CAPÍTULO VI: DISTÚRBIOS GENÉTICOS-METABÓLICOS-MITOCONDRIAIS Flashcards

1
Q

L

O EXOMA REPRESENTA QUANTOS % DO GENOMA?

QUAL SUA FUNÇÃO?
QUAL SUA IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA?

A

3%

  • ÁREA CODIFICADORA DE PROTEÍNA: 20.000 GENES => CRIA PRODUTOS FUNCIONAIS
  • IMPORTÂNCIA: Aproximadamente 85% das mutações conhecidas estão lá
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2
Q

GENOMA = EXONs + INTRONs

OS INTRONs são responsáveis pelo quê?

A

REPRESENTAM A MAIOR PARTE DO GENOMA
- Mas é uma ÁREA NÃO CODIFICANTE
- Participa na REGULAÇÃO E CONTROLE

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3
Q

QUANTOS PARES CROMOSSOMOS O SER HUMANO POSSUI?

A

23 PARES DE CROMOSSOMOS (Incluindo o par sexual)

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4
Q

ONDE OS CROMOSSOMOS ‘‘RESIDEM’’?
DO QUE ELES SÃO COMPOSTOS?

A

RESIDE NO NÚCLEO CELULAR
COMPOSTO POR:
- DNA EM UMA ESTRUTURA PROTEICA CHAMADA CROMATINA
- Cromatina inclui: histonas e proteínas associadas ao DNA => eucromatina é a que possui DNA codificante; heterocromatina contém DNA não codificante.

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5
Q

ALÉM DO GENOMA NUCLEAR, AS CÉLULAS POSSUEM UM GENOMA MITROCONDRIAL

V OU F

A

VERDADEIRO

COMPREENDE 14 GENES
- Muitos dos genes codificados no genoma mitocondrial produzem proteínas essenciais para a função da cadeia de transporte de elétrons.
- Derivado maternalmente

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6
Q

O QUE É O FENÔMENOS CHAMADO DE HETEROPLASMIA MITOCONDRIAL?

A

QUANDO DNA MITOCONDRIAL MUTADO COEXISTE NA MESMA CÉLULA COM O DNA NORMAL

  • Quando excede um limiar há disfunção.
  • Grande relevância clínica, visto que as doenças mitocondriais só se manifestam se a proporção de mtDNA mutado exceder um limite.
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7
Q

QUAIS OS 4 PRINCIPAIS REARRANJOS CROMOSSÔMICOS?

A

DELEÇÃO
DUPLICAÇÃO
TRANSLOCAÇÃO
INVERSÃO

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8
Q

CROMOSSOMOS SÃO DIVIDOS EM BANDAS E SUBBANDAS

Os quatro componentes necessários de uma descrição de banda são:
(1) número do cromossomo;
(2) símbolo do braço (p para braço curto ou q para braço longo);
(3) número da região;
(4) número da banda dentro da região

Assim, a designação 17p13.3 significa o quê?

A

corresponde ao cromossomo 17, braço curto, região 1, banda 3, subbanda 3.

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9
Q

ANÁLISE DE MUTAÇÃO
Como interpretar esse: “c.50G>C.”

A

uma mudança de guanina para citosina no quinquagésimo nucleotídeo na sequência codificadora seria definida como “c.50G>C”

c -> se refere a nucleotideo

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10
Q

ANÁLISE DE MUTAÇÃO

como interpretar “p.Pro17Arg”?

A

mudança de prolina para arginina

A mudança de aminoácido é então definida como o aminoácido original, o identificador numérico/códon do aminoácido em questão e o novo aminoácido

p -> se refere ao aminoácido

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11
Q

QUAL A FUNÇÃO DA METILAÇÃO DO DNA?

quais os exemplos mais conhecidos de distúrbios da metilação?

A

SILENCIAR GENES, regulação da função das proteínas

  • Prader-Willi e Angelman: . Indivíduos com perda do padrão de metilação paterna apresentam a síndrome de Prader-Willi, enquanto aqueles com perda do padrão de metilação materna apresentam a síndrome de Angelman.
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12
Q

DOENÇAS DE EXPANSÃO

HÁ CASOS EM QUE DEVEMOS INVESTIGAR EXPANSÃO DE REPETIÇÕES DE GENES CONHECIDOS (exoma não cobre)
quais são exemplos famosos?

A

Feitos por Southert Blot, utilizando PCR para amplificar o fragmento do DNA =>TESTE ESPECÍFICO PARA CADA DOENÇA, UTILIZANDO A REGIÃO DE INTERESSE.

  • incluem, por exemplo: distrofia miotônica, huntington, síndrome do X frágil, muitas ataxias espinocerebelares, ataxia de friedreich e outras quase 40 doenças
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13
Q

CARIÓTIPO DETECTA QUAIS VARIAÇÕES NO GENOMA?

A

ANEUPLOIDIA (trissomia, monossomia), REARRANJOS ESTRUTURAIS (ex: translocação, deleção e duplicação)

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14
Q

método FISH (Fluorescence in situ
hybridization) detecta quais variações no genoma?

A

Deleções ou Duplicações específicas

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15
Q

Estudos de Metilação detectam quais variações genômicas?

A

Padrão de metilação parental anormal

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16
Q

Microarray cromossômica detecta quais variações genômicas?

A
  • Variações nos números de cópias (deleções, duplicações, inclusive ‘‘micro’’)
  • Dissomia uniparental (Presença em uma célula de dois pares de cromossomos de um dos pais e nenhum cromossomo deste par do outro pai)
  • Perda da heterozigosidade
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17
Q

Sequenciamento de Sanger detecta quais variações genômicas?

A

. É especificamente usado para sequenciar peças individuais de DNA, como plasmídeos bacterianos ou DNA copiado em PCR.

*caro e ineficiente para projetos de larga escala, como o sequenciamento de um genoma inteiro ou metagenoma.

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18
Q

Método Southern Blot detecta quais variações genômicas?

A

DOENÇAS DE EXPANSÃO

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19
Q

VARIAÇÃO NO NÚMERO DE CÓPIAS (CMV)

  • SE A CMV NÃO ESTIVER DENTRO DO LOCI DE DOENÇAS CONHECIDAS (EX: deleção 22q11.2 e a síndrome de DiGeorge), OU SEJA UMA ‘‘VUS’’

COMO INTERPRETAR UMA PATOGENICIDADE PROVÁVEL?

A
  • CRIAÇÃO DE HEREDOGRAMA, INVESTIGAÇÃO FAMILIAR
  • RARIDADE DO GENE NA POPULAÇÃO
  • IMPORTÂNCIA DO GENE NA EVOLUÇÃO
  • AVALIAÇÃO DO FENÓTIPO

se tal CNV for encontrada como de novo no probando e não for encontrada em nenhum dos pais biológicos saudáveis, então isso aumenta a probabilidade de patogenicidade.

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20
Q

O QUE É ANEUPLOIDIA?

A

ALTERAÇÃO NA CONTAGEM DOS CROMOSSOMOS
Exemplo
- Monossomia: cromossomo faltando
- Trissomia: cromossomo extra

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21
Q

A ÚNICA MONOSSOMIA AUTOSSÔMIA VIÁVEL É A :

A

DO CROMOSSOMO X

45 X0
SÍNDROME DE TURNER

(DEMAIS SÃO LETAIS)

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22
Q

O TERMO POLIPLOIDIA REFERE-SE A O QUÊ?

A

COMPLETO EXTRASET DE CROMOSSOMOS

  • TRIPLOIDIA: 69 CROMOSSOMOS
  • TETRAPLOIDIA: 92 CROMOSSOMOS

EM GERAL É LETAL

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23
Q

o que é um cromossomo marcador?

A

CROMOSSOMO PEQUENO (fragmento) EXTRANUMERÁRIO NÃO IDENTIFICADO NO EXAME DO CARIÓTIPO
- Origem genética desconhecida
- Metade são originários no cromossomo 15

Se um dos pais possui um cromossomo marcador e é fenotipicamente normal, pode-se assumir que não existe um risco aumentado para o paciente e os descendentes. No entanto, quando a origem do sSMC não pode ser determinada, avaliar o impacto para a saúde do afetado e descendentes é mais difícil, algo que ocorre em casos esporádicos ou que aparecem em mosaico (quando apenas parte do conjunto de células do corpo são alteradas).
Já um cromossomo marcador em um paciente com sinais/sintomas pode explicar o quadro clínico. O fenótipo pode variar de acordo com o cromossomo envolvido, por exemplo, caso afete o cromossomo 15, que é uma origem frequente, levando a atraso mental e problemas neurológicos em geral.

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24
Q

CROMOSSOMO EM ANEL

  • GERALMENTE É PATOLÓGICO

V OU F

A

VERDADEIRO, APESAR DE SEREM BASTANTE RAROS

  • São instáveis e podem causar deleção em regiões do telômero
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25
Q

ISOCROMOSSOMO

O QUE É?

A

ANORMALIDADE ESTRUTURAL DO CROMOSSOMO: Os braços do cromossomo são espelhados
- Conta por 15% dos casos de Turner

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26
Q

TRIPLOIDIA

QUAL O PROGNÓSTICO?
QUAL O FENÓTIPO?

A

PROGNÓSTICO: Raramente sobrevivem além do período neonatal

FENÓTIPO:
- Sindactilia (junção dos dedos)
- Dismorfia craniofacial: orelha baixa, hipertelorismo, micrognatia
- Malformações sistêmicas: cardiacas, neurológicas, renais

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27
Q

SOMENTE UMA MINORIA DOS EMBRIÔES/FETOS COM ANEUPLOIDIA SOBREVIVEM

V OU F

A

VERDADEIRO
- Maioria vai a óbito no 1º trimestre da gestação

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28
Q

SÍNDROME DE PATAU
- Qual a alteração cromossômica mais associada?

A

TRISSOMIA DO 13

  • Mas 10% possuem trissomia por causa de translocação entre 13 e outro cromossomo.
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29
Q

SÍNDROME DE PATAU - TRISSOMIA DO 13
3ª trissomia mais comum
QUAIS OS ACHADOS CLÍNICOS?

A
  • HOLOPROSENCEFALIA: Hallmark em 80% dos casos
  • Microftalmia
  • Anormalidades oculares: Displasia de retina ,coloboma da íris
  • outros: fenda labial/palatina, cutis aplasia, polidactilia
  • CARDIOPATIAS (defeito do septo ventricular) e NEFROPATIAS CONGÊNITAS
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30
Q

SÍNDROME DO EDWARDS
- TRISSOMIA DO:
- QUAL A MANIFESTAÇÃO CLÍNICA?

A

TRISSOMIA DO 18: 2ª MAIS COMUM
CLÍNICA
- RCIU/PIG
- MICROCEFALIA
- occipital proeminente
- orelhas “simples” de baixa inserção e uma boca pequena.
- Calcanhar em mata-borrão
- Mãos cerradas: quarto e quinto dedos sobrepondo-se ao primeiro e segundo.

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31
Q

SÍNDROME DE DOWN

  • 95% POSSUEM TRISSOMIA DO 21

OS DEMAIS APRESENTAM QUAIS ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS? Qual apresenta maior risco de transmissão?

A

TRANSLOCAÇÃO EM 4% (geralmente entre 21 e 14) => aumenta risco de transmissão
MOSAICISMO EM 1%

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32
Q

SÍNDROME DE DOWN

  • HÁ RISCO AUMENTADO PARA EPILEPSIA

V OU F

A

VERDADEIRO

ASSIM COMO PARA DOENÇA DE ALZHEIMER

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33
Q

A IMAGEM REPRESENTA O FENÓTIPO DE QUAL DOENÇA?

A

SÍNDROME DE DOWN

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34
Q

SÍNDROME DE TURNER, SEU RISCO DE SURGIMENTO AUMENTA COM IDADE GESTACIONAL MATERNA AVANÇADA

V OU F

A

FALSO, DIFERENTE DE OUTRAS ANEUPLOIDIAS, NÃO HÁ AUMENTO DO RISCO DE APARECIMENTO COM IDADE MATERNA GESTACIONAL MAIS AVANÇADA.

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35
Q

SÍNDROME DE TURNER

DÉFICIT INTELECTUAL É RARO, PORÉM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR FINO E GROSSEIRO É COMUM (V OU F)

A

VERDADEIRO: DI é raro

  • Atraso do desenvolvimento motor é comum
  • Dificuldade com percepção espacial é comum também
  • Hipoacusia é frequente também
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36
Q

ESSE FENÓTIPO DA IMAGEM REPRESENTA QUAL DOENÇA?

A

SÍNDROME DE TURNER (45 X0)

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37
Q

SÍNDROME DE KLINEFELTER

É ASSOCIADO COM QUAL ANOMALIA CROMOSSÔMICA?
HÁ MUITO COMPROMETIMENTO NEUROLÓGICO?

A

47XXY
- mais raramente pode haver 48XXXY, 49XXXXY -> piorando cognição

  • NÃO, Déficit intelectual não é comum… Dificuldades de aprendizado, comportamental e atraso da linguagem são reportados.
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38
Q

outras aneuploidias menos conhecidas

47XXX (triplo X) É ASSOCIADO COM:

A

FENÓTIPO FEMININO e
ALTA ESTATURA
- Acomete apenas mulheres

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39
Q

outras aneuploidias menos conhecidas
47 XYY (Síndrome de Jacob) É ASSOCIADO COM:

A
  • ALTA ESTATURA
  • PODE TER ALTERAÇÃO COMPORTAMENTAL: há polêmica que associa a comportamento antissocial, entre outros.
  • DIFICULDADE DE APRENDIZADO
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40
Q

QUAIS SÍNDROMES RELEVANTES QUE SÃO RESULTADOS DE MICRODELEÇÕES ou MICRODUPLICAÇÕES?

A

ANGELMAN; PRADER-WILLI; DiGeorge; William-Beuren; Cri Du Chat; CMT1A e HNPP; Jacobsen…

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41
Q

QUAIS AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE SINDROME DE ANGELMAN E PRADER-WILLI?

A
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42
Q

DELEÇÃO DO 22q11.2 É REPRESENTANDO PELA SÍNDROME DE:

A

SÍNDROME DE DIGEORGE;

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43
Q

SÍNDROME DE DIGEORGE

QUAL A CLÍNICA?

A
  • CARDIOPATIA CONGÊNITA;
  • ANORMALIAS PATALAIS: incluindo INSUFICIÊNCIA VELOPALATAL, FENDA PALATINA
  • DISMORFIA FACIAL
  • IMUNODEFICIÊNCIA
  • HIPOCALCEMIA
  • DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
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44
Q

SÍND. DE WILLIAMS ou WILLIAMS-BEUREN
- MICRODELEÇÃO DO CROMOSSOMO 7 na banda q11.23

QUAL A CLÍNICA?

A
  • CARDIOPATIA CONGÊNITA (80%)
    (Estenose valvar aórtica ppt)
  • ESTENOSE PULMONAR e HIPERTENSÃO
  • DISMORFIA FACIAL:
  • plenitude periorbital, orelhas pontudas, filtrum longo, boca larga, lábios cheios, bochechas cheias e dentes pequenos e espaçados.
  • Deficiência Intelectual (DI) leve a moderada, perfil cognitivo específico/dificuldades de aprendizagem
  • Anormalidades no crescimento e no sistema endócrino
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45
Q

SÍNDROME DE DELEÇÃO DO 1p36

  • resulta de uma deleção de tamanho variável na extremidade terminal do braço curto do cromossomo 1.

é considerada a síndrome de microdeleção subtelomérica mais comum , qual o fenótipo?

A

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
- Aparência craniofacial distinta.
- Defeitos musculares e esqueléticos.

DEFICIÊNCIAS COGNITIVAS: DI e linguagem limitada.

DEFICIÊNCIAS FÍSICAS:
- Cardíacas (70%),
- Miocardiopatia (25%),
- Anormalidades cerebrais (88%),
- Convulsões (44%).

PROBLEMAS SENSORIAIS:
- Oculares em 50%,
- Auditivos em 50%.

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46
Q

SÍNDROME DE WOLF-HIRSCHHORN

  • deleção no cromossomo 4p16.3

qual a clínica?

A
  • APARÊNCIA DE ‘‘ELMO DE GUERREIRO GREGO’’: ponte nasal larga, testa alta, hipertelorismo, microcefalia
  • Retardo mental
  • convulsões, entre outros.
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47
Q

SÍNDROME DE Cri Du Chat
- deleção do braço curto do cromossomo 5

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS?

A
  • Choro agudo no período neonatal: por isso nome é ‘‘síndrome do choro do gato’’
  • Dismorfia facial: microcefalia, ponte nasal larga, pregas epicânticas, micrognatia
  • Retardo do crescimento e psicomotor

Em 80% dos casos em indivíduos afetados, a deleção é de novo

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48
Q

DELEÇÃO SUBTELOMÉRICA DO CROMOSSOMO 9Q (Síndrome de Kleefstra)

  • Uma das microdeleções subteloméricas mais comuns

qual a clínica?

A
  • Micrognatia
  • Hipotonia grave
  • Atraso de linguagem e motor
  • Dismorfia facial: micro ou braquicefalia, hipertelorismo, sinofria (junção das sobrancelhas), sobrancelhas arqueadas, hipoplasia da região média da face, nariz curto com narinas voltadas para cima, língua protuberante, lábio inferior evertido e cantos da boca voltados para baixo.

*pode ter epilepsia e cardiopatia congênita

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49
Q

SÍNDROME DE JACOBSEN
(Deleção de parte do braço longo cromossomo 1)
11q23.3qter)

QUAIS AS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICA?

A
  • DEFICIÊNCIA INTELECTUAL e ATRASO NO DESENVOLVIMENTO
  • ESTATURA BAIXA
  • DEFEITOS CARDÍACOS CONGÊNITOS, TROMBOCITOPENIA
  • DISRMOFIA FACIAL: HIPERTELORISMO, PREGAS EPICÂNTICAS, PTOSE, PONTE NASAL LARGA E ORELHAS PEQUENAS.
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50
Q

SÍNDROME DE SMITH-MAGENIS
(Deleção da banda p11.2 do cromossomo 17)

Quais as manifestações clínicas?

A
  • BAIXA ESTATURA
  • OBESIDADE
  • DISMORFIA CRANIOFACIAL
  • MÃOS E PÉS PEQUENOS
  • DÉFICIT INTELECTUAL e ALTERAÇÃO COMPORTAMENTAL
The phenotypic features may be subtle in infancy and early childhood.
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51
Q

ICTIOSE Ligada ao X
- deficiência da sulfatase de esteroides por microdeleção que engloba o gene STS (Xp22.31).

A

'’Doença da escama de peixe’’

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52
Q

O PADRÃO DE HERANÇA DA MAIORIA DOS ERROS INATOS DO METABOLISMO É:

A

PADRÃO DE HERANÇA AUTOSSÔMICO RECESSIVO
- Mas ligado ao X e dominante também são possíveis

história detalhada de 3 gerações da família é importante, atenção particular a qualquer história de morte súbita infantil, consaguinidade, irmãos com doenças neurológicas, incluindo epilepsia e paralisia cerebral.

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53
Q

ERROS INATOS DO METABOLISMO

DISTÚRBIOS DE MOLÉCULAS PEQUENAS
- ENGLOBA QUAIS DISTÚRBIOS DO METABÓLISMO (5)?
- Quais as manifestações prototípicas?

A

ACÚMULO OU DEFICIÊNCIA DAS PEQUENAS MOLÉCULAS
DISTÚRBIOS DE MOLÉCULAS SIMPLES:
- AMINOÁCIDOS
- ÁCIDOS ORGÂNICOS
- ÁCIDOS GRAXOS
- CETONAS
- AMÔNIA
MANIFESTAÇÕES TÍPICAS
- Intoxicação pelo acúmulo de substrato
- Anormalidades bioquímicas facilmente vistas: acidose, hiperamonemia ou hipoglicemia
- APRESENTAÇÃO AGUDA COM ENCEFALOPATIA + náusea/cefaleia/alteração respiratória…
- CURSO EPISÓDICO provocado por DOENÇAS, JEJUM, ESTADO CATABÓLICO, FEBRE
- PODE TER INTERVALO LIVRE DE SINTOMAS (acúmulo) (horas, dias, anos) ou ser DEGENERATIVA (Deficiência)
- Responde a tratamento específico baseados em suplementação dietética ou de cofatores.
- EX: fenilcetonúria, homocistinuria, galactosemia, frutosemia, NBIAS, Wilson, transt metabolismos de vitaminas, etc. -> acúmulo de moléculas
- Ex: transtornos da síntese de aminoácidos, neurotransmissores, deficiência de metais.

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54
Q

ERROS INATOS DO METABOLISMO

DISTÚRBIOS DE MOLÉCULAS GRANDES
- ENGLOBA QUAIS DISTÚRBIOS DO METABÓLISMO (4)?
- QUAIS AS MANIFESTAÇÕES PROTOTÍPICAS?

A

DISTÚRBIOS DE MOLÉCULAS COMPLEXAS:
- LISOSSOMO
- PEROXISSOMO
- LIPÍDIOS COMPLEXOS
- APARATO DE GOLGI
- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
- GLICOSILAÇÃO

CLÍNICA DE ACÚMULO, DEFICIÊNCIA OU TRANSPORTE

MANIFESTAÇÕES TÍPICAS
- CURSO CRÔNICO: Estático OU gradualmente progressivo.
- Associado com MALFORMAÇÕES CONGÊNITA E DISMORFISMOS FÍSICOS.
- Vários podem ser tratados com REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA.

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55
Q

ERROS INATOS DO METABOLISMO

DISTÚRBIOS DO METABOLISMO ENÉRGICO
- ENGLOBA QUAIS DISTÚRBIOS DO METABÓLISMO (5)?
- QUAIS AS MANIFESTAÇÕES PROTOTÍPICAS?

A

DISTÚRBIOS DO MET. ENERGÉTICOS:
- Metabolismo da CREATINA.
- Metabolismo dos ÁCIDOS GRAXOS.
- Bioenergética MITOCONDRIAL (várias)
- Metabolismo do PIRUVATO.
- Metabolismo do Lactato.
- Biossíntese da COENZIMA Q10.
- Transporte de GLICOSE para o SNC/GLICÓLISE/GLICONEOGENESE.
- Distúrbios da PENTOSE FOSFATO.
- Hiperinsulinismo.

MANIFESTAÇÕES TÍPICAS
- CURSO CRÔNICO PROGRESSIVO com EXACERBAÇÕES.
- Atraso do desenvolvimento e Epilepsia são comuns.
- Distúrbios do movimento são comuns.

deficiência do transportador de glicose 1 são tratadas com dieta cetogênica; os síndromes de deficiência de creatina podem responder à suplementação de creatina; e os distúrbios da biossíntese da coenzima Q10 são tratados com reposição de CoQ10.

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56
Q

ERROS INATOS DO METABOLISMOS

  • Distúrbios no metabolismo de carboidratos, purinas e pirimidinas, vitaminas, minerais/metais pesados e neurotransmissores de aminas biogênicas não se encaixam nas categorias clássicas (metabolismo energético, grande ou pequenas moléculas)

V OU F

A

VERDADEIRO

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57
Q

Idade de apresentação e a gravidade de um
erro inato do metabolismo são inversamentes proporcionais ao grau de deficiência enzimática.

V ou F

A

VERDADEIRO

  • Deve-se estar ciente de que formas mais leves de
    muitos desses distúrbios podem se manifestar pela primeira vez em crianças mais velhas e adultos
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58
Q

CETONA URINÁRIA EM NEONATO SUGERE ERRO INATO DO METABOLISMO

V OU F

A

VERDADEIRO

CETOACIDOSE COM HIPERAMONEMIA TAMBÉM

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59
Q

CETOACIDOSE COM HIPERAMONEMIA SUGERE QUAIS ERROS INATOS DO METABOLISMO?

E HIPERAMONEMIA SEM ACIDOSE?

A

CETOACIDOSE + HIPERAMONEMIA = ACIDEMIA ORGÂNICA

HIPERAMONEMIA SEM ACIDOSE = DISFUNÇÃO DO CICLO DA UREIA

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60
Q

HIPOGLICEMIA COM CETOSE INSUFICIENTE É O HALLMARK DE QUAIS TIPOS DE ERROS INATOS DO METABOLISMO?

A
  • TRANSTORNOS DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS E DE CARNITINA
  • TRANSTORNOS DA SÍNTESE DE CETONA
  • HIPERINSULINISMO
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61
Q

HIPOGLICEMIA CETÓTICA RECORRENTE + HEPATOMEGALIA SUGERE QUAIS ERROS INATOS DO METABOLISMO?

A

DISTÚRBIO DO GLICOGÊNEO ou GLICONEOGÊNESE

TRANSTORNOS DA GLICONEOGÊNESE TAMBÉM ESTÃO ASSOCIADOS À ELEVAÇÃO DO LACTATO SANGUÍNEO INDUZIDA PELO JEJUM.

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62
Q

ELEVAÇÕES PERSISTENTES DE LACTATO SANGUÍNEO NO RECÉM-NASCIDO OU BEBÊ QUE NÃO ESTÁ GRAVEMENTE DOENTE, SÉPTICO OU HIPOPERFUNDIDO DEVEM LEVANTAR A CONSIDERAÇÃO DE:

A
  • UM TRANSTORNO MITOCONDRIAL
    ou
  • TRANSTORNO DO METABOLISMO DO PIRUVATO.

proporção normal de lactato para piruvato (menos de 20 a 25) é observada na deficiência de piruvato desidrogenase e algumas formas de deficiência de piruvato carboxilase.

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63
Q

NÚMEROSAS CAUSAS DE ERROS INATOS DO METABOLISMO
CURSAM COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA NO NEONATO ou BEBÊ

EXEMPLIFIQUE AS PRINCIPAIS

A
  • GALACTOSEMIA
  • TIROSINEMIA tipo 1
  • INTOLERÂNCIA A FRUTOSE HEREDITÁRIA
  • Várias mitocondriopatias
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64
Q

padrões de neuroimagem que podem sugerir erros inatos do metabolismo, mesmo na ausência de alterações bioquímicas:

A

ACOMETIMENTO SIMÉTRICO DOS NÚCLEOS DA BASE COM RESTRIÇÃO À DIFUSÃO

  • alguns podem causar lesões stroke-like em territórios classicos vasculares
  • alguns podem causar lesões em SB que restrigem
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65
Q

ESPECTROSCOPIA PODE FORNECER INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARA O DIAGNÓSTICO DE ERROS INATOS DO METABOLISMO?

A

SIM

  • A doença do xarope de bordo pode estar associada a um pico de cetoácido de cadeia ramificada.
  • Transtornos mitocondriais, distúrbios do metabolismo do piruvato e acidemias orgânicas podem estar associados a elevações de lactato em locais estruturalmente normais.
  • Hiperamonemia pode estar associada a um pico elevado de glutamina.

*obs: O clínico deve ter em mente que, se áreas do cérebro afetadas por acidente vascular cerebral, infecção ou lesão forem amostradas, o lactato pode ser elevado secundariamente. *

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66
Q

ALGUNS ERROS INATOS DO METABOLISMO (moléculas pequenas) ESTÃO ASSOCIADOS COM ODORES ESTRANHOS.

QUAIS?

A
  • ODOR DE XAROPE DE BORDO na urina e CERA DE OUVIDO na doença do XAROPE DO BORDO.
  • ODOR DE MOFO na urina e no suor na FENILCETONÚRIA.
  • ODOR DE PÉS SUADOS na urina na ACIDEMIA ISOVALÉRICA e GLUTÁRICA TIPO II.
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67
Q

Solicita-se ácidos orgânicos na urina e acilcarnitinas plasmáticas para investigar:

A

Distúrbio de ácidos orgânicos

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68
Q

Solicita-se perfil de acilcarnitina plasmática e carnitina livre/total para investigar:

A

distúrbios de oxidação de ácidos graxos e carnitina

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69
Q

Solicita-se aminoácidos plasmáticos para investigar:

A

aminoacidopatias e distúrbios do ciclo da ureia.

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70
Q

Em quais casos (principalmente) deve-se aumentar a suspeição de erros inatos do metabolismo como causa da epilepsia? (5)

A
  • Epilepsia refratária a medicamento
  • Crises mioclônicas
  • Manifestações não-neurológicas associadas
  • Microcefalia
  • Encefalopatia metabólica
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71
Q

Quais testes terapêuticos devem ser realizados em neonato com epilepsia refratária? (4)

A

Piridoxina
Piridoxal-5-fosfato
Ácido folínico
Biotina (B7)

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72
Q

Mioclonia com hipotonia, insuficiência respiratória e soluços persistentes (horas-dias após nascimento)

  • sugere qual erro inato do metabolismo?
A

Encefalopatia por glicina -> UM TIPO DE ENCEFALOPATIA MIOCLÔNICA

  • suporte para o dx: Surto-supressão no EEG
  • Neuroimagem com agenesia calosal
  • Espectroscopia e LCR com pico de glicina
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73
Q

MICROCEFALIA CONGÊNITA É UMA PISTA PARA QUAL TIPO DE EIM?

