7. Degenerescência Macular da Idade Flashcards

1
Q

DMI - Quais são as alterações fisiológicas da retina relacionadas com a idade? Fotorreceptores? EPR? Coriocapilar?

A

Fotorreceptores
- Redução da densidade e distribuição dos Fotorreceptores
EPR
- Perda de melanina
- Acumulação de Lipofuscina
- Acumulação de corpos residuais
- Depositos laminares e lineares de material lipídico granular dos 2 lados da membrana basal do EPR
Coriocapilar
- Alterações involucionais
*Tudo perda de coisas importantes ou acumulação de lixo

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2
Q

DMI - Epidemiologia - % da Doença Precoce e Grave 55-60 anos? >70 anos? > 85 anos?

A

DMI Precoce
55-59 anos - 3,5%
≥ 70 ano - 13,2%
≥ 85 anos - 17,6%

DMI Tardia
55-59 anos - 0,1%
≥ 70 ano - 3%

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3
Q

DMI - Epidemiologia - É a principal causa de cegueira em que subpopulação?

A

> 55 anos em PAISES DESENVOLVIDOS

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4
Q

DMI Neovascular - % dos doentes com DMI? Responsável por que % de perda de visão?

A
  • Afecta 10% dos doentes com DMI
  • Responsável por 90% da perda de visão por DMI
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5
Q

DMI - Factores de Risco mais consistentes?

A

Idade - PRINCIPAL
Raça - Mais nos CAUCASIANOS
Sexo - FEMININO
TABAGISMO
- O principal
- O único universalmente aceite
- DUPLICA o risco
- Antecipa em 10 anos o desenvolvimento

Outros factores de evidencia INCONSISTENTE
- Iris Clara
- Marcadores inflamatórios - PCR
- Exposição à luz solar
- Factores de risco Cardiovasculares (HTA, Dislipidemia, Obesidade, waist to hip)
- Consumo de Alcool
- Dieta POBRE em fruta, vegetais e peixe

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6
Q

DMI - Qual é o papel da Genética? 2 genes principais associados? Qual o mecanismo e importância de cada um?

A

Gene CFH - Polimorfismo Y402H
- Codifica o Factor H do complemento
- Importante REGULADOR da actividade da via ALTERNATIVA do complemento, impedindo a sua acção DESCONTROLADA
- O Polimorfismo CFH Y402H aumenta risco de DMI e ocorre mais em Caucasianos
- Aumenta em heterozigotia, e ainda mais em homozigotia

Gene ARMS2 / HTRA1 Age-related Maculopathy Susceptiility 2 / Human high temperature requirement serine protease A1
- Proteinas de acção NAO conhecida que poderão estar relacionadas com a matriz extracellular
- Associação entre ARMS2 e Tabagismo
- A associação de tabaco e DMI nos indivíduos com alterações neste locus é MUITO importante

CFH e ARMS2 juntos aumentam o risco em 50x

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7
Q

DMI - Como está geralmente a espessura da coróide na DMI?

A
  • Tipicamente DIMINUIDA (ao contrário de na Vasculopatia polopoide coroideia, que também dá NV Tipo 1)
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8
Q

DMI - Qual é a constituição das Drusas? Onde se localizam?

A

MATERIAL EXTRACELULAR localizado ENTRE a membrana basal do EPR e a zona de colagénio interna da M Bruch (ou seja na superfície BASAL do EPR)

Constituição
- PROTEÍNAS (componentes do sistema complemento :O)
- LIPIDOS

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9
Q

DMI - Drusas - como se classificam de acordo com o tamanho? O que se usa como referência? A partir de que extensão passa a ser um DEP Drusenoide?

A
  • Pequenas - < 63 μm
  • Intermédias 63-125 μm
  • Grandes - > 125 μm
    Tamanho aumenta o risco de progressão
  • DEP Drusenoide - > 350 μm por confluência de várias drusas
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10
Q

DMI - Drusas - como se classificam de acordo com a forma? Qual é a relação da forma com o tipo de deposito?

A

Duras - Bordos bem definidos, tendem a ser pequenas (habitualmente correspondem a depósitos na superfície basal EPR)
Moles - Bordos mal definidos, tendem a ser intermédias ou grandes (habitualmente correspondem a depósitos LINEARES na zona colagenosa interna da M Bruch)

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11
Q

DMI - Drusas - como se classificam de acordo com o tipo de depósito? A que corresponde cada um?

