18. Patologia do Vítreo e Interface Vítreo-retiniana. Patologia Congénita do Vítreo Flashcards

1
Q

Retina - Quais são os constituintes principais da MLI?

A

Lamina basal das células de Muller

Colagénio Tipo I e IV, proteoglicanos, FIBRONECTINA e LAMININA

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2
Q

Retina - O que é a MLI de Elschnig? Qual é a constituição?

A

MLI no bordo do Nervo Optico, onde é composta por Astrócitos

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3
Q

Retina - O que é o menisco de Kuhnt?

A

MLI dentro , onde é composta por Glicosaminoglicanos

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4
Q

Retina - Quais são as zonas de aderência firme entre o vítreo e a retina?

A
  • Base do vítreo (a mais DENSA) - 2 mm anterior e 3-4 mm posterior à ora serrata
  • Margem do disco óptico
  • Fóvea e a 1500 μm do centro da mácula
  • Arcadas Vasculares da Retina
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5
Q

Retina - Que 2 processos mecânicos ocorrem durante o Descolamento do Vítreo?

A

Sinquise - Liquefacção
Sinerése - Agregação

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6
Q

Retina - Sinquise vítrea - em que consiste? Quando se inicia? % aos 50 e aos 80 anos?

A
  • Reorganização e destruição de complexos do Acido Hialoronico
  • Separação em fase aquosa e fase gel
  • Formação de bolsas líquidas no interior do vítreo - Bursa pre-macular
    Inicia aos 2-4 anos de idade
  • Aos 50 anos 25% está em fase aquosa
  • Aos 80 anos, 50% está em fase aquosa
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7
Q

Retina - Sinerese vítrea - em que consiste? Que 2 moleculas envolve principalmente? Ocorre devido à perda de que?

A
  • Alteração química da interface entre Acido Hialuronico e colagénio
  • Devido a perda das cadeias de sulfado de condritoina e Colagénio IX
  • Dá-se um aumento da concentração por área de colagénio (mas = concentração total) e cross-linking em fibras maiores
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8
Q

Retina - Através de que mecanismos se dá a perda da aderência do córtex vítreo à MLI?

A
  • Perda de células de Muller
  • Espessamento progressivo da MLI
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9
Q

Retina - Em que local se costuma iniciar o processo de descolamento do vítreo por disseção por vítreo liquefeito?

A
  • Geralmente processo inicia-se na Macula ou no Menisco de Kuhnt
    isto leva a:
  • Disseção PROGRESSIVA do plano Hialoide / MLI adjuvado pelos movimentos oculares
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10
Q

Descolamento Posterior do Vítreo - Epidemiologia - Está presente em que % aos 65 anos e aos 80 anos?

A
  • Cerca de 65% aos 65 anos, 87% aos 80

((Tem as % das idades)

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11
Q

Descolamento Posterior do Vítreo - Causas secundárias? (4)

A
  • Traumatismo
  • Cirurgia de catarata
  • Uveite
  • LASER
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12
Q

Descolamento Posterior do Vítreo - Factores de Risco (5)

A
  • IDADE
  • Cirurgia (++ se complicações)
  • Miopia
  • Sexo FEMININO (mesma taxa mas MAIS CEDO)
  • Vitreorretinopatias congénitas - S. Stickler e D. Wagner
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13
Q

Descolamento Posterior do Vítreo - Qual é o trajecto habitual do descolamento?

A

Progressão:
Processo inicia-se geralmente na 4 década de vida
- Perifoveal
- Toda a macula
- Alargamento até ao bordo do disco
- Extensão até arcadas vasculares
- Extensão TEMPORAL-SUPERIOR e depois NASAL-INFERIOR
(processo muito lento, de DECADAS)

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14
Q

Descolamento Posterior do Vítreo - Como é a calssificação em OCT do DPV?

A

Estadio 0 - só se ve a bursa pre macular
Estadio 1 - zona peri-foveal
Estadio 2 - até à fovéola
Estadio 3 - Descolou da região foveal e mácula mas aderente ao disco
Estadio 4 - Totalmente separado da mácula e disco

Pode ser DIFICIL distinguir estadio 0 do 4 ao OCT !

