comum
Hérnia inguinal INdireta (mais comum à DIREITA)
Qual hérnia tem mais risco de encarceramento?
Hérnia femoral
(a inguinal indireta tem mais risco dentre das inguinais)
Classificação de NYHUS
I: Indireta com anel inguinal interno normal (< 2 cm) → Infância
II: Indireta com anel inguinal interno dilatado (> 2 cm)
III: Defeito na parede posterior (A: Direta B: Indireta C: Femoral)
IV: Recidivante (A: Direta B: Indireta C: Femoral D: Mista)
Técnicas para tratamento das hérnias
Sempre herniorrafia anterior + reforço da parede posterior
Lichtenstein: tela livre de tensão → técnica de escolha!
McVay → hérnia femoral
Tratamento das hérnias
Redutível → Cirurgia eletiva
- Homem assintomático = não precisa operar
- Mulher = sempre operar! (VL»_space;>)
Encarcerada → Redução manual
Estrangulada (isquemia) → Inguinotomia
Complicação da cirurgia para corrigir hérnia
Dor crônica no pós-operatório
Se cirurgia aberta: Ilioinguinal, ílio-hipogástrico e ramo genital do genitofemoral
Hérnia inguinal na infância
- Tipo
- Epidemio
- Tratamento
Indireta (efeito congênito)
Mais comum em: meninos, prematuros e baixo peso ao nascer
Tratamento:
Se redutível → Cirurgia imediata
Se encarcerada → Redução manual + Cirurgia imediata ou na mesma internação
Hérnia inguinal na infância: quando realizar explração contralateral?
Hérnias em prematuros
Hérnias encarceradas
Meninos < 2 anos / Meninas < 4 anos
DVP
Diagnóstico diferencial de hérnia inguinal na infância e manejo
Hidrocele
Acúmulo de líquido dentro do saco escrotal → Transiluminação positiva
- Comunicante: Altera o volume ao longo do dia
- Não comunicante: Líquido residual, sem alteração de volume
Tratamento:
Regressão em 12 meses.
Se concomitante com hérnia inguinal → CX
Diagnóstico diferencial de obstrução intestinal
Porfiria
Porfiria: definição e tipos
Distúrbios na síntese da protoporfirina que constitui pigmento HEME (MO e fígado)
Porfiria intermitente aguda e Porfiria cutânea tarda
Porfiria intermitente aguda
- Causa
- Clínica
- DX
- Tto
Genético + gatilhos (álcool, tabaco, droga, stress, chumbo)
Causa efeito irritativo no tubo digestivo → Quadro agudo neurovisceral
Clínica:
Dor abdominal, distensão, ↑ peristalse = obstrução intestinal
Hiperatividade simpática (↑ PA, ↑ FC)
Neuropatia periférica, convulsão, psicose
Urina roxa ao se exposta ao sol!
Diagnóstico: ↑ Porfirinas totais e PBG urinário
Tratamento: suspender gatilhos + Hematina + SG 10%