E A MICROCEFALIA PÓS-NATAL, PODE SER PISTA QUAIS TIPOS DE EIM?

A

MICROCEFALIA CONGÊNITA: AMINOACIDOPATIA
- incluindo deficiências de serina, asparagina e glutamina sintetase.

MICROCEFALIA PÓS-NATAL: VÁRIAS
- Deificência de MTHFR (metilenotetrahidrofolato redutase)
- Deficiência do transportador de glicose 1 (GLUT1)
- Deficiência de sulfito-oxidase
- Deficiência de cofator de molibdênio
- Síndrome de Menkes

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74
Q

ERROS INATOS DO METABOLISMO SÃO CAUSAS RARAS DE ATRASO DO DESENVOLVIMENTO ESTÁTICO, MAS SÃO CAUSAS COMUNS DE REGRESSÃO DO DESENVOLVIMENTO NA INFÂNCIA.

V OU F

A

VERDADEIRO

  • EIM que se apresentam com regressão do desenvolvimento, incluem: DISTÚRBIOS DO METABOLISMO ENERGÉTICO, A APRESENTAÇÃO CRÔNICA DE DISTÚRBIOS DE PEQUENAS MOLÉCULAS, ALGUNS DISTÚRBIOS DE MOLÉCULAS GRANDES NAS CATEGORIAS LISOSOMAL E PEROXISSOMAL, entre outros

It is even more uncommon for IEMs to cause static developmental delay without additional neurologic or extraneurologic signs or symptoms.

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75
Q

alterações motoras resultantes dos EIM são quase sempre unilaterais e assimétricos

V ou F

A

FALSO

  • Geralmente bilaterais e simétricos, porque o insulto metabólico afeta vias e tratos simetricamente.

(ex: algumas mitocondriopatias, como MELAS)

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76
Q

FENILCETONÚRIA É CAUSADO POR DEFICIÊNCIA DE QUAL ENZIMA?

A

DOENÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA QUE CAUSA:
Deficiência da FENILALANINA HIDROXILASE
- RESULTANDO EM ACÚMULO DE FENILALANINA

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77
Q

FENILCETONÚRIA

  • FENILALANINA É NEUROTÓXICO.
  • PACIENTES NÃO TRATADOS OU TRATADOS IRREGULARMENTE DESENVOLVEM QUAL CLÍNICA?
A
  • DÉFICIT INTELECTUAL PROFUNDO
  • MICROCEFALIA
  • EPILEPSIA
  • DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO: Tremor, Atetose
  • ESPASTICIDADE: pode ser confundido com PC
  • ALTERAÇÃO COMPORTAMENTAL: TDAH e AUTISMO

RNM pode ter DESMIELINIZAÇÃO: Potencialmente reversível com a terapia.

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78
Q

FENILCETONÚRIA

  • CONTROLE DIETÉTICO DEVE SER INICIADO IDEALMENTE ATÉ:
A

3 MESES DE VIDA (phenylalanine levels < 360 µM)

  • Atenção que pode haver passagem pela placenta de fenilalanina durante a gestação, então algumas vezes já há problemas congênitos.
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79
Q

FENILCETONÚRIA

QUAL A TERAPIA?

A

TERAPIA DIETÉTICA: Restrição de fenilalanina
- Manter fenilalaninemia em níveis adequados (120-360 em crianças < 12 anos; 120-600 em > 12 anos)
REPOSIÇÃO DE TETRAHIDROBIOPTERINA (BH4): Cofator da reação da fenilalanina hidroxilase
- Sapropterina - Kuvan - cópia sintética do BH4: indicado prova de responsividade ao fármaco em meninas com idade fértil com fenilcetonúria, mas a medicação é prescrita durante a gestação/período pré-concepcional. Pois a exposição a hiperfenilaninemia é prejudicial ao feto.
- É uma medicação adjuvante, resposta robusta principalmente em fenilalaninemia leve.

outro: Administração de aminoácidos neutros (LNAAs): pois compete com a fenilalanina para atravessar a BHE, diminuindo seus níveis no SNC.

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80
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO (Leucinose)

É CAUSADO PELA DEFICIÊNCIA:

A

DEFICIÊNCIA DO COMPLEXO MITOCONDRIAL DA DESIDROGENASE ALFA-CETOÁCIDA DE CADEIA RAMIFICADA (CACR)
- LEVA AO ACÚMULO DE AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA E ALFA-CETOÁCIDOS => NEUROTÓXICOS
(leucina, isoleucina e valina)

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81
Q

DOENÇA DA URINA DO XAROPE DE BORDO (LEUCINOSE)

EXISTEM QUANTAS FORMAS?

A

5 FORMAS AUTOSSÔMICAS RECESSIVAS
- CLÁSSICA
- INTERMEDIÁRIA
- INTERMITENTE
- TIAMINA-RESPONSIVA
- Deficiência de diidrolipóilo desidrogenase

Foram separadas com base na apresentação clínica, nível de atividade enzimática e resposta à administração de tiamina.

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82
Q

DOENÇA DA URINA DO XAROPE DE BORDO

QUAL É O FENÓTIPO DA FORMA CLÁSSICA?

(MAIS COMUM)

A

ENCEFALOPATIA NEONATAL GRAVE (até primeiras semanas de vida se não tratado)
- Dificuldade de alimentação
- Alternância entre hipertonia e hipotonia
- Opistótono
- Convulsões
- Odor de urina característico: entre 5º e 7º dia
- Complicações metabólicas: hiponatremia, hipoglicemia, edema cerebral

A menos que um erro inato do metabolismo subjacente seja suspeitado, crianças afetadas podem ser diagnosticadas erroneamente como se tivessem sepse e progredir para coma e morte

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83
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO - forma clássica (leucinose)

Pacientes que sobrevivem á crise metabólica inicial podem apresentar quais sequelas?

A
  • ESPASTICIDADE
  • ATRASO DO DESENVOLVIMENTO
  • ALTERAÇÕES OCULARES: atrofia óptica, papila óptica cinza, nistagmo, oftalmoplegia, estrabismo e cegueira cortical

mesmo com tratamento adequado é comum apresentar:
- déficits intelectuais variáveis, déficits de atenção, déficits na função executiva, sintomas psiquiátricos

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84
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DO BORDO (Leucinose) - forma clássica

a RNM e a espectroscopia pode demonstrar:

A
  • proeminente do sinal T2 na ressonância magnética do cérebro na formação reticular do tronco cerebral, núcleo dentado, núcleo vermelho, globo pálido, hipotálamo, núcleos septais e amígdala
  • Elevações anormais de aminoácidos de cadeia ramificada, alfa-cetoácidos de cadeia ramificada e lactato (especialmente na crise)
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85
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO (leucinose) - forma intermediária

Qual a principal diferença?

A

forma rara
INÍCIO DOS SINTOMAS FORA DO PERÍODO NEONATAL
- Atraso do desenvolvimento e Retardo mental variável
- Tolera maior quantidade de aminácidos
- Menos descompensações agudas
- ENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO MENOS GRAVE

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86
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO (leucinose) - forma intermitente

Quais as principais diferenças?

A

OLIGOSSINTOMÁTICA
-Muitos só procuram atendimento após INSULTO ESTRESSOR: INFECÇÃO, ALTA INGESTA PROTEICA
(Geralmente entre 5 meses - 2 anos de vida)
- Dificil de diagnosticar
- Descompensações episódicas: sem odor, com ataxia, desorientação, alteração comportamental, que podem complicar, com necessidade de terapia.
- DESENVOLVIMENTO E INTELECTO GERALMENTE NORMAIS

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87
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO (leucinose) - forma responsiva a tiamina

quais as principais diferenças?

A

SEMELHANTE À FORMA INTERMEDIÁRIA, MAS COM RESPOSTA À TIAMINA

Detalhes:
- níveis plasmáticos de aminoácidos de cadeia ramificada e a excreção urinária de alfa-cetoácidos de cadeia ramificada diminuem dias a semanas após o início da administração de tiamina (10-1000 mg/dia).
- Os pacientes também são tratados com regimes nutricionais semelhantes aos utilizados em outras formas

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88
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO (leucinose)

Análise de aminoácidos plasmáticos demonstra:
E o estudo enzimático (complexo de desidrogenase alfa-cetoácida de cadeia ramificada)?

A

ANÁLISE DE AMINOÁCIDOS: Elevação da Leucina, Isoleucina, valina e achado patognomônico de aumento de aloisoleucina.
- Os níveis de aminoácidos de cadeia ramificada estão muito elevados na urina e no líquido cefalorraquidiano

ESTUDO ENZIMÁTICO:
- 0% a 2% da atividade normal na clássica, 3% a 30% na intermediária, 5% a 20% na intermitente, 2% a 40% na responsiva à tiamina

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89
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO (leucinose)

CUIDADOS CRÔNICOS ENVOLVEM O QUÊ?

A

AVALIAÇÕES REGULARES VISANDO:
- Calorias adequadas (100-120 kcal/kg por dia) e proteínas (2-3 g/kg por dia).
- Suplementação de valina, se necessário (pode causar dermatite).
- Suplementação de tiamina em pacientes responsivos.
- Monitoramento de deficiências de micronutrientes e ácidos graxos.
- Suplementação cuidadosa de valina e isoleucina.

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90
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO

CUIDADOS DA DESCOMPENSAÇÃO AGUDA ENVOLVEM O QUÊ?

A

EMERGÊNCIA MÉDICA
- CORRIGIR DESIDRATAÇÃO
- TIAMINA EM ALTAS DOSES
- FORNECER CALORIAS PARA EVITAR CATABOLISMO PROTEICO E FORMAÇÃO DE AMINOÁCIDOS COMO A LEUCINA
( fluidos intravenosos com alta concentração de dextrose)
- HEMODIÁLISE: uma queda mais rápida nos níveis plasmáticos de aminoácidos de cadeia ramificada
- Nutrição parenteral livre de aminoácidos de cadeia ramificada, se necessário.

. A taxa de diminuição da leucina é reduzida na falta de níveis adequados de valina e isoleucina para estimular a síntese de proteínas!

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91
Q

DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO (leucinose)

UMA TERAPIA QUE TEM SIDO CADA VEZ MAIS INDICADA É:

A

TRANSPLANTE HEPÁTICO

  • Após o transplante, os níveis de leucina permanecem normais ou estão em uma faixa de tratamento em uma dieta de proteína irrestrita.
  • Avaliações neuropsicológicas e relatos de pacientes e familiares parecem apoiar a melhoria ou estabilização do estado neurológico.
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92
Q

;

ENCEFALOPATIA POR GLICINA (GLICINOSE)

É CAUSADO POR:

A

DEFEITO NA CLIVAGEM DA GLICINA => ACÚMULO DE GLICINA
- Gene GLDC (proteína P - 80%)
- O sistema enzimático de clivagem da glicina é composto por quatro componentes: glicina descarboxilase (Proteína P); aminometiltransferase (Proteína T); proteína H e Proteína L
- Há mutação em algumas dessas proteínas acima.

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93
Q

ENCEFALOPATIA POR GLICINA
(Hiperglicinemia não-cetótica)

a forma clássica se apresenta como?

A

1ª SEMANA DE VIDA
- ENCEFALOPATIA: Letargia
- APNEIA
- HIPOTONIA GRAVE
- DIFICULDADE DE ALIMENTAÇÃO
Pode evoluir com óbito
- CONVULSÕES REFRATÁRIAS e EEG com SURTO-SUPRESSÃO

Dos neonatos apresentados, 85% têm a forma grave da doença e 15% têm a forma atenuada;
início infantil (>4 meses) é de 50% grave e 50% atenuada

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94
Q

ENCEFALOPATIA POR GLICINA (GLICINOSE)

O diagnóstico de glicinose é estabelecido pela detecção de uma concentração elevada de:

o que pode causar falso positivo?

A

GLICINA NO LCR
- Geralmente 15 a 30 vezes o normal, em associação com uma razão aumentada de glicina no LCR para plasma.
- Uma razão superior a 0,08 geralmente é considerada diagnóstica de glicinose
- Pode causar falso positivo: terapia com valproato, trauma cerebral e encefalopatia hipóxico-isquêmica.

presença de sangue no LCR invalida os resultados dos aminoácidos.

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95
Q

ENCEFALOPATIA POR GLICINA (GLICINOSE)

É uma doença sem melhora significativa no prognóstico com tratamento convencional.

V OU F

A

VERDADEIRO: difícil tratamento

abordagem terapêutica visa:
- Controlar convulsões
- Reduzir os níveis de glicina nos tecidos
- Antagonistas do receptor NMDA (dextrometorfano): diminui a excitotoxicidade neuronal pela glicina.

A terapia com benzoato de sódio pode ter um efeito leve nos níveis de glicina no LCR, mas não impacta significativamente o prognóstico

Dietas com baixo teor de proteínas não têm eficácia comprovada

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96
Q

QUAIS AS PRINCIPAIS AMINOACIDEMIAS? (3)

A
  • FENILCETONÚRIA
  • DOENÇA DA URINA DE XAROPE DE BORDO
  • ENCEFALOPATIA POR GLICINA
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97
Q

ACIDEMIA METILMALÔNICA

Pode ocorrer sozinha ou em combinação com homocisteína elevada

V ou F

A

VERDADEIRO
- pois ambas as substâncias são processadas por enzimas que requerem B12.

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98
Q

As acidemias metilmalônicas isoladas e aquelas em combinação com homocisteína elevada são causadas por:

A

VÁRIAS ALTERAÇÕES: POR ISSO A HETEROGENEIDADE EM RELAÇÃO A CLÍNICA E RESPOSTA A TERAPIA É GRANDE

PRINCIPALMENTE:
- são causadas por defeitos na enzima mutase de metilmalonil-CoA OU nas enzimas que modificam o B12 para adenosilcobalamina.
==> deficiências no transporte ou modificação da vitamina B12 (cobalamina) ou por mutações em enzimas que requerem um cofator B12
- pode causar elevação da homocisteína e ácido metilmalônico

Os casos de cblA, cblB e cblD-MMA são às vezes denominados pelo grupo de complementação genética, pois os genes causativos foram identificados ao longo do tempo; estes são cblA, cblB e cblD-MMA. (FOTO)

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99
Q

ACIDEMIA METILMALÔNICA

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS?

A

VARIADAS! Pode ter início precoce e tardio.
- falha no crescimento, atraso no desenvolvimento, anemia megaloblástica e disfunção neurológica (ataxia, alteração de marcha, convulsões, anormalidades oculares, AVC)
- formas mais leves podem apresentar sintomas mais tarde na infância, como hipoglicemia, acidose, doença renal, convulsões e letargia.
- pode ter apresentação até na vida adulta: miopatia, parestesias, trombose plea hiperhomocisteinemia, degeneração cordão posterior da medula, alterações psiquiátricas, SHU…

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100
Q

ACIDEMIA METILMALÔNICA

o que os testes laboratoriais demonstram?

A

AUMENTO DO ÁCIDO METILMALÔNICO SÉRICO OU URINÁRIO
+
HOMOCISTEÍNA VARIÁVEL SÉRICO
+
ELEVAÇÃO DA ACILCARNITINA (C3) = identifies
methylmalonic acidemia, propionic acidemia, and B12 deficiency.
+
ELEVAÇÃO DE GLICINA no estudo sérico de aminoácidos algumas vezes
+
CETOSE e HIPERAMONEMIA

  • Também são avaliados os níveis de B12 no soro e a absorção de B12 pelo teste de Schilling, pra checar se o aumento da homocisteína e acido metilmalônico é secundário.
  • Testes de DNA são realizados para as deficiências de transporte de cobalamina. => Identifica a forma específica de acidemia metilmalônica.
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101
Q

ACIDEMIA METILMALÔNICA

MANEJO:

A

TERAPIA
- VITAMINA B12 empírica: ALGUMAS FORMAS SÃO RESPONSIVAS
- Carnitina
- Betaina e Folato são usados se a homocisteína estiver elevada
- tratamento da hiperamonemia
- Restrição dietética dos precursores (foto)

DURANTE CRISE METABÓLICA AGUDA:
- interromper o catabolismo e restringir a ingestão de proteínas.
- A ingestão usual de proteínas é interrompida por 12 a 24 horas a partir da última ingestão, e gordura e glicose são administradas oralmente ou intravenosamente.

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102
Q

ACIDÚRIA GLUTÁRICA TIPO 1

CONDIÇÃO AUTOSSÔMICA RECESSIVA CAUSADA PELA DEFICIÊNCIA NA:

A

GLUTARIL-COA DESIDROGENASE
- 1 caso a cada 100.000 pessoas
- Nos Estados Unidos, é relativamente comum na comunidade Amish.

Obs: a acidúria glutárica tipo 2 não está associada a sintomas clínicos.

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103
Q

ACIDÚRIA GLUTÁRICA TIPO 1

DURANTE O EPISÓDIO AGUDO OCORRE QUAL COMPROMETIMENTO?

A

DESENVOLVIMENTO NORMAL ATÉ EVENTO CATASTRÓFICO (Entre 3 - 18 meses de vida)

NECROSE ESTRIATAL FOCAL DURANTE EPISÓDIO DE CRISE ENCEFALOPÁTICA.
- DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO: distonia grave, discinesia
- MACROCEFALIA

cetoacidose metabólica pronunciada, hipoglicemia e hiperamonemia, geralmente NÃO ocorrem

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104
Q

ACIDÚRIA GLUTÁRICA TIPO 1
QUAIS OS ACHADOS CLÁSSICOS DA RNM DE ENCÉFALO?

A
  • alargamento simétrico da fissura silviana
  • lesão dos núcleos da base, hematomas subdurais, ventriculomegalia
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105
Q

ACIDÚRIA GLUTÁRICA TIPO 1

a análise dos ácidos orgânicos na urina demonstra:

A

ELEVAÇÃO ACENTUADA DO ÁCIDO GLUTÁRICO
- O rastreamento neonatal usando espectrometria de massa em tandem tem o potencial de detecção presimptomática da AG-I

PS: há indivíduos pouco excretores, em que o exame pode resultar em falso negativo

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106
Q

ACIDÚRIA GLUTÁRICA TIPO 1

TRATAMENTO:

A

TRATAMENTO
- RESTRIÇÃO DA INGESTA DOS AMINOÁCIDOS PRECURSORES DO DEFEITO ENZIMÁTICO (Lisina, carnitina e, às vezes, riboflavina).
- ANTICOLINÉRGICOS p/ distonia, toxina botulínica.
- PALIDOTOMIA/DBS parecem opções.

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107
Q

QUAIS OS 2 PRINCIPAIS REPRESENTANTES DAS ACIDEMIAS ORGÂNICAS?

A
  • ACIDEMIA METILMALÔNICA
  • ACIDÚRIA GLUTÁRICA TIPO 1
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108
Q

DISTÚRBIOS INATOS DO CICLO DA UREIA SÃO DOENÇAS AUTOSSÔMICAS RECESSIVAS QUE CAUSAM ENCEFALOPATIA SECUNDÁRIO A:

A

HIPERAMONEMIA

  • ALTA MORBIMORTALIDADE
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109
Q

CICLO DA UREIA

PROTEÍNA POSSUI 16% DE NITROGÊNIO EM SUA COMPOSIÇÃO, E MAIS DE 90% DO NITROGÊNIO NÃO UTILIZADO É EXCRETADO EM FORMA DE UREIA

V OU F

A

VERDADEIRO

  • DEFICIENCIA EM UMA DAS ENZIMAS OU TRANSPORTADORES PODE RESULTAR EM ACÚMULO DE NITROGÊNIO NA FORMA DE AMÔNIA.
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110
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA

DEFICIÊNCIA DE N-ACETILGLUTAMATO SINTETASE (NAGS)

QUAL A FUNÇÃO DESSE COFATOR NO CICLO DA UREIA?

A

ATIVA A 1ª ENZIMA DO CICLO
- CARBAMOIL-FOSFATO SINTASE (CPS) - QUE GERA O: Carbamilfosfato (CP)

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111
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA

DEFICIÊNCIA DE N-ACETILGLUTAMATO SINTETASE (NAGS)

causa hiperamonemia secundário a deficiência secundária da ____ que causa:

A

CARBAMOIL-FOSFATO SINTASE (CPS)
- LEVANDO A ENCEFALOPATIA POR HIPERAMONEMIA QUE PODE SER FATAL OU CAUSAR PREJUÍZO INTELECTUAL E DO DESENVOLVIMENTO.

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112
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA

DEFICIÊNCIA DE N-ACETILGLUTAMATO SINTETASE (NAGS)

Análise de aminoácidos plasmáticos geralmente demonstra:

Qual o método diagnóstico preferido?

A

ANÁLISE DOS AMINOÁCIDOS PLASMÁTICOS:
- aumento da glutamina e redução da citrulina

AUMENTO AMÔNIA

MÉTODO PREFERIDO:
- análise do DNA genômico em busca de mutações no gene NAGS

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113
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA

DEFICIÊNCIA DE N-ACETILGLUTAMATO SINTETASE (NAGS)

TRATAMENTO ERA HISTORICAMENTE LIMITADO A UMA DIETA POBRE EM PROTEÍNA E USO DE AGENTES CAPTADORES DE AMÔNIA.

MAS HÁ UMA TERAPIA NOVA, QUAL?

A

INTRODUÇÃO DE UM COFATOR ALTERNATIVO QUE PRODUZ CARBAMOIL-FOSFATO SINTASE (CPS) QUE ESTAVA DEFICIENTE:
- Ele é o N-carbamil-L-glutamato
- Avanço significativo no manejo da deficiência de NAGS

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114
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA

DEFICIÊNCIA DE CARBAMOIL-FOSFATO SINTETASE 1 (CPS1)

QUAL PARTE DO CICLO É AFETADA?
ACARRETA EM QUAL CLÍNICA?
QUAIS OS ACHADOS BIOQUÍMICOS?

A

REDUZ A PRODUÇÃO DO CARBAMOILFOSFATO
- Início do ciclo
- ENCEFALOPATIA POR HIPERAMONEMIA
- ESTUDO BIOQUÍMICO: Hiperamonemia, Aumento da GLUTAMINA, redução da CITRULINA.

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115
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA

DEFICIÊNCIA DE CARBAMOIL-FOSFATO SINTETASE 1 (CPS1)

QUAIS AS TERAPIAS?

A

1 - FASE AGUDA: diálise e/ou agentes intravenosos captadores de amônia
2 - FASE CRÔNICA: dieta pobre em proteínas e agentes orais captadores de amônia

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116
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA

DEFICIÊNCIA DA ORNITINA TRANSCARBAMILASE (OTC) - DOENÇA LIGADA AO X

AFETA MAIS QUAL SEXO?
QUAL ETAPA DO CICLO ELA PARTICIPA?

A
  • AFETA SEXO MASCULINO DE FORMA MAIS MÓRBIDA
  • ENZIMA PARTICIPA DA PRODUÇÃO DA CITRULINA
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117
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA

DEFICIÊNCIA DA ORNITINA TRANSCARBAMILASE (OTC)

ELA É DE QUAL TIPO DE HERANÇA?
QUAIS OS ACHADOS BIOQUÍMICOS?

A

LIGADA AO X: Muito mais grave no sexo masculino

ACHADOS BIOQUÍMICOS: AUMENTO DA AMONIA, AUMENTO DA GLUTAMINA, REDUÇÃO DA CITRULINA.

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118
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
CITRULINEMIA
- QUAIS SÃO AS 2 FORMAS?

A

TIPO 1 - Deficiência de ASS1 em todos os orgãos:
- CITRULINEMIA DE INÍCIO NEONATAL ou INFÂNCIA

TIPO 2 - Deficiência de Citrina:
- INÍCIO EM ADULTOS

os pacientes, em geral, são mais estáveis e mais fáceis de gerenciar do que pacientes com defeitos mais proximais no ciclo da ureia.

**ASS1, argininosuccinate

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119
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
CITRULINEMIA

quais os achados bioquímicos da TIPO 1?

deficiência global do ASS1: argininosuccinate
synthase

A
  • Hiperamonemia
  • Citrulinemia e Citrulinúria.
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120
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
CITRULINEMIA tipo 2

é causado por:

A

mutações no SLC25A13 => gene que codifica a CITRINA => DEFICIÊNCIA DE CITRINA
- Citrina é um transportador de membrana, que permite a troca de aspartato por glutamato. Deficiência da citrina causa deficiência de aspartato, o que leva um bloqueio no ciclo de ureia,

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121
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
CITRULINEMIA tipo 2

qual a evolução clínica?

A

INFÂNCIA: Colestase intra-hepática em alguns casos, com hipoproteinemia, hipoglicemia.
PERÍODO SILENCIOSO
MANIFESTAÇÃO NA VIDA ADULTA: Comportamento bizarro cíclico (agressão, irritabilidade e hiperatividade), disartria, convulsões, fraqueza motora e coma.

HIPERAMONEMIA NÃO É COMPONENTE!

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122
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
ACIDÚRIA ARGININO-SUCCÍNICA

1) SEU NOME É DERIVADO DA ELEVAÇÃO DO:
2) NA FORMA SEVERA PODE SE APRESENTAR COM ENCEFALOPATIA GRAVE, nas formas leves há poucos ou nenhum episódio de encefalopatia. QUAL A ANORMALIDADE CAPILAR ESPECÍFICA?
3) QUAL O DEFEITO NO CICLO DA UREIA?
4) QUAIS OS PRINCIPAIS ACHADOS BIOQUÍMICOS?

A

1 - ELEVAÇÃO DO ÁCIDO ARGININO-SUCCÍNICO

2 - TRICORREXIS NODOSA: apresentam micros nódulos nas hastes pilosas
- Alguns pacientes apresentam hepatomegalia e podem desenvolver cirrose.
-
3 - DEFEITO NA FORMAÇÃO DA ARGININA, CAUSANDO ACÚMULO DESSE ÁCIDO
4 - níveis elevados de citrulina, hiperamonemia, acidemia argininossucínica e acidúria argininossucínica.

TRICORREXIS NODOSA
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123
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
ARGININEMIA

é causada por deficiência da:

A

DEFICIÊNCIA DA ARGINASE 1 (ARG 1)
- CAUSANDO ELEVAÇÃO DA ARGININA

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124
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
ARGININEMIA

COMO É A EVOLUÇÃO DA DOENÇA?
QUAIS SUAS MANIFESTAÇÕES?

A

DISTÚRBIO NEUROLÓGICO PROGRESSIVO
- ESPASTICIDADE PROGRESSIVA (di ou tetraparesia)
- podem ter episódios de exacerbação aguda com: ataxia, distúrbios comportamentais, vômitos, letargia e convulsões

têm uma expectativa de vida mais longa do que aquelas afetadas por UCDs proximais.

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125
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
ARGININEMIA

como é feito o diagnóstico?

A

DOSAGEM DA ATIVIDADE DA ARG1 nos eritrócitos

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126
Q

DOENÇAS PROXIMAIS OU DISTAIS DO CICLO DA UREIA POSSUEM PIOR PROGNÓSTICO?

A

PROXIMAIS!

  • OU SEJA, DOENÇAS QUE INTERROMPEM O CICLO NO INÍCIO SÃO MAIS GRAVES.
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127
Q

DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
SÍNDROME DE HHH (hiperornitinemia-hiperamonemia-homocitrulinúria)
*DOENÇA RARA: POUCO MAIS DE 50 CASOS

É CAUSADA POR:

A

MUTAÇÃO DO TRANSPORTADOR DA ORNITINA (ORNT1)
- AUMENTANDO OS NÍVEIS PLASMÁTICOS DA ORNITINA e AUMENTO EXCREÇÃO DA HOMOCITRULINA
- SINTOMAS SEMELHANTES AOS OUTROS, MAS COM APRESENTAÇÃO DE INÍCIO MAIS TARDIO
- TRATAMENTO COM: suplementação de Citrulina e restrição de proteínas e captadores de amonia

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128
Q

A apresentação clássica de uma falha completa no ciclo da ureia é de:

A

Doença catastrófica na primeira semana de vida.
- começando com uma sucção fraca, hipotonia, vômitos, letargia e hiperventilação, com rápida progressão para convulsões e coma.