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15
Q

Descolamento Posterior do vítreo - Como se distingue da RD à Ecografia

A
  • Membrana mais fina
  • Menor reflectividade
  • Mais movimento e after-movement
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16
Q

Descolamento Posterior do vítreo - O que é que provoca as miodesopsias?

A
  • Scattering
    e
  • Sombra causada pelos agregados de fibrilhas de colagénio e tecido glial epirretiniano
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17
Q

Descolamento Posterior do vítreo - Qual é a prevalência de miodesopsias aos 50 anos?

A
  • 90% aos 50 anos - com ou sem DPV :O
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18
Q

Descolamento Posterior do vítreo - De que depende a gravidade das miodesopsias?

A
  • Diametro da opacidade
  • Distancia à retina - sombras MAIOR para corpos MAIS PERTO da retina
  • Diametro pupilar - sombras MAIORES para pupilas MENORES !!

(por isso é que na praia são tão intensas !)

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19
Q

Descolamento Posterior do vítreo - Qual é a localização em que os doentes referem mais frequentemente as fotopsias? Tem relação com o local da rasgadura?

A

TEMPORAL - NÃO tem relação com a localização da rasgadura

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20
Q

Descolamento Posterior do vítreo - Qual é o motivo para um DPV anómalo? Porque é que é mais provável em determinados olhos? Quais são as consequências?

A
  • Ocorre por alteração do balanco entre liquefação do vítreo e enfraquecimento da adesão vitreorretiniana
  • Maior probabilidade em olhos com liquefação precoce (miopia, trauma, etc)
  • Associado a Rasgaduras, Hemorragia, Tração vitreomacular…
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21
Q

Descolamento Posterior do vítreo - Perante um DPV, quais são os sintomas/sinais que devem levar à suspeita de rasgadura?

A
  • Presença de 10 ou mais floaters visualizados no fundo
  • Sensação de névoa difusa descrita pelo doente
  • Presença de hemorragia do vítreo - 70% dos casos tem rasgadura
  • Pigmento no vítreo - Tobaco dust sign
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22
Q

Descolamento Posterior do vítreo - Em relação a que outras doenças da retina é protector? Porque? (3)

A

Retinopatias proliferativas
DPV DIMINUI risco de complicação e NV
- O plano sobre o qual os NV crescem é o vítreo posterior !
DMI
DPV reduz o risco
- Mecanismos desconhecidos
- Doentes com aderência foveal tem mais risco
Edema macular
DPV reduz o risco e pode até MELHORAR um Edema pre existente
(Edema macular refractário com tração existente é indicação para cirurgia)

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23
Q

Descolamento Posterior do vítreo - Miodesopsias - porque é que os sintomas diminuem com o tempo?

A
  • Neuroadaptação
  • Colapso anterior do vítreo desloca floaters anteriormente
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24
Q

Descolamento Posterior do vítreo - Como deve ser a reavaliação perante um quadro de miodesopsias de novo?

