14. Doenças da Coroide Flashcards

1
Q

Doenças da Paquicoroide - Quais são as entidades?

A
  • Coriorretinopatia Central Serosa
  • Epiteliopatia pigmentar paquicoroide
  • Neovasculopatia paquicoroide
  • Vasculopatia polipoide da coroide
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2
Q

Doenças da Paquicoroide - Quais são as camadas vasculares da coroide?

A
  • Coriocapilar
  • Camada de Sattler - vasos ovalares pequenos
  • Camada de Haller - vasos ovalares grandes
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3
Q

Doenças da Paquicoroide - Como varia a espessura da coroide com a idade e o comprimento axial?

A
  • Diminui com idade
  • Diminui com comprimento axial
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4
Q

Doenças da Paquicoroide - Em que doenças é que a espessura da coroide pode aumentar Transitoriamente? Isso torna-as paquicoroides?

A
  • VKH
  • Coroidite multiofocal
  • S. Multiplos pontos brancos evascentes
  • O termo Paquicoroide significa um aumento ANORMAL e PERMANENTE
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5
Q

Doenças da Paquicoroide - O que é uma doença da Paquicoroide? O que é que se passa ao nível das camadas?

A
  • O termo Paquicoroide significa um aumento ANORMAL e PERMANENTE
  • Geralmente o que ocorre é uma DILATAÇÃO dos vasos da camada de Haller que comprime os da camada de Sattler e Coriocapilar
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6
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Definição

A
  • Doença Idiopática caracterizada por um descolamento seroso da retina neurossensorial, mais frequente na região macular
  • Pode resolver espontaneamente ou assumir forma crónica com episódios de recorrência
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7
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Epidemiologia - Sexo? Idade? Raça?

A
  • Tipicamente HOMENS (3-6 para 1)
  • Jovens ou de meia idade 20-55 anos
  • MAIS frequente nos CAUCASIANOS (rara na raça negra) (= DMI)
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8
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Epidemiologia - Quais são as diferenças no quadro clínico em doentes mais velhos?

A
  • Mais BILATERAL
  • Mais CRONICA
  • Mais prevalência no Sexo femino QUANDO COMPARADA a outras idades
  • Maior tendência para NVC
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9
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Fisiopatologia?

A

Causa desconhecida

  • Resulta de extravasamento de fluido da Vasculatura coroideia para o espaço subretiniano por 1 ou mais lesões focais do EPR
  • Parece haver fenómenos de HIPERPERMEABILIDADE COROIODEIA
  • Acredita-se que haja um compromisso da autoregulação da circulação coroideia, que se pode associar a Catecolaminas, Simpaticomiméticos e Corticoides
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10
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Fisiopatologia - De que forma é que a hiperpermeabilidade coroideia leva a descolamentos neurossensoriais?

A
  • Aumento da PRESSAO HIDROSTATICA
  • Ultrapassagem da função de barreira do EPR
  • Descolamento do EPR
  • Formação de lesões focais do EPR com extravasamento de líquido para o espaço subretiniano
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11
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Fisiopatologia - O que ocorre e qual é a consequência dos descolamentos maculares da retina neurossensorial?

A
  • Há INTERRUPÇÃO da fagocitose dos segmentos externos dos fotorreceptores
  • Alongamento dos fotorreceptores e acumulação de segmentos externos
  • Isto leva a DEPOSITOS PUNCTIFORMES amarelados com material HIPERREFLECTIVO no OCT e HIPERautofluorescente na FAF
  • Estes depósitos podem PERMANECER após reabsorção do liquido subretiniano
  • Este alongamento dos segmentos externos pode traduzir-se como AUMENTO da espessura da ZONA ELIPSOIDE no OCT
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12
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Factores de Risco - Pessoais? Farmacológicos?

A

SISTEMICOS
- Personalidade Tipo A
- Stress Emocional
- HTA
- DRGE
- Gravidez
- Hipercortisolismo endógeno
- Consumo de álcool
- Consumo de tabaco
- Glomerulonefrite membranoproliferativa Tipo II
- Infeção por H pylori
- LES
- Outras doenças autoimunes
FARMACOS
- Corticoides (factor de risco MAIS consistente e ÚNICO com associação inequívoca. Em TODAS as vias de administração, e mesmo em doses baixas)
- Psicofármacos
- Simpaticomiméticos
- Antibióticos
- Anti-Histaminicos

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13
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Como se divide em Aguda ou Crónica? Que % dos Agudos recorrem?