A

Depositos Laminares
- Depositos lipídicos granulares e fibras de colagénio altamente espaçadas
- Entre membrana plasmática e membrana basal do EPR
Depositos Lineares
- Depositos fosfolipídicos e grânulos densos DENTRO da zona COLAGENOSA INTERNA da Membrana de Bruch (ou seja, mais profundos)
- Tendem a corresponder mais a drusas moles

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12
Q

DMI - O que são as Pseudodrusas Reticulares / Depositos drusenoides Subretinianos? Onde se localizam? Que truques se podem usar para ver melhor? Qual é o significado clínico

A
  • Composição SEMELHANTE às drusas
  • Localizam se ACIMA do EPR no espaço subretiniano (superfície APICAL do APR)
  • Frequentemente ocorrem em associação com as drusas convencionais
  • Mais frequentes na parte SUPERIOR da mácula
  • São MAIS DIFICEIS de ver (mais esbranquiçadas e punctiformes)
  • Mais evidentes na imagem red-free, infra-red e Autofluorescencia (HIPOautofluorescentes por bloqueio do EPR, uma vez que estão por cima do EPR)
    Significado clinico IMPORTANTE
  • FORTE factor de risco de progressão (quer para atrofia, quer para NVC)
  • Associadas a risco de NVC Tipo 3 :O
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13
Q

DMI - Pseudodrusas Reticulares / Depositos drusenoides Subretinianos - Estão associados a que tipo de NVC?

A
  • Associadas a risco de NVC Tipo 3 :O
  • FORTE factor de risco de progressão (quer para atrofia, quer para NVC)
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14
Q

DMI - Atrofia pigmentar - que aspecto pode ter? Quando é que se consideram que são devido à DMI?

A
  • Áreas de HIPER ou HIPOpigmentação
  • Presentes em múltiplas outras doenças maculares
    Considera-se que são devido a DMI quando:
  • Associada a ≥ 1 drusa com ≥ 63 μm de diâmetro SEM outra causa identificável
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15
Q

DMI - DEPs - resultam da separação de que zonas?

A
  • Resulta na separação entre a Membrana Basal do EPR e a zona de colagénio INTERNA da M Bruch
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16
Q

DMI - DEPs - Que tipos existem? Qual é o mecanismo de formação de cada tipo? (4)

A

Drusenóides
- Resultam da COALESCENCIA de DRUSAS GRANDES
- Passam a chamar-se DEPs quando ≥ 350 μm
- Hiperreflectividade moderada HOMOGENIA
Serosos
- Podem ou NÃO estar associados a NVC
- Copuliformes
- Hiporreflectividade HOMOGENIA (opticamente vazios)
Hemorrágicos
- Associados a Hemorragia de NVC (como na Vasculopatia Polipoide da Coroide) ou a Rasgadura de EPR !
- Superficie HIPERREflectiva com cone de sombra posterior
Fibrovascular
- Lesões de NVC (Tipo 1, Vasculopatia Polipoide, Tipo 3)
- Superficie IRREGULAR
- Hiperreflectividade HETEROGENIA
- Podem ter tecido vascular aderente à superfície posterior do EPR

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17
Q

DMI - DEPs Drusenoides - De que resultam? A partir de que tamanho é que se chamam DEPs? Qual é o padrão ao OCT?

A
  • Resultam da COALESCENCIA de DRUSAS GRANDES
  • Passam a chamar-se DEPs quando ≥ 350 μm
  • HIPERreflectividade moderada HOMOGENIA
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18
Q

DMI - DEPs Serosos - Qual é a forma? Qual é o padrão ao OCT?

A
  • Copuliformes
  • Hiporreflectividade HOMOGENIA (opticamente vazios)
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19
Q

DMI - DEPs Hemorrágicos - Quais são as causas? Qual é o padrão ao OCT?

A
  • Associados a Hemorragia de NVC (como na Vasculopatia Polipoide da Coroide) ou a Rasgadura de EPR !
  • Superficie HIPERREflectiva com cone de sombra posterior
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20
Q

DMI - DEPs Fibrovasculares - Quais são as causas? Qual é o padrão ao OCT?

A
  • Representam as próprias lesões de NVC (Tipo 1, Vasculopatia Polipoide, Tipo 3)
  • Superficie IRREGULAR
  • Hiperreflectividade HETEROGENIA
  • Podem ter tecido vascular aderente à superfície posterior do EPR
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21
Q

DMI - Rasgadura do EPR - Surgem em que circunstancias? Quais são os factores de risco? Onde ocorre?