A
  • Idealmente, reavaliação em 4-6 semanas para excluir rasgaduras de novo
  • Avisar sinais de alarme
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25
Descolamento Posterior do vítreo - Vitrectomia para Miodesopsias - Pontos a favor e contra? Que adaptações se podem fazer e qual é a respectiva limitação?
A favor - reduz os sintomas em 85-100% dos casos Contra - Risco de formação de catarata e risco de rasgaduras iatrogénicas (ao induzir o DPV) Técnica floaters-only: - Parece reduzir risco de complicações (incluindo catarata) - Mas se não induzirmos DPV podem aparecer floaters depois da cirurgia !
26
Descolamento Posterior do vítreo - Vitreólise LASER - Papel? Complicações?
Controversa Complicações potenciais - Catarata por lesão capsular - Lesão da retina - Aumento PIO Melhor com LASERS modernos ??
27
Adesão Vítreomacular - Definição
- Persistencia de adesão vítreo-foveal na ausência de sinais de disrupção da estrutura foveal normal - É frequentemente um passo normal do DPV
28
Adesão Vítreomacular - Cut-off para Focal / Larga
Focal < 1500 μm Larga > 1500 μm
29
Tração Vítreomacular - Definição?
- Persistencia de adesão vítre-foveal com sinais de tração antero-posterior e disrupção da anatomia da fóvea
30
Tração Vítreomacular - Epidemiologia - Sexo? %? Idade? Raça?
- 1,5% da população - Maior prevalência em MULHERES - Qualquer idade - SEM predominância de RAÇA
31
Tração Vítreomacular - Epidemiologia - Olho adelfo está afectado em que % dos casos? Com que?
- 70% dos olhos adelfos têm outra alteração da interface vítreo-retiniana - Tração, MER, Adesão e Buraco
32
Tração Vítreomacular - Sintomas?
- Metamorfopsia / micropsia - Diminuição AV
33
Tração Vítreomacular - Cut-off Tamanho
- Local < 1500 μm - Larga > 1500 μm
34
Tração Vítreomacular - A que outras alterações da interface / Retina se associa?
- MER concomitante 40-100% - Quistos e edema macular - Descolamento neurossensorial da retina - Disrupção das camadas externas (Cotton-ball sign)
35
Tração Vítreomacular - O que é o Cotton-ball Sign?
Região hiperreflectiva arredondada altamente reflectiva entre a zona da transição Fotorreceptores Int/Ext e a camada externa
36
Tração Vítreomacular - Tratamento - O que se faz em casos assintomáticos e sintomáticos? Em que % de casos resolve espontaneamente? Quais são as alternativas?
Sem sintomas - VIGILANCIA - Resolução espontânea em 30% Com sintomas - Vitreolise enzimática com Ocriplasmina - Vitreólise Pneumática - Vitrectomia - Gold Standard
37
Tração Vítreomacular - Tratamento - Vitreolise com Ocriplasmina - o que é a Ocriplasmina? O que é que degrada? Qual é a eficácia?
- Forma recombinada da Plasmina humana Degrada - Colagénio - Fibronectina - Laminina (Tem plasmina no nome... é forma recombinante de plasmina) Resolução de 26% dos casos em 28 dias (segundo MIVI-TRUST) Encerramento de buracos em 40% a 6 meses (Estudos subsequentes com melhor seleção de doentes mostraram melhores resultados)
38
Tração Vítreomacular - Tratamento - Vitreolise com Ocriplasmina - Factores para o sucesso do tratamento
- Idade < 65 anos - Doentes fáquicos - AUSENCIA de MER - Tração FOCAL ( < 1500 μm) - Buracos maculares pequenos (< 250 μm) - Patologia macular
39
Tração Vítreomacular - Tratamento - Vitreolise com Ocriplasmina - Efeitos Iatrogénicos e desvantagem?
- Ocriplasmina pode levar a DISRUPÇÃO da matriz dos fotorreceptores - Fármaco era muito caro
40
Tração Vítreomacular - Tratamento - Vitreolise Pneumática - em que consiste? Que é que se usa? Em que quantidade? Como são os resultados?
- Técnica antiga - Semelhante a retinopexia pneumática - Consiste na injeção de 0,3 mL C3F8 via pars plana - Evitar decúbito dorsal - Se for para Buraco Macular, fazer dace-down durante 4 dias Resultados Reportados resultados MUITO BONS - TVM 60-100% - Buraco macular 50-83% Muito mais barato que ocriplasmina...
41
Tração Vítreomacular - Tratamento - Vitrectomia - Eficácia? Associada a melhoria da AV? Outras vantagens?