A

AGUDA
- Resolução espontânea em 3-4 meses
- BOM prognostico visual
- Podem ficar queixas de discromatópsia permanente

Mas…
- Até 50% dos doentes vão desenvolver 1 ou mais episódios de RECORRENCIA durante os primeiros 12 meses :O

CRONICA
- Persistência por > 3-4 meses
- Descolamento crónico da retina neurossensorial
- Áreas multifocais de atrofia e DEPs irregulares
- Quistos intrarretinianos
- Risco de NVC secundária
- PIOR prognostico visual

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14
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Sintomas de Apresentação - Qual é o timing de inicio? Quais são os principais descritos?

A

Inicio frequentemente SUBITO
- Hipovisão
- Metamorfopsia
- Micropsia
- Escotoma central ou paracentral
- Discromatopsia
- Dim sensibilidade ao contraste
Podem persistir durante MESES e resolver espontaneamente

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15
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Em que % pode surgir NVC? É de que Tipo?

A

E 20% dos casos pode surgir NEOVASCULARIZAÇÃO (Tipo 1)

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16
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Como é a AV à apresentação?

A
  • AV varia consideravelmente (entre 1/10 e 10/10). Na maioria é > 6/10
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17
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Qual é o hallmark da doença no fundo?

A
  • Área ARREDONDADA ou OVALADA e BEM demarcada de descolamento SEROSO da retina no polo posterior
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18
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Aspecto do Fundo - o que é raro e deve fazer pensar em outros diagnósticos?

A
  • Deposição de lipidos ou hemorragias
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19
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Aspecto do Fundo na forma Crónica?

A
  • Pode-se ver um descolamento bolhoso INFERIOR com alterações ATROFICAS e lesões PIGMENTARES que formam tractos GRAVITACIONAIS
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20
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - OCT - o que mostra na Fase Aguda?

A
  • Presença de Liquido SUB e INTRA retiniano
  • Presença de DEP (correspondem ao ponto de difusão e correspondem ao ponto de fuga que se vê na AngF)
  • Pode haver alongamento dos segmentos externos
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21
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - OCT - o que mostra na Fase Crónica?

A
  • Alterações ATROFICAS do EPR
  • Material hiperreflectivo por cima da M Bruch (depositos de segmentos externos)
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22
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - FAF - o que mostra na Fase Aguda?

A
  • Zonas de extravasamento do líquido do EPR são HIPOautofluorescentes
  • Descolamento da retina neurossensorial também é HIPOautofluorescente

À medica que cronifica, começa a mostrar HIPERautofluorescencia CRESCENTE por ACUMULAÇÃO de fluoforos não absorvidos

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23
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - FAF - o que mostra na Fase Crónica?

A
  • Gravitational tracks HIPOautofluorescentes com rebordo HIPErautofluorescente
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24
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - AngF - Quais são os 2 padrões característicos?

A
  • Difusão de vaso coroideu com extravasamento do corante através do EPR com POOLING subsequente no espaço subretiniano
  • > 75% do Pooling ocorre a menos de 1 DD da fóvea

Padrão ink-blot
- Extravasamento em PEQUENA zona de DEP
- Inicia-se com aspecto punctiforme
- Alarga-se de forma concentrica e progressiva
- Adquire aparencia de mancha de tinta

Padrão smoke-stack
- Quando lesão no EPR permite extravasamento directo
(smoke-stack quer dizer chaminé)
- Inicia-se com lesão punctiforme, mas ascente formando nuvem em forma de cogumelo/chaminé
- É mais RARO (10-15%, sobretudo em fase AGUDA)

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25
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - AngF - O que mostra na doença crónica?

A
  • Padrão de HIPERfluorescencia IRREGULAR ou granular com Stainning gradual
  • Devido ao efeito de janela pela ATROFIA do EPR
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26
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - AngIGC - qual é o papel? O que mostra em cada fase?

A

Utilidade é sonbretudo quando há achados ATIPICOS e no planeamento do tratamento

Fase INICIAL
- ATRASO no preenchimento coroideu nas fases iniciais
- HIPOcianescencia nas áreas de NÃO perfusão capilar
FASE INTERMEDIA
- HIPErmeabilidade coroideia e HIPERcianescencia
FASE TARDIA
- Washout ou manutenção da HIPERcianescencia

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27
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Qual é o papel da Electrofisiologia?