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129
Q

DISTURBIOS DO CICLO DA UREIA

EM INDIVÍDUOS AFETADOS, OS EPISÓDIOS HIPERAMONÊMICOS PODEM SER PRECIPITADOS POR QUALQUER EVENTO QUE INDUZA CATABOLISMO, INCLUINDO:

A

INFECÇÕES, REFEIÇÕES RICAS EM PROTEÍNAS, MEDICAMENTOS, TRAUMA, CIRURGIA E PARTO.

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130
Q

Algoritmo para diagnóstico diferencial de HIPERAMONEMIA
HIPERAMONEMIA PRESENTE EM RN SEM HEPATOPATIA, PREMATURIDADE ou DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NAS PRIMEIRAS 24H DE VIDA

INDICA QUAL ETIOLOGIA?

A

ERRO INATO DO METABOLISMO

  • se tiver um dos 3 presentes, deve ser hiperamonemia transitória.
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131
Q

Algoritmo para diagnóstico diferencial de HIPERAMONEMIA

HIPERAMONEMIA PRESENTE EM RN SEM HEPATOPATIA, PREMATURIDADE ou DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NAS PRIMEIRAS 24H DE VIDA INDICA ERRO INATO DO METABOLISMO.

mas quando indica que é por distúrbio do ciclo da ureia?

A

QUANDO OS ÁCIDOS ORGÂNICOS URINÁRIOS ESTÃO NORMAIS

  • indica DISTÚRBIO DO CICLO DA UREIA, NESSE CASO PODEMOS PEDIR OS AMINOÁCIDOS PLASMÁTICOS.

se ácidos orgânicos alterados: acidemia orgânica ou acidose lática congênita ou dist. oxidação dos ácidos graxos

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132
Q

DE FORMA GENÉRICA, QUAL O TRATAMENTO CRÔNICO E AGUDO DOS DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA?

A

MANEJO CRÔNICO:
- modificações na dieta: RESTRIÇÃO PROTEÍCA
- suplementação com intermediários do ciclo da ureia (ex: citrulina, arginina).
- agentes orais captadores de amônia

MANEJO DA AGUDIZAÇÃO (crises hiperamonêmicas):
- Diálise (se refratário)
- Drogas EV captadoras de amônia (ex: benzoato de sódio,fenilacetato)

TRANSPLANTE HEPÁTICO PODE SER NECESSÁRIO NAQUELES COM RECORRÊNCIA DE DESCOMPENSAÇÃO METABÓLICA

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133
Q

GALACTOSEMIA DESCREVE UM ou MAIS DISTÚRBIOS?

A

DESCREVE UMA FAMÍLIA DE DISTÚRBIOS AUTOSSÔMICOS RECESSIVOS CARACTERIZADOS PELO AUMENTO DA GALACTOSE SÉRICA

  • Cinco enzimas estão envolvidas na interconversão de galactose para glicose-1-fosfato: galactose mutarotase, galactocinase, galactose-1-fosfato uridiltransferase, epimerase de uridina difosfogalactose-4 e fosfoglucomutase.
  • Mutacões nos genes GALK, GALT e GALE, que codificam a segunda, terceira e quarta enzimas, respectivamente, causam deficiência ou ausência dessas enzimas, resultando em galactosemia
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134
Q

A ENZIMA MAIS FREQUENTEMENTE ENVOLVIDA NA GALACTOSEMIA É A:

A

galactose-1-fosfato-uridiltransferase

  • leva ao **acúmulo de ** galactose-1-fosfato em glóbulos vermelhos, fígado e cérebro
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135
Q

GALACTOSEMIA
Deficiência de galactose-1-fosfato-uridiltransferase

QUAL A CLÍNICA?

A

PRINCIPAL CAUSA DE GALACTOSEMIA

  • Bebês geralmente normais ao nascimento, com leve diminuição no peso ao nascer.
  • Sintomas evidenciam-se com o início das alimentações com leite.
  • Icterícia desenvolve-se entre 4 e 10 dias de vida, persistindo por um período mais longo que a icterícia fisiológica. Icterícia pode ser grave, requerendo transfusão de troca, e a hiperbilirrubinemia é indireta.
  • Envolvimento hepático progressivo nas primeiras semanas, causando edema, hepatomegalia e hipoprotrombinemia.
  • Disfunção renal acompanhada por aminoacidúria generalizada, proteinúria e acidose.
  • Sepse por Escherichia coli é comum e pode ser a única característica recorrente.
  • Hipoglicemia leve também é comum.
  • Cataratas aparecem entre 4 e 8 semanas, refletindo o acúmulo de galactose-1-fosfato ou galactitol.
  • COMPROMETIMENTO DO SNC: Letargia e hipotonia, retardo motor e intelectual.
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136
Q

GALACTOSEMIA
deficiência de galactose-1-fosfato-uridiltransferase

tratamento:

A

Exclusão fácil de galactose da dieta devido à sua não essencialidade.

  • Estudos sobre o resultado a longo prazo da terapia têm resultados decepcionantes.
  • Dificuldade na preservação da função do sistema nervoso central e ovariano.
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137
Q

GALACTOSEMIA - forma atípica

Deficiência de galactose epimerase

A

Formas: Periférica e Generalizada.
Manifestações na Deficiência Generalizada:
- Semelhantes à Galactosemia Clássica. Sobreviventes geralmente dismórficos e surdos.
- Três Mutações Comuns: S81R. T150M.P293L.

Necessidade de Galactose Exógena:
Para a síntese de glicolipídios e glicoproteínas.

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138
Q

GALACTOSEMIA - forma atípica

Deficiência de galactoquinase

quais as manifestações clínicas e o tratamento?

A

Características Clínicas:
- CATARATAS presentes em todos os casos, exceto nos detectados por triagem neonatal.
- 35% dos pacientes têm outras manifestações.
- Apenas retardo mental e pseudotumor ocorreram em mais de um paciente nesta série.

Manifestações Consistentes:
- Cataratas, formadas nos primeiros meses de vida.

Tratamento:
- Eliminação de galactose da dieta, semelhante à galactosemia clássica.

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139
Q

INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA A FRUTOSE

Qual é a via da absorção e metabolismo da frutose?

A
  • Absorção rápida do intestino facilitada pelos transportadores de glicose GLUT2 e GLUT5.
  • Metabolizada no fígado pela via da frutoquinase, conectada à glicólise, gliconeogênese, glicogenólise e metabolismo lipídico.
  • Pode ser sintetizada endogenamente a partir de sorbitol.
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140
Q

INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA A FRUTOSE

qual é a causa?

A

Deficiência da frutose-1-fosfato ALDOLASE B

  • ACÚMULO DE FRUTOSE-1-FOSFATO
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141
Q

INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA A FRUTOSE
Distúrbio autossômico recessivo, com deficiência da enzima Aldolase B, causando acúmulo de frutose-1-fosfato.

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS?

A

Intolerância à frutose.
- Náuseas e vômitos após ingestão de frutose.
- Ganho de peso deficiente com exposição contínua.
- Hipoglicemia imediata, atingindo o ponto mais baixo 30 a 90 minutos após ingestão.
- Complicações neurológicas (HIC, surdez, tetraparesia, retardo), colapso cardiovascular, insuficiência hepática.

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142
Q

deficiência de glicose-6-fosfatase (DEFICIÊNCIA DE G6PD)
ou
Glicogenose tipo 1 / Doença de Von Gierke

DEFICIÊNCIA RESULTA NO QUÊ?

A

ACÚMULO DE GLICOGÊNIO NO FÍGADO E RINS
- consequentemente menor quantidade de glicose sérica

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143
Q

deficiência de glicose-6-fosfatase (DEFICIÊNCIA DE G6PD)
ou
Glicogenose tipo 1 / Doença de Von Gierke

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS?

A

HIPOGLICEMIA
HEPATOMEGALIA
REDUÇÃO DO CRESCIMENTO
SINTOMAS NEUROLÓGICOS: convulsões pela hipoglicemia, surdez
INFECÇÕES FREQUENTES, Doença inflamatória intestinal: Um subgrupo de G6PD causa imunossupressão

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144
Q

deficiência de glicose-6-fosfatase (DEFICIÊNCIA DE G6PD)
ou
Glicogenose tipo 1 / Doença de Von Gierke

diagnóstico é feito através do:

tratamento:

A

DIAGNÓSTICO: ENSAIOS ENZIMÁTICOS

TRATAMENTO: manter a glicemia, envolvendo infusões intragástricas, dieta controlada e, em alguns casos, transplante hepático.

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145
Q

DEFICIÊNCIA DE MALTASE ÁCIDA ou deficiência da enzima alfa-glicosidade ácida (GAA)

TAMBÉM CONHECIDA COMO: DOENÇA DE POMPE ou GLICOGENOSE TIPO 2

QUAL É A PATOLOGIA?

A

ACÚMULO DE grandes quantidades de material positivo para ácido periódico

  • EM MULTIORGÃOS NO INÍCIO INFANTIL: dentro de fibras musculares cardíacas, esqueléticas e lisas, além de células hepáticas, túbulos renais, linfócitos, células gliais, células do corno anterior e núcleos do tronco cerebral em casos infantis
  • MÚSCULO ESQUELÉTICO NO INÍCIO TARDIO
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146
Q

DOENÇA DE POMPE ou GLICOGENOSE TIPO 2

está associada à atividade deficiente da enzima lisossômica:

A

MALTASE ÁCIDA ou alfa-glicosidade ácida (GAA)

  • Esta é a única enzima capaz de hidrolisar glicogênio em glicose no ambiente ácido do lisossomo
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147
Q

DOENÇA DE POMPE ou GLICOGENOSE TIPO 2

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA FORMA INFANTIL (infantile)?

A

DESENVOLVIMENTO NORMAL POR SEMANAS - MESES, depois:
- DIFICULDADES ALIMENTARES, CHORO FRACO
- CARDIOMEGALIA MACIÇA
- HEPATOMEGALIA
- AUMENTO DA LÍNGUA
- PERDA DOS REFLEXOS PROFUNDOS
- FRAQUEZA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS, FRAQUEZA DIAFRAGMÁTICA

maioria dos casos resulta em óbito até os 2 anos de idade

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148
Q

DOENÇA DE POMPE ou GLICOGENOSE TIPO 2

QUAL A TERAPIA?

A

REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA -> alfa-glicosidade ácida!

  • Tornou-se evidente que é mais eficaz na reversão da cardiomiopatia e no aumento da expectativa de vida de bebês, mas a doença muscular esquelética é relativamente resistente a essa modalidade.
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149
Q

DOENÇA DE POMPE ou GLICOGENOSE TIPO 2

INÍCIO JUVENIL ou ADULTO

QUAIS AS DIFERENÇAS CLÍNICAS PARA A FORMA CLÁSSICA?

A

MIOPATIA PROXIMAL LENTAMENTE PROGRESSIVA
- ENZIMA REDUZIDA (Não ausente)
- Dificuldade respiratória pode ser uma queixa relevante.
- Adult patients do not have enlargement of the liver, heart, or tongue.
- Terapia com reposição enzimática pode reduzir bastante a progressão.

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150
Q

GLICOGENOSE TIPO 3 ou DOENÇA DE CORI

DEFICIÊNCIA DE QUAL ENZIMA?

A

deficiência da enzima amilo-1,6-glicosidase (AGL)

subtipo 3a: músculo e figado
3b: fígado
3c: músculo

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151
Q

GLICOGENOSE TIPO 3 ou DOENÇA DE CORI

manifestações clínicas do tipo infantile (bebê):

A

ENVOLVIMENTO MUSCULAR e/ou HEPÁTICO: primeiros meses de vida

  • HIPOGLICEMIA cetótica
  • ATRASO DO DESENVOLVIMENTO
  • HIPOTONIA E FRAQUEZA
  • HEPATOMEGALIA

Envolvimento cardíaco não é comum

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152
Q

GLICOGENOSE TIPO 3 ou DOENÇA DE CORI

forma infantil e adulta

quais manifestações?

A

FORMA INFANTIL: Intolerância com exercícios (sem dor, câimbra, hematúria) e insuficiência cardíaca

FORMA ADULTA: Miopatia progressiva

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153
Q

GLICOGENOSE TIPO 3 ou DOENÇA DE CORI

achados laboratoriais:

como o diagnóstico é confirmado?

A

HIPOGLICEMIA CETÓTICA

  • hipertrigliceridemia, aumento do CK, aumento transaminases, acidose lática e hiperuricemia podem ser observados.

DIAGNÓSTICO CONFIRMADO POR TESTE GENÉTICO: Doença autossômica recessiva

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154
Q

DOENÇA DE ANDERSEN ou GLICOGENOSE TIPO IV

DEFICIÊNCIA DE QUAL ENZIMA??

A

Deficiência de transglucosidase amilo-1,4 → 1,6

  • causada pela falta da enzima de ramificação do glicogênio
  • doença é caracterizada principalmente por envolvimento hepático e é considerada a mais heterogênea entre as doenças de armazenamento de glicogênio.
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155
Q

DOENÇA DE ANDERSEN ou GLICOGENOSE TIPO IV

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS?

A

PRIMEIROS 6 MESES DE VIDA
- HEPATOESPLENOMEGALIA / INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
- REDUÇÃO DO CRESCIMENTO
- ATRASO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E SOCIAL
- HIPOTONIA/FRAQUEZA/ATROFIA MUSCULAR

Em casos graves de início fetal, podem ser observadas manifestações como higroma cístico cervical, acinesia, poliidrâmnio e múltiplos pterígios.

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156
Q

DOENÇA DE ANDERSEN ou GLICOGENOSE TIPO IV

QUAL O MÉTODO DIAGNÓSTICO?

A

ENSAIO ENZIMÁTICO
ou
ANÁLISE MUTACIONAL: gene GBE1

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157
Q

DOENÇA DE MCARDLE ou GLICOGENOSE TIPO V

QUAL A CLÍNICA?

A

INTOLERÂNCIA À EXERCÍCIOS
- MIALGIA APÓS EXERCÍCIOS
- MIOGLOBINÚRIA
- PODE OCORRER FRAQUEZA PERSISTENTE na adolescência ou vida adulta
- FENÔMENO DE SECONDWIND: The second wind is a period of less painful and more effective exercise after the initial period.

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158
Q

DOENÇA DE MCARDLE ou GLICOGENOSE TIPO V

QUAIS OS ACHADOS LABORATORIAIS?

A

AUMENTO DO CPK NA CRISE

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159
Q

GLICOGENOSE TIPO VI ou DEFICIÊNCIA DE DE HEPATOFOSFORILASE

DOENÇA DE HERS

QUAL A CLÍNICA?

A

HEPATOMEGALIA
HIPOGLICEMIA com cetose
REDUÇÃO DO CRESCIMENTO

  • Achados neurológicos específicos estão ausentes. Músculos e tecidos cardiovasculares não são primariamente afetados.
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160
Q

QUAIS SÃO AS 6 GLICOGENOSES MAIS CONHECIDAS?
TIPO 1 ao TIPO 7

A

IMAGEM

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161
Q

GLICOGENOSE TIPO 7 ou DOENÇA DE TARUI

DEFICIÊNCIA DA enzima fosfofrutoquinase

QUAL É A CLÍNICA?
COMO É FEITO DIAGNÓSTICO?

A

CLÍNICA
REDUÇÃO DA TOLERÂNCIA AOS EXERCÍCIOS E FADIGA NA INFÂNCIA
- Ocasionalmente cãimbras e fraqueza, além de mioglobinúria.
- PADRÃO CLÍNICO LEMBRA MCARDLE SEM SECOND-WIND.
- exame físico geralmente normal.

Após o exercício, a creatina quinase sérica e outras enzimas séricas liberadas do músculo podem estar elevadas

DIAGNÓSTICO: ENSAIO ENZIMÁTICO DO TECIDO MUSCULAR

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162
Q

O QUE É O PROCESSO DE GLICOSILAÇÃO?

A

ADIÇÃO DE CAROIBRATOS EM PROTEÍNAS OU LIPÍDIOS

  • Essa reação possui alta importância funcional, visto que confere estabilidade, heterogeneidade e maior solubilidade às moléculas glicosiladas

múltiplas funções

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163
Q

DISTÚRBIOS DA GLICOSILAÇÃO

SÃO RAROS, COM POUCO MAIS DE 1000 CASOS RECONHECIDOS.

QUANDO SUSPEITAR?

A

CRIANÇA COM SÍNDROME INEXPLICADA, especialmente com:
- ATRASO DO DESENVOLVIMENTO
- PERDA DA AUDIÇÃO
- ESTRABISMO
- HIPOTONIA
- EPILEPSIA

especialmente em combinação com:
- DISPLASIAS ESQUELÉTICA
- ANORMALIDADES DO T.G.I
- HEPATOPATIA e DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO

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164
Q

DISTÚRBIOS DA GLICOSILAÇÃO

QUAL EXAME LABORATORIAL PODE INDICAR ESSES DISTÚRBIOS?

A

ANÁLISE DA TRANSFERRINA
+
ANÁLISE GENÉTICA CONFIRMA O DEFEITO: sequenciamento do genoma ou exoma, alguns laboratoriais oferecem várias análises de painéis genéticos

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165
Q

mucopolissacaridoses, oligossacaridoses, esfingolipidoses, gangliosidoses do armazenamento lisossomal.

V ou F

A

VERDADEIRO.

  • são frequentemente categorizadas de acordo com o tipo de substrato armazenado
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166
Q

doenças do armazenamento lisossomal são frequentes

V ou F

A

SÃO RARAS SE CONTABILIZADAS DE FORMA INDIVIDUAL!

MAS EM GRUPO: um em 7000 a 8000 nascimentos vivos.

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167
Q

TODAS AS DOENÇAS DO ARMAZENAMENTO LISOSSOMAL SÃO AUTOSSÔMICAS RECESSIVAS

V OU F

A

FALSO, mas QUASE TODAS

HÁ EXCEÇÕES
- Fabry ligado ao X, Doença de hunter (MPS tipo 2) e doença de Danon

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168
Q

AS DOENÇAS DO ARMAZENAMENTO LISOSSOMAL SÃO DIAGNOSTICADAS DE QUAL FORMA?

A

ENSAIOS ENZIMÁTICOS
ou
ANÁLISE DE MUTAÇÃO DO GENE

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169
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

GANGLIOSIDOSE GM1

MUITAS VEZES PODE SER RECONHECIDA NO PERÍODO NEONATAL POR QUAIS ACHADOS?

A

NEONATAL
MACROCEFALIA;
BOSSA FRONTAL;
HIPERTROFIA GENGIVAL;
MACROGLOSSIA c/ edema;

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170
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

GANGLIOSIDOSE GM1
- deficiência completa da enzima β-D-galactosidase.

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES NO LACTENTE/CRIANÇAS?

A
  • STARTLE e HIPOTONIA
  • REGRESSÃO DO DESENVOLVIMENTO
  • CEGUEIRA c/ manchas de cereja vermelha (CHERRY RED-SPOT) na retina
  • SURDEZ PROGRESSIVA
  • ENRIJECIMENTO FACIAL
  • MANCHA MONGOLICA

GRAVE PROGNÓSTICO

Não há tratamentos eficazes atualmente para esse distúrbio, embora a terapia gênica intracerebroventricular esteja sendo investigada.

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171
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

GANGLIOSIDOSES GM2

ENGLOBA QUAIS 2 DOENÇAS CONHECIDAS?

A

doença de TAY-SACHS
e
doença de SANDHOFF

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172
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

GANGLIOSIDOSES GM2
(TAY-SACHS E SANDHOFF)

deficiência recessiva na hexosaminidase

QUAL É A CLÍNICA?

A

AS 2 CAUSAS SINTOMAS SEMELHANTES

DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO NORMAL ATÉ 3 - 6 MESES, DEPOIS:
- Manchas de cereja vermelha na mácula
- HIPOTONIA e STARTLE
- CEGUEIRA E SURDEZ PROGRESSIVA
- DISFAGIA, EPILEPSIA

pneumonia é a principal causa de morte, geralmente antes dos 3 anos de idade.

  • existem formas intermediárias com início mais tardio: sintomas psiquiátricos, ataxia, disartria, distúrbios do movimento
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173
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE FABRY

ocorre deficiência na:
é uma doença com qual herança?

A

DOENÇA LIGADA AO X
- deficiência da enzima alfa-galactosidase A.

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174
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE FABRY

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS?

A

ACROPARESTESIA/DOR NEUROPÁTICA: Ataques de formigação, entorpecimento e rigidez nas extremidades, geralmente exacerbada pelo frio.
SUDORESE REDUZIDA
ANGIOQUERATOMA
Dismotilidade do TGI
Miocardiopatia hipertrófica
Isquemia OU hemorragia cerebrovascular
Doença renal

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175
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE FABRY

QUAL A TERAPIA?

A

REPOR A ENZIMA: ALFA-GALACTOSIDASE A

  • pode interromper ou retardar a perda da depuração de creatinina se iniciada antes do início significativo da doença renal
  • enzima também pode reduzir a miocardiopatia, desde que seja iniciada antes do desenvolvimento de fibrose cardíaca
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176
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE GAUCHER

QUAL A ENZIMA DEFICIENTE?

A

deficiência de β-D-glucosidase
ou
glucocerebrosidase

as manifestações da doença de Gaucher variam em gravidade, desde uma forma infantil aguda “tipo II”, até uma forma intermediária “tipo III”, até a forma mais comum “tipo I” ou “não-neuronopática”.

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177
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE GAUCHER

AS MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA VARIAM DE GRAVIDADE

V OU F

A

VERDADEIRO

as manifestações da doença de Gaucher variam em gravidade:
- forma infantil aguda “tipo II”
- até uma forma intermediária “tipo III”
- até a forma mais comum “tipo I” ou “não-neuronopática”.

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178
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE GAUCHER

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES DA FORMA MAIS COMUM (TIPO 1)?

A

FORMA NÃO NEURONOPÁTICA (90%)

QUALQUER IDADE
- HEPATOESPLENOMEGALIA e TROMBOCITOPENIA
- LESÕES OSTEOLÍTICAS e NECROSE DA CABEÇA FEMORAL

risco relativo maior de mieloma múltiplo (5,9×) e malignidades hematológicas (1,23×)
* risco maior de desenvolver a doença de Parkinson*

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179
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE GAUCHER

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES DA FORMA MENOS COMUM (Infantil aguda - tipo 2 / gaucher PLUS)?

A

forma infantil aguda “tipo II”
- sintomas típicos da gaucher tipo 1 + oftalmoplegia, disfagia e outras paralisias bulbares

gaucher tipo 1 PLUS

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180
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE GAUCHER
deficiência de β-D-glucosidase

HÁ TRATAMENTO?

A

SIM! REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA e TERAPIA DE REDUÇÃO DO SUBSTRATO PARA TRATAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES NÃO NEUROLÓGICAS.

Três formas de terapia de reposição enzimática (Imiglucerase, Genzyme-Sanofi; Velaglucerase alfa, Shire; e Taliglucerase alfa, Protalix BioTherapeutics)

duas formas de terapia de redução de substrato (Miglustate, Actelion Pharmaceuticals; Eliglustate, Genzyme-Sanofi)

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181
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE NIEMANN-PICK TIPO A (NPA) e B (NPB)

OCORREM POR DEFICIÊNCIA ENZIMA XXXX, CAUSANDO ACÚMULO DE XXXX:

A

DEFICIÊNCIA DA ESFINGOMIELINASE => ACÚMULO DE ESFINGOMIELINA

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182
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE NIEMANN-PICK TIPO A (NPA) e B (NPB)

QUAL A MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DA NPA?
E A NPB?

A

NPA - AUSÊNCIA COMPLETA DA ENZIMA.
INÍCIO PRECOCE
- HEPATOESPLENOMEGALIA NEONATAL
- TROMBOCITOPENIA
- NEURODEGENERAÇÃO A PARTIR DE 1 ANO DE VIDA
- DOENÇA PULMONAR INFILTRATIVA
- MORTE PRECOCE
- CHERRY-RED SPOTS NA RETINA

NPB - REDUÇÃO PARCIAL DA ENZIMA
APRESENTAÇÃO VARIÁVEL
- início geralmente ocorre na infância tardia ou na idade adulta. Os sintomas principais estão relacionados à hepatosplenomegalia e à função pulmonar, cherry-red spots na retina

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183
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE NIEMANN-PICK TIPO C (NPC) e D (NPD)

SÃO CAUDADAS POR:
QUAL O GENE ENVOLVIDO?

A

transporte deficiente de colesterol não esterificado nos lisossomo

MUTAÇÃO NO NPC1 EM 95% DOS CASOS
- e o restante resulta de mutações recessivas no NPC2.

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184
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE NIEMANN-PICK TIPO C (NPC) e D (NPD)

AS MANIFESTAÇÕES SÃO AMPLAS

QUAIS SÃO AS MANIFESTAÇÕE?

A

NEONATAL:
- HEPATOESPLENOMEGALIA E ICTERÍCIA COLESTÁTICA.
- HIPOTONIA e ATRASO DO DESENVOLVIMENTO.

TARDIA:
- DOENÇA NEUROLÓGICA PROGRESSIVA: PARALISIA SUPRANUCLEAR DO OLHAR, DISARTRIA, DISFAGIA, ATAXIA, DISTONIA.

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185
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE FARBER

DEFICIÊNCIA NA:

A

DEFICIENCIA DA ENZIMA CERAMIDASE

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186
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

DOENÇA DE FARBER

QUAL É A TRÍADE?

A

lipogranulomas subcutâneos
rouquidão
artrite e nódulos subcutâneo

OUTROS:
hepatosplenomegalia, atraso no desenvolvimento e infiltração pulmonar.

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187
Q

DOENÇA LISOSSOMAL

LEUCODISTROFIA METACROMÁTICA

É uma doença autossômica recessiva causada por atividade enzimática insuficiente de arilsulfatase A
- MUTAÇÃO DO GENE ARSA

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES E EVOLUÇÃO?

A

forma grave
NEURODEGENERAÇÃO PROGRESSIVA com início precoce
- DESMIELINIZAÇÃO - LEUCODISTROFIA
- HIPOTONIA, FRAQUEZA
- NEUROPATIA PERIFÉRICA ARREFLEXA
- REGRESSÃO PSICOMOTORA: perda deambulação, visão, audição e capacidade de deglutição.

A morte por pneumonia por aspiração geralmente ocorre cerca de 5 anos após o início dos sintomas

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188
Q

doença lisossomal

MUCOPOLISSACARIDOSES

SÃO CARACTERIZADOS POR DEFICIÊNCIAS ENZIMÁTICAS QUE CATABOLIZAM OS:

A

GLICOSAMINOGLICANOS (GAG)

  • são polissacarídeos compostos por unidades alternadas de hexosamina e açúcar não-nitrogenado unidas por ligações glicosídicas.
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189
Q

doença lisossomal

DOENÇA LISOSSOMAL

MUCOPOLISSACARIDOSES
(Vários subtipos, incluindo sindrome de sanfilippo)

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS CLÁSSICAS?

A
  • DETERIORAÇÃO NEUROCOGNITIVA PROGRESSIVA.
  • ATRASO MOTOR OU DE FALA: Pode confundir com TEA
  • HIDROCEFALIA COMUNICANTE: acúmulo de GAG nas granulações aracnóides.
  • COMPRESSÃO MEDULAR: acúmulo de GAG nas meninges.
  • TÚNEL DO CARPO: Também por acíumulo de GAG

GAG: glicosaminoglicanos

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190
Q

DOENÇA LISOSSOMAL

MUCOPOLISSACARIDOSES

QUAIS SÃO AS MANIFESTAÇÕES EXTRANEUROLÓGICAS CLÁSSICAS?
(Oftalmológicas, otorrinolaringológicas, cardiovasculars gastroenterológicas e ortopédicas)

A

MANIFESTAÇÕES OFTALMOLÓGICAS:
- TURVAÇÃO PROGRESSIVA DAS CÓRNEAS.
- GLAUCOMA PODE DESENVOLVER-SE DEVIDO AO ACÚMULO DE GAG

MANIFESTAÇÕES OTORRINOLARINGOLÓGICAS:
- OTITE MÉDIA RECORRENTE
- RINORREIA CRÔNICA E CONGESTÃO NASAL
- MACROGLOSSIA, PESCOÇO CURTO E ESTRUTURA ÓSSEA ANORMAL CONTRIBUEM PARA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO.