- GOLD-STANDARD - Eficacia > 90% - Melhoria da AV ≥ 2 linhas em 45-100% - Permite tratamento de patologia concomitante como MER
42
Buraco Macular / Buraco Lamelar / Pseudoburaco macular - Como se distinguem em relação à etiologia / Tração?
Buraco Macular - Tração antero-posterior e centrifuga Buraco Lamelar - Tração variável / Degenerativo Pseudoburaco Lamelar - Tração centrípeta (quase sempre por MER)
43
Buraco Macular / Buraco Lamelar / Pseudoburaco macular - Como se distinguem em relação à perda de tecido
Pseudoburaco geralmente NÃO tem perda de tecido e está quase sempre associado a MER Buraco lamelar pode ter ou não ter perda de tecido
44
Pseudoburaco Macular - O que é? Qual é a causa? Qual é a morfologia? Como está a espessura central?
Não é um verdadeiro buraco - NÃO há perda de tecido - Resultado de tração centrípetra, quase sempre no contexto de MER - Espessura central normal ou aumentada
45
Buraco Lamelar - Etiologias? Perda de tecido? Espessura central?
- Etiologia traccional e por vezes degenerativo - Defeito de espessura parcial e separação em 2 camadas - Espessura central diminuida - Geralmente COM perda de tecido
46
Buraco Macular - Epidemiologia? Sexo? Idade? Latreralidade?
- Mais frequente em MULHERES - Mais frequente > 60 anos (EXCEPTO traumático) - BILATERAL em até 30% :O - Incidência muito variável em estudos
47
Buraco Macular - Qual é o risco de desenvolver no olho adelfo? De que depende?
- Se já houver DPV < 1% - Sem DPV - 30% - Buraco eminente - 60%
48
Buraco Macular - O que é? Qual é a origem? Onde é o ponto exacto de rotura?
- Defeito espessura completa desde MLI até aos fotorreceptores - Originado por Forças Traccionais postero-anteriores e centrífugas - Rotura ocorre no UMBO (parte mais frágil da mácula)
49
Buraco Macular - Etiologia?
Idiopático - Exclusivamente por forças traccionais Secundário - Traumático - Retinopatia Proliferativa - Miópico (entidade com etiopatogenia diferente)
50
Buraco Macular - Como estão distribuídas as células de Muller na Fóvea? Qual é a importância?
Cone de Células de Muller - Porção central - Providenciam resistência contra forças antero-posteriores Celulas de Muller em Z - Na parede lateral da fóvea - Providenciam resistência contra forças tangenciais
51
Buraco Macular - Qual é o mecanismo de formação no trauma? Como é a recuperação neste contexto?
- Compressão axial subita, seguida de expansão - Globo é flexivel, mas vítreo não é - A força de tração induzia pelo vítreo nas paredes do globo neste processo leva à formação do buraco - Ocorre habitualmente em JOVENS - Associado a forte resposta cicatricial e recuperação estrutural (por serem doentes jovens) :O - Até 67% tem encerramento espontaneo em 3 meses :O *Pensar na bola de ténis a bater na raquete
52
Buraco Macular - Quais são os sintomas? Como é o onset?
- Perda de AV central (muitas vezes doentes não notam) - Metamorfopsia - Escotoma central Inicio pode ser GRADUAL ou SUBITO
53
Buraco Macular - Qual é o gold-standard para o diagnósitico? O que se deve medir?
OCT - Gold-standard Medir: - Diametro - Diametro da base - Altura
54
Buraco Macular - Classificações - Qual era o nome da classificação clássica (pré-OCT) e como era?
Classificação de Gass (Fundoscopica - 1998) Estadio 1A - Ponto AMARELO com PERDA da depressão foveal, na ausência de descolamento vítreo Estadio 1B - Anel AMARELO com PERDA da depressão foveal, na ausência de descolamento vítreo Estadio 2 - Buraco de largura < 400 μm Estadio 3 - Buraco de largura > 400 μm, na ausência de descolamento vítreo Estadio 4 - Buraco de largura > 400 μm, COM descolamento vítreo
55
Buraco Macular - Classificações - Como se chama e como é a classificação recente, baseada em OCT?
Classificação Internacional Tamanho - Pequenos < 250 μm - Médios 250-400 μm - Grandes > 400 μm Estado do vítreo - COM tração vítrea - SEM tração vítrea Causa - Primária - Secundária
56
Buraco Macular - Tratamento - Em que % ocorre encerramento espontâneo? Em que casos é mais provável?