A
  • Correlação do padrão de perda de amplitude com AV
  • Perante resolução, nunca regressam ao baseline
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28
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Diagnóstico Diferencial

A
  • Vasculopatia Polipóide Coroideia
  • DMI Exsudativa
  • Fosseta do Disco Optico
  • D. Inflamatórias e Infecciosas
  • D. Vasculares
  • D. Auto-Imunes
  • Tumores Oculares
  • Dome Shaped Mácula
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29
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Diagnóstico Diferencial de Vasculopatia Polipóide Coroideia? Pontos em comum e pontos distintos?

A

CRSC quase nunca tem hemorragia, e Vasculopatia Polipode é pautada por episódios sucessivos de hemorragia

ACHADOS SEMELHANTES
- Descolamento seroso macular
- Alterações do EPR
- Hiperpermeabilidade coroideia na AngIGC
ACHADOS DISTINTOS
- Hemorragias subretinianas
- Presença de lesões polipoides vasculares com leakage na AngIGC

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30
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Diagnóstico Diferencial de DMI? Pontos em comum e pontos distintos?

A

DMI está associada a Leptocoroide, CRSC está associada a Paquicoroide

ACHADOS SEMELHANTES
- Neovascularização macular com LSR
- Alterações do EPR
- DEPs
ACHADOS DISTINTOS
- Apenas UM ponto de hiperfluorescencia
- Crescimento progressivo da membrana neovascular

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31
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Diagnóstico Diferencial de Fosseta do Disco Optico? Pontos em comum e pontos distintos?

A

ACHADOS SEMELHANTES
- Descolamento seroso macular recorrente e crónico
ACHADOS SEMELHANTES
- Vê-se a FOSSETA !!
- Ausencia de Leakage na AngF

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32
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Quais são as principais Doenças Inflamatórias ou Infecciosas que podem fazer DDx por se apresentarem com descolamento?

A
  • Síndrome de Vogt-Koyanagi-Arada
  • Oftalmia simpática
  • Esclerite Posterior
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33
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - O que se deve fazer nos primeiros meses? Em que casos está indicado?

A

Doença tem caracter autolimitado com resolução espontânea em 3-4 meses:
- Inicialmente OBSERVAÇÃO APENAS
Pode-se aconselhar evitar factores de risco:
- Corticoides
- Mudança estilo de vida
- Tratamento psicológico ?

Tratamento está indicado em:
- Doença RECORRENTE
- Descolamentos neurossensoriais CRONICOS que PERSISTEM por mais de 3-4 meses

34
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Quais são os objectivos?

A
  • Prevenir atrofia EPR
  • Prevenira a degeneração macular
  • Evitar perda visual permanente
35
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Terapia Fotodinâmica - Qual é o tipo de Reação? Em que é que resulta? Que efeitos produz na coróide?

A

Actua por efeito FOTOQUIMICO, com libertação de radicais livres que leva a:
- ESTREITAMENTO da camada de CORIOCAPILARES
- HIPOPERFUSÃO coroideia
- REMODELAMENTO VASCULAR COROIDEU

36
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Terapia Fotodinâmica - Que resultados produz na prática? De que depende o sucesso terapêutico?

A

É EFICAZ e tem resultados favoráveis
- Acelera reabsorção do LSR e a recuperação da AV
- Reduz numero de recorrências

Sucesso terapêutico está relacionado com grau de HIPERPERMEABILIDADE da coroide

37
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Terapia Fotodinâmica - Como é que se deve guiar o tratamento?

A

Idealmente Guiada pela angICF:
- Terapia feita nas áreas de HIPERPERMEABILIDADE coroideia, evitando as zonas de lesão do EPR

Quando é Guiada pela AngF:
- Spot que inclua pontos de fuga e difusão identificados

38
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Terapia Fotodinâmica - Quais são os parâmetros base na forma clássica?
Concentração do fármaco?
Tempo até fazer o LASER?
Parâmetros do LASER - Comprimento de onda? Fluencia? Irradiancia? Duração? Spot?

A
  • Ampola completa de Verteporfina (Visudyne) com 6mg/m2 (de área corporal do doente) durante 10 minutos
  • LASER é feito 15 minutos após o INICIO da infusão
    Parametros LASER
    Comprimento de onda - 689 nm
  • Fluência de 50 J/cm2
  • Irradiância 600 mW/cm2
  • Duração de 83 segundos
  • Diâmetro do spot deve ter mais 1000 μm que a MAIOR dimensão linear da lesão :O
39
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Terapia Fotodinâmica - Quais são as modalidades mais recentes? O que alteram? Qual é preferível?

