Urologia 1 Flashcards
Bacteriúria:
Diferenciação entre infecção e contaminação?
Infecção pode ocorrer em diversos casos. Contaminação é quando há mais de 100.000 colônias/ml (Kass, 1995)
Bacteriúria: Quantidade para considerar infecção em mulheres sintomáticas?
1,000 bactérias/mL
Bacteriúria: quantidade para considerar infecção em pacientes com cateteres urinários?
100 bactérias/mL
Bacteriúria assintomática:
Quem tratar?
Obstrução do TU;
Necessidade de procedimentos invasivos;
Gestantes
Infecção urinária recorrente por recidiva:
Conceituar
Mesmo microorganismo que causou infecção durante ou após tratamento;
Resistência bacteriana
Infecções urinárias não complicadas são aquelas:
Sem alterações sistêmicas
Infecções urinárias não complicadas:
5
ITU aguda baixa não complicadas em mulheres (não gestantes); Pielonefrite aguda não complicada; ITU não complicada em homens; Bacteriúria assintomática; ITU recorrente (prof c/ ATB)
ITUs complicadas:
6
Alterações anatômicas/ sistêmicas; Alterações obstrutivas; Alterações anatomo-funcionais; “ metabólicas; Cateter de demora; Origem nosocomial
ITU em mulheres:
Microbiota fecal
Colonização do introito vaginal
E. coli: 85%;
St. saprophyticus
ITU:
Patógenos) 10% das mulheres sexualmente ativas (4
Klebsiella;
Proteus;
Enterobacter;
Nosocomiais
Proteus mirabilis:
Produzem?
pH?
Cheiro?
Urease;
pH alcalino;
Cheiro de peixe podre
Urease por P. mirabilis faz precipitação de ___ e formação de cálculos de___?
Fosfato;
Estruvita
Composição do cálculo de estruvita?
Fosfato-amoníaco-magnesiano
ITU:
Em qual população há maior prevalência de bacteriúria assintomática e ITU de apresentação atípica?
População geriátrica
ITU população geriátrica:
Características - homem (1), mulher (1), gerais (2)
Homem: Prostatismo;
Mulher: Incontinência urinária;
50% das itus por E. coli;
Frequentes infecções polimicrobianas
O uso de espermicidas aumenta a colonização, e portanto o risco de ITUs?
Verdadeiro
Correlação entre DM e ITUs?
ITU assintomática é o tipo mais comum no paciente diabético;
Fator de risco para pielonefrite
ITU:
Fatores etiológicos
(7)
Idade; Sexo; Fatores comportamentais; DM, comorbidades; Lesão espinhal; Cateterismo vesical; Gravidez
Classificação:
ITU baixa
(5)
Cistite; Uretrite; Orquite; Epididimite; Prostatite
Classificação:
ITU alta
(5)
Pielonefrite aguda; Pielonefrite crônica; Pielonefrite xantogranulomatosa; Pielonefrite efisematosa; Abscessos peri/para nefríticos
ITU:
Via de contaminação mais frequente?
Ascendente
ITU:
Via de contaminação ascendente
Principais (6)
Fatores mecânicos; Defecção; Sudorese; Higiene pessoal; Sexo; Colonização períneo
ITU:
Forma mais comum de apresentação? Clínica?
Cistite;
Mais comum em mulheres. Geralmente há disúria e polaciúria. Pode haver piúria.
V ou F:
A cistite na mulher pode estar relacionada a fatores como aumento da atividade sexual, história prévia de cistite, uso de espermicidas, nível baixo de estrogênio, cistocele e incontinência urinária.
Verdadeiro
ITUs:
Pielonefrite - Clínica
Febre alta;
Leucocitose;
Toxemia;
Sinal de Giordano +
ITUs:
Pielonefrite xantogranulomatosa - características
Forma rara e severa de infecção crônica;
Cálculos renais, nefropatia obstrutiva;
Pode haver necrose e supuração
ITUs: Pielonefrite xantogranulomatosa - Principais agentes etiológicos?