MANIFESTAÇÕES CARDIOVASCULARES
- HIPERTROFIA CARDÍACA E DISFUNÇÃO VALVAR

MANIFESTAÇÕES DO TGI
- HEPATOESPLENOMEGALIA: Acúmulo de GAG
- HÉRNIAS

MANIFESTAÇÕES ORTOPÉDICAS
- DISPLASIA ÓSSEA
- ESTATURA BAIXA
- DISPLASIA CRANIOFACIAL: Depressão da ponte nasal
- DEFORMIDADE VERTEBRAL, CONTRATURAS ARTICULARES E DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA SÃO COMUNS.

GAG: glicosaminoglicanos

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191
Q

DOENÇA LISOSSOMAL

MUCOPOLISSACARIDOSES

HÁ TERAPIA?
QUAL?

A

REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA e TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO
- atualmente existem para os tipos de MPS I, II, IVA e VI

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192
Q

OLIGOSSACARIDOSES E MUCOLIPIDOSES

O QUE SÃO AS OLIGOSSACARIDOSES?

A

são distúrbios de armazenamento lisossômico que envolvem a degradação de oligossacarídeos após a liberação das proteínas

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193
Q

doença lisossomal

“OLIGOSSACARIDOSES”

MANOSIDOSES

Dentro dos oligossacarídeos, há ligações alfa e beta de manose, que são necessárias para hidrolisar as ligações, gerando duas patologias diferentes:

α-Manosidose

β-Manosidose

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA α-Manosidose?

A

α-MANOSIDOSE: BEM mais comum que a beta
- FACIES DISTINTA: Macrocefalia, Testa proeminente, Ponte nasal deprimida, Prognatismo e Macroglossia.
- MANIFESTAÇÕES ORTOPÉDICAS: Osteopenia, geno valgum, escoliose, displasia de quadril.
- ENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO COMUM: Déficit intelectual, perda auditiva, possível ataxia, disartria e dismetria, distúrbios psiquiátricos

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194
Q

doença lisossomal

“OLIGOSSACARIDOSES”

MANOSIDOSES

Dentro dos oligossacarídeos, há ligações alfa e beta de manose, que são necessárias para hidrolisar as ligações, gerando duas patologias diferentes:

α-Manosidose

β-Manosidose

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA β-Manosidos?

A

β-MANOSIDOSE: HETEROGENEIDADE CLÍNICA SIGNIFICATIVA.

  • DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MANIFESTAÇÕES COMPORTAMENTAIS
  • RISCO ELEVADO DE CONVULSÕES E INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS RECORRENTES.
  • ANGIOCARDOMAS CUTÂNEOS FREQUENTES, SEMELHANTES À DOENÇA DE FABRY.
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195
Q

doença lisossomal

“OLIGOSSACARIDOSES”

FUCOSIDOSES
Deficiências de α-L-fucosidase

Possui gravidade variável. Mas quais as manifestações clínicas mais associadas?

A

SINTOMAS INICIAIS NA INFÂNCIA:
- Neurodegeneração, convulsões e sintomas extrapiramidais.
- Hepatosplenomegalia e displasia óssea, semelhantes às doenças MPS

CARACTERÍSTICAS FACIAIS GROSSEIRAS:
.

ANGIOCARDOMAS CUTÂNEOS:
- Semelhantes aos vistos na doença de Fabry.

RESSONÂNCIAS MAGNÉTICAS CEREBRAIS:
- Padrão característico de hiperintensidade em T1 e hipointensidade pronunciada em T2 no globo pálido.
- Hipomielinização subcortical generalizada e profunda da substância branca

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196
Q

doença lisossomal

aspartilglicosaminúria

Deficiência de aspartilglicosaminidase:
- responsável por desacoplar o oligossacarídeo do resíduo de asparagina da glicoproteína

QUAIS OS SINTOMAS?

A

Mais prevalente na finlândia.
- Degeneração intelectual progressiva lenta
- Hipotonia, propensão a otite média aguda recorrente e infecções do trato respiratório.
- Dismorfismo facial com o tempo.

Adultos afetados são geralmente não verbais e têm mortalidade precoce na quarta ou quinta década

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197
Q

doença lisossomal

“MUCOLIPIDOSE I”

SIALIDOSE tipo 2

  • deficiência de neuraminidase

FORMA É CONHECIDA COMO:

A

Síndrome mioclônica com mancha vermelho cereja (cherry red-spot)
+
presença de algumas outras características
- dismorfismo facial
- epilepsia e ataxia
- disostose múltipla

PODE VARIAR EM RELAÇÃO A GRAVIDADE, podendo ocorrer até hidropsia fetal grave.

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198
Q

Na doença do tipo I, não há ausência de defeitos físicos óbvios, e a expectativa de vida não é afetada. No entanto, a perda visual progressiva e a mioclonia, que podem piorar com o tempo, podem ser incapacitantes. No tipo II, o subtipo congênito tem um curso fulminante com uma expectativa de vida muito baixa. Ascite e edema são características proeminentes deste subgrupo da doença. No subtipo infantil/juvenil, as características incluem hepatoesplenomegalia, displasia óssea múltipla, feições faciais grosseiras, mancha vermelha cereja na retina, mioclonia e retardo mental grave.”

de qual doença estamos falando?

A

SIALIDOSE

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199
Q

doença lisossomal

Galactosialidose

  • Disfunção simultânea de duas enzimas, causada pela deficiência de catepsina A.

A forma neonatal letal se assemelha à sialidose grave, com:

A

Forma neonatal
Desenvolvimento de hidropisia fetal, ascite, pontos vermelhos maculares e hepatoesplenomegalia

Pacientes com a forma juvenil/adulta podem ter deficiência intelectual, ataxia, mioclonia, declínio neurocognitivo lento e angiocardomas.

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200
Q

doença lisossomal

Mucolipidose II (grave) / III (atenuada)

qual a clínica da II (doença de I-cell)?

  • deficiência de N-acetilglucosaminil 1-fosfotransferase
A

MAIS GRAVE QUE O TIPO 3
- Hipertrofia gengival e disostose múltipla
- Desenvolvimento motor é prejudicado
- Falência cardiorrespiratória é a principal causa de morte.

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201
Q

DOENÇA LISOSSOMAL

Mucolipidose II/III

qual a clínica da III?
( polidistrofia pseudo-Hurler)

A

FORMA ATENUADA

  • Crescimento reduzido, rigidez articular, dor óssea e alterações faciais.
  • Inteligência varia de leve comprometimento a normal.
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202
Q

DOENÇA LISOSSOMAL

MUCOLIPIDOSE IV (muito raro)

DEFICIENCIA DA proteína mucolipina-1 (autossômica recessiva, gene MCOLN1)

QUAL É A CLÍNICA?

A

Desenvolvimento neuropsicomotor severamente prejudicado - estático ou progressivo
- falta de fala e marcha, e disfagia é comum.

Oftalmopatia
- opacidade corneana e distrofia retiniana, com cegueira grave na adolescência

Acloridria: aumento da gastrina

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203
Q

DOENÇA LISOSSOMAL

CISTINOSE
Doença autossômica recessiva, mutação do gene CTNS
acúmulo de cístina

QUAL A CLÍNICA?

HÁ TRATAMENTO?

A

NEFROPATIA: síndrome de Fanconi com início neonata => polidipsia, poliuria, baixa estatura, hyponatremic, hypokalemic
metabolic acidosis, glycosuria, and hypophosphatemic

CISTINA ACUMULA-SE NA CÓRNEA: causando fotofobia e cegueira.

TRATAMENTO: CISTÍNA ENTÉRICA OU OFTÁLMICA
- Baixa tolerabilidade

Sem tratamento, crianças afetadas morrem antes da segunda década de vida devido à falência renal progressiva.

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204
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

SÃO UM GRUPO DE DISTÚRBIO DE ARMAZENAMENTO XXXXXX

A

LISOSSOMAL

Caracterizados por um curso progressivo e neurodegenerativo

  • Marcado por perda visual, convulsões e disfunção cognitiva.
  • Os subtipos variam de acordo com a idade de início e os sintomas iniciais.
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205
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

doença autossômica recessiva

manifestações oftalmológicas e neurológicas predominam.

DESCREVA-AS

A

OFTALMOLÓGICAS: Deterioração progressiva visual
- Degeneração retiniana

NEUROLÓGICAS
- NEURODEGENERAÇÃO e EPILEPSIA
- EPILEPSIA MIOCLÔNICA
- ATAXIA: Atrofia cerebelar
- DEMÊNCIA
- RETINOPATIA PIGMENTAR

RNM COM PERDA DA SB e SC CEREBRAL E CEREBELAR.

  • pode ter início bebê, infantil, juvenil, adulto
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206
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

testes diagnósticos:

A

TESTES ENZIMÁTICOS: deficiências de PPT1 (CLN1), TPP (CLN2), CTSD (CLN10) e CTSF (CLN13)

  • Se essas atividades enzimáticas estiverem normais, então a sequenciação direcionada ou de próxima geração dos loci CLN restantes pode ser realizada
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207
Q

O TIPO MAIS COMUM DE LIPOFUSCINOSE CEROIDE NEURONAL É A:

A

DOENÇA DE BATTEN

  • considerada como a forma juvenil de NCL (ou “Tipo 3”)

alguns médicos costumam utilizar o termo de doença de Batten para descrever todas as formas de ceroidolipofuscinoses.

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208
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

qual é a terapia?

A

SUPORTE!

  • Currently active clinical trials for NCLs include intraventricular delivery of recombinant human TPP enzyme or intracerebral adeno-associated viral gene therapy for CLN2 and immunosuppressive mycophenolate mofetil treatment for CLN3 disease
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209
Q

SÍNDROME DE LEIGH ou (subacute necrotizing encephalomyelopathy)
- mutações patogênicas associadas á síndrome identificicadas em mais 85 genes: alteração do metabolismo mitocondrial.

TIPICAMENTE SE APRESENTA NA INFÂNCIA OU LACTENTE COMO:

A
  • ATRASO/REGRESSÃO DO DESENVOLVIMENTO
  • DISTONIA
  • OFTALMOPLEGIA EXTERNA e RETINOPATIA
  • EPISÓDIOS “STROKE-LIKE”
  • VOMITOS e ACIDOSE LÁTICA
  • FRAQUEZA e HIPOTONIA

The term “Leigh-like syndrome” is used when atypical and/or non-neurologic features (eg, diabetes, short stature, hypertrichosis, cardiomyopathy, anemia, renal failure, vomiting, or diarrhea) are present

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210
Q

SÍNDROME DE LEIGH

QUAIS SÃO OS ACHADOS TÍPICOS (local de acometimento) DE IMAGEM?

A

LESÕES SIMÉTRICAS NECROTIZANTES com alterações ‘‘esponjosas e microcistos” NOS:
- NÚCLEOS DA BASE
- TÁLAMO
- TRONCO ENCEFÁLICO
- MEDULA ESPINHAL

211
Q

Deficiência da coenzima Q10
Distúrbio autossômico recessivo.

QUAIS OS 5 FENÓTIPOS?
QUAL A IMPORTÂNCIA DE IDENTIFICAR?

A

1) ATAXIA CEREBELAR
2) NEFROPATIA
3) MIOPATIA ISOLADA
4) ENCEFALOMIOPATIA
5) Doença severa multissistêmica infantil

DIAGNÓSTICO PODE PERMITIR UM TRATAMENTO: ALGUNS PACIENTES RESPONDEM COM A REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA.

212
Q

MLASA É UMA MITOCONDRIOPATIA RARA CATERIZADO POR:

  • mutação no gene PUS1pseudouridine synthase
    1
A

Miopatia
Lactato
Acidose
Sideroblastic
Anemia

miopatia com acidose lática e anemia sideroblástica

213
Q

LBSL é uma mitocondriopatia caracterizada clinicamente por:

herança autossômica recessiva
mutação no DARS2

A

Leucoencefalopatia
Brainstem
Spinal cord
Lactate elevation

Leucoencefalopatia com envolvimento de tronco encefálico e medula + acidose lática

  • ATAXIA CEREBELAR PROGRESSIVA COM ENVOLVIMENTO DA MEDULA, PRINCIPALMENTE POSTERIOR (redução propriocepção e palestesia) E ESPASTICIDADE

PODE TER INÍCIO NEONATAL, INFANTIL OU ADULTO (Progressão mais lenta)

214
Q

SÍNDROME DE PERRAULT
- Mitocondriopatia autossômica recessiva
- É CARACTERIZADO POR:

A
  • HIPOACUSIA/SURDEZ NEUROSSENSORIAL
  • DISFUNÇÃO OVARIANA (mulheres)
  • SINTOMAS NEUROLÓGICOS: ataxia, neuropatia periférica, dificuldade de aprendizagem.

pathogenic variants in one of six genes (CLPP, ERAL1, HARS2, HSD17B4, LARS2, or TWNK, but 60% of individuals with Perrault syndrome identified to date, a molecular diagnosis cannot be established.

215
Q

SÍNDROME DE BARTH
- Doença muito rara e ligada ao X
- mutação no TAZ que codifica uma enzima necessária para membrana mitocondrial => causando mitocondriopatia.

QUAL O FENÓTIPO MAIS COMUM?

A

MENINOS COM:
- CARDIOMIOPATIA
- MIOPATIA esquelética
- ALTERAÇÃO COGNITIVA
- DISMORFIAS
- NEUTROPENIA: Doente frequente

216
Q

SÍNDROME DE SENGERS
É uma mitocondriopatia muito rara e autossômica recessiva no gene ACK.

Caracterizado por qual fenótipo?

A
  • CATARATA CONGÊNITA
  • CARDIOMIOPATIA
  • MIOPATIA esquelética + Intolerância aos exercícios e acidose lática
217
Q

MITOCONDRIOPATIA

SÍNDROME DE KEARNS-SAYRE

QUAL É O FENÓTIPO?

Herança variável (esporádico, recessiva, dominante…)

A

OFTALMOPLEGIA EXTERNA PROGRESSIVA (EPO)
+
RETININOPATIA PIGMENTOSA
+
CARDIOPATIA COM ARRITMIA
+
INICIO < 20 ANOS
c/ óbito ao redor da 4ª década de vida

Outros achados possíveis: baixa estatura, ataxia cerebelar, anemia, diabetes, surdez, déficit intelectual, miopatia proximal

RED-RIGGED FIBERS QUASE SEMPRE SÃO ENCONTRADAS

218
Q

ENCEFALOMIOPATIAS MITOCONDRIAIS POR DEPLEÇÃO DO DNA MITOCONDRIALL.

QUAL A CLÍNICA?

A

ENCEFALOPATIA
EPILEPSIA
HIPOTONIA
OFTALMOPARESIA

  • ALTA GRAVIDADE
  • CAUSA GERALMENTE: Síndrome de DEPLEÇÃO DO DNA MITOCONDRIAL (SUCLA2, SULG1
219
Q

MIOPATIAS MITOCONDRIAIS POR DEPLEÇÃO DO DNA MITOCONDRIAL (MDS em inglês)
- frequentemente se apresentam no 1º ano de vida com:

A
  • REDUÇÃO DO CRESCIMENTO
  • HIPOTONIA
  • FRAQUEZA
  • EPO ocasionalmente

Os pacientes geralmente não sobrevivem à infância devido à insuficiência pulmonar

Cerca de 20 mutações foram associadas: principalmente a TK2

220
Q

Síndrome de depleção DNA mitocondrial

HEPATOCEREBRAL

qual a forma clássica?

A

RELACIONADA AO POLG: Síndrome de Alpers-Huttenlocher (SAH)

  • crises epilépticas refratárias
  • regressão psicomotora episódica
  • cegueira cortical
  • hepatopatia com cirrose micronodular.

É importante não expor essas crianças ao ácido valproico, um medicamento antiepiléptico que frequentemente precipita insuficiência hepática fulminante.

221
Q

Encefalomielopatia Neurogastrointestinal Mitocondrial (MNGIE)

Síndrome autossômica recessiva onde há coexistência de múltiplas depleções e deleções no DNA mitocondrial.

QUAL É A CLÍNICA?

A
  • OFTALMOPLEGIA EXTERNA PROGRESSIVA
  • NEUROPATIA PERIFÉRICA
  • DISMOTILIDADE GASTROINTESTINAL
  • LEUCOENCEFALOPATIA

doença começa em adultos jovens e é progressiva, com uma idade média de morte aos 37 anos.

222
Q

ATAXIA ESPINOCEREBELAR DE INÍCIO INFANTIL
Doença mitocondrial autossômica recessiva associada a mutação no gene PEO1

QUAL A CLÍNICA?

A

Entre 9 e 18 meses há:
- Ataxia e Hipotonia com perda progressiva da deambulação.
- Atetose

sintomas adicionais incluem EPO, atrofia óptica, perda auditiva sensorioneural, comprometimento cognitivo, neuropatia sensorial e disfunção do sistema nervoso autônomo.

223
Q

SÍNDROME DE PEARSON

Mitocondriopatia

DOENÇA NÃO NEUROLÓGICA caracterizada por:

A

PANCITOPENIA
+
DISFUNÇÃO PANCREÁTICA e HEPÁTICA

224
Q

NEUROPATIA ÓPTICA HEREDITÁRIA DE LABER (LHON)

QUAL É A CLÍNICA?

A

Entre 18 - 35 anos, homens principalmente
- Perda visual unilateral subaguda c/ envolvimento do segundo olho em semanas ou meses
- Frequentemente associada a edema do disco e alterações sutis dos vasos retinianos.

Achados variáveis incluíram hiperreflexia, sinal de Babinski, incoordenação, neuropatia periférica e anormalidades na condução cardíaca

225
Q

NARP

Mitocondriopatia, QUAL A CLÍNICA?

A

NEUROPATIA, ATAXIA e RETINITE PIGMENTOSA

OUTROS: atraso no desenvolvimento, demência, convulsões, fraqueza proximal dos membros e neuropatia sensorial

226
Q

MELAS

O QUE É? QUAL A CLÍNICA?

A

Encefalopatia Mitocondrial com Acidose Lática e Episódios semelhantes a acidentes vasculares cerebrais (MELAS)

GERALMENTE INÍCIO NA VIDA ADULTA
- Doença mais comum relacionada ao DNA mitocondrial
- desenvolvimento precoce normal seguido pelo início de intolerância ao exercício, episódios semelhantes a acidentes vasculares cerebrais, convulsões e demência.

outros: Cefaleia migranosa, perda auditiva, EPO, baixa estatura..

227
Q

Myoclonic epilepsy and ragged-red fibers (MERRF)

QUAL É A CLÍNICA?

A

Início na infância/juventude

SÍNDROME CEREBELAR
+
CONVULSÕES
+
MIOCLONIAS: primeiros sintomas
+
fibras vermelhas e desgrenhadas (RAGGED-RED FIBERS)

outros: demência, perda auditiva, sensação profunda prejudicada

228
Q

MEMSA

representa uma mitocondriopatia com qual fenótipo?

A

myoclonic epilepsy, myopathy, and sensory ataxia (MEMSA)

SIMILAR AO MERRF

229
Q

quais as principais síndromes clínicas relacionadas ao POLG?

A
  • Síndrome hepatocerebral
  • MEMSA
  • ANS (ataxia neuropathy spectrum)
  • SANDO
  • MNGIE
  • LEIGH
  • MELAS
  • EPO
230
Q

QUAL A DOENÇA PEROXISSOMAL MAIS RELEVANTE?

A

ADRENOLEUCODISTROFIA ligada ao cromossomo X,

231
Q

NA SUSPEITA DE DISTÚRBIOS DO PEROXISSOMO
qual o fluxo diagnóstico bioquímico?

(Espectro do Zellweger, Adrenoleucodistrofia, condrodisplasia punctata rizomélica, refsum, etc.)

A

SOLICITAR VCLFA (ácido graxo de cadeia muito longa)
normal?
- a partir dele pedir os Plasmalogênios
anormal? RCDP ou outro defeio enzimático singular
normal? ácido fitânico => refsum

VCFLA
anormal?
- a partir dele pedir os Plasmalogênio
normal? pensar em adrenoleucodistrofia
anormal pensar em Zellweger

232
Q

TRANSTORNOS DO ESPECTRO DE ZELLWEGER

ENGLOBA QUAIS DISTÚRBIOS (3)?

A
  • SÍNDROME DE ZELLWEGER
  • DOENÇA DE REFSUM INFANTILE
  • ADRENOLEUCODISTROFIA NEONATAL

Todos os distúrbios do espectro de Zellweger compartilham anormalidades morfológicas e bioquímicas

mutação nos genes PEX

233
Q

Doenças do peroxissomo

SÍNDROME DE ZELLWEGER
(Síndrome cerebrohepatorrenal)

É CARACTERIZADO POR QUAIS MANIFESTAÇÕES (5)?

Em quais sistemas?

A

ATRASO DO DESENVOLVIMENTO
DISMORFISMO FACIAL TÍPICO: Testa alta, ponte nasal achatada, pregas epicânticas, fontanela aumentada
ANORMALIDADES OCULARES: cataratas, glaucoma, retinite pigmentosa, turvação corneana, pontos de Brushfield, hipoplasia do nervo óptico e anormalidades retinianas
HEPATOPATIA: pode resultar em colestase significativa e icterícia, cirrose micronodular e hipoprotrombinemia
ANORMALIDES RENAIS e SUPRARRENAIS:
HIPOTONIA, SURDEZ NEUROSSENSORIAL
DEFEITOS DE MIGRAÇÃO NEURONAL áreas de paquigiria ou polimicrogiria

234
Q

SÍNDROME DE ZELLWEGER
(Síndrome cerebrohepatorrenal)

QUAL O PROGNÓSTICO?

A

DEGENERAÇÃO PROGRESSIVA DO CEREBRO/FÍGADO/RINS COM ÓBITO GERALMENTE EM TORNO DOS 24 MESES DE VIDA

235
Q

SÍNDROME DE ZELLWEGER
(Síndrome cerebrohepatorrenal)

QUAIS OS ACHADO BIOQUÍMICO?

QUAL A FERRAMENTA DIAGNÓSTICA MAIS PRECISA?

A

BIOQUÍMICA
AUMENTO DOS ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA (VLCFA)
e
PLASMALOGÊNIOS ANORMAIS

DIAGNÓSTICO MAIS MODERNO
- GENÉTICO

236
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA NEONATAL e DOENÇA DE REFSUM INFANTILE

  • fenótipos mais leves do espectro da síndrome de zellweger
  • autossômico recessivo: mutação no gene PEX

HÁ SOBREPOSIÇÃO CLÍNICA ENTRE ELAS DUAS, QUAIS AS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES?

A

ASSEMELHA A UMA SÍNDROME DE ZELLWEGER MAIS LEVE, PODE PASSAR DESPERCEBIDO ATÉ O INÍCIO DA INFÂNCIA

  • DISMORFIA FACIAL
  • Perda auditiva neurossensorial
  • Degeneração retiniana: perda visual
  • Hepatomegalia e Hepatopatia
  • Hipotonia

expectativa de vida variável, todos os pacientes identificados tiveram deficiência visual, com perda auditiva sensorioneural.

237
Q

Aumento do ácido fitânico ocorre em todos os distúrbios do peroxissomo.

V ou F

A

VERDADEIRO

238
Q

DISTÚRBIOS DO ESPECTRO ZELLWEGER
(SÍNDROME DE ZELLWEGER; ADRENOLEUCODISTROFIA NEONATAL e DOENÇA DE REFSUM INFANTIL)

QUAIS OS ACHADO BIOQUÍMICO?

QUAL A FERRAMENTA DIAGNÓSTICA MAIS PRECISA?

A

BIOQUÍMICA
AUMENTO DOS ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA (VLCFA)
e
PLASMALOGÊNIOS ANORMAIS

DIAGNÓSTICO MAIS MODERNO
- GENÉTICO

239
Q

TRANSTORNOS DO ESPECTRO DE ZELLWEGER

TERAPIA:

A

SUPORTE

  • ## Devido a muitas das anormalidades já estarem presentes no feto afetado, o potencial terapêutico é atualmente limitado e provavelmente permanecerá assim.
240
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X

Defeito da β-oxidação peroxissomal

qual o gene associado?

A

mutações do gene ABCD1

  • codifica uma proteína de membrana peroxissomal, está localizado no cromossomo X na região Xq28.
241
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X

qual a patologia?

A

Ésteres de colesterol com um excesso marcante de ácidos graxos saturados não ramificados com cadeias de 24 a 30 carbonos
- inclusões no córtex adrenal e na substância branca cerebral.
- É a característica distintiva do distúrbio e útil para fins de diagnóstico.

242
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X

quais os 4 principais fenótipos?

A
  • ADRENOLEUCODISTROFIA FORMA CEREBRAL INFANTIL
  • ADRENOLEUCODISTROFIA FORMA CEREBRAL ADOLESCENTE/ADULTO
  • ADRENOMIELONEUROPATIA
  • DOENÇA DE ADDISON/INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA: disfunção adrenal primária isolada na ausência de sinais e sintomas neurológicos
243
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X

QUAL A FORMA MAIS COMUM?

A

Forma Cerebral Infantil de Adrenoleucodistrofia

244
Q

Forma Cerebral Infantil de Adrenoleucodistrofia ligada ao X

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES E EVOLUÇÃO CLÍNICA?

A

forma mais comum e fulminante
Meninos afetados são normais até 4-8 anos, quando manifestam:
- Regressão na orientação espacial, fala e escrita
- Hipoacusia
- Problemas comportamentais
- Convulsões em 30%

Rápida deterioração leva a:
- Tetraparesia espástica
- Disfagia
- Amaurose
- Estado vegetativo dentro de 2 anos

leucodistrofia e insuficiência adrenal

245
Q

Forma Cerebral Infantil de Adrenoleucodistrofia ligada ao X

quais os achados de imagem?

A

LESÕES NA SUBSTÂNCIA BRANCA

  • Parietooccipital (em 85% dos pacientes) ou lesões frontais (em 15%)
  • Acúmulo de contraste na borda.
246
Q

Na forma adolescente de adrenoleucodistrofia ligada ao X os sintomas se assemelham ao das crianças, qual a diferença?
E na forma adulta?

A

Adolescente: Início entre entre 10 e 21 anos de idade.
Adulto: após 21 anos
- adultos podem receber um diagnóstico incorreto de esclerose múltipla, tumor cerebral ou esquizofrenia e apresentar deterioração rápida semelhante à da forma cerebral infantil

247
Q

ADRENOMIELONEUROPATIA

É uma forma que acomete qual faixa etária?

A

ADULTA

248
Q

ADRENOMIELONEUROPATIA

CONSISTE EM

A

INICIO INSIDIOSO COM PROGRESSÃO LENTA em adultos
- PARAPARESIA ESPÁSTICA
- DISFUNÇÃO VESICAL e/ou INTESTINAL
- INSUFICIÊNCIA ADRENAL
- NEUROPATIA PERIFÉRICA: Nervo sural e peroneal com desmielinização

NERVO + MEDULA + ADRENAL

envolvimento de desmielinização cerebral em 20%: podendo piorar e agudizar evolução

A patologia primária envolve a medula espinhal, com perda de axônios mielinizados nos tratos corticospinais, núcleo grácil e tratos espinocerebelares dorsais. Os nervos sural e peroneal revelam perda de fibras mielinizadas grandes e pequenas.

SUBTIPO DE ADRENOLEUCODISTROFIA

249
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X

ÓLEO DE LORENZO (trierucato de glicerila)
qual a eficácia?

A

O uso dessa terapia, infelizmente,permanece incerto, e é preciso enfatizar que ela requer uma mudança significativa no estilo de vida no sujeito com benefício incerto.

  • os resultados em estudos abertos não foram impressionantes
250
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X

HÁ ALGUMA TERAPIA?

A
  • O transplante de medula óssea tem se mostrado eficaz em meninos com doença cerebral precoce detectada por alterações na ressonância magnética
  • Terapia dietética: não parecer mudar muito o desfecho
251
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X

não dá para saber para qual fenótipo a criança irá, portanto crianças com risco de desenvolver a forma cerebral infantil deverão ser monitoradas

COMO É FEITA A MONITORIZAÇÃO PRÉ-SINTOMAS?

V ou F

A

VERDADEIRO: RM DE ENCÉFALO ANUAL.

  • Como as anormalidades de ressonância magnética se tornam evidentes pelo menos 12 meses antes do início dos sintomas neurológicos, o exame neurológico periódico não é suficiente para monitorar esses pacientes.
  • Os melhores resultados com o transplante de medula óssea são em pacientes identificados em um estágio precoce da doença cerebral.
252
Q

ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X

qual a alteração bioquímica?