A

Surgem no contexto de DEPs fibrovasculares (ou raramento dos serosos)

Factores de Risco
- DEPs mais altos

Ocorrem na base do DEP, na transição entre a parte aderente e descolada

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22
Q

DMI - Qual é o padrão das áreas de perda de EPR nos diferentes exames de imagem?

A
  • Fundoscopia - HIPOpigmentada com coroide exposta
  • Aufluorescencia - HIPOautofluorescente
  • OCT - Defeito focal do EPR com HIPEReflectividade da coroide subjacente
  • AngF - HIPERfluorescente (faz efeito de janela)
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23
Q

DMI - Qual é o padrão do EPR enrolado e retraído, no caso de Rasgadura do EPR?

A
  • Fundoscopia - Hiperpigmentada (porque no fundo tem 2 camadas sobrepostas)
  • Autofluorescência - HIPERautofluorescente
  • OCT - Perda da forma em cúpula do DEP, com pregueamento do EPR
  • AngF - HIPOfluroescente (efeito de bloqueio)
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24
Q

DMI - O que é o SHRM - Subretinian Hiperreflective Material? A que exame se refere? Qual é o significado clínico?

A
  • Achado no OCT
  • Material HIPEreflectivo entre EPR e retina Neurossensorial
  • NÃO é hemorragia (excluída por fundoscopia)
  • NÃO é material viteliforme (excluída por FAF)
  • Provavel forma de exsudação constituída por fluido, fibrina e células inflamatórias (e NVC tipo 2?)

Significado clinico IMPORTANTE
- Pode ser reabsorvido, mas…
- Associa-se a FIBROSE e a PIOR outcome visual
- Pode formar BARREIRA entre EPR e fotorreceptores
- Pode exercer toxicidade directa aos fotorreceptores