- Taxas até 3-9% - Muito mais provável nos buracos muito pequenos (50-100 μm) Ocorre após a tração vítrea se libertar
57
Buraco Macular - Tratamento - Alternativas terapêuticas?
- Vitreólise Enzimática - Vitreólise Pneumática - VPP
58
Buraco Macular - Tratamento - Qual é a técnica de VPP gold standard?
Vitrectomia - GOLD-STANDARD - Pelagem da MLI + tamponamento com gás - Posicionamento Há variações à técnica: - Flap invertido - Flap livre - Membrana amniótica - Concentrado de plaquetas - Soro autoloco - Enxerto de capsula - Autotransplante de retina
59
Buraco Macular - Tratamento - VPP - Qual é a importância de pelar a MLI?
Pelagem da MLI - Aumenta para O DOBRO a taxa de encerramento - Elimina células contrateis migradas na superfície - Remove o substrato que permite novas trações
60
Buraco Macular - Tratamento - VPP - Qual é o papel dos flaps invertidos? O que diz a evidência?
Devem ficar por cima e não dentro do buraco - O objectivo é fazer scaffold para cicatrização - Evidencia suporta uso em buracos pequenos ou buracos miópicos
61
Buraco Macular - Tratamento - VPP - Porque é que se faz tamponamento com gás?
- Cria Tensão superficial - Remove o contacto da mácula com fluido permite maior reaproximação dos bordos
62
Buraco Macular - Tratamento - VPP - Posicionamento - quanto tempo se deve fazer e em que casos?
É muito variável e a evidencia é muito díspar Aparentemente mais importante em - Cronicidade > 1 ano - Alta miopia - Diametro > 400 μm
63
Buraco Macular - Quais são os principais factores de prognóstico? em que % recorre?
- AV pré-operatória - Duração - Tamanho - Patologias associadas - Atrofia EPR, MER, Edema macular Apenas 1% recorre
64
Buraco Lamelar - Epidemiologia - Prevalencia - Sexo / Idade? Perda de tecido?
- Prevalencia de 1-4% :O - Sem relação com SEXO ou IDADE - Pode TER ou NÃO TER perda de tecido (Pseudoburaco NUNCA tem)
65
Buraco Lamelar - Que % agrava com o tempo? Que % progride para Buraco Macular completo?
- A MAIORIA é ESTAVEL, mas 10-30% pode PROGREDIR estrutural e funcionalmente - Há progressão para Buraco completo em 6%
66
Buraco Lamelar - Fisiopatologia - Que 3 mecanismos podem ocorrer?
Vários mecanismos: - Deiscencia de uma parede interna de um QUISTO macular - Buraco macular “abortado” - só leva à separação anterior - Tração superficial por MER
67
Buraco Lamelar - Causas
IDIOPATICOS - A maioria SECUNDARIOS - Edema Macular Cistoide - Inflamação - DMI - R. Pigmentosa - Trauma - Doenças hereditárias da retina * Bem mais do que o Completo
68
Buraco Lamelar - Que 2 tipos existem? Como se caracteriza cada um deles? Qual tem melhor prognóstico?
Tracional - Em BIGODE - QUASE SEMPRE associado a MER - Rácio retina Interna / Externa > 1/2 - Espaços QUISTICOS intrarretinianos - Aparencia isquisis-like - Há quem diga que é apenas um padrão traccional de MER - Quando necessita cirurgia, tem muito melhor taxa de sucesso Degenerativo - Em CARTOLA - Rácio retina Interna / Externa < 1/2 - Cavitação INTRARRETINIANA - Perda de tecido e espessura de retina com disrupção de fotorreceptores - Alterações da ELIPSOIDE
69
Buraco Lamelar - O que é uma LHEP - Lamellar Hole-Associated Epiretinal Proliferation? Associada a que? Diferença para MER típica? Qual é a importância?
- Membrana mais espessa com reflectividade moderada - Muitas vezes associada ao Buraco Lamelar ou Completo Composição DIFERENTE da MER convencional: - Células de Muller - Sem actina - Colagénio degradado Na cirurgia - São difíceis de fazer peeling - São muito elásticas - Elevada aderência
70
Buraco Lamelar - Tratamento - Porque é que é controverso? Qual é o principal critério para operar?
- Muitos doentes veem relativamente bem - Os que não vem bem geralmente são degenerativos Por outro lado - Há risco de Buraco Macular pos-operatório Principal critério para operar é agravamento da visão com o tempo
71
Buraco Lamelar - Tratamento - O que é que se tem de fazer na VPP? Qual é o risco?