A

AUMENTO DOS ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA

253
Q

DISTÚRBIOS DE NEUROTRANSMISSORES

Deficiência de 6 piruvoil tetrahidropterina sintase (PTPS)
DOENÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA

  • Leva à acumulo de:
  • Leva à acúmulo de:
A
  • ACÚMULO DE NEOPTERINA e FENILALANINA
  • DEFICIÊNCIA DE tetrahidroBIOPTERINA (BH4), Serotonina e Catecolamina

Esses pacientes são geralmente identificados por triagem neonatal, assim como os portadores de fenilcetonúria, pois o BH4 é cofator para a PAH.
- além disso o BH4 é cofator para produção de serotonina, óxido nítrico e dopamina.

254
Q

DISTÚRBIOS DE NEUROTRANSMISSORES

Deficiência de 6 piruvoil tetrahidropterina sintase (PTPS)

qual a clínica?

A

SINTOMAS NEUROLÓGICOS PROGRESSIVOS NO PRIMEIRO ANO DE VIDA
- Sinais extrapiramidais, hipotonia axial e truncal, hipocinesia, dificuldades alimentares, movimentos dos membros coreoatetoides ou distônicos, e sintomas autonômicos.

255
Q

distúrbios de neurotransmissores

A deficiência de dihidropteridina redutase
(DHPR)
, causa redução da tetrahidrobiopterina (BH4)

  • manifesta-se em uma variedade de fenótipos, todos com aumento de qual aminoácido?
A

HIPERFENILALANINEMIA + DEFICIÊNCIA DE MONOAMINAS

  • APRESENTAÇÃO CLÍNICA SEMELHANTE A Deficiência de 6 piruvoil tetrahidropterina sintase (PTPS)
  • Calcificação progressiva dos núcleos da base e regiões subcorticais

DIAGNÓSTICO: atividade anormal da dihidropteridina redutase

Tratamento: suplementação de BH4.

256
Q

3 doenças de neurotransmissores possuem fenótipos muitos semelhantes, quais?

A

Deficiência de 6 piruvoil tetrahidropterina sintase (PTPS)

Deficiência de dihidropteridina redutase
(DHPR)

Deficiência de Guanosina Trifosfato Ciclohidrolase (GTPCH)

257
Q

ESTADOS DE DEFICIÊNCIA DE NEUROTRANSMISSORES MONOAMINÉRGICOS SEM HIPERFE

Doença de Segawa ou Distonia Responsiva à Dopa ou DYT 5

QUAL O GENE ALTERADO?

QUAL É A CLÍNICA?

A

variante patogênica no GENE GCH1

CLÍNICA
- Dificuldade de marcha: ‘‘TOE WALKING’’ progressivo
- Distonia com resposta dramática a LEVODOPA
- Força e sensibilidade preservados
- Sem discinesia

apresentações atípicas
- diplegia espástica, especialmente com variação diurna; cãibra de escritor; distonia assimétrica nos membros.

258
Q

distúrbio de neurotransmissores

deficiência da descarboxilase dos L-aminoácidos aromáticos (AADC)

é uma enzima dependente de piridoxina que decarboxila L-DOPA e 5-hidroxitriptofano para produzir dopamina e serotonina

QUAL A CLÍNICA?

A

PRIMEIROS MESES DE VIDA COM:
- Distonia ou Espasticidade
- Hipotonia
- Crises oculogíricas
- Disautonomia, Ptose

259
Q

distúrbio de neurotransmissores

deficiência da descarboxilase dos L-aminoácidos aromáticos (AADC)

como são os achados dos marcadores no LCR?

A

LCR:
- baixos: níveis de ácido homovanílico (HVA) e ácido 5-hidroxindolacético (5-HIAA);
- elevados: 3-O-metildopa (3-OMD), 5-hidroxitriptofano (5-HTP) e L-DOPA
- normais: Pterinas normais

outros:
- Baixa atividade da AADC no sangue
- L-DOPA plasmática é marcadamente elevada

260
Q

distúrbio de neurotransmissores

Deficiência de Sepiapterina Redutase

desempenha um papel importante na biossíntese de BH4

numa série de 38 pacientes, quais as principais manifestações?

A
  • Atraso motor, hipotonia axial, atraso na linguagem, flutuação diurna dos sintomas, distonia, benefício do sono, fraqueza, crises oculogíricas, disartria, sinais parkinsonianos, hiperreflexia e sinais psiquiátricos ou comportamentais foram observados
261
Q

distúrbio de neurotransmissores

Deficiência de Tirosina Hidroxilase

às vezes referida como doença de Segawa autossômica recessiva

QUAL A CLÍNICA? TRATAMENTO?

A

UMA DISTONIA DOPA-RESPONSIVA: fenótipos diversos que podem ser classificados como leves, moderados ou graves.
- Casos leves podem apresentar marcha desajeitada, caminhar nas pontas dos pés, tendões de Aquiles contraídos ou posturas anormais que pioram no final do dia
- Casos moderados afetados apresentam uma marcha anormal frequentemente com postura distônica com marcha estressada, às vezes acompanhada de ataxia, espasticidade, atraso na fala
- Nos casos mais graves, conhecidos como variante infantil da doença de Parkinson, as crianças são gravemente incapacitadas e afetadas desde a infância
- Tratamento: Dopamina (Os pacientes respondem de maneira variável a L-DOPA/carbidopa)

262
Q

distúrbio de neurotransmissores

Deficiência de Dopamina B-Hidroxilase

  • Dopamina beta-hidroxilase converte a dopamina em norepinefrina.
  • Pacientes com deficiência grave não conseguem sintetizar norepinefrina, epinefrina e octopamina nos neurônios autonômicos do SNC ou periféricos.

qual é a clínica e o tratamento?

A

RN:
- hipotermia episódica, hipoglicemia e hipotensão, levando a uma morte precoce

ADULTO:
- hipotensão ortostática + ptose

TRATAMENTO
- D,L-treo-dihidroxifenilserina: melhoram dramaticamente

263
Q

DISTÚRBIO DE NEUROTRANSMISSORES

Deficiência do Transportador de Dopamina

apresentam classicamente com:

A

Distúrbio do movimento hipercinético de início infantil que progride para parkinsonismo e distonia.

264
Q

Deficiência de GABA Transaminase

doença rara, autossômica recessiva, caracterizada por:

A

desenvolvimento anormal, convulsões, letargia, hipotonia, e altos níveis de GABA beta-alanina no LCR

265
Q

A hiperekplexia, ou “doença do susto”, é um distúrbio heterogêneo causado por defeitos na subunidade a1 do receptor de glicina, ocorrendo nas formas autossômicas dominante e autossômica recessiva, caracterizado por:

A

Mioclonia sensível ao estímulo
- Hipertonia e hipocinesia transitórias na infância em algumas famílias

  • GABA reduzido no LCR
  • Uma melhora dramática dos sintomas ocorre na maioria dos pacientes com clonazepam.
266
Q

Síndrome de Parry-Romberg (Hemiatrofia Facial)

  • geralmente se manifesta entre os 5 e 15 anos de idade
  • é caracterizada por:
A

PERDA PROGRESSIVA DO TECIDO MOLE, CARTILAGEM E OSSO HEMIFACIAL
- progressão desse processo atrófico geralmente dura entre 2 e 10 anos e acredita-se que cesse no final da segunda ou início da terceira década de vida.
- vários outros déficits neurológicos foram relatados, incluindo dores de cabeça recorrentes, neuralgia trigeminal, síndrome de Horner ipsilateral, convulsões parciais contralaterais e hemiparesia

267
Q

DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE VITAMINA

SÍNDROME DE ROGERS
Doença autossômica recessiva => mutação no SLC19A2
- CONSISTE em qual tríade?
- Qual o tratamento?

A

ANEMIA MEGALOBÁSTICA RESPONSIVA À TIAMINA
+
DIABETES MELLITUS TIPO 2
+
HIPOACUSIA NEUROSSENSORIAL

Níveis de tiamina sérica são normais, mas a presença de sideroblastos na medula sugerem o diagnóstico.

TRATAMENTO: Reposição de tiamina 25-75mg VO
- porém, surdez pode ser irreversível

268
Q

DOENÇA DO NÚCLEO DA BASE RESPONSIVA À TIAMINA ou BIOTINA (BTBGD)

Doença autossômica recessiva, causada por mutações no SLC19A3 (transportador da tiamina).

a manifestação e de:
imagem:
diagnóstico:
tratamento?:

A

gatilhos: infecção, estresse, trauma

início subagudo, com surto-remissão
- confusão, distonia, disartria, ataxia, disfagia, sinais piramidais, epilepsia…

Imagem: hipersinal T2 nos estriados

diagnóstico: teste genético

tratamento: Tiamina 300-900 mg/d, pode adicionar biotina 5-10 mg/kg

269
Q

SÍNDROME DE Fazio–Londe

é um distúrbio neurológico progressivo autossômico recessivo causado por mutações no gene SLC52A3 (deficiência no transportador de riboflavina)

qual é a clínica?

A

PARALISIA BULBAR PROGRESSIVA JUVENIL

  • acometimento degenerativo progressivo de nervos cranianos bulbares em crianças
270
Q

quais as 2 doenças do transportador de riboflavina que causam paralisia bulbar progressiva?

A

SÍNDROME DE Fazio–Londe
E
SÍNDROME DE Brown-Vialetto-van Laere

  • O início dos sintomas varia de alguns meses de idade até a adolescência precoce e raramente pode ocorrer na idade adulta.
  • nervos periféricos são o principal local de patologia, manifestando-se como neuropatia motora, sensorial e craniana
  • A cognição geralmente é preservada

terapia: riboflavina (B2)
- A suplementação oral de riboflavina, começando com 10 mg/kg por dia, dividida em três doses únicas, é gradualmente aumentada para 50 mg/kg por dia para estabelecer a dose individual ideal. Todos os pacientes tratados apresentaram melhora após o início da terapia com riboflavina.

271
Q

Ao contrário da deficiência nutricional de vitamina B6, a dependência indica uma:

A

demanda hiperfisiológica vitalícia de piridoxina ou piridoxal-5-fosfato
- devido a diferentes erros inatos do metabolismo (IEM) com herança autossômica recessiva
- as convulsões são uma característica marcante da doença.

272
Q

EPILEPSIA DEPENDENTE DE PIRIDOXINA

É CARACTERIZADO POR:

A

CRISES CONVULSIVAS NEONATAIS (mioclônicas ou tônico-clônicas)
- Cerca de 30% dos pacientes apresentam sinais encefalopáticos
- 75% das crianças com EDP apresentam comprometimento cognitivo leve a moderado.
- Neuroimagem inespecífica
- Cessação rápida das convulsões após uma única administração de piridoxina em 85% (50-100 mg por via intravenosa), seguida por normalização progressiva do EEG

273
Q

EPILEPSIA DEPENDENTE DE PIRIDOXINA

qual a resposta à terapêutica?

A

REPOSIÇÃO DE PIRIDOXINA
- Cessação rápida das convulsões após uma única administração de piridoxina em 85% (50-100 mg por via intravenosa), seguida por normalização progressiva do EEG

274
Q

EPILEPSIA DEPENDENTE DE PIRIDOXINA

QUAIS OS CUIDADOS EM RELAÇÃO AO TRATAMENTO?

A

1) A primeira administração de piridoxina pode levar a apneia prolongada ou a um estado comatoso, sendo assim, equipamento de ressuscitação deve estar disponível.

2) Aproximadamente 15% dos pacientes têm uma resposta clínica ambígua a uma única administração.
- Portanto, um teste de piridoxina com 30 mg/kg por dia em duas ou três doses padrão ao longo de 3 dias consecutivos é recomendado.

3) Dosagens prolongadas de piridoxina acima de 300 a 500 mg/dia podem causar neuropatia sensorial (reversível).

275
Q

EPILEPSIA DEPENDENTE DE PIRIDOXINA

qual é a principal causa molecular?

A

deficiência de antiquitina (ALDH7A1)

  • resulta no acúmulo de α-aminoadipato semialdeído, que inativa o PLP e leva a uma demanda vitalícia hiperfisiológica de piridoxina.
276
Q

DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXAL-5-FOSFATO

SUA APRESENTAÇÃO CLÍNICA É:

A

INDISTINGUÍVEL DA EPILEPSIA DEPENDENTE DE PIRIDOXINA (deficiência de antiquitina) => EPILEPSIA neonatal e maioria com apgar baixo.
- Exceto pela maior taxa de prematuridade observada (60% dos pacientes)
- Distúrbio é causado por mutações no gene PNPO

277
Q

DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXAL-5-FOSFATO

QUAL O PROGNÓSTICO SE NÃO TRATADO?

A

Anemia e falha no crescimento, e a maioria dos pacientes morre se não tratada.

278
Q

DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXAL-5-FOSFATO

QUAL É O TRATAMENTO?

A

REPOSIÇÃO VITALÍCIA DO PIRIDOXAL-5-FOSFATO

  • 30 a 60 mg/kg por dia em quatro a seis doses padrão
  • Deve ser dissolvido imediatamente antes da administração oral.
  • Muitos pacientes são sensíveis aos intervalos exatos das doses, mesmo durante a noite, e a recorrência de convulsões é frequente.

*as transaminases devem ser monitoradas regularmente, e a menor dose eficaz deve ser usada. *

279
Q

DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXAL-5-FOSFATO

pode ter uma resposta paradoxal ao piridoxal-5-fosfato

V ou F

A

VERDADEIRO

  • HÁ CASOS EM QUE PIORA COM REPOSIÇÃO DO PIRIDOXAL-5-FOSFATO E MELHORA COM PIRIDOXINA (RAROS)

Pacientes com mutações responsivas à piridoxina do PNPO podem ser tratados apenas com piridoxina.

280
Q

Quais outras 2 doenças menos conhecidas tem relação a deficiência de piridoxal-5-fosfato (PLP)?

A

hiperprolinemia tipo 2: Há inativação do PLP por outro mecanismo.
- geralmente considerada benigna
- 50% dos pacientes apresentam convulsões, que frequentemente respondem aos anticonvulsivantes comuns.

E

Hipofosfatasia Congênita: Deficiência de fosfatase alcalina tecidual, que por consequência reduz o PLP
- convulsões neonatais responsivas à piridoxina
- disponibilidade de terapia de reposição enzimática prevenirá a osteomalácia e a morte precoce associadas às formas graves da doença.

281
Q

Recém-nascidos com convulsões de etiologia não esclarecida que não respondem aos anticonvulsivantes comuns devem receber um teste padronizado de:

A

PIRIDOXINA 30 MG/KG

Essa sugestão é baseada na frequência relativamente maior de entidades responsivas à piridoxina em comparação com a deficiência clássica dependente de PLP

282
Q

Recém-nascidos com convulsões de etiologia não esclarecida que não respondem aos anticonvulsivantes comuns e piridoxina

testar o quê?

A

ácido folínico, 3 a 5 mg/kg por dia

283
Q

A VITAMINA B12 (COBALAMINA) ATUA COMO DOIS COFATORES ATIVOS PARA:

A

1) reciclagem da homocisteína para metionina
2) Conversão de metilmalonil-CoA em succinil-CoA.

284
Q

DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12

CAUSAS:

A

BEBÊS DE MÃES ESTRITAMENTE VEGANAS

  • Causas mais raras incluem crescimento bacteriano intestinal excessivo (por exemplo, Helicobacter pylori) ou parasitas (por exemplo, Diphyllobothrium latum), má absorção como resultado de doença intestinal e defeitos hereditários, exposição à anestesia por óxido nitroso
285
Q

BEBÊS COM HIPOVITAMINOSE B12 PODEM APRESENTAR QUAIS MANIFESTAÇÕES?

A

ANEMIA MEGALOBLÁSTICA e MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS

  • IRRITABILIDADE, REGRESSÃO DO DESENVOLVIMENTO, DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO.
  • CASOS GRAVES: Acidose metabólica, hiperamonemia e coma.

distinto das manifestações tardias clássicas: glossite, mielopatia, parestesia dolorosa, perturbação da propriocepção, demência e distúrbios neuropsiquiátricos

286
Q

BEBÊS COM HIPOVITAMINOSE B12
OS ACHADOS DA RNM (se presentes) SÃO REVERSÍVEIS

V OU F

A

VERDADEIRO

SE PRESENTES: mielinização atrasada ou atrofia supratentorial, que pode se reverter com o tratamento.

287
Q

REPOSIÇÃO DE VITAMINA B12 EM BEBÊS

QUAL O MÉTODO?

A
  • Tratamento oral é suficiente se a absorção intestinal estiver intacta.
  • Deficiência grave requer injeções de hidroxocobalamina
    +
    aconselhamento dietético é de extrema importância

ps:Alguns bebês apresentaram um distúrbio transitório do movimento, consistindo de tremor e mioclonia, especialmente envolvendo a face, língua e faringe, que apareceu 48 horas após o início do tratamento com cobalamina intramuscular.

288
Q

Deficiência combinada dos cofatores da vitamina B12 (AdoCbl e MetCbl)

quais são as principais manifestações?

A

Anemia ou pancitopenia e problemas visuais (nistagmo, retinopatia)

podem ocorrer sintomas agudos, como vasculopatia tromboembólica, insuficiência renal decorrente da síndrome hemolítica urêmica atípica (SHU), cardiomiopatia ou crise metabólica

O tratamento por injeções regulares de hidroxocobalamina
- melhora as manifestações agudas, mas o resultado cognitivo costuma ser comprometido.

289
Q

Defeitos de Remetilação da vitamina B12 (Deficiência de CblE, CblG e CblD-H)

se manifesta no primeiro ano de vida com:

A

1) dificuldades alimentares, hipotonia, atraso no desenvolvimento e anemia megaloblástica.
.- O diagnóstico tardio pode levar à mielopatia irreversível com paraparesia espástica.

  • tratamento por injeções regulares de hidroxocobalamina, respostas podem ser excelente.
290
Q

A deficiência nutricional de vitamina E ocorre predominantemente em distúrbios associados a 2 fatores:

A

má absorção crônica de gordura (por exemplo, fibrose cística, doença celíaca, distúrbios hepatobiliares colestáticos crônicos, síndrome do intestino curto))

ou

deficiência de lipoproteínas plasmáticas (por exemplo, abetalipoproteinemia, doença de Tangier)

291
Q

Ataxia com Deficiência de Vitamina E

  • Distúrbio neurológico autossômico recessivo causado por mutações no gene TTPA

QUAL É A CLÍNICA?

A
  • Ataxia espinocerebelar progressiva
  • Arreflexia
  • Lesão do trato piramidal
  • Perda da Propriocepção
  • Retinopatia e oftalmoparesia
  • Xantelasmas/xantomas tendíneos
  • arritmias cardíacas
292
Q

Ataxia com Deficiência de Vitamina E

ACHADOS LABORATORIAIS:

A

Achados laboratoriais incluem
- níveis extremamente baixos de vitamina
- altos níveis de colesterol sérico, triglicerídeos e beta-lipoproteína.

293
Q

Deficiência de Biotinidase

Biotinidase: enzima importante para a liberação de biotina (Vitamina H), que por sua vez é envolvida no metabolismo de carboidratos, lipídios e aminoácidos.

A DEFICIÊNCIA GRAVE (<10%), SE MANIFESTA NO PRIMEIRO SEMESTRE DE VIDA COMO?

A

HIPOTONIA
+
CRISES EPILÉPTICAS variadas (tônico-clônicas, mioclônicas e parciais ou espasmos infantis)
+
achados cutâneos: ERUPÇÃO CUTÂNEA e ALOPÉCIA

perda auditiva sensorioneural no PEATE

294
Q

Deficiência parcial de biotinidase (AR 10%-30%) se manifesta em crianças mais velhas com:

A

ataxia ou paraparesia espástica
+
atraso no desenvolvimento
+
perda auditiva ou atrofia óptica.

295
Q

Crianças sintomáticas com deficiência de biotinidase melhoram com a:

A

suplementação de 5 a 20 mg de biotina oral por dia

  • Perda auditiva e atrofia óptica geralmente não são reversíveis.
296
Q

o que pode causar deficiência de folato?

A
  • Gravidez, lactação, prematuridade ou doenças associadas a anormalidades na absorção.
  • Medicamentos: aminopterina, metotrexato, pirimetamina, trimetoprim, e triantereno
297
Q

Deficiência de dihidrofolato redutase (DHFR)

  • Autossômica recessiva: dihidrofolato se acumula e o tetrahidrofolato diminui

a deficiência de DHFR afeta principalmente a -eritropoesse e mielopose, causando:
quais as manifestações neurológicas?

A

eritropoese e mielopoese (tanto que é alvo do metotrexato)
- anemia megaloblástica, falha no crescimento e microcefalia secundária

sintomas neurológicos: surgem após
- hipotonia, alteração da sácade e perseguição ocular, epilepsia focal, alteração cognitiva

298
Q

Deficiência de dihidrofolato redutase (DHFR)

folato e homocisteína sérica estão como?

A

Normais

mas no LCR: há uma depleção acentuada de 5-metil-THF no líquido cefalorraquidiano (LCR) e uma diminuição moderada de tetrahidrobiopterina e concentrações de neurotransmissores (ácido homovanílico e ácido 5-hidroxiindolacético) no LCR.

299
Q

Deficiência de dihidrofolato redutase (DHFR)

O TRATAMENTO SE BASEIA NA REPOSIÇÃO DE:

A

folinato de cálcio

  • O ácido fólico deve ser evitado no tratamento da deficiência de DHFR, pois a DHFR constitui a única enzima que catalisa a conversão do ácido fólico para dihidrofolato
300
Q

Deficiência de Metilenotetrahidrofolato Redutase (MTHFR)

  • DISTÚRBIO HEREDITÁRIO MAIS COMUM DO ÁCIDO FÓLICO: é necessário para a conversão de homocisteína em metionina

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS?

A

Varia de acordo com a gravidade da deficiência enzimática

ATRASO DO DESENVOLVIMENTO
+
ANORMALIDADES MOTORAS e MARCHA
+
EPILEPSIA
+
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: Estado prótrombotico.
+
malformações vasculares (hemangioma, stork bites na nuca)

301
Q

Deficiência de Metilenotetrahidrofolato Redutase (MTHFR)

qual é a suplementação de primeira escolha?

A

BETAÍNA (100 mg/kg de peso corporal por dia (bebês até 250 mg/kg por dia e crianças mais velhas até 20 g/dia))
- melhora o prognóstico da deficiência grave de MTHFR quando iniciada precocemente
- Se não houver resposta pode-se tentar ácido fólico, MTHF, riboflavina, metionina, piridoxina e cobalamin

Em caso de regressão psicomotora ou epilepsia, as concentrações de 5-metil-THF no LCR devem ser monitoradas.

302
Q

Deficiência de Metilenotetrahidrofolato Redutase (MTHFR)

como está o ácido fólico e homocisteína séricos?

A

Homocisteína elevada
e
Ácido fólico normal

303
Q

Má Absorção Hereditária de Folato

  • É uma característica herdada de forma autossômica recessiva causada por mutações no transportador de folato (PCFT = SLC46A1).

RESULTA PRINCIPALMENTE EM:

A

ANEMIA MEGALOBLÁSTICA, pode evoluir para pancitopenia.

  • Diarreia e/ou mucosite oral.
  • Imunodeficiência.
  • Sinais neurológicos (geralmente mais tardios): comprometimento cognitivo/motor, neuropatia, convulsões.
304
Q

Má Absorção Hereditária de Folato

o folato sérico e o MTHFR (LCR) estão:

qual o tratamento?

A

Folato sérico e MTHFR (LCR): Muito reduzido

Tratamento: 10 a 20 mg/kg de peso corporal de ácido folínico oral administrado diariamente como uma única dose.

  • A dosagem deve ser ajustada para atingir uma concentração normal de 5-metil-THF no LCR
305
Q

Deficiência de Transporte de Folato Cerebral

  • É um distúrbio herdado de forma autossômica recessiva associado a mutações no gene FOLR.

AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MAIS CONSISTENTES SÃO:

A

REGRESSÃO DO DESENVOLVIMENTO com início geralmente antes dos 3 anos.
- Ataques de espasmos infantis
- Crises mioclônicas resistentes
- alterações motoras: Ataxia + Hipotonia + Espasticidade
- “Autismo-like

306
Q

Deficiência de Transporte de Folato Cerebral

Concentrações do MTHFR no LCR é:
Folato sérico é:

A

MTHFR LCR: Muito baixa -> marca da doença.

FOLATO sérico: BAIXO

307
Q

Deficiência de Transporte de Folato Cerebral

TRATAMENTO:

A

Suplementação oral com 5 a 10 mg/kg de ácido folínico

  • Em casos de resposta clínica incompleta, consideram-se injeções intravenosas adicionais de 50 a 100 mg de ácido folínico uma vez por semana. Em pacientes selecionados, a administração intratecal de ácido folínico pode ser benéfica.
308
Q

A deficiência de —- é a principal causa evitável de retardo mental em todo o mundo.

A

IODO -> essencial para a produção de hormônios tireoidianos

  • A deficiência de iodo no início da vida está associada a uma perda de 6,9 a 10,2 pontos de QI em crianças que não desenvolvem cretinismo
  • Consequência mais séria da deficiência de iodo é o cretinismo, caracterizado por alterações graves e irreversíveis no desenvolvimento cerebral, resultando em retardo mental profundo e sinais neurológicos, incluindo surdez, desenvolvimento anormal da linguagem, movimentos oculares anormais e distúrbios motores.
309
Q

Há evidências generalizadas de que a suplementação periconcepção de ácido fólico e altas concentrações maternas de folato reduzem o risco de:

A

DEFEITOS DO TUBO NEURAL

310
Q

DEFICIÊNCIA DE COBALAMINA MATERNA TAMBÉM PODE ESTAR ASSOCIADA A DEFEITOS DO TUBO NEURAL

V OU F

A

VERDADEIRO

  • Níveis diminuídos de vitamina B12 no soro materno em humanos estão associados a um aumento no risco de defeitos do tubo neural, independentemente da suplementação da dieta com ácido fólico.
  • A deficiência de cobalamina leva à deficiência funcional de folato porque o folato não pode ser transformado em sua forma ativa de tetra-hidrofolato.

A oferta de vitamina B12 é, portanto, essencial para gestantes, lactantes e bebês. Durante a gravidez, as concentrações séricas de vitamina B12 na mãe diminuem

311
Q

DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A
SE MANIFESTA TIPICAMENTE COM QUAL CLÍNICA?

A

MANIFESTAÇÕES OCULARES: Manchas de Bitot, cegueira noturno, xeroftalmia.
RETARDO DO CRESCIMENTO
DEFICIÊNCIA DA IMUNIDADE

312
Q

QUAL É A IMPORTÂNCIA DOS ÁCIDOS GRAXOS DA AMAMENTAÇÃO FORNECIDOS PARA O BEBÊ?

em particular o ácido docosahexaenoico (DHA) e o ácido araquidônico

A

DESENVOLVIMENTO CEREBRAL e RETINA.

  • Ao amamentar, a mãe oferece ao bebê uma substância chamada DHA (ácido docosahexaenoico) por meio do leite. De forma geral, ela é responsável por participar da formação de células nervosas, facilitando a comunicação entre elas.
313
Q

“DE FORMA COLETIVA, ESSAS DOENÇAS SÃO A CAUSA MAIS COMUM DE DOENÇA NEURODEGENERATIVA HEREDITÁRIA NA INFÂNCIA.”

DE QUAL GRUPO ESTAMOS FALANDO?

A

LIPOFUSCINOSES CERÓIDES NEURONAIS
- Doença lisossomal
- Acúmulo intracelular de material de armazenamento lipopigmentado
- Caracterizado por: demência progressiva, convulsões, falha visual progressiva (exceto nas formas de início adulto) e, frequentemente, anormalidades de movimento.

314
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN1

QUAL A MANIFESTAÇÃO CLÍNICA?
quais os principais sistema acometidos?

A

INÍCIO COM 10 - 18 MESES
Regressão do desenvolvimento + Convulsões + Falha visual
- Progressão rápida com estado vegetativo e espasticidade precoces

VISUAL
- Deficiência visual 1 ano
- Cegueira 2 anos

CONVULSÕES
- Mioclonias e Tonico-clônica

REGRESSÃO DO DESENVOLVIMENTO
- Evolução para dependência funcional, hipotonia e espasticidade

315
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN1

qual é o prognóstico?

A

RUIM

  • Maioria das crianças morrem entre os 7 e 13 anos de idade
316
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN1

QUAL É O DEFEITO GENÉTICO E COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

A

MUTAÇÃO GENE PTT1: deficiência da enzima PTT1

DIAGNÓSTICO PELA ANÁLISE DA ENZIMA PTT1 COM IDENTIFICAÇÃO DE MUTAÇÕES

317
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN1

a apresentação típica é de início nos primeiros 2 anos de vida, mas pode ter início tardio infantil, forma juvenil e até adulta

V ou F

A

VERDADEIRO

Muda algumas manifestações e evolução clínica

318
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN2

qual a faixa etária de início?
quais as manifestações clínicas e sua evolução natural?