(2)
Proteus mirabilis;
E. coli
ITUs: Pielonefrite enfisematosa - Características
Complicação rara, mais comum em diabéticos
Pielonefrite xantogranulomatosa:
Principais agentes etiológicos
(4)
E. coli;
Klebsiella;
Aerobacter;
P. mirabilis
Cistite na mulher:
Indicações de exame de urina e urocultura
(11)
Sintomas 7+ dias; Febre; Imunossupressão; GRAVIDEZ; Dor abdominal, vômitos; Hematúria franca; DRC; Cálculos renais recentes/atuais; Internação nas 2 últimas semanas; ITU tratada nas últimas 2 semanas; ITU recorrente
ITU:
Bacteriúria assintomática não deve ser tratada, exceto:
(6)
Gravidez; Obstrução TU; Pré-op de urológico; Pré-op próteses; Pré-op tx órgãos; Granulocitopenia
Cistite na gestante:
Tratamento
Cefadroxila;
Cafalexina;
Amoxicilina;
(7 dias)
Cistite na mulher (não gestante):
Tratamento
(5)
Norfloxacino; Ácido nalidíxico; Nitrofurantoína; Cefadroxila; Cefalexina
Pielonefrite não complicada:
Tratamento
(3)
Ciprofloxacino;
Ceftriaxona;
Aminoglicosídeos
ITUs -
Profilaxia antimicrobiana:
Quando fazer?
Tempo de tto?
ITU de repetição - 3x ou mais em 1 ano ou 2x em 6 meses;
Tempo de tratamento de 2~6 meses
ITUs:
Profilaxia antimicrobiana:
Opções?
(7)
Nitrofurantoína macrocristal; Nitrofurantoína; SMX-TPM; Trimetropina; Norfloxacino; Ciprofloxacino; Cefalexina
Urolitíase:
Principais tipos de cálculos?
Oxalato de cálcio; Fosfato de cálcio; Carbonato de cálcio; Ácido úrico; Cistina; Estruvita; Matriz
Urolitíase:
Etiologia dos cálculos de oxalato de cálcio?
Supersaturação urinária;
Perda renal;
Absorção intestinal;
Reabsorção óssea
Urolitíase:
Etiologia dos cálculos de fosfato de cálcio?
pH urinário alcalino;
Hipercalciuria
Urolitíase:
Etiologia dos cálculos de carbonato de cálcio?
Hipercalciuria
Urolitíase:
Etiologia dos cálculos de ácido úrico?
Hiperucosúria
Urolitíase:
Etiologia dos cálculos de cistina?
Cistinúria
Urolitíase:
Etiologia dos cálculos de estruvita/matriz?
Urina alcalina por bactérias desdobradoras de ureia (Proteus mirabilis)
Urolitíase:
Etiologia?
Urina saturada, por:
Cálcio, oxalato, fosfato, citrato;
PH inadequado e baixo volume urinário
Urolitíase:
Apresentação clínica?
Junção ureterovesical (JUV): 60%;
Junção ureteropielica (JUP)/pelve renal: 30%;
Cruzamento dos vasos ilíacos: 5%
Urolitíase:
QC cálculos calicinais (renais), quando sintomáticos?
Dor lombar;
Náusea, vômito, hematúria macroscópica e distensão abdominal;
Febre e calafrios quando há infecção
Urolitíase:
Dx semiológico?
Sinal punho-percussão: Giordano +;
Sensibilidade testicular/grandes lábios
Urolitíase: Do que suspeitar quando houver cálculos e pH acima de 7,6?
Proteus mirabilis
Urolitíase:
Quando que um exame US será útil?
Cálculos >5mm
Urolitíase:
Exame complementar padrão-ouro?
TC
Urolitíase:
Topografia que geralmente é mais sintomática?
Cálculos ureterais
Urolitiase:
Tratamento conservador para cálculos ureterais?
Alfabloqueadores para dilatação da JUV:
Tansulosina
Urolitíase:
% de eliminação espontânea de cálculos ureterais com terapia conservadora, por tamanho?
<4mm: 90%;
4~6mm: 50%
Urolitíase:
Indicações de intervenção imediata para cálculos ureterais?
Alto grau de obstrução;
Risco de perda de função;
ITU por uropatia obstrutiva;
Urolitíase:
Técnicas de intervenção imediata para cálculo ureteral?
Duplo J;
Ureterolitotripsia;
Nefrostomia percutânea
Urolitíase:
Quando fazer ureterolitotripsia laparoscópica?
Cálculos ureterais >2cm;
Técnicas: Duplo J/ureterolitotomia aberta convencional
Cálculo renal:
Contraindicações LECO?