A

HALF-DOSE - FULL-FLUENCE
- Tudo igual, mas dá-se METADE da dose de Verteporfina (3mg por m2 da superfície corporal)

FULL-DOSE - HALF-FLUENCE
- Igual á clássica, mas com Fluencia de 25 J/cm2 (em vez de 50)

O mais eficaz dos 2 é o HALF-DOSE - FULL-FLUENCE

40
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Terapia Fotodinâmica - Efeitos Iatrogénicos?

A
  • Risco de diminuição AV
  • Isquemia coroideia
  • Atrofia do EPR
  • Risco de NVC :(
41
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Qual é o papel do LASER verde? Em que situações pode ser feito? Altera prognóstico visual?

A
  • Enceramento dos defeitos focais do EPR
    Resultados:
  • Acelera a reabsorção do LSR
    mas…
  • NÃO altera prognostico visual ou taxa de recorrência porque NÃO actua na Hipoperfusão e Hiperpermeabilidade coroideia :O

Indicação eventual:
- Tratamento de pontos de leakage PEQUENOS, SOLITARIOS e EXTRA-foveais (e que não estejam no feixe papilo-macular)

42
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Efeitos Iatrogénicos do LASER verde?

A
  • Escotoma
  • Alargamento da cicatriz do EPR
  • NV secundária
43
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - LASER Diodo micropulsado - como funciona? O que se sabe da eficácia?

A
  • Recentemente tem surgido interesse
  • Terapia SUBTHRESHOLD que actua no EPR e na coroiode “SEM queimar” (daí ser sub-threshold) estas estruturas
  • Eficácia e segurança ainda NÃO estão estabelecidas
44
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Qual é o papel dos Anti-VEGF?

A
  • Proposto por potencialmente reduzirem hiperpeameabilidade da coroide
  • SEM beneficio estabelecido
  • Tem papel no tratamento da NV secundária
45
Q

Coriorretinopatia Central Serosa - Tratamento - Antagonistas dos Mineralocorticoides e glucocorticoides - Qual é o racional para este tratamento? Qual é a eficácia?

A

Propostos por:
- Há níveis elevados de cortisol e mineralocorticoides endógenos nestes doentes
- Corticoides são factor de risco
Resultados:
Eplerenona e Espironolactona
- ALGUNS estudos mostraram EFICACIA
mas…
- Evidencia é INSUFICIENTE

46
Q

Epiteliopatia Pigmentar Paquicoroide - Qual a diferença major para a CRCS?

A
  • Distingue-se da Serosa Central por ter ALTERAÇÕES no EPR sem ter LIQUIDO subretiniano (mas pode ter pequenos DEPs)
  • Há quem ache que é uma forma frustre de CRSC
47
Q

Epiteliopatia Pigmentar Paquicoroide - Aspecto do Fundo?

A
  • Fundo LARANJA-AVERMELHADA
  • Atenuação das marcações vasculares da coroide
    (sinais de paquicoroide subjacente)
    Alterações PIGMENTARES
  • Facilmente confundidas com um Distrofia Pattern ou DMI não neovascular
  • Depositos subpigmentares podem mimetizar drusas
48
Q

Epiteliopatia Pigmentar Paquicoroide - FAF - o que se vê?

A
  • HIPOautofluorescencia GRANULAR
  • HIPER e HIPOautofluorescencia MISTA
    NUNCA se associa a sinais de presença de fluido subretiniano prévio, tais como
  • Gravitational tracks
  • Areas zonais bem delimitadas de HIPERautofluorescencia
  • Areas focais de HIPERautofluorescencia
49
Q

Epiteliopatia Pigmentar Paquicoroide - OCT - o que se vê?

A
  • Numerosas pequenas ELEVAÇÕES do EPR - Hiperplasia
  • Depositos drusen-like
  • Pode haver PEQUENOS DEPs serosos (mas não fluido subretiniano)
  • COROIDE ESPESSA geralmente localizada abaixo da localização da alteração do EPR
50
Q

Epiteliopatia Pigmentar Paquicoroide - AngIGC - o que se vê?

A
  • Hiperfluorescência na fase Intermédia que corresponde a Hiperpermeabilidade da coroide
51
Q

Epiteliopatia Pigmentar Paquicoroide - Diagnóstico Diferencial

A
  • CRSC - tem LSR
  • Distrofias Pattern
  • DMI não neovascular
52
Q

Neovasculopatia Paquicoroide - O que é?