A

INÍCIO ENTRE 2 e 4 ANOS

Epilepsia: sintoma inicial
- Múltiplas semiologias (ausência, mioclonia, TCB)

Deterioração motora posteriormente
- Ataxia, alteração da fala
- Hipotonia, seguida por espasticidade severa

Perda visual posteriormente
- Geralmente inicia no 4º ano e é progressiva

Disautonomia
- Frialdade de extremidades, instabilidade de temperatura corporal

Sepse e convulsões incontroláveis são frequentemente a causa de morte no final da primeira década ou no início da adolescência.

319
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN2

qual o gene envolvido?

A

Gene TPP1: deficiência da enzima

Diagnóstico Definitivo: Análise da enzima TPP1 com identificação de mutações patológicas confirmatórias em TPP1.

320
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN3

É A FORMA MAIS RARA

V OU F

A

FALSO, É A MAIS COMUM

321
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN3

QUANDO É O INÍCIO DOS SINTOMAS?

QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E SUA EVOLUÇÃO NATURAL?

A

Forma Juvenil e MAIS comum

Diminuição visual central é o primeiro sintoma
- geralmente observada entre 4 e 6 anos de idade.
- retinite pigmentosa, palidez do disco, atrofia macular
- ficam completamente cegos entre 10 e 14 anos de idade

regressão cognitiva e alteração motora lenta
- Alteração comportamental; distúrbio do sono
- Psicose
- Por volta dos 10 anos de idade, nota-se um declínio cognitivo.
- Ecolalia e disartria + parkinsonismo axial aos 15 anos

epilepsia
- Por volta dos 12 anos
- Principalmente CTCB

envolvimento hipotalâmico
- instabilidade térmica, com episódios de hipotermia

A maioria dos pacientes sucumbe a convulsões e parada cardiorrespiratória em seus primeiros a meados dos 20 anos

322
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN3

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

A

Teste molecular para a deleção comum no CLN3

323
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN5

QUAL A FAIXA ETÁRIA DE INÍCIO?
QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E SUA EVOLUÇÃO?

A

INÍCIO ENTRE 3 - 7 ANOS (início tardio na infância)

Hipotonia e alterações motoras leves, seguido por
- problemas de aprendizado, seguido por:
- alteração visual, seguido por:
- convulsões, seguido por:
- ataxia e atetose

As crianças perdem a capacidade de deambular por volta dos 10 anos de idade, e a morte ocorre entre os 14 e 32 anos.

324
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

QUAL A TRÍADE ‘‘GERAL’’?

A

DEFEITO VISUAL
+
EPILEPSIA
+
ALTERAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO GLOBAL

Isso pode variar de acordo com cada subtipo, incluindo sua ordem de aparecimento… mas é o que há compartilhado entre eles.

325
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN5

como é feito o diagnóstico?

A

Demonstração de mutações patológicas em CLN5.

  • CLN5 é uma glicoproteína solúvel lisossomal
326
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN6
(mutações patológicas no gene CLN6.)

SE APRESENTA COMO:

A

se apresenta como outras formas variantes infantis tardias de NCL

  • As características clínicas iniciais incluem atraso motor e achados cerebelares de disartria e ataxia.
  • Convulsões (incluindo movimentos mioclônicos) começam em mais de 50% dos pacientes antes dos 5 anos
  • A falha visual ocorreu precocemente em 50% dos pacientes

Essa doença é rapidamente progressiva para um estado vegetativo.

327
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

Quais subtipos são ‘‘infantile’’ - bebês?

A

CLN 1 e CLN14

328
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

Quais subtipos são ‘‘infantile tardias”?

A

CLN2
CLN5
CLN6
CLN7

329
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

QUAIS SUBTIPOS SÃO JUVENIS?

A

CLN3
CLN4
CLN9
CLN12

330
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

QUAL SUBTIPO É NEONATAL/CONGÊNITO?

A

CLN 10

331
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN10

Forma congênita, quais as manifestações?

A

RARA e LETAL

Microcefalia + Insuficiência respiratória + status epilepticus + rigidez

MORTE OCORRE DENTRO DE HORAS - SEMANAS DO NASCIMENTO

Mutação no CTSD

332
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN12
MUTAÇÃO NO ATP13A2
- FORMA JUVENIL QUE ERA CONHECIDA COMO:

A

SÍNDROME DE KUFOR-RAKEB

333
Q

LIPOFUSCINOSE CERÓIDE NEURONAL

CLN12/KUFOR-RAKEB
MUTAÇÃO NO ATP13A2

QUAL A EVOLUÇÃO E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS?

A

INÍCIO JUVENIL - Parkinsonismo juvenil
DEGENERAÇÃO PIRAMIDAL + DEGENERAÇÃO EXTRAMIDAL + PARALISIA SUPRANUCLEAR DO OLHAR + DEMÊNCIA
- ferro nos núcleos da base e atrofia difusa
- dificuldades de aprendizado por volta dos 8 anos
- Nos anos seguintes, foram observados mioclonus e piora da ataxia, características extrapiramidais progressivas
- Mioclonia grave e fala ininteligível, estando em uma cadeira de rodas aos 25 anos.

334
Q

As doenças NCL (lipofuscinoses ceróides neuronais) são autossômicas

A

RECESSIVAS
- Irmãos de um paciente afetado têm 25% de chance de serem afetados, 50% de chance de serem portadores assintomáticos e 25% de chance de não serem portadores.

obs: exceto a forma adulta do CLN4, que é autossômica dominante

335
Q

AS CANALOPATIAS POSSUEM DIVERSOS FENÓTIPOS, TAIS QUAIS:

A

1) EPILEPSIA
2) MIGRÂNEA
3) DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO
4) DISTÚRBIOS MUSCULARES (miotonia e fraqueza)
5) ATAXIA

336
Q

CANALOPATIAS

SÍNDROME DE DRAVET

QUAL A APRESENTAÇÃO CLÁSSICA?

A

CONVULSÃO FEBRIL NO 1º ANO DE VIDA
- OUTROS TIPOS DE CONVULSÃO NO 2º ANO DE VIDA (ausência, mioclônicas e tônico-clônicas) E ATÉ SEM FEBRE.
- AO LONGO DA INFÂNCIA: bloqueadores de canal de sódio (por exemplo, carbamazepina, fenitoína, fosfenitoína, oxcarbazepina e lamotrigina) exacerbam as convulsões.
- DESENVOLVIMENTO AFETADO: Deficiência intelectual moderada
a grave está presente em muitas crianças
- ALTERAÇÃO COMPORTAMENTAL: Hiperatividade e
traços autistas estão presentes nos anos de criança pequena I substituído por comportamento geralmente mais lento na adolescência.

337
Q

SÍNDROME DE DRAVET

mutação no:

A

SCN1A

canal de sódio, por isso é uma canalopatia.

  • A maioria apresenta uma mutação de novo
338
Q

SÍNDROME DE DRAVET

qual o cuidado no tratamento?

A

EVITAR INIBIDORES DOS CANAIS DE SÓDIO
- (por exemplo, carbamazepina, fenitoína,
fosfenitoína, oxcarbazepina e lamotrigina)

339
Q

SÍNDROME DE DRAVET

HÁ UM PADRÃO TÍPICO DO EEG

V OU F

A

FALSO

  • Nenhum padrão característico é diagnóstico da síndrome de Dravet, como ocorre na síndrome de Lennox-Gastaut ou na síndrome de Doose
340
Q

Canalopatias

Epilepsia Generalizada com Convulsões Febris Plus (GEFS+)

caracterizada por:

A

SÍNDROME EPILÉPTICA FAMILIAR (AUTOSSÔMICA DOMINANTE c/ penetrância variável)
- CONVULSÕES FEBRIS NA INFÂNCIA EM VÁRIAS GERAÇÕES DA FAMÍLIA
- MUITAS VEZES COM CONTINUAÇÃO DE CONVULSÕES FEBRIS NA VIDA ADULTA
- FENÓTIPO VARIÁVEL: tipos de convulsões incluem tônico-clônicas bilaterais, mioclônicas, ausência e atônicas.
- A resolução das convulsões frequentemente ocorre por volta dos 12 anos.
- Desenvolvimento normal

VÁRIOS GENES: gene SCN1B, SCN1A, SCN2A, GABAA, GABRG2 e GABRD

341
Q

Canalopatias

Convulsões Neonatais Familiares Benignas
Mutações nos canais de potássio KCNQ2

EPILEPSIA AUTOSSÔMICA DOMINANTE QUE SE MANIFESTA COM:

A

CONVULSÕES NAS PRIMEIRAS 2 SEMANAS DE VIDA
- mais comumente iniciando no segundo ou terceiro dia de vida
- Autolimitada: maioria cessa aos 4 ou 5 meses de vida
- HISTÓRIA FAMILIAR PRESENTE: presença de convulsões semelhantes em pais e parentes de primeiro grau, ocorrendo na mesma idade.
- DESENVOLVIMENTO NORMAL
- EEG interictal normal

Quinze por cento das crianças desenvolverão epilepsia mais tarde na vida

As convulsões benignas familiares na infância-neonatal são uma síndrome epiléptica que foi descrita como semelhante às convulsões neonatais benignas, mas ocorre em uma idade ligeiramente mais avançada

342
Q

Canalopatias

Encefalopatia KCNQ2 (canais de potássio)

SE CARACTERIZA POR:

A

CONVULSÕES NEONATAIS DE DIFÍCIL CONTROLE
- Podem se resolver nos primeiros anos de vida, mas com: COMPROMETIMENTO INTELECTUAL RESIDUAL VARIÁVEL
- As convulsões são tônicas e focais, com algumas crianças apresentando convulsões mioclônicas e espasmos infantis. Alterações autonômicas podem ser uma característica

(pode ter uma fenótipo sobreposto com a síndrome de Ohtahara e a síndrome de West.)

343
Q

CANALOPATIA

SÍNDROME DEND (Atraso do desenvolvimento, Epilepsia e Diabetes Neonatal)

mutação no gene KCNJ11

DOENÇA RARA COM ACOMETIMENTO NEONATAL, CARACTERIZADO PELA TRÍADE:

A

EPILEPSIA
DIABETES NEONATAL (primeiros 6 meses de vida)
ATRASO DO DESENVOLVIMENTO

os pacientes respondem ao tratamento com medicamentos sulfunilureias, como glibenclamida, levando à melhora nos efeitos do diabetes, nos resultados de desenvolvimento e na frequência e efeitos das convulsões.

344
Q

Epilepsia noturna autossômica dominante do lobo frontal

É UMA EPILEPSIA FAMILIAR CARACTERIZADA POR:

A

CRISES NOTURNAS TÍPICAS DO LOBO FRONTAL COM HISTÓRIA FAMILIAR PRESENTE

  • Comportamentos hipermotores bizarros, como girar, debater-se e balançar.
  • Início na infância, mas com Desenvolvimento normal
  • Pode persistir até a vida adulta
  • EEG interictal normal
345
Q

SÍNDROMES FAMILIARES DE DOR (Mutações em SCN9A)

QUAIS SÃO AQUELAS ASSOCIADAS COM EPISÓDIO DE DOR EXACERBADA?

A

Eritromelalgia Hereditária/Primária
e
Transtorno Paroxístico de Dor Extrema (TPDE)

346
Q

CANALOPATIAS

SÍNDROMES FAMILIARES DE DOR

- Eritromelalgia Hereditária/Primária
Pode ser esporádica ou hereditária (autossômica dominante - (Mutações em SCN9A)
caracterizada por:

A

início pode variar da infância à idade adulta

episódios de:
- VERMELHIDÃO e INCHAÇO NAS MÃOS e PÉS
- DOR ARDENTE

Podem ser desencadeados por: calor leve ou exercício.
O eritema pode ser constante

347
Q

SÍNDROMES FAMILIARES DE DOR (Mutações em SCN9A)

  • Transtorno Paroxístico de Dor Extrema (TPDE)

, é caracterizado por:

A

DOR SEVERA EPISÓDICA
- PERIRRETAL geralmente, mas também pode envolver os órgãos genitais, membros e rosto, especialmente a região periorbital.
- Estimulação da região por movimentos intestinais, contato na região perianal, alimentação ou mudanças súbitas de temperatura podem induzir episódios de dor.
- Os sintomas foram relatados já no momento do parto, e a ocorrência intrauterina é suspeita

anteriormente chamado de dor retal familiar

348
Q

canalopatia

SÍNDROMES FAMILIARES DE DOR

  • Indiferença Congênita à Dor (CIP)

é uma síndrome caracterizada por:

A

INSENSIBILIDADE À DOR
- Fraturas, queimaduras e outros ferimentos significativos podem passar despercebidos.

  • A consciência de um estímulo está presente, mas a dor não é experimentada em relação ao estímulo.
  • forma mais grave foi relatada e está associada à anidrose; atraso intelectual e hipotonia
  • Sinais de neuropatia periférica no exame clínico ou testes neurofisiológicos e anormalidades no sistema nervoso autônomo estão ausentes
349
Q

canalopatias

MIGRÂNEA HEMIPLÉGICA FAMILIAR

Frequentemente se manifesta na 1ª-2ª década de vida

qual o critério diagnóstico?

A

enxaqueca com aura com fraqueza motora
+
pelo menos um parente de primeiro ou segundo grau com sintomas semelhantes.

  • Fraqueza unilateral geralmente com duração de 24 horas ou, raramente, vários dias.
  • Sintomas extremos de duração prolongada (30 dias) e coma são raros, assim como convulsões
  • Ataxia e disartria foram relatadas entre os ataques
350
Q

canalopatias

MIGRÂNEA HEMIPLÉGICA FAMILIAR

QUAL É A MUTAÇÃO?

A

mutação no canal de cálcio
CACNA1A (FHM1)

*ambém foram relatadas em pacientes com hemiplegia alternante na infância, que fenotipicamente apresenta alguma sobreposição com a enxaqueca hemiplégica, ), e em pacientes com ataxia episódica tipo 2 e ataxia espinocerebelar tipo 6.

351
Q

CANALOPATIAS

ATAXIAS EPISÓDICAS

Este distúrbio é caracterizado por:

A

ATAQUES DE ATAXIA

352
Q

ATAXIAS EPISÓDICAS

QUAIS AS DIFERENÇAS DO TIPO 1 para o TIPO 2?

A

ataxia episódica tipo 1 é caracterizada por:
- gene KCNA1 (potássio)
- episódios frequentes e breves de ataxia
- marcha atáxica e fala arrastada
- hiperexcitabilidade muscular - mioquimias
- precipitados por: explosões emocionais intensas, movimentos bruscos e exercícios
- tratamento com carbamazepina

ataxia episódica tipo 2:
- gene CACNA1 (cálcio)
- Ataxia truncal, com períodos mais prolongados (horas - dias)
- Anormalidades nos movimentos oculares (nistagmo) às vezes estão presentes.
- Os episódios podem ser induzidos por estresse ou exercício
- tratamento com acetazolamida

Sintomas de enxaqueca podem estar presentes em ambos os tipos de ataxia episódica, mas são mais comuns no tipo 2

353
Q

ATAXIAS ESPINOCEREBELARES

AS CANALOPATIAS SÃO RESPONSÁVEIS POR UM SUBTIPO, QUAL?
Esse tipo se manifesta como uma:

A

SCA 6 => repetições de trinucleotídeos no gene CACNA1A
ataxia espinocerebelar tipo 6
DEGENERAÇÃO CEREBELAR PROGRESSIVA
- ataxia, dismetria e outros sinais cerebelares.
- atrofia cerebelar.

(espasticidade e as neuropatias cranianas não são proeminentes)

354
Q

PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO DE ERROS INATOS DO METABOLISMO DO HCRP

“TOP 12” - top twelve

QUAIS OS EXAMES?

A

Existem no sistema:

URINA
- Urina rotina e triagem EIM

SANGUE
- Hemograma, glicemia, gasometria, eletrólitos (sódio, cálcio, potássio, cloro e magnésio se crise)
- Ureia e creatinina
- TGO/TGP, se história de icteria e hepatomegalia pedir bilirrubinas, canaliculares
- Amônia
- Lactato
- Lipidograma: colesterol + triglicerídeos
- Ácido úrico
- CPK
- Fosfatase alcalina

Calcular o Ânion Gap
pode pensar em incluir TSH, até acido metilmalonico/homocisteina

355
Q

Para calcular o Ânion Gap para investigação da triagem metabólica quais outros exames são pedidos?

A

Sódio, bicarbonato e cloro

  • além de amônia, glicemia, ureia, lactato, urina rotina para avaliar cetonuria, gasometria
356
Q

QUAIS DOENÇAS METABÓLICAS PODEM CURSAR COM QUADRO PSIQUIÁTRICO AGUDO?

A
  • DISTÚRBIOS DO CICLO DA UREIA
  • DISTÚRBIOS DA REMETILAÇÃO DA HOMOCISTEÍNA (Deficiência de MTHFR e Cobalamina C)
  • Porfiria aguda

Ou seja, pedir ALA / PBG / Amônia / VitaminaB12 (homocisteína/ácido metilmalônico) / Ácido fólico

357
Q

Distúrbios de DEFICIÊNCIA DA CREATINA (CDD)

  • Engloba 2 mecanismos, 3 doenças e 2 tipos de heranças

quais?

A

ANOMALIAS DA SÍNTESE DA CREATINA (herança recessiva)
- Deficiência de guanidinoacetato metiltransferase (GAMT)
- Deficiência de L-arginina:glicina amidinotransferase (AGAT)

ANOMALIAS DO TRANSPORTADOR DE CREATINA (herança ligada ao X)
- deficiência do transportador de creatina (CRTR)

358
Q

Distúrbios de DEFICIÊNCIA DA CREATINA

SUSPEITADO QUANDO HÁ
- OS SEGUINTES ACHADOS CLÍNICOS:
- OS SEGUINTES ACHADOS BIOQUÍMICOS:
- OS SEGUINTES ACHADOS DE IMAGEM:

A

SUSPEITADO PELOS:
ACHADOS CLÍNICOS
- ADNPM, DEFICIÊNCIA COGNITIVA, HIPOTONIA, EPILEPSIA, DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO (coreia, distonia), DISTÚRBIO DO COMPORTAMENTAL (TEA, TDAH, agressividade) - meio inespecíficos

ACHADOS BIOQUÍMICOS
- Deficiência de GAMT: ⭡ guanidinoacetato (GAA) urina/plasma/LCR, ⭣ creatina e creatinina urina/plasma/LCR
- Deficiência de AGAT: ⭣ guanidinoacetato (GAA) urina/plasma/LCR, ⭣ creatina e creatinina urina/plasma/LCR
- Deficiência de CRTR: ⭡ relação creatina/creatinina urina

ACHADOS DE NEUROIMAGEM
- RNM com espectroscopia: AUSÊNCIA ou REDUÇÃO ABRUPTA do pico de creatina

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK3794/

359
Q

distúrbios da DEFICIÊNCIA DA CREATINA

Como é feito o diagnóstico genético?

A

Deficiência de GAMT ou GATM: Variantes patogênicas bialélicas:
- GAMT ou GATM

OU

Deficiência de CRTR: Variante patogênica em homozigose ou heterozigose:
- SLC6A8

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK3794/

360
Q

distúrbios da DEFICIÊNCIA DA CREATINA

COMO É FEITO O TRATAMENTO?

A

PARA TODOS:
- Reposição de creatina oral monohidratada

Para GAMT: Adiciona ornitina e restringe arginina
Para CRTR: Adiciona arginina e glicina

In those treated with creatine monohydrate, periodic determination of cerebral creatine level by in vivo 1H-MRS and annual measurement of renal function to detect possible creatine-associated nephropathy is warranted.

361
Q

Doença de Pelizaeus-Merzbacher

1) possui herança ligada —-
2) É uma leucodistrofia (V ou F)
3) É causado por mutação do PLP1 (proteolipid protein 1)

A

1) Herança ligada ao X: AFETA MENINOS
2) Verdadeiro, como leucodistrofia hipomielinizante: PLP é importante para mielinização dos axônios
3) VERDADEIRO, a depender da forma: na clássica há superexpressão do gene por duplicação; na forma SPG2 há ausência por deleção; na forma conatal há misfolding por sequências intragênicas

362
Q

Doença de Pelizaeus-Merzbacher

Possui 3 fenótipos que variam em severidade

quais são seus nomes?

A

CONATAL/tipo 1: FORMA SEVERA (misfolding do PLP1)

FORMA CLÁSSICA: MAIS COMUM (duplicação do PLP1)

FORMA SPG2: MAIS LEVE DE TODAS (deleção do PLP1)

363
Q

Doença de Pelizaeus-Merzbacher

QUAL É A CLÍNICA DA FORMA CLÁSSICA?

A

INÍCIO NA INFÂNCIA AFETA MENINOS
- NISTAGMO PENDULAR
- HIPOTONIA => ESPASTICIDADE
- FRAQUEZA FARÍNGEA/ESTRIDOR
- ATAXIA

The major clinical features of PMD are nystagmus, spasticity, athetosis, tremor, and ataxia. (Uptodate)

OUTRAS FORMAS MAIS RARAS
- CONATAL: Nistagmo, Hipotonia, Distúrbio bulbar e respiratório => MAIS GRAVE
- FORMA SPG2 LIGADA AO X: Atraso motor + Espasticidade lentamente progressiva + disfunção vesical

364
Q

em bebês com menos de —— com síndrome de dismielinização, a ressonância magnética cerebral pode não mostrar anormalidades óbvias na substância branca.

A

MENOS DE 2 ANOS

  • No desenvolvimento normal, a maior parte da mielinização do sistema nervoso central ocorre durante os primeiros dois anos de vida.
365
Q

Doença de Pelizaeus-Merzbacher

ACHADOS DE IMAGEM:

A

LEUCODISTROFIA: Hipomielinização

366
Q

Megaloencefalia com malformação capilar

caracterizada por:

A

nome já diz

MEGALENCEFALIA e MALFORMAÇÕES CAPILARES CUTÂNEA

OUTROS:
- sindactilia, polidactilia pós-axial, frouxidão ligamentar
- EPILEPSIA

367
Q

síndrome da megaloencefalia-polimicrogiria-polidactilia-hidrocefalia (MPPH)

é caracterizada por uma tetrade de:

A

megaloencefalia congênita;
polimicrogiria;
polidactilia;
hidrocefalia

EPILEPSIA EM TODOS

368
Q

Deficiência do Transportador de Glicose 1 (GLUT-1)

  • Glut-1 facilita a passagem de glicose através da barreira hematoencefálica

Uma ampla gama de fenótipos foi associada a esse transtorno, mas 90% das crianças afetadas desenvolvem:

Quais outras manifestações?

A

EPILEPSIA COM CRISES DE VÁRIOS TIPOS
- Epilepsia se manifesta no primeiro ano de vida: principalmente generalizada
- epilepsia de ausência precoce, epilepsia mioclonica-atonica (doose)

  • Distúrbios dos movimentos oculares (sacadas, etc) e cefálicos
  • Discinesia paroxística induzida por exercício
  • Microcefalia adquirida, ataxia e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor podem estar presentes
  • distúrbios do sono, crises de enxaqueca, distúrbios do sono
369
Q

Deficiência do Transportador de Glicose 1 (GLUT-1)

LCR MOSTRA:

A

HIPOGLICORRAQUIA

(Pois o GLUT-1 facilita o transporte da glicose através da BHE)

370
Q

Deficiência do Transportador de Glicose 1 (GLUT-1)

UMA TERAPIA BASTANTE INTERESSANTE É:

A

DIETA CETOGÊNICA

  • A resposta é rápida, mesmo no caso de crises anteriormente refratárias, e o tratamento deve ser mantido a longo prazo.
371
Q

RIZOMELIA
MESOMELIA
BRAQUIDACTILIA
MAO PEQUENA

QUAIS AS DIFERENÇAS?

A

RIZOMELIA: Encurtamento proximal do membro.
MESOMELIA: Encurtamento da parte média do membro
BRAQUIDACTILIA: ENCURTAMENTO das falanges
MAO PEQUENA: Mão pequena como um todo

372
Q

GERALMENTE AS DISOSTOSES ÓSSEAS SAO ASSIMÉTRICAS E DISPLASIA ÓSSEAS SAO SIMÉTRICAS

V OU F

A

VERDADEIRO

  • exceção para displasia óssea, ou seja, que é assimétrica:
  • condrodisplasia punctata ligada ao X dominante (ou síndrome Conradi-Hünermann-Happle)
373
Q

ACONDROPLASIA TENDE A TER ACOMETIMENTO NEUROLÓGICO, MAS NÃO A HIPOCONDROPLASIA.

V OU F

A

Falso, o contrário.

  • ACONDROPLASIA geralmente não causa alteração neurológica.
  • Hipocondroplasia: geralmente tem causa neurológica.
374
Q

Para distúrbios de metilação, como Prader-willi e Angelman.

Qual teste genético solicitar?

A

MS-MLPA

  • Microarray cromossômico não adianta, veria microdelecao ou duplicação
375
Q

Para distúrbios de metilação, como Prader-willi e Angelman.

Qual teste genético solicitar?

A

MS-MLPA

  • Microarray cromossômico não adianta, veria microdelecao ou duplicação
376
Q

PAINEL PARA DOENÇAS LISOSSOMAIS COBRE AS MUCOPOLISSACARIDOSES?

A

Sim!

  • Pois isso o painel lisossomico é interessante
377
Q

QUANDO PENSAR EM DOENÇA DE DEPÓSITO?

A
  • FÁCIES INFILTRADA
  • HEPATOMEGALIA E/OU ESPLENOMEGALIA

(??)

EX: Doenças LISOSSOMAIS.

378
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

  • O SEQUENCIAMENTO DE NOVA GERAÇÃO É MELHOR QUE O ENSAIO LISOSSOMAL.

V OU F

A

Falso

  • No caso do Gaucher o ensaio enzimático é melhor
379
Q

Doenças LISOSSOMAIS

GLICOPROTEINOSES
É UM GRUPO EM QUE POSSUI QUAIS ENZIMAS LISOSSOMICAS?

A

Pensar na clínica é relevante, pois a pesquisa bioquímica é limitada.

  • Esse grupo pode causar HIPOMIELINIZAÇÃO

Ex: fucosidose, Alfa e beta monosidose, neuraminidase, hexosaminidase, galactosidase.

Atenção: Alfa e Beta monosidose também é diagnóstico diferencial de NBIA.
(GM1 também é)

380
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

  • ALFA-MANOSIDOSE

QUANDO PENSAR?

A
  • Desmielinização cerebral (leuco encefalopatia): alt de SB secundária.
  • Perda auditiva neurossensorial: 97%
    (Nas mucopolissacaridose são mistas ou condutivas)
  • Deficiência imunológica
  • Comprometimento progressivo motor, fala, cognitivo
  • Deficiência intelectual (97%) e hidrocefalia/macrocefalia
  • Fácies atípica com rosto grosseiro, raíz nasal baixa
  • Envolvimento cardiopulmonar (alta expressão genica)
  • Ataxia e neuropatia periférica ao longo da vida: tem que chamar atenção do neurologista adulto.
  • Distúrbios psiquiátricos: 44%

OBS:
Leucodistrofia: é uma doença PRIMÁRIA de substância branca
Leuco encefalopatia: é uma doença primaria ou secundária de SB

381
Q

doenças LISOSSOMAIS

ALFA-MANOSIDOSE

Há um espectro de apresentações, como?

A

Sim!

Início mais precoce, início na adolescência, quando mais precoce, mais grave.

382
Q

Angioqueratomas são específicos para Fabry

V OU F

A

Falso, pode ter em várias doenças como: niemann-pack, monosidose, fucosidose, entre outras

383
Q

LEUCOENCEFALOPATIA COM SURDEZ, DEVEMOS PENSAR EM: (2)

A

Alfa e beta MONOSIDOSE

384
Q

Manosidoses

Há terapia?
Se tiver, como é a resposta?

A
  • Tem terapia: reposição enzimática
  • Não atravessa BHE, então pode ser que não melhore sintomas neurológicos, mas os outros sim! (que inclusive são as que causam mais impacto).

Outro: Transplante de medula óssea, mas é reservado para formas graves e de maneira precoce, nunca foi feito no Brasil!

Preço: 1 milhão ao ano, tem 2 pacientes em tratamento no Brasil.