(Litotripsia extracorpórea)
Gravidez;
Diatese hemorrágica;
ITU
Cálculo renal:
Técnicas de tratamento?
Ureterolitotripsia flexível;
Cirurgia laparoscópica;
Cirurgia aberta convencional;
Duplo J
Cálculo renal corariforme:
Tratamento?
Nefrolitotripsia percutânea;
Cx aberta/vlp
A litíase do trato urinário inferior acontece mais em homens/mulheres?
Homens
Litíase do trato urinário inferior:
QC?
Dor;
Hematúria;
ITU ade repetição
Litíase do trato inferior:
Quando fazer tratamento conservador?
Cálculo <6mm
Tansulosina
Câncer mais letal no Brasil?
Pulmonar
2° tipo de câncer mais letal no Brasil? (Homens)
Próstata
Câncer de próstata:
História/QC?
Forma latente/fases iniciais geralmente assintomáticas;
Sintomas urinários;
Sintomas ósseos (metástases)
Câncer de próstata:
QC tumor localizado?
Geralmente assintomático;
70~80% nódulo ao toque
Câncer de próstata:
QC/características tumor localmente avançado?
Sintomas urinários obstrutivos;
Hematúria;
Múltiplos nódulos;
Limites imprecisos
Câncer de próstata:
QC/características do tumor avançado?
Sintomas decorrentes de metástases, dor óssea, compressão vertebral
PSA:
Limite superior para faixa etária de 40~49 anos?
2,5 ng/mL
PSA:
Limite superior para faixa etária de 50~59 anos?
3,5 ng/mL
PSA:
Limite superior para faixa etária de 60~69 anos?
4,5 ng/mL
PSA:
Limite superior para faixa etária de 70~79 anos?
6,5 ng/mL
Câncer de próstata:
RNM?
3 Tesla - sem bobina endorretal:
Valor diagnóstico;
Classificação PI-RADS;
Avalia possibilidade de risco para lesão maligna
Câncer de próstata:
Bx prostática - quantos fragmentos?
Pelo menos 12
Câncer de próstata:
Tipo de câncer mais comum?
Adenocarcinoma - 95% de todos os tumores
Câncer de próstata:
Tumor de células escamosas é frequente/raro?
Raro
Adenocarcinoma de próstata:
Sistema de Gleason?
Histologia e graduação:
Padrões morfológicos de 1 a 5;
1 normal/5 anormal
Adenocarcinoma de próstata:
Escore de Gleason?
Soma dos dois padrões morfológicos mais frequentes:
Escore: 2 a 10
2 melhor
10 pior
Adenocarcinoma de próstata:
O que significa escore de Gleason acima de 6?
Câncer avançado:
Redução de sobrevida
Estadiamento do câncer de próstata - Conceitos:
Câncer localizado?
Não invade a cápsula
Estadiamento do câncer de próstata - Conceitos:
Câncer localmente avançado?
Pode atingir as vesículas seminais, colo vesical ou reto
Câncer de próstata:
Imagens de US que indicam câncer?
Lesões nodulares hipoecogênicas com bordos irregulares (60%)
Câncer de próstata:
PSA acima de 30ng/mL sugere?
Alto risco de metástase linfática
Câncer de próstata:
Locais mais comuns de metástases?
Ossos;
Pulmões;
Fígado;
Rins
Câncer de próstata:
A cintilografia óssea está indicada quando o PSA está acima de?
PSA >10ng/mL
Câncer de próstata:
Conceito de observação vigilante?
Observação com avaliação periódica de PSA e toque retal
Câncer de próstata:
Casos para os quais fazer uma observação vigilante?
Idade >75 anos; Comorbidades; Expectativa de vida baixa; Gleason baixo; PSA pouco elevado
Câncer de próstata:
Conceito de vigilância ativa?
Novas biópsias histológicas periodicamente para verificar mudanças de padrão
Câncer de próstata:
Casos para os quais fazer vigilância ativa?
Gleason <6;
PSA <10ng/mL;
Até 2 fragmentos positivos;
Envolvimento <50% do fragmento.
*nao depende da faixa etária
Câncer de próstata:
Principal metástase óssea?