- Peeling da MER ou da LHEP - Quando há uma LHEP o peeling é mais difícil e agressivo e há maior risco de buraco macular
72
Buraco Lamelar - Tratamento - Qual é o papel do tamponamento e do posicionamento?
Não são consensuais
73
Membrana Epirretiniana - Epidemiologia - Idade? Sexo? Prevalência? Lateralidade?
- Idade média do diagnostico 65 anos - Prevalencia de 2-29% :O wtf - Sexos com IGUAL prevalência (≠ Buraco Macular e companhia) - BILATERAL em 20%
74
Membrana Epirretiniana - Causas?
IDIOPATICA - A mais frequente - Associada ao DPV SECUNDARIA - Trauma - Oclusão vascular - Retinopatia Diabética - Cirurgia Intraocular ou LASER - Inflamação - Tumores - Patologia Exsudativa - Rasgaduras da retina (muitas vezes só detectadas na cirurgia da membrana !)
75
Membrana Epirretiniana - Factores de Risco
- IDADE
76
Membrana Epirretiniana - Fisiopatologia?
Após a ocorrência de DPV formam-se brechas na MLI e restos de vítreo cortical criam scaffold para migração e proliferação da membrana
77
Membrana Epirretiniana - Histologia? Componente celular e componente extracelular?
Células - Células migradas do EPR - Células de Muller Matriz extracelular - Colagénio sobretudo Tipo II (o do vítreo) - Fibronectina e laminina - Rede densa de fibrilhas dispostas - Ancoragem da MER à MLI é geralmente feita por colagénio Tipo VI
78
Membrana Epirretiniana - Sintomas - Como é a distribuição de AVs?
- Dim AV - Metamorfopsia - Diplopia monocular (raramente) Acuidades visuais - 66% tem AV ≥ 6/10 - 85% tem AV ≥ 3/10 - 5% tem AV < 1/10
79
Membrana Epirretiniana - Classificação de Gass (pré-OCT)
Estadio 0 - Maculopatia em Celofane - Translucidas - SEM distorção da retina Estadio 1 - Com enrugamento irregular da superfície interna da retina - Pode haver alguma distorção dos vasos parafoveais - Geralmente SEM Edema macular cistoide, hemorragias, exsudados ou alterações do EPR Estadio 2 - Pucker Macular - Aparencia DENSA e OPACA - Enrugamento de ESPESSURA COMPLETA da mácula - Pode-se associar a edema, hemorragias e manchas algodonosas * Tem o mesmo nome que a classificação do Buraco Macular Pré-OCT
80
Membrana Epirretiniana - Classificações da era pós-OCT
Há várias Etiologia - Idiopática - sem etiologia identificada - Primária - por DPV - Secundária - Secundária a outra doença Espessura foveal - Normal - Espessada (depende do aparelho... > ~300 μm) Integridade da camada elipsoide - Intacta - Alterada
81
Membrana Epirretiniana - Tratamento - Decisão de tratar deve ser baseada em que? Quais são os critérios funcionais e estruturas?
FUNCIONAIS - Acuidade visual - Metamorfopsia e diplopia - Impacto na qualidade de vida ESTRUTURAIS - Espessura - PROGRESSÃO Membranas SECUNDARIAS mais frequentemente intervencionadas
82
Membrana Epirretiniana - Quais são os Factores de Prognóstico?
- Duração da MER - Integridade das camadas EXTERNAS !! (Espessura central da retina é POUCO preditora) :O - Acuidade visual pré-operatória - Idade JOVEM
83
Membrana Epirretiniana - VPP - por que região se costuma começar o peeling? Que pormenor na vitrectomia é importante?
TEMPORAL-INFERIOR (ou guiado por imagem pre ou intra-op) - Ver SEMPRE a periferia (rasgadura desconhecida pode ter sido a causa da MER)
84
Membrana Epirretiniana - VPP - qual é o papel do Peeling da MLI? O que diz a evidencia?
- Geralmente faz-se mas não é totalmente consensual - Remove restos de células que podem ter originado a MER - Remove o scaffold para formação - Lentifica recuperação de sensibilidade retiniana?? Meta-análise de 5 RCTs de 1645 olhos Resultados: - A CURTO PRAZO a pelagem da MLI melhora a AV - A LONGO PRAZO a AV e espessura macular foi IGUAL - Fica por esclarecer o papel Rule of thumb: - Parece ser mais importante nas secundárias - Nas primárias... não consensual
85
Membrana Epirretiniana - VPP - Como funciona a recuperação visual pós-cirurgia? Quanto tempo demora?
- AV pode PIORAR nos primeiros meses após a cirurgia - Melhoria tende a ocorrer em 3-6 meses após a cirurgia - Metamorfopsias geralmente MELHORAM, mas NÃO resolvem