385
Q

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DOS ERROS INATOS DO METABOLISMO

Generica

A
386
Q

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS AGUDOS NA INFÂNCIA, DEVEMOS PENSAR EM CAUSAS ORGÂNICAS

COMO:

A

DOENÇAS DO METABOLISMO
e
DOENÇAS IMUNOMEDIADAS

387
Q

SÍNDROME DE LOWE

TAMBÉM CONHECIDA COMO?

A

SÍNDROME OCULOCEREBRORRENAL

388
Q

Uma doença multissistêmica rara caracterizada por catarata congênita, glaucoma, deficiência intelectual, convulsões, retardo de crescimento pós-natal e disfunção tubular renal com insuficiência renal crônica.

QUAL?

A

SÍNDROME DE LOWE OU SÍNDROME OCULOCEREBRORRENAL

389
Q

SÍNDROME DE LOWE OU SÍNDROME OCULOCEREBRORRENAL

  • SÍNDROME COM HERANÇA —

MUTAÇÃO DO GENE ORCL, QUE PRODUZ UMA ENZIMA RELEVANTE NOS ENDOSSOMOS
- Enzima que tem como função: converter fosfatidilinositol 4,5-bisfosfato (PIP2) em fosfatidilinositol 4-fosfato

A

LIGADA AO X, ACOMETENDO PRINCIPALMENTE INDIVÍDUOS DO SEXO MASCULINO.

1 EM 500.000

390
Q

SÍNDROME DE LOWE OU SÍNDROME OCULOCEREBRORRENAL

quais são as manifestações clínicas e quando suspeitar?

A

Recém-nascido do sexo masculino com catarata congênita, hipotonia central, tubulopatia e atraso do desenvolvimento.
- ANORMALIDADES OFTALMOLÓGICAS: GLAUCOMA, CATARATA, NISTAGMO
- ANORMALIDADES NEUROLÓGICAS: HIPOTONIA, ATRASO MOTOR, EPILEPSIA (50%), DI (leve-grave)
- ALTERAÇÕES RENAIS: DOENÇA DE FANCONI, DRC

Diagnóstico diferencial
A presença de cataratas com hipotonia requer a exclusão de distúrbios mitocondriais, como a neuropatia óptica congênita de Leber (LHON), distúrbios peroxissomais como a síndrome de Zellweger e infecções congênitas, incluindo, mas não se limitando a rubéola ou toxoplasmose . A hipotonia é uma característica da OCRL que pode ser vista em distrofias miotônicas congênitas ou miopatia congênita, como a doença músculo-olho-cérebro. É importante observar que a presença de patologia renal geralmente descartará esses outros diagnósticos diferenciais. A síndrome de Joubert é outra síndrome cerebrorrenal hereditária com anormalidades cerebelares e do tronco cerebral características.

391
Q

Síndrome de Moebius

Prevalência incerta, mas é rara
Etiologia indefinida, mas há fatores genéticos e isquemia na embriogenese.

COMO É A MANIFESTAÇÃO CLÍNICA?

A
  • SUBDESENVOLVIMENTO DO FACIAL (NC VII): fraqueza ou paralisia facial, dificuldade para sorrir, fechar a boca e mastigar.
  • SUBDESENVOLVIMENTO DO ABDUCENTE (NC VI)
  • Problemas de motilidade ocular e função neurovisual, incluindo estrabismo e erros de refração.
  • Deformidades Musculoesqueléticas
  • Manifestações Ortodônticas
  • Deficiências cognitivas
392
Q

Microdeleções ou microduplicações estão associadas com fenótipos mais graves?

A

MICRODELEÇÕES!

393
Q

Microdeleções ou microduplicações estão associadas com fenótipos mais graves?

A

MICRODELEÇÕES!

394
Q

VARIANTES DOS NÚMEROS DE CÓPIAS (CNVs)

é o mesmo que:

A

Microduplicações ou microdeleções

Ou seja, alteram a quantidade para mais ou menos

395
Q

VARIANTES DOS NÚMEROS DE CÓPIAS (CNVs)

é o mesmo que:

A

Microduplicações ou microdeleções

Ou seja, alteram a quantidade para mais ou menos

Ganhou ou perda de um trecho do DNA

396
Q

MICRODELEÇÕES E MICRODUPLICAÇÕES

NA MAIORIA DAS VEZES SAO DE NOVO
V OU F

A

Verdadeiro

397
Q

Para o convênio:
Pedir cariótipo
Depois array/Mlpa
E só depois o exoma

Tudo justificado etc

A

.

398
Q

Array é mais específico que o exoma

V OU F

A

Verdadeiro

399
Q

CONDRODISPLASIA PUNCTATA RIZOMÉLICA

Qual é a clínica?

A
  • aparência facial típica, cataratas, displasia esquelética causando falha desproporcional do crescimento somático, microcefalia e defeitos psicomotores graves.
  • Anormalidades bioquímicas incluem biossíntese de plasmalogênio prejudicada em todas as formas de RCDP e acúmulo de ácido fitânico no RCDP tipo 1.
400
Q

DOENÇA DE MENKES e DOENÇA DE WILSON

AMBAS DOENÇAS AFETAM DE COBRE
- ATP7A: Enterócito => DEFEITO => MENKES
- ATP7B: hepatócito => DEFEITO => WILSON

O QUE ESSES DEFEITOS CAUSAM?

A

MENKES: DEFEITO NO ATP7A
- Absorção normal, mas cobre não sai do enterócito para o organismo
- DEFICIÊNCIA DE COBRE

WILSON: DEFEITO NO ATP7B
- COBRE NÃO SAI DO HEPATÓCITO
- AFETA EXCREÇÃO DE COBRE ==> ACÚMULO DE COBRE

401
Q

DOENÇA DE WILSON

MUTAÇÃO NO:
HERANÇA:

A
  • Autossômica recessiva;
  • Incidência: 1: 30.000-40.000;
    1% da população mundial = heterozigotos, assintomáticos;
  • Mutações ATP7B (cromossomo 13q14.3)- codifica proteína ATP7B: Excreção do cobre;
  • Incorporação do cobre à ceruloplasmina!
  • Heterozigotos compostos;
  • Destruição total da função da proteína ATP7B - apresentação precoce;
  • Função residual - apresentação tardia.
402
Q

DOENÇA DE WILSON

  • OS PRINCIPAIS LOCAIS ACOMETIDOS SÃO:
A

FÍGADO;
NÚCLEOS DA BASE
Olhos (anéis de Kayser-Fleischer,
catarata em girassol), túbulos renais (Litíase renal, acidose tubular renal, síndrome de Fanconi;), etc.

403
Q

DOENÇA DE WILSON

DOENÇA NEUROLÓGICA

QUAL É A FAIXA ETÁRIA DE INÍCIO?

COMO É O QUADRO CLÍNICO?

A

FAIXA ETÁRIA 10-30 ANOS

INICIALMENTE:
- Disartria - 1o sintoma mais comum!
- Incoordenação, Alterações na caligrafia;
- Ataxia, Alterações de marcha;
- Tremor, parkinsonismo;

MAIS TARDIOS:
- Sialorréia / Disfagia / Coreia / Distonia / Crises.

Típico:
Problemas na fala
e na marcha!

404
Q

DOENÇA DE WILSON

ALÉM DO QUADRO NEUROLÓGICO, O QUADRO PSIQUIÁTRICO E HEPÁTICO SÃO RELEVANTES.

COMO É A CLÍNICA?

A

PSIQUIÁTRICO
Manifestações:
- Diminuição do rendimento escolar;
- Problemas comportamentais: desinibição, agitação,
agressividade, mudança da personalidade;
- Psicose (delírio persecutório, alucinações);
- Depressão;
- Ansiedade.

DOENÇA HEPÁTICA
- Início + comum: 8-20 anos.
Manifestações:
- Agudas / subagudas / crônicas;
- Aumento TGO e TGP / cirrose / carcinoma hepatocelular.

405
Q

DOENÇA DE WILSON

O QUE CONSTA NOS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE LEIZPIG?

A

4 OU MAIS: Diagnóstico muito provável
3: possível
até 2: improvável

SINAIS E SINTOMAS: Anei de KF; Sintomas neuropsiquiátricos; anemia hemolítica (coombs negativo)
EXAMES LAB: Cobre urinário aumentado; cobre hepático aumentado; ceruloplasmina sérica baixa
ANÁLISE DE VARIANTES PATOGÊNICAS

406
Q

DOENÇA DE WILSON

COMO É O PERFIL DE COBRE SÉRICO / URINÁRIO / CERULOPLASMINA?

A
  • Cobre: BAIXO
  • Ceruloplasmina: BAIXA
    200mg/L ou < 20mg/dL
  • Excreção urinaria de cobre: ALTA

MAS CUIDADO!
- Valores em crianças pequenas: Primeiros meses de vida: cobre alto / ceruloplasmina baixa...

407
Q

DOENÇA DE WILSON

QUAIS OS ACHADOS DA RM DE ENCÉFALO?

A

T2/FLAIR: HIPERSINAL EM NÚCLEOS DA BASE
- MAIS RARAMENTE O SINAL DO PANDA

408
Q

DOENÇA DE WILSON

  • Análise genética para identificação da mutação em:
A

ATP7B

  • OBS: Ao diagnosticar 1 pessoa na familia com Doença de Wilson,
    Os irmãos devem ser investigados!
409
Q

DOENÇA DE WILSON

PENICILAMINA (quelante de cobre) e TRIENTINA (quelantes)

NÃO HÁ DÚVIDAS QUE O TRATAMENTO INICIAL DEVE SER COM QUELANTES EM CASO DE MANIFESTAÇÕES —

A

HEPÁTICA

410
Q

DOENÇA DE WILSON

QUANDO PODE SER INDICADO TRATAR COM SAIS DE ZINCO AO INVÉS DE QUELANTES (PENICILAMINA, TRIENTINA)?

A

EM PACIENTES COM MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS
- PELO RISCO DE PIORA INICIAL DO QUADRO NEUROLÓGICO COM O USO DE QUELANTES, ESPECIALMENTE PENICILAMINA.

411
Q

DOENÇA DE WILSON

A TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA CONSISTE DE:

A

EVITAR alimentos ricos em cobre:

412
Q

DOENÇA DE WILSON

QUAL É UMA META LABORATORIAL FREQUENTEMENTE SOLICITADA NA ROTINA?
- SEGUIMENTO TERAPÊUTICO

A

NÍVEIS DE EXCREÇÃO DE COBRE URINÁRIO

(Meta: abaixo de 2 μmol/dia).
- evitar deficiência de cobre!

413
Q

DOENÇA DE MENKES

COMO É A HERANÇA E O GENE?

O QUE CAUSA A DEFICIÊNCIA DA ENZIMA?

A

HERANÇA LIGADA AO X
GENE: ATP7A
O QUE CAUSA: Após absorção intestinal: cobre não sai do enterócito! -> Redução do cobre e afeta as cuproenzimas (enzimas que tem o cobre como componente ou cofator)

414
Q

DOENÇA DE MENKES

Ao nascer - sinais inespecíficos:

A

Lactentes do sexo masculino (ligado ao X)

  • prematuridade, cefalohematomas (rápida atrofia do encéfalo), hipotermia,
    pele flácida; cabelo quebradiço
415
Q

DOENÇA DE MENKES

como é a evolução?

A
  • Hipotonia —> Espasticidade
  • Crises
  • Perda de marcos do desenvolvimento
  • Disfagia; vômitos e diarreia crônicos; baixo ganho ponderal.
  • Tortuosidade vascular; Divertículos na bexiga - ITU frequentes! Hérnia umbilical / hérnia inguinal
416
Q

DOENÇA DE MENKES

quais são as características faciais?

A
  • Epicanto;
  • Pele flácida, proeminente na nuca e tronco;
  • Cabelos finos e quebradiços,
    da cor cinza metálico
    ;
  • Ao estudo microscópico dos fios de cabelo:
    pilli torti (= torção anormal do fio de cabelo
    em volta do seu próprio eixo).
417
Q

DOENÇA DE MENKES

  • COBRE:
  • CERULOPLASMINA:

“Sugerem, mas são inespecíficos nos primeiros 3 meses de vida”

A
  • Cobre: BAIXO
  • Ceruloplasmina: BAIXA
418
Q

DOENÇA DE MENKES

Quais são os exames mais específicos?

A

Catecolaminas
- Proporção entre dopamina e noradrenalina
- Proporção de ácido di-hidroxifenilacético para di-hidroxifenilglicol no plasma
- Medida do aumento do acúmulo e a redução do efluxo de radiocobre em fibroblastos cultivados.

419
Q

DOENÇA DE MENKES

Exames diagnósticos
- qual CONFIRMA:

Quais são os principais achados na RM?

A
  • Análise genética com identificação da mutação em ATP7A
  • RM: Hipersinal em T2 na substância branca
    em lobos temporais, atrofia cerebelar; Restrição à difusão no globo pálido; tortuosidade vascular; - Hematomas subdural e
    epidural; Atrofia,
420
Q

DOENÇA DE MENKES

tratamento e prognóstico:

A

Tratamento: Histidina de cobre => Sem resultados promissores….
Pode até melhorar um pouco sobrevida, mas não muda o mau
prognóstico neurológico.

Prognóstico: Em geral, muito ruim! - Óbito até 3 anos;
* Principais causas de obito nos pacientes com doença de
Menkes: infecções e complicações vasculares.

421
Q

NEURODEGENERAÇÃO COM ACÚMULO DE FERRO (NBIA)
Neurodegeneração associada à pantenato quinase PKAN

Qual é o gene envolvido?

A

PANK2 - que codifica pantenato quinase,
interfere na beta-oxidação dos ácidos graxos!

422
Q

NEURODEGENERAÇÃO COM ACÚMULO DE FERRO (NBIA)
Neurodegeneração associada à pantenato quinase PKAN

QUAL É A CLÍNICA? Manifestações antes dos 6 anos

A

CLÍNICA
- Distonia + rigidez/parkinsonismo + coréia!
- Piora lenta progressiva… desenvolve espasticidade e deficit cognitivo!
Perdem capacidade de andar 10-15 anos.

423
Q

NEURODEGENERAÇÃO COM ACÚMULO DE FERRO (NBIA)

como são os exames de imagem?

A

ACÚMULO DE FERRO NOS NÚCLEOS DA BASE

  • Sinal do olho do tigre: Hipersinal em T2, necrose e acúmulo de
    ferro no globo pálido.
  • Entre outros
424
Q

NEURODEGENERAÇÃO COM ACÚMULO DE FERRO (NBIA)

ACERULOPLASMINEMIA

COMO É A CLÍNICA E O LABORATÓRIO?

A

MUTAÇÃO EM CP (Gene da ceruloplasmina)
- Adulto: distonia, coreia, ataxia, parkinsonismo, sintomas psiquiátricos, degeneração da retina + diabetes
- Ferro baixo / ceruloplasmina baixa a indetectável / ferritina muito alta
- Tratamento com quelante de ferro

425
Q

NEURODEGENERAÇÃO COM ACÚMULO DE FERRO (NBIA)

NEUROFERRITINOPATIA

A

AUTOSSÔMICA DOMINANTE: Mutação no FTL
Depósito de - obs: feritina sérica normal - baixa
Adulto jovem com quadro de distonia, coreia, deficit cognitivo, parkinsonismo progressivo

426
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

QUAIS OS 2 DISTÚRBIOS PRINCIPAIS?

A

Deficiência de Holocarboxilase Sintetase (HCS)
e
Deficiência de Biotinidase.

427
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

QUAL É A PATOGÊNESE?

A

DEFICIÊNCIA DE TODAS AS CARBOXILASES DEPENDENTES DE BIOTINA ==> DEFICIÊNCIA
MÚLTIPLA DE CARBOXILASES
(DMC).

  • NA DEFICIÊNCIA DE HOLOCARBOXILASE SINTETASE, A LIGAÇÃO DA BIOTINA ÀS APOCARBOXILASES ESTÁ PREJUDICADA.
  • NA DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE, OCORRE UMA DEPLEÇÃO DE BIOTINA DEVIDO À INCAPACIDADE DE
    RECICLAR A BIOTINA
    ENDÓGENA.
  • CARBOXILASES DESEMPENHAM UM PAPEL ESSENCIAL NO METABOLISMO DE VÁRIOS AMINOÁCIDOS, NA GLICONEOGÊNESE E NA SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS => DEFICIÊNCIA =>DESORDENS METABÓLICAS MÚLTIPLAS
428
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

  • DEFICIÊNCIA DE HOLOCARBOXILASE SINTETASE (HCS)
  • mutação do HCLS

COMO É GERALMENTE A EVOLUÇÃO e CLÍNICA?

A

GERALMENTE: SINTOMAS AGUDOS DE INÍCIO NEONATAL
- LETARGIA, HIPOTONIA, VÔMITOS, CONVULSÕES, HIPOTERMIA
- TAQUIPNEIA, RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL
○ Acidose Metabólica Severa
○ Cetoase
○ Hiperamonemia

EPISÓDIOS AGUDOS DESENCADEADOS POR INFECÇÃO (exemplo)

APARECIMENTO DE:
● ATRASO NO DESENVOLVIMENTO
● ALOPECIA
● LESÕES CUTÂNEAS (ERUPÇÃO ERITEMATOSA E ESCAMOSA PELO
CORPO)

OBS: PODEM TER CASOS MENOS SEVEROS DE INÍCIO MAIS TARDIO! C/ Episódios: RECORRENTES E AMEAÇADORES À VIDA DE ACIDOSE METABÓLICA E
ACIDÚRIA

429
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

- DEFICIÊNCIA DE HOLOCARBOXILASE SINTETASE (HCS)

DIFERENTE DA DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE, PREJUÍZO AUDITIVO NEUROSSENSORIAL NÃO É COMUM.

V OU F

A

VERDADEIRO

  • ALÉM DISSO, TENDE A SER MAIS AGUDA DO QUE A DEFICIENCIA DE BIOTINIDASE.
430
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

  • Deficiência de biotinidase
  • Mutação do BTD

Incidência de 1:14.000

COMO É A EVOLUÇÃO?

A

EVOLUÇÃO GRADUAL, MAIS INSIDIOSA geralmente

-

431
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

  • Deficiência de biotinidase

QUADRO CLÍNICO INESPECÍFICO

  • DESCREVA: se não tratado
A
  • Alterações dermatológicas
  • Hipoacusia neurossensorial
  • Epilepsia
  • Atraso no desenvolvimento
  • Atrofia óptica
  • Paraparesia espástica
  • Leucoencefalopatia/atraso de mielinização
432
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

PRINCIPAL
CARACTERÍSTICA METABÓLICA DA DEFICIÊNCIA DE MÚLTIPLAS CARBOXILASES É:

A

ACIDÚRIA ORGÂNICA
CONCENTRAÇÕES ELEVADAS DE ÁCIDOS ORGÂNICOS NA URINA E NO PLASMA, CONFORME:
- DEFICIÊNCIA DE MCC (3-METILCROTONIL-COA CARBOXILASE): CAUSA ALTOS NÍVEIS DE CERTOS ÁCIDOS
COMO O ÁCIDO 3-HIDROXIISOVALÉRICO.
- DEFICIÊNCIA DE PCC (PROPIONIL-COA CARBOXILASE): LEVA AO ACÚMULO DE ÁCIDOS COMO METILCITRATO E
PROPIONILCARNITINA.
- DEFICIÊNCIA DE PC (PIRUVATO CARBOXILASE): RESULTA EM ALTOS NÍVEIS DE LACTATO E PIRUVATO

  • EM CASOS GRAVES, UM ODOR DESAGRADÁVEL NA URINA (URINA DE GATO) PODE ATÉ SUGERIR O
    DEFEITO.
433
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

deficiência de holocarboxilase sintetase

Confirmação diagnóstico é:

A

ANÁLISE GENÉTICA MOLECULAR DO GENE HLCS

  • outro: ENSAIO ENZIMÁTICO INDIRETO DA ATIVIDADE DA HCS.
434
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

Deficiência de biotinidase

pode ser diagnosticada através de qual exame?

A

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DA BIOTINIDASE SÉRICA

Pouco útil:
- dosagem de biotina sérica: serve mais para acompanhamento
- teste genético: NÃO HÁ CONSEQUÊNCIAS TERAPÊUTICAS SIGNIFICATIVAS

435
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

Deficiência de biotinidase

Qual a % de atividade da enzima biotinidase para o quadro leve e grave?

A

Atividade enzimática
>30%: normal

10 - 30% de atividade: leve

< 10%: grave

436
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

  • Tratamento da deficiência de holocarboxilase sintetase:
A

Tratamento da HCS
- 10 - 20 mg/dia de BIOTINA
- TODOS OS PACIENTES COM DEFICIÊNCIA DE HCS RESPONDERAM PARCIALMENTE A DOSES FARMACOLÓGICAS DE BIOTINA

437
Q

DISTÚRBIOS RESPONSIVOS À BIOTINA

  • Tratamento da deficiência de biotinidase grave e leve:
A

GRAVE (< 10% da atividade)
DOSE INICIAL: 5–10 MG/DIA DE BIOTINA ORAL
- DOSE RECOMENDADA PARA TRATAMENTO CRÔNICO
- Pode reduzir para 2.5 mg ao dia com monitorização cuidadosa
- Se novos sintomas: 15–20 mg/dia

LEVE (10-30%)
- DOSES DE 2,5–5 MG/DIA DE BIOTINA
○ EVITA O APARECIMENTO DE SINTOMAS

438
Q

DISTÚRBIOS DO TRANSPORTE E METABOLISMO DA COBALAMINA

FUNÇÕES DA VITAMINA B12 => 2 FORMAS ATIVAS
- QUAL É A FUNÇÃO DA METILCOBALAMINA?
- QUAL É A FUNÇÃO DA ADENOSILCOBALAMINA?

A

FUNÇÃO DA METILCOBALAMINA
- Cofator da enzima citoplasmática metionina sintase.
- Converte homocisteína em metionina.
- problema: acumula homocisteína.

FUNÇÃO DA ADENOSILCOBALAMINA
- Cofator da enzima mitocondrial metilmalonil-CoA mutase.
- Converte ácido metimalônico em elementos para ciclo de Krebs.
- problema: acumula ácido. metilmalônico.

439
Q

COMO É A VIA PARA A ABSORÇÃO DA VITAMINA B12?

A

ABSORÇÃO DA VITAMINA B12
● Saliva: B12 se liga à haptocorrina.

● Estômago: B12 se liga ao fator intrínseco.

● Intestino: Complexo B12-fator intrínseco é absorvido pelas células intestinais.

● Transporte Sanguíneo: Realizado pela transcobalamina.

440
Q

DISTÚRBIOS DO TRANSPORTE E METABOLISMO DA COBALAMINA

COMO FICA A HOMOCISTEÍNA, METIONINA E ÁCIDO METILMALÔNICO?

A

1) HOMOCISTINÚRIA E HIPER-HOMOCISTEINEMIA: Problema na conversão da homocisteína em metionina pela metilcobalamina
2) ACIDÚRIA E ACIDEMIA METILMALÔNICA: Problema na conversão de ácido metilmalônico em outros fatores pela adenosilcobalamina

441
Q

Transtornos da utilização intracelular da cobalamina:
- Deficiências Combinada de
Adenosilcobalamina e Metilcobalamina

DEFICIÊNCIA DE COBALAMINA TIPO CblC (LMBRD1)

  • Prevalência: ERRO INATO MAIS COMUM DO METABOLISMO DA COBALAMINA
  • QUAL É A EVOLUÇÃO? COMO É A CLÍNICA?
A

Sintomas graves frequentemente surgem no primeiro mês de vida

Deterioração neurológica progressiva:
- Dificuldades alimentares e letargia; Hipotonia, hipertonia ou ambos; Movimentos anormais; Crises epilépticas e coma
- Hidrocefalia, microcefalia, características dismórficas

outros
- Pancitopenia severa ou anemia
- Complicações Multissistêmicas: Insuficiência renal/hepática/SHU/miocaridopatia

442
Q

DEFICIÊNCIA DE COBALAMINA TIPO CblC (gene LMBRD1)

Alterações Metabólicas:

A

Disfunção na proteína MMACHC
Aumento da homocisteína total no plasma e urina.
Metionina plasmática baixa a normal.
Acidemia e acidúria metilmalmônica.

RESUMO: ACIDEMIA METILMALÔNICA COM HOMOCISTINÚRIA

443
Q

DEFICIÊNCIA DE COBALAMINA TIPO CblC (gene LMBRD1)

Tratamento:

A

Hidroxicobalamina (OHCBL): 1 mg/dia por via parenteral
Betaína: Administração oral
■ Melhoria dos níveis elevados de metabólitos, mas raramente normalização completa

444
Q

DEFICIÊNCIA DE COBALAMINA TIPO CblC (gene LMBRD1)
prognóstico:

A

Alta Mortalidade: Especialmente entre pacientes com início precoce
Comprometimento Neurológico: Moderado a severo na maioria dos sobreviventes, apesar do
tratamento

  • Importância do Rastreamento Neonatal: Crucial para a detecção e tratamento precoce
445
Q

DEFICIÊNCIA ISOLADA DE ADENOSILCOBALAMINA (ADOCBL)
- CblA (MMAA) e CblB (MMAB)

DISTÚRBIOS AUTOSSÔMICOS RECESSIVOS

CblA: Defeito no gene MMAA, que codifica uma proteína que mantém a ADOCBL ativa e funcionando

CblB: Defeito no gene MMAB, que codifica uma proteína que ajuda a formar a ADOCBL

QUAL É A CARACTERÍSTICA METABÓLICA COMUM ENTRE AS 2?

A

Acidúria Metilmalônica

446
Q

DEFICIÊNCIA ISOLADA DE ADENOSILCOBALAMINA (ADOCBL)
- CblA (MMAA) e CblB (MMAB)

DISTÚRBIOS AUTOSSÔMICOS RECESSIVOS

CblA: Defeito no gene MMAA, que codifica uma proteína que mantém a ADOCBL ativa e funcionando

CblB: Defeito no gene MMAB, que codifica uma proteína que ajuda a formar a ADOCBL

QUAL POSSUI MELHOR E O PIOR PROGNÓSTICO RESPECTIVAMENTE?

A

CblA: Melhor resposta ao tratamento
CblB: Prognóstico mais reservado, com resposta menos consistente

’——————————————————-‘

Tratamento:
● Restrição Proteica: Resposta comum
● Terapia com Cobalamina: Reduz ácido metilmalônico em alguns pacientes
● Vitamina B12 (Altas Doses): Reduz níveis de ácido metilmalônico, especialmente em CblA
● Carnitina: Suplemento adicional pode ser necessário

447
Q

METABOLISMO DO ÁCIDO FÓLICO

COMO É?

A

PASSOS:

Diidrofolato (DHF): O ácido fólico é convertido em DHF pela enzima diidrofolato redutase (DHFR) após a absorção.

Tetrahidrofolato (THF): O DHF é reduzido a THF, que é a forma ativa do ácido fólico e participa de várias reações metabólicas.

THF: FORMA ATIVA
- Atua como transportador de grupos de carbono, essencial para a síntese de DNA, RNA e aminoácidos.
- auxilia na conversão de homocisteína em metionina, mediada pela enzima MTHFR.

MTHFR (Metilenotetrahidrofolato Redutase):
- catalisa a conversão de metilenotetrahidrofolato em metiltetrahidrofolato, fundamental para manter níveis adequados de homocisteína

448
Q

O PRINCIPAL DERIVADO DO FOLATO ENCONTRADO NO SANGUE E NO LCR É O:

A

5-METILTETRAIDROFOLATO (5-MTHF)
- Produto da reação da MTHFR.

449
Q

DISTÚRBIOS DA ABSORÇÃO E METABOLISMO
DO ÁCIDO FÓLICO

Podem alterar os níveis de homocisteína e metionina, qual reduz e qual aumenta?

A

ELEVAÇÃO dos níveis de HOMOCISTEÍNA total no plasma
REDUÇÃO dos níveis de METIONINA

450
Q

DEFICIÊNCIA CEREBRAL DE ÁCIDO FÓLICO

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

A

Idade de Início: Geralmente no primeiro ano de vida
Sintomas:
○ Atraso do desenvolvimento psicomotor
○ Paraparesia espástica
○ Ataxia cerebelar
○ Discinesia
○ Epilepsia mioclônica resistente
Outros Possíveis Sinais:
○ Características autísticas em algumas crianças afetadas

451
Q

DEFICIÊNCIA CEREBRAL DE ÁCIDO FÓLICO

(Deficiência do receptor de folato alfa, FOLR1)

Achados Laboratoriais: Folato e suas variações

A

Níveis Normais de Folato no Sangue
Níveis Baixos de Folato no Líquido Cefalorraquidiano (LCR)
- Diminuição dos níveis de 5-Metiltetraidrofolato (5-Methyl-THF) no LCR

452
Q

DISTÚRBIOS DA ABSORÇÃO E METABOLISMO DO ÁCIDO FÓLICO

  • DEFICIÊNCIA DE METILENOTETRAIDROFOLATO REDUTASE (MTHFR)

maioria diagnosticado na infância!