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25
DMI - Atrofia Geográfica - a partir de que extensão se considera?
- A partir de ≥ 250 μm (AAO tem cut-off de 175...)
26
DMI - Atrofia Geográfica - Qual é a progressão média por ano?
- Progressão média é de 1,79mm2/ ano
27
DMI - Atrofia Geográfica - Associa-se a hiper ou hipopigmentação?
- Pode estar associada a HIPO ou HIPERpigmentação, com vasos coroideus mais visíveis
28
DMI - Atrofia Geográfica - Qual é o MCDT que a vê melhor? Qual é a vantagem e a limitação?
FAF - Permite QUANTIFICAR e MONITORIZAR área - ALGUMA limitação para avaliação na área foveal central (a luz azul usada é absorvida pelo pigmento lúteo na mácula central - daí uma FAF normal ter HIPOautofluorescencia no centro da fóvea) - É útil combinar estas imagens com imagens infra-red
29
DMI - Atrofia Geográfica - O que se vê no OCT?
- Atenuação ou PERDA da banda do EPR associada a degeneração da Zona de Interdigitação, zona da Elipsoide, MLexterna e adelgaçamento da Nuclear Externa - Hipersinal coroideu (por janela)
30
DMI - Atrofia Geográfica - Qual é a escala ao OCT? São baseados em que?
RORA e ORA, que podem ser por usa vez completas ou incompletas RORA - Atrofia do EPR e retina externa - Area de ausência de EPR e HIPERtransmissibilidade coroideia, com ≥ 250 μm - Evidencia de degeneração dos fotorreceptores subjacentes, com disrupção da zona de interdigitação, da zona elipsoide, e da MLexterna e/ou adelgaçamento da Camada Nuclear Interna ORA - Atrofia da retina externa (sem envolver EPR) A atrofia Geográfica constitui uma RORA completa
31
DMI - Diagnóstico Diferencial? (4 principais)
CRSC - CRSC cronica pode produzir alterações atróficas no EPR semelhantes - Associada a PAQUIcoroide em vez de Leptocoroide Distrofias Pattern do EPR - Podem produzir áreas de HIPERpigmentação reticular / em borboleta no EPR macular Distrofia Viteliforme do Adulto - Após reabsorção pode ficar atrofia macular central semelhante Toxicidade Farmacológica - Atrofia macular concêntrica pode dar padrão semelhante - Deferoxamina, Pentosan polisulfato e Cisplatina podem dar efeito semelhante
32
DMI - O que é que foi recentemente alterado na nomenclatura da NV da DMI?
Consenso para a nomenclatura para Neovascularização na DMI, publicado em 2020 - Considerou que o termo NVCoroideia não era correcto porque - Entretanto descobriu-se que na NVC Tipo 3, os NV tem origem em vasos da RETINA EXTERNA, que NÃO envolvem coroide - Pruposeram o termo NVMacular
33
DMI Neovascular - O que caracteriza a NV Tipo 1? Quais são os sinais nos vários exames? OCT, AngG, AngIGC
- Sub-EPR OCT - Geralmente associada a DEP Fibrovascular - Onion sign - precipitação de cristais de colesterol em DEPs fibrocasculares crónicos AngF: - NÃO é visível, porque está recoberta pelo EPR - É por isso que se chama OCULTA na classificação clássica - Apenas se consegue ver um Hiperfluorescencia Ponteada, POUCO intensa e de Limites MAL definidos - Nas fases mais TARDIAS pode haver pooling
34
DMI Neovascular - O que é o Onion Sign ao OCT?
Resulta de NVC Tipo 1 - Geralmente associado a DEP Fibrovascular - Precipitação de Cristais de Colesterol em DEPs cronicos
35
DMI Neovascular - O que caracteriza a NV Tipo 1? Como é a clínica? Como se compara em termos de manifestações com a Tipo 2?
- Clinicamente INDOLENTE porque ainda tem a barreira do EPR por cima - Quando assintomática, chama-se Quiescente - Lentamente PROGRESSIVA - Pode ser até protectora do desenvolvimento de ATROFIA :O - Tem MELHORES outcomes visuais
36
DMI Neovascular - O que caracteriza a NV Tipo 2? A que é que se associa nos vários exames? Como se compara a clínica ao Tipo 1?
- MENOS comum na DMI - Espaço SUBRETINIANO - Pode surgir em lesões MISTAS juntamente com Tipo 1 OCT - SHRM - Material hiperreflectivo subretiniano AngF - Bem visível - Hiperfluorescencia PRECOCE, intensa e bem definida - Com o desenrolar do exame faz Difusão que Obscurece os Vasos - Lesão CLASSICA na classificação antiga Clínica - Mais agressiva - Sintomas visuais agudos - Pode surgir associada a Tipo 1 (lesão mista)
37
DMI Neovascular - O que caracteriza a NV Tipo 3? Como era chamada antigamente? Quais são os sinais aos diferentes exames?