Osteoblástica
Câncer de próstata:
Tratamentos, por ordem de relevância/resultado
Hormonioterapia;
Prostatectomia radical;
Radioterapia;
Crioterapia
Câncer de próstata:
Qual tratamento recebeu prêmio Nobel da medicina em 1946?
Estrogênioterapia: bloqueio androgênico
Câncer de próstata:
Mecanismo de ação da estrogênioterapia?
Causa apoptose das células neoplasicas:
Redução da massa tumoral;
Regressão de metástases;
Diminuição do PSA
Câncer de próstata:
Vantagens da estrogênioterapia?
Melhora dos sintomas obstrutivos urinários;
Redução da dor óssea
Câncer de próstata:
Desvantagens da estrogênioterapia?
Não é curativo;
Anemia, osteoporose, diminuição da libido, disfunção erétil
No que consiste a cirurgia de prostatectomia radical?
Remoção da próstata em bloco com vesículas seminais, com linfadenectomia
Câncer de próstata:
Principal candidato à PR?
Doença localizada e agressiva;
Expectativa de vida de 10 a 20 anos livre de graves comorbidades
Câncer de próstata:
Radioterapia - características/indicação?
Resultados ligeiramente inferiores aos da PR;
Geralmente indicada para pacientes idosos com tumores localmente avançados
Câncer de próstata:
Quando pensar em indicar crioterapia?
Tumores localizados, localmente avançados e com recidiva após radioterapia
Câncer de próstata:
Técnicas de estrogênioterapia?
Castração cirúrgica/química;
Agonistas de hormônios hipofisários;
Esteroides antiandrogênicos
Qual é a pressão normal interna da pelve renal?
0 mmHg
Dilatação (inchaço) da pélvis e dos cálices renais e atrofia progressiva dos rins, como consequência da obstrução do trato urinário?
Hidronefrose
Fisiologia da atrofia renal na hidronefrose?
A congestão no trato urinário causa alta pressão retrógrada da pelve renal, em direção aos dutos coletores, até o córtex, causando atrofia renal
Hidronefrose:
Quantos graus?
0 (normal) a 4
Hidronefrose:
Grau 0?
Rim sem alteração
Hidronefrose:
Grau I?
Leve dilatação da pelve renal
Hidronefrose:
Grau II?
Dilatação maior da pelve e pouca dilatação dos cálices renais
Hidronefrose:
Grau III?
Dilatação acentuada da pelve e dos cálices, porém sem comprometimento da espessura do parênquima renal
Hidronefrose:
Grau IV?
Dilatação acentuada da pelve e dos cálices, com afinamento do parênquima renal
Fator anatômico que faz parte da etiologia de cistites em neonatos do sexo masculino?
Fimose
Qual gene que, quando há função defeituosa, é responsável por causar infecções urinárias?
Função defeituosa do gene CXCRI
Etiologia infecciosa da cistite hemorrágica?
Adenovírus tipos 11 e 21;
Principalmente em crianças
Medicamentos que podem causar cistite hemorrágica?
Quimioterápicos (TMO, ciclofosfamida e ifosfamida) e radiação
Tratamento da cistite hemorrágica?
Hidratação
Irrigação vesical
Medicamentos indicadas para o tratamento da cistite que são CONTRAINDICADOS para gestantes?
SMX-TMP;
Quinolonas;
Nitrofurantoínas
Cistite/ITU:
Em quais grupos são contra-indicadas as quinolonas?
Gestantes
Crianças
Amamentação
Cistite/ITU:
Qual medida profilática costuma ser muito eficiente na prevenção de ITUs em mulheres no climatério/pós-menopausa?
Estrogênio tópico
Cistite na gestante:
Toxicidade fetal relacionada ao uso de sulfas?
Kernicterus (hemólise)
Cistite na gestante:
Toxicidade fetal relacionada às nitrofurantoínas?
Hemólise
Cistite na gestante:
Toxicidade fetal relacionada ao uso de aminoglicosideos? E na gestante?
Toxicidade do SNC;
Neuropatia
Cistite na gestante:
Toxicidade para a gestante e para o feto relacionada ao uso de cloranfenicol?
Ototoxicidade
Cistite na gestante:
A síndrome do bebê cinzento (síndrome cinzenta) é relacionada ao uso de qual medicamento?
Quinolonas
Cistite na gestante:
Toxicidade para a gestante relacionada às quinolonas?