Manifestações Clínicas Precoce:
Sintomas em idade avançada:

A

precoce
● Encefalopatia progressiva
● Apneia, crises epilépticas
● Microcefalia, hipotonia
● Problemas de alimentação
● Deficit no crescimento

idade avançada
● Ataxia de marcha
● Transtornos psiquiátricos (como esquizofrenia)
● Sintomas relacionados a eventos cerebrovasculares -> trombose mista

453
Q
  • DEFICIÊNCIA DE METILENOTETRAIDROFOLATO REDUTASE (MTHFR)

quais são as alterações metabólicas?

A

ELEVAÇÃO dos níveis de HOMOCISTEÍNA total no plasma
REDUÇÃO dos níveis de METIONINA
Redução severa dos níveis totais de FOLATO no LCR (no sangue pode ser normal)

454
Q
  • DEFICIÊNCIA DE METILENOTETRAIDROFOLATO REDUTASE (MTHFR)

TRATAMENTO:

A

Tratamento com Betaína: Substrato BHMT, que converte homocisteína em metionina.
- Dose Sugerida:
■ 2–3 g/dia para bebês (dividida em duas doses diárias)
■ 6–9 g/dia para crianças e adultos
■ Ajuste da Dose: de acordo com níveis plasmáticos de homocisteína e metionina.

455
Q

METABOLISMO DA TIAMINA

DENTRO DAS CÉLULAS, A TIAMINA É CONVERTIDA EM SUA FORMA ATIVA, CHAMADA

A

PIROFOSFATO
DE TIAMINA (TPP)

- CONVERSÃO OCORRE PELA AÇÃO DE UMA ENZIMA CHAMADA TIAMINA PIROFOSFOCINASE (TPK).
- TRANSPORTADOR ESPECÍFICO, CHAMADO MTPPT, QUE LEVA O TPP ATÉ A
MITOCÔNDRIA,

456
Q

DISTÚRBIO DO METABOLISMO DA PIRIDOXINA (B6)

DOENÇA DE ANTIQUITINA (ALDH7A1)

Apresentação Clínica típica:

A

Epilepsia Dependente de Piridoxina

● Início: Neonatal, infância ou adolescência
● História: Cerca de 1/3 dos neonatos afetados têm histórico de asfixia
● Sintomas: Encefalopatia (choro inconsolável, insônia), hipoglicemia, acidose láctica
● Alterações no EEG: Alentecimentos não específicos, Descargas focais, Padrões raros de surto-supressão

457
Q

DISTÚRBIO DO METABOLISMO DA PIRIDOXINA (B6)

DOENÇA DE ANTIQUITINA (ALDH7A1)

Enzima: ALDH7A1
● Função: Degradação da lisina

sua deficiência causa acúmulo de:

A

α-Aminoadípico ácido semialdeído (AASA)

  • Inativa piridoxal 5’-fosfato (forma ativa da piridoxina)
458
Q

DOENÇA DE ANTIQUITINA (ALDH7A1)

Biomarcador adequado para adequado para triagem neonatal:

A

6-Oxo-Pipicolato (PIP)

459
Q

DOENÇA DE ANTIQUITINA (ALDH7A1)

ACHADOS NO LCR:
● Baixos Níveis: GABA, ácido homovanílico (HVA), ácido hidroxiindolacético (HIAA)
● PLP no LCR: Marcadamente diminuído antes do tratamento
● PLP no Plasma: Baixo-normal

PLP: Piridoxal fosfato

V ou F

A

VERDADEIRO

(Decoreba)

460
Q

DOENÇA DE ANTIQUITINA

Diagnóstico
● Método: Sequenciamento de

A

ALDH7A1

461
Q

DISTÚRBIO DO METABOLISMO DA PIRIDOXINA (B6)

TRATAMENTO DA DOENÇA DE ANTIQUITINA

A

Tratamento DE 1ª LINHA
Piridoxina (100 mg EV ou oral):
Cessação rápida das convulsões na maioria dos casos
● Resposta Ambígua:
Cerca de 14% dos pacientes podem não responder a uma dose única
○ Recomenda-se administração de 30 mg/kg em 2 a 3 doses diárias por 3 dias para detectar resposta tardia

RISCOS:
- Apneia Grave:
- Não deve exceder 300 mg/dia para evitar neuropatia periférica

462
Q

TRATAMENTO DA DOENÇA DE ANTIQUITINA

E O ÁCIDO FOLÍNICO?

A

Ácido folínico (3–5 mg/kg/dia) é recomendado para pacientes que não respondem apenas à piridoxina.

  • Mecanismo Proposto:
    ● Papel não totalmente compreendido, mas pode estar relacionado a:
    ○ Função co-fatorial parcialmente sobreposta
    ○ Efeito “sparing” de B6
463
Q

DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXAMINA 5’-FOSFATO OXIDASE (PNPO)

RESULTA EM REDUÇÃO DO:

A

PIRIDOXAL 5-FOSFATO (PLP)
- FORMA ATIVA DA B6

464
Q

DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXAMINA 5’-FOSFATO OXIDASE (PNPO)

QUAL É O QUADRO CLÍNICO?

A

Sintomas Clínicos:
○ Semelhantes à deficiência de antiquitina
○ Maior taxa de prematuridade (61% dos casos)
○ Sintomas Neonatais: Crises de alta frequência/status epilepticus (90%), encefalopatia,
EEG:
○ Severamente anormal com padrão de surto- supressão
RM:
○ Leucoencefalopatia e atrofia encefálica se o diagnóstico e tratamento forem atrasados

465
Q

DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXAMINA 5’-FOSFATO OXIDASE (PNPO)

gene PNPO: Herança autossômica recessiva

Tratamento:

A

PIRIDOXAL 5’-FOSFATO* (60% respondem) e/ou Piridoxina (40% respondem)
● Janela de Tempo para Tratamento Curta, para prevenir danos cerebrais irreversíveis

Dosagem:
○ Eficazes variam de 30 a 60 mg/kg/dia
○ Frequentemente requer administração dividida 4–6 vezes ao dia

Considerações:
○ Pacientes livres de crises com monoterapia de piridoxina não devem ser automaticamente trocados para PLP devido ao risco de toxicidade hepática e possíveis episódios de status epilepticus com troca rápida

466
Q

NEONATO COM CRISES DE ETIOLOGIA DESCONHECIDA E REFRATÁRIAS AOS FÁRMACOS DE PRIMEIRA LINHA

QUAL É O PROTOCOLO DE VITAMINA B6?

A

antes de iniciar terapia: guardar plasma e urina e armazenar em freezer -80º, monitorizar paciente e manter dispositivos de reanimação

1º: Piridoxina 100 mg , seguido por 30 mg/kg (2-3 tomadas) por 1-3 dias
se inefetivo
2º Ácido folínico (adicionar!): 3-5 mg/kg/d (1-2 tomadas)
se inefetivo
3º Piridoxal fosfato (PLP): substituir piridoxina por PLP, 30-60 mg/kg/d (4-6 tomadas) por 4 dias

se a crise passar: continuar piridoxina ou PLP a´te os resultados moleculares ou bioquímicos!

467
Q

DEFICIÊNCIA DO TRANSPORTADOR DE GLICOSE TIPO 1 (GLUT-1)

  • GLUT-1: PRINCIPAL TRANSPORTADOR CEREBRAL DA GLICOSE

QUAL É O GENE E A HERANÇA?

A
  • GENE SLC2A1
  • MAIORIA DOS CASOS É POR MUTAÇÃO DE NOVO

PODEM HERDAR DE MANEIRA AUTOSSÔMICA DOMINANTE

HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA EM CASOS RAROS

468
Q

DEFICIÊNCIA DO TRANSPORTADOR DE GLICOSE TIPO 1 (GLUT-1)

QUAIS SÃO ALGUMAS DAS APRESENTAÇÕES CLÍNICAS QUE CHAMAM ATENÇÃO PARA A PATOLOGIA?

A
  • Qualquer distúrbio do movimento inexplicável com espasticidade, distonia e ataxia;
  • Controle completo das convulsões com dieta cetogênica em crianças com epilepsia resistente a medicamentos;
  • Eventos paroxísticos inexplicáveis em qualquer idade; (Ex: discinesia patoxística induzida por exercícios)
  • Epilepsia do tipo ausência de início precoce (menos de 4 anos de idade);
  • Epilepsia mioclônica-atônica (síndrome de Doose).
469
Q

DEFICIÊNCIA DO TRANSPORTADOR DE GLICOSE TIPO 1 (GLUT-1)

qual é o achado na bioquímica do LCR?

A

Glicose: <60 mg /

  • ~ 90% têm níveis de glicose de <40 mg / dL

ps: sangue -> A concentração de glicose no sangue deve ser normal, descartando hipoglicemia como causa da hipoglicorraquia. (jejum 4h)

470
Q

DEFICIÊNCIA DO TRANSPORTADOR DE GLICOSE TIPO 1 (GLUT-1)

A FORMA COMUM (90%) APRESENTA-SE COMO?

A
  • Crises epilépticas frequentes e refratárias iniciando nos primeiros meses de vida.&raquo_space; mioclonias, ausência, tônico-clônica, movimentos oculares.
  • Microcefalia PÓS-NATAL (tamanho de cabeça anormalmente pequeno).
  • Atraso no desenvolvimento motor.
  • Deficiência intelectual.
  • Espasticidade e ataxia
  • Jejum: Episódios de letargia, confusão, cefaleia e mioclonia
471
Q

DEFICIÊNCIA DO TRANSPORTADOR DE GLICOSE TIPO 1 (GLUT-1)

forma não epiléptica (10%):

A

SEM CRISES EPILÉPTICAS
- A maioria tem problemas de movimento: ATAXIA, DISTONIA
- Ainda podem ter atraso no desenvolvimento e deficiência intelectual.

472
Q

DEFICIÊNCIA DO TRANSPORTADOR DE GLICOSE TIPO 1 (GLUT-1)

Algumas variantes conhecidas são:

A
  • coreoatetose paroxística com espasticidade (distonia 9)
  • discinesia e epilepsia induzidas por exercício paroxístico.
  • certos tipos de epilepsia. (Doose, por exemplo)
473
Q

DEFICIÊNCIA DO TRANSPORTADOR DE GLICOSE TIPO 1 (GLUT-1)

uma boa opção de terapia é:

A

DIETA CETOGÊNICA

474
Q

MAMILOS INVERTIDOS

  • Devemos pensar em:
A

doenças congênitas de glicosilação (CDG)

475
Q

DISTÚRBIOS DA GLICOSILAÇÃO (CDG)

Diagnóstico pode ser feito através de avaliação da GLICOSILAÇÃO da:

A

TRANSFERRINA
- eletroforese
- espectrometria de massa
- citometria

476
Q

HIPERGLICINEMIA NÃO CETÓTICA

  • Deve-se evitar qual fármaco ANTICRISE?
A

Ácido valpróico
- conhecido por reduzir a atividade da clivagem da glicina.

477
Q

Síndrome de Cornelia de Lange

  • Doença genética rara (1:10.000 – 1:30.000).
  • Múltiplos genes e herança dominante ou ligada ao X: causa deficiência da coesina, que ajuda na formação cromossômica e DNA.

QUAIS SÃO OS SINAIS CLÍNICOS CARDIAIS?

A
  • SINÓFRIS OU SOBRANCELHA GROSSA
  • NARIZ PEQUENO / PONTE NASAL CÔNCAVA / NARIZ APONTADO PARA CIMA
  • FILTRO LONGO OU APAGADO
  • LABIO SUPERIOR FINO OU COMISSURA PARA BAIXO
  • OLIGODACTILIA OU ADACTILIA
  • HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA

OUTROS: MALFORMAÇÃO RENAL/URINÁRIA/CARDÍACA
- ATRASO DO DESENVOLVIMENTO, MICROCEFALIA, MÃOS E PÉS PEQUENOS, 5º DEDO PEQUENO

478
Q

Síndrome de Cornelia de Lange

  • Doença genética rara (1:10.000 – 1:30.000).
  • Múltiplos genes e herança dominante ou ligada ao X: causa deficiência da coesina, que ajuda na formação cromossômica e DNA.

COMO É O TRATAMENTO E O PROGNÓSTICO?

A

TERAPIA: Suporte
PROGNÓSTICO: Aos 5 anos 99% senta sem apoio, 63% adquiriu a marcha e 38% iniciou a fala.
* A maioria tem puberdade, embora atrasada.

479
Q

SÍNDROME DE WILLIAMS

Ocorre — do cromossomo 7q11.23

A

MICRODELEÇÃO

  • por isso o array detecta
480
Q

SÍNDROME DE WILLIAMS

CARACTTERÍSTICAS FÍSICAS:

A

fácies élfica
- Testa larga
- Orelha pontuda
- Estreitamento bitemporal
- Plenitude periorbital
- Padrão de íris estrelada/rendada
- Estrabismo
- Nariz curto, ponta nasal larga
- Achatamento malar
- Filtro longo
- Lábio inferior espesso
- Boca larga
- Má oclusão, maxilar pequeno e lóbulos grandes
- Dentes pequenos e separados
- Prega em epicanto

481
Q

SÍNDROME DE WILLIAMS

  • CARACTERÍSTICAS NEUROCOMPORTAMENTAIS:
A

ADNPM
- Hipotonia + hipermobilidade
- Início da fala / caminhar sem apoio: 21m
- Dificuldade motor fino

DI
- Leve
- Dificuldade visuoespacial

Personalidade distinta
- Simpatia e empatia excessivas
- Desinibição social

TEA
- Interesses restritos
- Comportamento repetitivo / estereotipado

482
Q

SÍNDROME DE WILLIAM

  • Pode haver diversas complicações sistêmicas (endocrinológicas, cardiacas, renais, alterações do tecido conjuntivoetc), mas quais sãos os acometimentos cardiacos/vasculares clássicos?
A
  • Estenose aórtica supravalvar
  • HAS
  • Estenose pulmonar periférica
483
Q

ESSES ACHADOS SÃO DE QUAL SÍNDROME?

A

COFFIN-SIRIS
- Malformação da falange distal ou unha do 5º dedo (outros dedos também)
- Cabelo esparso
- Dismorfias craniofaciais: fácies grosseira, lábios grossos e evertidos, ponte e ponta nasal larga, sobrancelha e cílios longos
- Hirsutismo
- Atraso do desenvolvimento
- malformações de SNC, cardíacas e genitourinárias: dandy-walker, agenesia do corpo caloso

484
Q

SÍNDROME DE COFFIN-SIRIS

É HERDADO DE MANEIRA AUTOSSÔMICA:

A

DOMINANTE
- Penetrância aparentemente completa
- 200 casos confirmados
- Multigênica (foto)

485
Q

Achados clínicos (do mais comum ao menos comum)

  • Atraso no desenvolvimento / deficiência intelectual: 50% grave, 30% moderado, 20% leve
  • Cabelo ralo
  • Proeminência das articulações interfalangeanas secundária à má distribuição de gordura subcutânea
  • Características faciais : fácies grosseira, narinas antevertidas, filtro longo, boca larga, vermelhão fino do lábio superior e vermelhão grosso do lábio inferior.
  • Microcefalia
  • Convulsões

DE QUAL SÍNDROME ESTAMOS FALANDO?

A

Síndrome de Nicolaides-Baraitser
- Variante patogênica no SMARCA2 em heterozigose
- autossômica dominante => todos foram de novo

486
Q

existem quantos tipos de mucopolissacaridose?

eles são caracterizados pelo acúmulo de:

A

7 tipos
- Defeito enzimáticos lisossomais => acúmulo de glicosaminoglicanos (GAC)

487
Q

as MUCOPOLISSACARIDOSES SÃO HERDADAS DE FORMA AUTOSSÔMICA RECESSIVA, COM EXCEÇÃO DE UM TIPO.

QUAL?

A

MPS 2 - Síndrome de Hunter
- Ligada ao X

488
Q

MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO 1

  • POSSUI 3 FENÓTIPOS DE GRAVIDADE, CADA UM COM SEU EPÔNIMO:
A

FORMA SEVERA: HURLER -> Forma clássica
FORMA INTERMEDIÁRIA: Hurler-Scheie -> Forma intermediária, que apresenta sintomas semelhantes, mas com um desenvolvimento menos severo
FORMA BRANDA: Scheie -> Forma leve, onde os sintomas são menos pronunciados e a função cognitiva é geralmente preservada.

489
Q

MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO 1

  • mutação no gene IDUA, que codifica a codifica a enzima α-L-iduronidase.

A FORMA CLÁSSICA/SÍNDROME DE HURLER, como é a apresentação clínica?

A

início dos sintomas: < 2 anos
- Atraso no desenvolvimento,
- características faciais distintas: fácies grosseira, lingua grossa
- problemas de visão (como catarata/opacidade de córnea)
- surdez: problemas no ouvido médio e alterações na trompa de Eustáquio.
- problemas cardíacos e hepatoesplenomegalia
- deformidades esqueléticas -> disostose múltipla
- hipermobilidade articular.
- Baixa estatura

490
Q

mucopolissacaridose tipo 2

também conhecida como:

A

Síndrome de hunter

491
Q

mucopolissacaridose tipo 2 / síndrome de hunter

  • deficiência da enzima iduronato-2-sulfatase (envolvendo o gene IDS no cromossomo Xq28)
  • QUAL É A CLÍNICA?
A

início dos sintomas: 2 - 4 anos
- parece a tipo 1, mas mais branda que a Hurler
- herança ligada ao X (a única)
- desenvolvimento cognitivo normal no início, mas podem desenvolver dificuldades cognitivas à medida que a doença progride.
- Dificuldade motora
- Dismorfias faciais: rosto grosseiro
- Baixa estatura, artropatias, escoliose
- Redução visual
- Otite média crônica
- Hérnias
- Cardiopatias / hepatoesplenomegalia

492
Q

mucopolissacaridose tipo 3

  • também conhecida como?
A
  • Síndrome de Sanfilippo
493
Q

quais das mucopolissacaridoses é mais relevante para o neuropediatra, ou seja, possui mais acometimento neurológico?

A

TIPO 3 ou SÍNDROME DE SANFILIPPO

494
Q

SÍNDROME DE SANFILIPPO (MPS 3)

é caracterizado principalmente por comprometimentos neurológicos, e suas principais características incluem:

A

DESENVOLVIMENTO NORMAL, ATÉ 2 - 4 ANOS, QUANDO:
- Deterioração Cognitiva
- Alterações Comportamentais
- Atraso Motor
- Alterações na Fala
- Distúrbios do Sono
- Dificuldades de Coordenação e convulsões
- Características Faciais: Embora não sejam tão proeminentes quanto nas MPS I e II, algumas características faciais podem incluir um rosto mais arredondado, fácies grosseira, sobrancelha grossa.

495
Q

SÍNDROME DE SANFILIPPO (MPS 3)

apresenta alterações sistêmicas menos graves, porém o déficit cognitivo/comportamental são mais importantes.

V ou F

A

VERDADEIRO

  • Alterações ósseas brandas
  • Hepatoesplenomegalia-rara
  • Opacidade córnea: rara
496
Q

Mucopolissacaridose tipo 4 ou Síndrome de Morquio

QUAIS SÃO OS ASPECTOS MARCANTES?

A

ANORMALIDADES ESQUELÉTICAS PROGRESSIVAS
- Geralmente se apresenta com deformidades esqueléticas mais acentuadas do que alterações faciais, sendo a estatura baixa e as deformidades ósseas os aspectos mais marcantes da síndrome.

497
Q

TEAPIA DE REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA PARA MUCOPOLISSACARIDOSE
- É DISPONÍVEL PARA QUAIS TIPOS?

A

MPS I (Hurler, Hurler-Scheie, Scheie),
MPS II (Hunter),
MPS I (Hurler, Hurler-Scheie, Scheie),
MPS VI (Maroteaux-Lamy) .

Infelizmente não tem para tipo 3: não consegue atravessar a barreira hematoencefálica (que é onde há a maioria dos sintomas)

498
Q

transplante de medula óssea para mucopolissacaridose.

  • quais tipos respondem?
A

Principalmente MPS I (Hurler), e em alguns casos, para MPS VI e MPS VII.

  • Tem mais eficácia quando realizado precocemente, antes do surgimento de complicações graves, e não reverte danos neurológicos já estabelecidos.
499
Q

Os primeiros sinais que podem levantar a suspeita de uma Mucopolissacaridose incluem:

A
  • Atraso no desenvolvimento motor ou cognitivo
  • Problemas ósseos (displasia esquelética), como baixa estatura ou deformidades
  • Características faciais típicas (“face grosseira”)
  • Hérnias frequentes (inguinais ou umbilicais)
  • Problemas respiratórios, cardíacos, auditivos ou visuais
500
Q

qual é o tipo de mucopolissacaridose mais diagnosticada mundialmente?

A

tipo 1

501
Q

DISTURBIOS DO CICLO DA UREIA

  • INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA FUNDAMENTAL QUE PODE ESTAR ALTERADA: (3)
A
  • AMONIA
  • AMINOACIDOGRAMA
  • ÁCIDOS ORGÂNICOS NA URINA
502
Q

DISTÚRBIOS DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDO GRAXO E CARNITINA

A INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA FUNDAMENTAL: (2)

A

PERFIL DE ACILCARNITINAS
E
RAZÃO LIVRE/TOTAL DE ACILCARNITINAS

503
Q

ACIDEMIAS ORGÂNICAS

A INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA FUNDAMENTAL (2):

A

PERFIL DE ACILCARNITINAS;
DOSAGEM DE ÁCIDOS ORGÂNICOS NA URINA

504
Q

AMINOACIDOPATIAS

A INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA FUNDAMENTAL (1)

A

AMINOACIDOGRAMA

  • Outros estudos metabólicos adicionais a depender da suspeita diagnóstica
505
Q

DISTÚRBIOS DO PEROXISSOMO
PRINCIPAIS EXAMES PARA INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA: (6)

A
  • ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA NO PLASMA (VLCFAs)
  • ácido fitânico
  • ácido pristânico
  • ácido pipecólico
  • Plasmalogênios
  • Intermediários da bile na urina e sangue
506
Q

DOENÇAS LISOSSOMAIS

INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA IMPORTANTE NA SUSPEITA: (3)

A
  • ENSAIO ENZIMÁTICO
  • SCREENING PARA MPS NA URINA
  • OLIGOSSACARÍDEOS DA URINA
507
Q

DISTÚRBIOS DA BIOSSÍNTESE DO COLESTEROL

  • INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA IMPORTANTE NA SUSPEITA:
A

MENSURAÇÃO DOS PRECURSORES DO COLESTEROL NO PLASMA

508
Q

DISTÚRBIOS CONGÊNITOS DA GLICOSILAÇÃO

  • INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA IMPORTANTE NA SUSPEITA: (3)
A
  • ANÁLISE PLASMÁTICA DA TRANSFERRINA
  • DOSAGEM DE OLIGOSSACARÍDEOS DA URINA
  • DOSAGEM DE GLICANOS LIVRES NA URINA
509
Q

DISTÚRBIO DAS AMINAS BIOGÊNICAS

  • INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA IMPORTANTE NA SUSPEITA(3)
A
  • NEUROTRANSMISSORES NO LCR
  • PTERINAS LCR/URINA
  • FENILALANINA PLASMÁTICA
510
Q

MITOCONDRIOPATIAS

  • INVESTIGAÇÕES BIOQUÍMICAS IMPORTANTES NA SUSPEITA (2)
A
  • LACTATO NO SANGUE E LCR
  • ALANINA PLASMÁTICA ELEVADA
511
Q

ENCEFALOPATIA HIPERAMONÊMICA

  • ESTÁ ASSOCIADA PRINCIPALMENTE COM QUAL EIM?
A

DISTÚRBIO DO CICLO DA UREIA

512
Q

HIPOGLICEMIA HIPOCETÓTICA;
RABDOMIÓLISE EPISÓDICA;
CARDIOMIOPATIA;
HEPATOPATIA;
REYE-LIKE

  • ESTÁ ASSOCIADA COM QUAL CATEGORIA DE EIM PRINCIPALMENTE?
A

DISTÚRBIOS DA OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS E CARNITINA

513
Q

CETOACIDOSE, HIPERAMONEMIA, ATRASO DO DESENVOLVIMENTO E “STROKE METABOLIC”

  • ESTÁ ASSOCIADO PRINCIPALMENTE COM QUAL CATEGORIA DE EIM?
A

ACIDEMIA ORGÂNICA

514
Q

EPILEPSIA, ATRASO DO DESENVOLVIMENTO, EVENTOS DE SNC AGUDOS (tóxicos, isquêmicos)

  • ESTÁ ASSOCIADO BASTANTE COM QUAL CATEGORIA DE EIM?
A

AMINOACIDOPATIAS

515
Q

RETINOPATIA, SURDEZ NEUROSSENSORIAL, MALFORMAÇÃO ENCEFÁLICA, DISMORFISMOS, LEUCOENCEFALOPATIA.

  • ESTÁ ASSOCIADA PRINCIPALMENTE COM QUAL CATEGORIA DE EIM?
A

DISTÚRBIOS DO PEROXISSOMO

516
Q

FENÓTIPO DE HURLER (FÁCIES GROSSEIRA, DISOSTOSE MÚLTIPLA, HEPATOESPLENOMEGALIA, OPACIDADE DE CÓRNEA); LEUCOENCEFALOPATIA; EPILEPSIA MIOCLÔNICA PROGRESSIVA; EPILEPSY; CHERRY RED SPOT; ORGANOMEGALIA; PARESIA DO OLHAR

  • ESTÁ ASSOCIADA PRINCIPALMENTE COM QUAL CATEGORIA DE EIM?
A

DOENÇAS LISOSSOMAIS

517
Q

ANOMALIAS CONGÊNITAS, HIPOTONIA, COAGULOPATIA, COMPARTIMENTO DE GORDURA LOCALIZADA ANORMALMENTE (FAT PADS), MAMILO INVERTIDO

  • ESTÁ ASSOCIADO PRINCIPALMENTE COM QUAL CATEGORIA DE EIM?
A

DISTÚRBIOS CONGÊNITOS DA GLICOSILAÇÃO

518
Q

DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO, FLUTUAÇÃO DIURNA, DISAUTONOMIA, CRISE OCULOGÍRICA

  • ESTÁ ASSOCIADO PRINCIPALMENTE COM QUAL CATEGORIA DE EIM?
A

DISTÚRBIO DAS AMINAS BIOGÊNICAS

519
Q

APRESENTAÇÃO COM ENVOLVIMENTO DE MÚLTIPLOS ORGÃOS (SNC, PERIFÉRICO), RETINOPATIA, PERDA AUDITIVA, OFTALMOPARESIA, EVENTOS “STROKE-LIKE”, EPILEPSIA, “FAILURE TO THRIVE”.

  • ESTÁ ASSOCIADO PRINCIPALMENTE COM QUAL CATEGORIA DE EIM?
A

MITOCONDRIOPATIAS

520
Q

Deficiência de diidropteridina redutase (DHPR)
E
Deficiência de 6-piruvoil-tetrahidropterina sintase (PTPS)

  • CAUSAM DEFICIÊNCIA DA TETRAHIDROBIOPTERINA (BH4), O QUE CONSEQUENTEMENTE **PODE AUMENTAR OS NÍVEIS DO — **NO EXAME DE TRIAGEM NEONATAL, OU SEJA, PRECISAMOS SUSPEITAR DESSAS CAUSAS PRINCIPALMENTE QUANDO HÁ ELEVAÇÃO MODERADA DELE.

O QUE É O —?

A

AUMENTO DA FENILALANINA NO EXAME DE TRIAGEM NEONATAL

  • Deve-se suspeitar em todas as crianças com rastreio neonatal positivo para fenilcetonúria, especialmente quando a hiperfenilalaninemia é moderada.
521
Q

TRIAGEM DE EIM NA URINA

QUAIS (foto) PODEM POSITIVAR EM CASOS DE AMINOACIDOPATIAS?

A

CLORETO FÉRRICO,
DINITROFENILHIDRAZINA,
BENEDICT

522
Q

7

A
523
Q

7

A