- Surge a partir da NV intrarretiniana (a partir do Plexo Profundo) - Antigamente chamada de Proliferação Angiomatosa Retiniana OCT - Foco HIPERreflectivo intrarretiniano (corresponde ao componente Intrarretiniano neovascular) - Muitas vezes é mesmo possível ver a solução de continuidade do EPR com o prolongamento do foco intrarretiniano para o espaço sub-EPR AngF - Hiperfluorescencia local, que TAMBEM pode ter padrão de MNV oculta AngICF - Hotspot intrarretiniano
38
DMI Neovascular - O que caracteriza a NV Tipo 3? Quais são os 3 estadios de evolução?
Estadio I - NV INTRAretiniana - Formação de telangiectasias, pequenas hemorragias INTRAretinianas, exsudados lipídicos e cistos intrarretinianos Estadio II - NV Subretiniana - Complexo neovascular estende-se profundamente e envolve espaço SUBRETINIANO - NV subretiniana e liquido SUBretiniano Estadio III - NV Coroideia - Estense-se para o espaço sub-EPR - Pode formar DEP fibrovascular ou seroso
39
DMI Neovascular - O que caracteriza a NV Tipo 3? Diferenças na clínica para os outros tipos? Qual é o achado caracteristicamente associado a este tipo?
- Em idade MAIS AVANÇADA - Mais BILATERAL do que os outros tipos (alguns estudos falam em 100% ao fim de 3 anos) - PSEUDODRUSAS RETICULARES muito mais frequentes !! - Atrofia é MUITO COMUM
40
DMI Neovascular - O que é a Vasculopatia Polipóide da Coroide? Como é morfologicamente?
- Variante de NV Tipo 1 - Não se sabe se faz parte do espectro da DMI ou das Paquicoroides - Rede Neovascular localizada entre M Bruch e EPR - Nos seus bordos tem dilatações NODULARES tipo ANEURISMAS - as lesões Polipóides!
41
DMI Neovascular - Vasculopatia Polipóide da Coróide - Diferenças no padrão de atingimento / epidemiológico? Como se chama a forma periférica? Como varia entre os asiáticos e os caucasianos?
- Pode ter localização Central, Peripapilar ou Periférica !! :O - Forma periférica corresponde à Coriorretinopatia Hemorrágica Exsudativa Periférica - Tende a surgir em indivíduos MAIS NOVOS (60-70 anos) ASIATICOS - Nos asiáticos, representa até 50% dos casos de DMI Neovascular :O - É mais frequente no sexo MASCULINO - É tipicamente UNILATERAL - É tipicamente MACULAR CAUCASIANOS - Nos caucasianos corresponde a 10-20% dos casos de DMI Neovascular - É mais frequente no sexo FEMININO - É mais BILATERAL - É mais PERIPAPILAR :O
42
DMI Neovascular - Vasculopatia Polipóide da Coróide - Como estão as várias camadas da retina? Qual é o curso clínico?
- Escassez de drusas, alterações pigmentares, atrofia geográfica e cicatriz disciforme - Associa-se a características de paquicoroide - Paquivasos da camada de Haller - Hiperpermeabilidade Coroideia - Espessura coroideia AUMENTADA - Doença FREQUENTEMENTE HEMORRAGICA - As lesões polipóides são susceptiveis a rotura com hemorragia, que pode ser maciça - Encontram-se descolamentos serosos e/ou hemorrágicos do EPR e da retina NS - Pode haver hemorragias Subretiniana e Hemovítreo - Exsudados lipídicos são comuns - LSR predomina, com LIR escasso ou ausente - História natural de episódios RECORRENTES de HEMORRAGIA e EXSUDAÇÃO
43
DMI Neovascular - Vasculopatia Polipóide da Coróide - Como se compara o Outcome visual face à DMI neovascular tradicional? Qual é o motivo?
Apesar de apresentações tipicamente hemorrágicas, com episódios frequentes de hemorragia a exsudação, quadro outcome é frequentemente melhor (apesar de ser na mesma mau :O - Sobretudo porque dá menos atrofia
44
DMI Neovascular - Vasculopatia Polipóide da Coróide - Qual é o MCDT gold-standard? O que se vê?
AngIGC É o GOLD-STANDARD para o diagnóstico - Pólipos aparecem como áreas de HIPERfluorescencia FOCAL, que surgem nos primeiros 6 minutos - TÊM halo HIPOfluorescente à volta, em caso de ACTIVIDADE
45
DMI Neovascular - Vasculopatia Polipóide da Coróide - O que se vê no OCT? Quais são os 3 sinais típicos?
DEPs em dedo de luva - Presença de DEPs de BASE ESTREITA E ALTA - Em dedo de luva, associados a DEPs de MENORES dimensões com um Notch Double Layer Sign - 2 linhas hiperreflectivas separadas pela linha vascular Colares de Pérolas - Estruturas arredondadas de BORDO Hiperreflectivo - Representam os POLIPOS
46
DMI - Classificação da DMI