Medula óssea
Achados de imagem possíveis em pielonefrites? (3)
Litíase
Hidronefrose
Abscesso renal
Pielonefrite:
1º exame de imagem?
2º?
US
TC
Pielonefrite:
Exame especialmente útil em crianças, por avaliar refluxo VU?
Cintilografia
Pielonefrite:
Tempo de terapia ATB e local de tratamento se há vômitos, náuseas e sepse?
14 a 21 dias; internar
Pielonefrite:
Tempo de terapia se não há quadro de vômitos, náuseas e sepse?
7 a 14 dias
Pielonefrite xantogranulomatosa:
Associação forte com? (3)
Infecção crônica;
Obstrução;
Litíases
Pielonefrite xantogranulomatosa:
Principais agentes?
E. coli
P. mirabilis
Pielonefrite xantogranulomatosa:
Quadro renal?
Aumento de volume renal com massas amareladas (macrófagos carregados de lipídios);
Calculos/pus, áreas de necrose e superação
Pielonefrite xantogranulomatosa:
Tratamento?
Nefrectomia
Pielonefrite enfisematosa:
Agentes?
Germes formadores de gás -> fermentação de glicose por bactérias:
E. coli, P mirabilis, Aerobacter
Pielonefrite enfisematosa:
Perfil clínico do paciente?
Diabéticos (grande maioria)
Pielonefrite enfisematosa:
Achados de imagem?
Gás no parênquima renal e no retroperitônio
Pielonefrite enfisematosa:
Tratamento?
Controlar DM e infecções + nefrectomia
Dificilmente rim afetado preserva suas funções
Independente do tipo de pielonefrite, qual é o agente etiológico mais comum?
E. coli
Emergência urológica - Definição
Perigo de viabilidade de órgão ou de vida. Necessidade de resolução imediata
Emergências urológicas:
Quais são?
Priapismo;
Escroto agudo (torção test+)
Parafimose;
Gangrena de Fournier
Urgência urológica:
Definição
Sem perigo de vida ou viabilidade imediatos. Necessidade de resolução em até 24h
Urgências urológicas:
Quais são?
Cólica renal;
Retenção urinária
Cólica renal:
Características
Dor lombar intensa com irradiação para flancos/abdômen/fossa ilíaca/inguinal; Náuseas e vômitos
Urologia:
Obstrução aguda do ureter -> aumento de pressão intraluminal -> distensão do sistema coletor -> estímulo dos terminais nervosos -> espasmo do músculo liso ureteral -> produção de ácido lático -> vias aferentes da dor (T11-L1)
Fisiologia da dor da cólica renal
Causas urológicas de dor em flanco?
Cálculo renal/ureteral; ITUs; Obstrução ureteropielica; Desordens renovasculares; Necrose papilar; Sangramento intrarrenal ou perirrenal
Tratamento genérico das crises de cólica renal?
Analgesia, antieméticos, sintomáticos no geral
Urologia:
Interrupção abrupta da eliminação de urina
Retenção urinária
Retenção urinária:
Etiologias
Fatores anatômicos obstrutivos ou funcionais (tumores, cálculos, disfunções neurogenicas, medicamentos, HPB, fimose, puerpério do 1 ao 10° dia etc)
Bexigoma
Retenção urinária:
QC?
Dor hipogástrica, globo vesical, sudorese, palidez;
História de poliuria, nictúria, interrupção do jato urinário
Retenção urinária:
Tratamento
Cateterismo evacuador; punção suprapubica;
Sempre esvaziar devagar para previnir hematúria
Urologia:
Ereção continua e persistente dos corpos cavernosos, com glande e corpo esponjoso flácidos
Priapismo
Tipo de priapismo mais comum?
Isquêmico (baixo fluxo)
Priapismo isquêmico
Isquemia por diminuição do retorno venoso e estase de sangue desoxigenado.
“Síndrome compartimental do pênis”
Priapismo não isquêmico:
Fluxo?
Características?
Alto fluxo arterial.
Menos comum;
Não doloroso;
Retorno venoso normal
No priapismo isquêmico, o sangue aspirado é de cor:
Vermelho-escuro
No priapismo de alto fluxo (não isquêmico) o sangue aspirado é de cor:
Vermelho claro (arterial-oxigenado)
Priapismo isquêmico:
Etiologias?