A
  • Presença de NVC secundária a uma doença da Paquicoroide
53
Q

Neovasculopatia Paquicoroide - Como se distingue da DMI neovascular?

A

Distingue-se da DMI neovascular por
- Idade mais JOVEM (50-60s)
- Ausencia relativa de drusas
- PAQUICOROIDE

54
Q

Neovasculopatia Paquicoroide - Qual é o aspecto da NV Tipo 1 ao OCT?

A
  • DEP irregular e plano - Sinal de Dupla camada
55
Q

Neovasculopatia Paquicoroide - Qual é a importância de distinguir NV associadas a paquicoroides das NV associadas a DMI?

A

Tratam-se de maneiras diferentes

Neovascularização no contexto de Paquicoroides parecem ser MAIS RESISTENTES ao tratamento com anti-VEGFs do que NV no contexto de DMI

  • DPaquicoroides tratam-se de formas diferentes (TFD + Anti-VEGF)
56
Q

Alterações na Perfusão Coroideia - Quais as causas?

A

Arterites
Doenças Embólicas
Doenças Sistémicas
Aumento da Pressão venosa Episcleral

  • HTA maligna
  • PTT
  • CID
  • S. HELLP (Hemolise, Elevated Liver enzymes and Low platelets, na presença de HTA grave)
  • LES
57
Q

Alterações na Perfusão Coroideia - Quais são os Sinais Típicos no fundo?

A

Pontos de Elschnig
- Resultam da resolução de pequenos enfartes capilares
- Devido a Hiperplasia do EPR
Estrias de Siegrist
- Enfarte de Arteriola
Triangulos de Amalric
- Alterações maiores em sector

(os primeiros 2 são os da HTA Maligna)

58
Q

Pregas Coroideias - Causas?

A

Forças mecânicas atrás do olho
- Tumor a indentar
- Orbitopatia Tiroideia
ALTA Hipermetropia
Esclerite posterior
Linfoma
Maculopatia hipotónica
TOPIRAMATO

59
Q

Coroide - a que se podem dever Pregas Coroideias Localizadas? (3)

A
  • NV coroideia
  • Neoplasias coroideias
  • Fitas de indentação escleral
60
Q

Coroide - O que são as Linhas de Paton?

A
  • Pregas finas circunferenciais no contexto de HTIC
61
Q

S. Efusão Uveal - A que se deve?

A

Anormalidades na ESPESSURA e ESTRUTURA da esclera
- Isto altera o fluxo aquoso TRANSESCLERAL que pode levar EFUSAO FOVEAL

62
Q

S. Efusão Uveal - Quais são as consequências anatómicas?

A
  • Espessamento da coroide e corpo ciliar
  • Alterações do EPR
  • DR exsudativo (em ultimo caso)
63
Q

S. Efusão Uveal - AngF - o que se vê?

A
  • Padrão difuso em Manchas de LEOPARDO com HIPOfluorescencia SEM difusão
64
Q

S. Efusão Uveal - Em que doentes devemos suspeitar?

A
  • Doentes JOVENS com HIPERMETROPIA diagnosticados com CRSC ou Descolamento de retina SEM buraco ou rasgadura
65
Q

S. Efusão Uveal - Diagnóstico Diferencial

A
  • CRSC
  • Descolamento da retina sem defeito retiniano
66
Q

S. Efusão Uveal - Tratamento

A
  • Esclerectomia parcial ou total sob retalho de parcial
  • Esclerectomia associada a Mitomicina C
  • Descompressão da Esclera a nível das Vortex veins
  • Esclerotomia com Ex-PRESS
  • Corticoides perioculares ou sistémicos :O
67
Q

Descolamento da Coróide - Em que consiste? Como se chamam quando são Serosos?

A

Presença ANORMAL de liquido ou sangue do espaço SUPRACOROIDEU

Descolamentos SEROSOS correspondem a EFUSAO COROIDEIA

68
Q

Descolamento da Coróide - Complicação frequente de que tipo de cirurgia?

A
  • Complicação FREQUENTE de Cirurgia de GLAUCOMA
69
Q

Descolamento da Coróide - Causas de Descolamento Seroso e Hemorrágico?