Normal - Nenhuma alteração - Drusas pequenas (≤ 63 μm) DMI Precoce - Drusas intermédias (63-125 μm) - SEM alterações pigmentares DMI Intermédia - Drusas grandes > 125 μm Ou - Druas intermédias + Alterações pigmentares (hiper ou hipo) DMI Tardia - DMI Neovascular e/ou - Atrofia Geográfica
47
DMI - AREDs Severity Scale - o que é que avalia? Quais são as variáveis?
Avalia o risco de progressão para DMI “avançada” (Neovascular ou Atrofia Geográfica) Para cada olho: - 1 ponto se Drusas Grandes - 1 ponto se Drusas Intermédias nos 2 olhos (sem drusas grandes) - 1 ponto se Alterações pigmentares ou - 2 pontos se DMI tardia 0 - 0,5% 1 - 3% 2 - 12% 3 - 25 % 4 - 50%
48
DMI - AREDS 1 - em que consistia a fórmula? Doses?
- B-caroteno 15 mg - Vitamina C 500 mg - Vitamina E, 400 UI - Zinco 80 mg - Cobre 2mg (para prevenir anemia por def de cobre induzida pelo Zinco)
49
DMI - AREDS 1 - Mostrou benefícios em que doentes? Qual foi a redução do risco?
- Diminuição de 25% do risco aos 5 anos de progressão para DMI Avançada (NV ou AG) Beneficio nos doentes com: - DMI Intermédia em 1 ou 2 olhos - DMI Tardia em 1 olho
50
DMI - AREDS 1 - Qual foi o problema com o beta-caroteno?
Demonstrou-se que a suplementação com beta-caroteno AUMENTA RISCO de cancro do pulmão em fumadores e ex-fumadores
51
DMI - AREDS 2 - Fórmula final? Doses?
- Vitamina C 500 mg - Vitamina E 400 UI - Zinco 80 mg - Cobre 2 mg - Luteína 10 mg - Zeaxantina 2 mg
52
DMI - AREDS 2 - O que avaliou e o que concluiu?
- Adição de ómega 3 NÃO reduziu adicionalmente o risco - Adição de luteína/zeaxantina à formula original NÃO reduziu adicionalmente risco mas... - Em substituição do beta-caroteno na fórmula adicional parecia ser MELHOR - Ensaio CONFIRMOU que suplementação com beta-caroteno aumenta risco de Cancro de pulmão para o dobro (e exclui esse risco com luteína e zeaxatina)
53
DMI - Que outras medidas de estilo de vida poderão ser alteradas?
- Cessação tabágica - Dieta rica em fruta, vegetais e peixe Parecem ser benéficas, e sem efeitos secundários...
54
DMI - Tratamentos recentes para DMI Atrófica - Qual foi o Fármaco que em 2018 não mostrou efeito nos Ensaios de Fase 3?
Lampalizumab - anticorpo monoclonal humanizado para administração INTRAVITREA que inibe o factor D do complemento (via alternativa) NÃO reduziu velocidade de crescimento :(
55
DMI - Tratamentos recentes para DMI Atrófica - Zimura - Avacincaptad pegol - Qual o mecanismo de acção? Quais os ensaios que o estudaram?
Zimura - Avacincaptad pegol - inibe a clivagem do C5 GATHER1 - Pareceu mostrar diminuição na velocidade crescimento da AG (28% em 1 ano) GATHER2 - Entretanto mostrou diminuição de 14% no crescimento da área de AG (mas houve mais eventos adversos e mais conversão para neovascularização no grupo tratado Gather 2 acabou de ter resultados !
56
DMI - Tratamentos recentes para DMI Atrófica - Pegcetacoplan - Qual o mecanismo de acção? Quais os ensaios que o Aprovaram? O que acabou de se perceber em relação a este fármaco?
# É uma PEGA OAKS - Diminuição do crescimento da área em 21% a 1 ano e 22% a 2 anos DERBY - Não chegou à significancia (12%) a 1 ano :( e 16% a 2 anos Acabaram ambos de ter resultados Inibição do C3 Acabou de ser aprovado pela FDA Neste momento está-se a perceber que está ligado a episódios de vasculite retiniana !! ((É uma PEGA que oferece um bom plano, mas nao vale nada))
57
DMI Neovascular - Quais são os principais activadores da Angiogénese?
- VEGF - Fibroblast growth Factor - Transforming Growth Factor alpha e beta - Angiopoetina 1 e 2
58
DMI Neovascular - O que é o VEGF? Quais são os membros da família? Qual é a isoforma mais importante na DMI? Quais são os efeitos?
- Glicoproteina com especificidade para células endoteliais vasculares Familia de 5 citocinas diferentes - VEGF-A - VEGF-B - VEGF-C - VEGF-D - Placental Growth Factor Levam a: - Aumento da permeabilidade vascular - Angiogénese - Linfangiogénese - Molecula mais importante para a patogénese da DMI é o VEGF-A - Isoforma predominante na DMI é o VEGF165
59
DMI Neovascular - Qual é a isoforma predominante de VEGF na DMI?
- Molecula mais importante para a patogénese da DMI é o VEGF-A - Isoforma predominante na DMI é o VEGF16
60
DMI Neovascular - Avastin - Bevacizumab Dose? Tipo de anticorpo? Indicação Inicial? Tempo de semi-vida? Alvo Molecular? Que estudo mostrou a não-inferioridade?