Múltiplas: Anemia falciforme; Hidralazina; Clonazepam
Causas neurológicas de priapismo?
Esclerose múltipla; Tabes dorsalis; Hérnia de disco; TRM, TCE; Aneurisma intracraniano roto
Gasometria do sangue de corpos cavernosos em priapismo isquêmico - PO2? PCO2? pH?
PO2: <30mmHg;
PCO2: >60mmHg;
pH: <7,25
Gasometria do sangue de corpos cavernosos em priapismo de alto fluxo - PO2? PCO2? pH?
PO2: >90mmHg;
PCO2: normal;
pH: normal
Características ao US Doppler em priapismo de alto fluxo?
Circulação rápida;
Sinais de fístula artério-venosa
Nos casos de priapismo, o tratamento não deve exceder quanto tempo?
Não deve ultrapassar 4h
Priapismo:
Complicações?
A veno-oclusão pode causar fibrose de corpos cavernosos, gerando impotência.
Veno-oclusão -> fibrose -> impotência
Priapismo isquêmico:
Tratamento clínico e medicamentoso?
Punção cavernosa e esvaziamento; Medicamentos intracavernosos (epinefrina, noraepinefrina)
Priapismo isquêmico:
Tratamentos cirúrgicos?
Al-Ghorab: Shunt entre corpos cavernosos e esponjoso;
Prótese peniana
Priapismo de alto fluxo (não isquêmico):
Deve-se esvaziar?
Não
Priapismo de alto fluxo (não isquêmico):
Tratamento clínico/medicamentoso?
Sedação, analgesia, hidratação, gelo local;
Epinefrina/noraepinefrina intracavernosos
Priapismo de alto fluxo (não isquêmico):
Tratamentos cirúrgicos?
Arteriografia com embolização seletiva;
Ligadura arterial
Quadro doloroso agudo, com aumento de volume escrotal (maioria unilateral), com edema, rubor e manifestações sistêmicas
Escroto agudo
Escroto agudo - Patologias
Orquite, epididimite, orquiepididimite, torção de cordão espermático (torção testicular), torção de apêndices testiculares, hérnia estrangulada, edema escrotal idiopático
Orquite, epididimite, orquiepididimite:
Etiologias?
Viral;
Bacteriana (<40a: clamídia e gonorreia, >40a: Gram negativos);
Idiopática
Orquite, epididimite, orquiepididimite:
QC?
Dor e sintomas urinários de início insidioso, geralmente bilateral (dx≠ com torção)
Torção de cordão espermático (torção testicular):
Distribuição epidemiológica?
Bimodal: neonatal e adolescência
Anomalia relacionada com a maioria dos casos de torção testicular?
Bell-clapper deformity: Anomalia da fixação dos testiculos, em que estes ficam “livres” dentro da bolsa testicular e ficam susceptíveis à rotação e torção em torno da circulação dentro da túnica vaginal.
Torção de cordão espermático (torção testicular):
QC?
Dor fortíssima de início súbito, normalmente acompanhada de sinais sistêmicos (resposta vagal), como náuseas e vômitos
Torção de cordão espermático (torção testicular):
Sinal de Angell
Paciente em pé, testículo contralateral elevado e horizontalizado em relação ao torcido
Torção de cordão espermático (torção testicular):
Sinal de Prehn (-)
Piora/manutenção da dor com elevação do testículo = torção testicular
Torção de cordão espermático (torção testicular):
Sinal de Prehn (+)
Melhora da dor com a elevação testicular = orquiepididimite
Torção de cordão espermático (torção testicular):
Qual exame de imagem fazer? Por que?
US Doppler: rápido, elucidativo e não invasivo
Torção de cordão espermático (torção testicular):
O tratamento ideal é em até quantas horas?
4 a 6 horas no máximo
Torção de cordão espermático (torção testicular):
Manejo, se testículo viável?
Distorcer em livro aberto - lateralmente;
Fixação de ambos os testículos (orquidopexia)
Torção de cordão espermático (torção testicular):
Manejo, se testículo inviável?
Distorcer em livro aberto;
Se necrose: orquiectomia e orquidopexia contralateral
Torção de apêndices testiculares - principal apêndice acometido?
Hidátide de Morgani (>90%)
Torção de apêndices testiculares -
Exame para Dx?