A

SEROSO
Hipotonia POS operatória
- Pos cirurgia de glaucoma (Trabs, Dispositivos NÃO valvulados)
Infeção
- Herpes
- HIV
Inflamação
- Esclerite posterior
- VKH
Neoplasias malignas
- Linfomas
Congestão venosa episcleral
- S. Sturge Webber
- Fistula C-C
S. Efusão Uveal
- Escleras GROSSAS
Fármacos
- Topiramato
- IACs
- Sulfonamidas
- Antidepressivos
HEMORRAGICA
Traumatismo grave
INTRAoperaória
- Diferenças de pressão subita com rotura de capilares?
- HTA grave
POS-operatória
- Hipotonia e Inflamação prolongadas

70
Q

Descolamento da Coróide - Qual é o mecanismo para um Descolamento da Coroide levar a um Descolamento da Retina?

A

Falha do EPR em reabsorver líquido

71
Q

Descolamento da Coróide - Descolamento Seroso - Quantos dias depois da cirurgia de glaucoma costuma surgir? Quais podem ser as consequências?

A
  • Geralmente 2-5 dias após cirurgia glaucoma
  • Se grande, pode levar a constrição do CV periférico
  • Se grande, pode dar encerramento secundario do ângulo :O
72
Q

Descolamento da Coróide - Qual é o padrão mais frequente pós-Trab em jovens? E em adultos? Porque?

A
  • Doentes mais jovens são mais propensos a desenvolver maculopatia por hipotonia
  • Doentes mais velhos fazer mais frequentemente efusão coroideia

Devido a diferenças na complascencia da esclera

73
Q

Descolamento da Coróide - Como se apresenta um descolamento Hemorrágico da Coroide Intra-operatoriamente? e Pós-operatóriamente?

A

Intraoperatório
- Massa escura em crescimento a obscurecer reflexo
- DOR INTENSA com NAUSEAS e VOMITOS por ESTIRAMENTO dos nervos CILIARES

Pos operatório
- Dor súbita muito grave, com perda IMEDIATA da visão
- Este padrão de sintomas no cenario de uma cirurgia recente de glaucoma deve fazer suspeitar

74
Q

Descolamento da Coróide - Como varia a relação com Hipotonia e HTO?

A
  • Descolamentos serosos geralmente com HIPOtonia
  • Descolamentos hemorragicos geralmente com HTO
75
Q

Descolamento da Coróide - Qual é a importância da Ecografia? Qual é a diferença no padrão seroso e hemorrágico?

A
  • Permite distinguir Descolamento da retina de descolamento coroideu seroso ou hemorragico
  • Serosos - Lobos Periféricos ARREDONDADOS cheios de liquido Ecotransparente
  • Hemorragicos - EcoDENSOS
76
Q

Descolamento da Coróide - Tratamento dos Serosos

A

SEROSOS
- Maioria são AUTO-LIMITADOS à medida que a PIO aumenta
- CCE topicos + Cicloplegicos
- Descontinuar medicação hipotensiva (se bem que no capitulo glaucoma dizem que não é bem assim…)

77
Q

Descolamento da Coróide - Tratamento dos Hemorrágicos

A
  • anti-HTO
  • IAC sistémicos
  • Cicloplégicos topicos + Paracetamol
  • Aspirina e AINEs devem ser EVITADOS
    Quase todos acabam por fazer cirurgia !

*
Pensar que nos serosos é a PIO (falta dela) a causar o descolamento
Pensar que nos hemorragicos é o descolamento a causar a PIO (HTO)

78
Q

Descolamento da Coróide - Em que casos está indicada a drenagem cirúrgica? Nos Serosos e Hemorrágicos?

A

SEROSO
- CA plana
- Edema corneano persistente com CA baixa
- DOR significativa
- HTO grave refractária (apesar dos SEROSOS geralmente ocorrerem com HIPOTONIA)
- Descolamento em kissing coroide com contacto retiniano
HEMORRAGICOS
- Tratam-se QUASE TODOS com cirurgia
- Em caso de TRAUMA, esperar 10-14 dias (para a lise do coagulo)
- Nos descolamentos hemorragicos pos-operatórios, não se sabe timing nem beneficio da cirurgia

79
Q

Descolamento da Coróide - Como é a técnica cirúrgica para tratamento?

A
  • Esclerotomia radial 2-3 mm posterior ao limbo, ou nos casos dos hemorragicos na região de maior acumulação de sangue
  • Pode-se pressionar a esclera com um cotonete
80
Q

Descolamento da Coróide - Prognóstico dos serosos e dos hemorrágicos?

A

SEROSO
- Geralmente benigno
- Se GRANDE e PERSISTENTE poderá ter pior prognóstico, sobretudo se relacionado com maculopatia hipotonica
HEMORRAGICO
- MUITO MAU, mesmo após drenagem