- Dose 1,25 mg - Anticorpo monoclonal humanizado inteiro IgG, 149 kDa - Aprovado para tratamento do Cancro Colorrectal Metastático - Tempo de semi-vida muito superior aos restantes (21 dias) Alvo molecular: - VEGF-A Ensaios clínicos: CATT (mostrou não inferioridade) IVAN
61
DMI Neovascular - Lucentis - Ranibizumab Dose? Tipo de anticorpo? Alvo Molecular? Ensaios de aprovação?
Ranibizumab - Lucentis - 2006 - Dose 0,5 mg - Fragmento de anticorpo monoclonal humanizado, 49 kDa Alvo molecular: - VEGF-A - TODAS as isoformas activas Ensaios Clínicos - MARINA (Fase 3) - ANCHOR (Fase 3) - HORIZON (extensão open-label do MARINA e do ANCHOR) ((Ranibizumab é o dos Ricos - Vao para a marina içar a ancora))
62
DMI Neovascular - Eylea - Aflibercept Dose? Tipo de molécula? Alvo Molecular? Ensaios de aprovação?
- Dose 2 mg - Proteina de fusão recombinante que liga dominios dos receptores VEGF 1 e 2 à porção Fc da IgG humana, 115 kDa Alvo molecular: - VEGF-A - VEGF-B - PIGF (Placental Growth Factor) Ensaios Clínicos - VIEW 1 - VIEW 2 (Aflibercept é o melhor. Quando chegou VIEW os outros a ficar para tras)
63
DMI Neovascular - Beovu - Brolucizumab Dose? Tipo de molécula? Alvo Molecular? Ensaios de aprovação?
Brolucizumab - Beovu - 2019 - Dose 6 mg - Anticorpo monoclonal humanizado, de cadeia única, 26 kDa (permite dose molar MUITO MAIOR que os outros) Alvo molecular: - VEGF-A Ensaios Clínicos - HAWK - HARRIER
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DMI Neovascular - Vabismo - Faricimab Dose? Tipo de molécula? Alvo Molecular? Ensaios de aprovação?
- Dose 6 mg - Anticorpo humanizado bi-específico 150 kDa Alvo molecular: - VEGF-A - Angiopoetina-2 (aumentada em estados patológicos pro-angiogenicos, tambem actua na NV e no aumento da permeabilidade vascular) Ensaios Clínicos - TENAYA - LUCERNE
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DMI Neovascular - Qual era a IIV antiga que se fazia e já não faz? O que inibia?
Pegaptanib - Macugen, que já não é usado - só inibia isoforma 165
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DMI Neovascular - Que alteração de dose de fármaco é que acabou de ser aprovada? Qual é o beneficio? Quais foram os estudos
Aflibercept em dose quadrupla - 8 mg (Eylea HD) - Permite intervalo 3/3 meses ou superior PULSAR - DMI PHOTON - EMD
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DMI Neovascular - Qual é o problema neste momento com a segurança do Brolucizumab?
- Com o inicio da comercialização, começou-se a perceber que parecia estar associado a episódios de Vasculite Retiniana oclusiva - Fez-se uma analise pos-hoc dos HAWK e HARRIER, que viu que 5% dos doentes tinha desenvolvido inflamação intraocular com vasculite e/ou oclusão intraocular - Questao ainda não está definitivamente definida (O mesmo que está a acontecer com o Pegcetacoplan)
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DMI Neovascular - Quais são os tipos de posologia dos anti-VEGF?
Fixo Pro re nata (“as needed”) - Monitorização mensal, mas em cada visita só recebem tratamento se necessário - Apesar de obter bons resultados, foi ligeiramente INFERIOR Treat and Extend - Intervalo entre visitas e tratamentos é progressivamente aumentado perante ausencia de actividade, ou encurtado em caso de recorrencia de actividade
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Vasculopatia Polipóide da Coroide - Tratamento clássico? Porque é que essa modalidade de tratamento não se usa na DMI? Qual é o endpoint do tratamento?
Terapia Fotodinamica - Na PCV associa-se a ganho visual - Efeito oclusivo ou trombótico na rede aneurismática Endpoint é o encerramento das lesões polipóides Na DMI não se usa porque apenas apenas previne o agravamento da visão, não melhora Apesar disso, ensaios recentes mostraram que é melhor anti-VEGF
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Vasculopatia Polipóide da Coroide - Que ensaios compararam TFD contra TFD + anti-VEGF? Qual foram as conclusões finais?
EVEREST - 2012 EVEREST II - 2017 PLANET - 2018 ATLANTIC - 2021 Comparou Aflibercept em T&E com Aflibercept T&E + TFD de resgate Concluiram que usando Aflibercept não parece haver grande beneficio em juntar TFD :O