Transiluminação blue dot + US Doppler
Torção de apêndices testiculares:
Tratamento?
Clínico na maioria das vezes com anestésicos etc e manobras;
Cirurgia quando dúvida dx ≠ com torção do cordão espermático
Emergência urológica:
Prepúcio com abertura estenótica, que fica preso no sulco balanoprepucial quando retraído
Parafimose
Fimose
Prepúcio não retrátil
Parafimose:
QC?
Dor, edema e perda de fluxo na extremidade - complicações graves
Parafimose:
Tratamento?
Manobra de redução manual;
Incisão dorsal para redução (s/n);
Postectomia/tratar infecção (s/n)
Traumatismo geniturinário:
Órgãos mais acometidos, em ordem descendente
Rim
Bexiga
Uretra
Ureter
Traumatismo geniturinário:
Que fator do evento traumático leva danos aos vasos renais?
Desaceleração brusca
Traumatismo geniturinário:
Acometimento renal por desaceleração - características
Lesão da camada íntima vascular/trombose arterial;
Pessoas com patologias pré-existentes são mais suscetíveis (ferradura, hidronefrose, policistos)
Traumatismo geniturinário:
QC associado aos casos de traumatismo renal
Hematúria, dor, equimoses em flanco, fratura de arcos costais/vértebras lombares, lesão hepática/esplênica
Traumatismo geniturinário:
Lesão renal sem hematúria - no que pensar?
Lesões totais de pedículo vascular
Trauma Renal:
Grau I
Contusão ou hematoma subcapsular não expansivo, sem laceração parenquimatosa
Trauma Renal:
Grau II
Hematoma perirrenal não expansivo ou laceração do córtex renal menor do que 1 cm; sem extravasamento urinário
Trauma Renal:
Grau III
Laceração do córtex renal maior do que 1 cm (estende-se até a medula renal); sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento urinário
Trauma Renal:
Grau IV
Laceração maior do que 1 cm atingindo o córtex, medula e sistema coletor ou lesão da artéria ou das veias renais segmentares com hemorragia contida; trombose vascular
Trauma Renal:
Grau V
Várias lacerações de grau IV ou avulsão do pedículo renal
Trauma Renal:
Investigação Dx se paciente estável?
TC (P.Ouro);
Urografia excretora se TC indisponível
Trauma Renal:
Investigação Dx se paciente instável?
Exploração cirúrgica (laparotomia mediana) e pielografia venosa
Trauma Renal:
Maioria dos pacientes receberá tratamento cirúrgico ou conservador?
98% conservador
Trauma Renal:
% de casos com lesão grau I?
95%
Trauma Renal:
% de casos com lesão de graus II, III, IV e V?
5% ao todo
Trauma Renal:
Indicações absolutas de exploração cirúrgica?
Instabilidade hemodinâmica;
Hematoma perirrenal pulsátil ou em expansão;
Sangramento persistente
Adendo: traumas penetrantes normalmente recebem exploração cirúrgica, mas não é indicação absoluta na emergência/urgência
Trauma Renal:
Quando realizar nefrectomia?
Lesões extensas que colocam vida em risco/ paciente instável com risco de vida
Trauma Renal:
Complicações do trauma e possivelmente do tratamento cirúrgico?
Urinoma;
Infecção de urinoma;
Hipertensão arterial
Trauma Renal:
Manejo cirúrgico caso condição clínica do paciente seja adequada?
Reconstrução renal
Qual é a maior causa de trauma ureteral? Porção do ureter mais acometida nos traumas?
Iatrogenica;
Ureter proximal
V ou F:
O mecanismo pelo qual um projétil de arma de fogo lesa o ureter não compreende simplesmente o trauma mecânico, mas também envolve a sua alta temperatura, que pode acarretar microtromboses da vascularização intramural do ureter e consequentes isquemias e necrose
Verdadeiro
Principais cirurgias relacionadas à lesões ureterais?
Histerectomia (1°);
Colorretais (2°)
Trauma ureteral:
QC da secção ureteral?
Extravasamento de urina;
Drenagem pela incisão ou vagina;
Febre, peritonite (sistêmicos)
Trauma ureteral:
QC da ligadura unilateral?
Dor, náuseas, vômitos, febre, íleo paralítico
Trauma ureteral:
QC da ligadura bilateral?
Anúria, uremia
Sistêmico - urêmico
Trauma ureteral:
Exame dx padrão ouro?
Outros que podem ser usados?
Pielografia retrógrada.
TC e urografia excretora
Trauma ureteral:
Tratamento se lesão puntiforme?
Cateter duplo J
Trauma ureteral:
Tratamento se secção com cotos próximos?
Anastomose (ureteroureterostomia)
Também chamada de ureteroureteranastomose
Trauma ureteral:
Tratamento se secção extensa?
Cx para anastomose:
Transureterureterostomia; interposição de retalho de intestino delgado
Trauma ureteral:
Técnicas cirúrgicas em lesão de ureter inferior?
Lich-Gregoir - Reimplante com mecanismo anti refluxo (1° opção);
Bexiga psoica(psoas hitch); Retalho de Boari
Trauma ureteral:
Grau I
Contusão ou hematoma sem desvascularização
Trauma ureteral:
Grau II
Laceração <50% da circunferência
Trauma ureteral:
Grau III
Laceração >50% da circunferência
Trauma ureteral:
Grau IV
Transecção completa com desvascularização <2cm
Trauma ureteral:
Grau V
Transecção completa com desvascularização >2cm
Trauma vesical:
Considerando todos os pacientes com lesão vesical por trauma fechado, cerca de 55/85% apresentam fratura de bacia
85%
Trauma vesical:
Apresentação clínica?
Hematúria macroscópica*;
Dor suprapubica, incapacidade de urinar, baixo volume urinário, líquido livre intraperitoneal, distensão abdominal, íleo paralítico, aumento das escórias nitrogenadas, uremia
Trauma vesical:
Tratamento em caso de lesões extraperitoneais?
Sonda de Foley de grosso calibre;
Cx se fragmentos ósseos/rotura do reto
Trauma vesical:
Tratamento em caso de lesões intraperitoneais (cúpula)?
Ráfia com fio absorvível;
Sonda por 7 a 10 dias
Trauma uretral:
Principal etiologia da lesão na uretra peniana?
Lesão na fratura de penis
Trauma uretral:
Principal etiologia da lesão na uretra posterior?
Alta energia - fratura pélvica
Trauma uretral:
QC
Uretrorragia, hematoma escrotal e perineal, próstata elevada ou “flutuante”, globo vesical
Trauma uretral:
Exames diagnósticos
Uretrografia retrógrada - sonda n° 14 ou 16 na fossa navicular;
Contraste iodado a 30%
Trauma uretral:
Lesão parcial da uretra bulbar e posterior - Tratamento?
Cateterismo vesical cuidadoso
Trauma uretral:
Lesão parcial da uretra bulbar - Tratamento se lesões complexas?
Exploração Cx com anastomose
Trauma uretral:
Lesão parcial da uretra bulbar - Tratamento em pacientes politraumatizados instáveis?
Cistostomia
Trauma uretral:
Lesão parcial da uretra posterior - Tratamento se cateterismo não for possível nas lesões complexas?
Cistostomia;
Reconstrução tardia
Fratura de pênis:
Etiologia?
Rotura da túnica albugínea de 1 ou ambos os corpos cavernosos
Fratura de pênis:
Causa principal?
Sexo
Fratura de pênis:
Principal complicação?
Disfunção erétil secundária à fibrose da albugínea
Fratura de pênis:
QC típico?
Dor aguda, “estalido” no momento da lesão com perda imediata da ereção; edema e hematoma;
Pode haver lesão uretral associada
Fratura de pênis:
Tratamento?
Cirúrgico - incisão subcoronal, desenluvamento peniano e rafia da túnica albugínea
Trauma escrotal:
Etiologias
Lesões esportivas, agressões, acidentes diversos;
Trauma contuso/penetrante
Trauma escrotal:
Que tipo de causa pode levar à avulsão?
Acidentes automobilísticos, mais tipicamente
Trauma escrotal:
QC?
Dor à palpação, edema e hematoma
Trauma escrotal:
Exame diagnóstico?
US Doppler - ruptura albugínea/fluxo sanguíneo testicular
Trauma escrotal:
Tratamento para a maioria dos casos?
Conservador
Trauma escrotal:
Tratamento se lesão testicular?
Cirurgia:
Debridamento, suturas (albugínea/rafias)