Urogineco Flashcards
Incontinência urinária
De esforço: espirro, tosse, agachamento;
De urgência: perda precedida de vontade iminente;
Mista: características da de esforço e de urgência;
Funcional: perda por razões não relacionadas ao trato urinário;
FR: obesidade e tabagismo (aumento da pressão intra-abdominal), menopausa e idade> 65a (hipoestrogenismo), gestação e parto (tipo e complicações);
Musculatura voluntária da continência;
Dx: diário miccional (número de micções, volume da perda), EF (inspeção estática e dinâmica- prolapso? Rotura perineal? Perda ativa?), avaliação neurológica (reflexo bulbocavernoso e anocutâneo), teste do cotonete (hipermobilidade do colo vesical- variação >30 graus é anormal);
Urina1/Urocultura (descarta ITU), teste urodinâmico (contrações não inibidas do detrusor- hiperatividade do detrusor com ou sem perdas; perda urinária com P<60cm H2O- deficiência esfincteriana intrínseca; perda urinária com P>90cm H2O- hipermobilidade de colo vesical)
Alerta: Pressão de perda <60cm H2O e >90cm H2O dão o diagnóstico do tipo de incontinência!
Bexiga hiperativa é de dx clínico; hiperatividade de detrusor só em estudo urodinâmico;
Tratamento específico
Indentificação de vulnerabilidades (DIAPPERS): Demência/delirium Infecção Atrofia vaginal Psicológica Pharmacológica Endocrinológica Restrição de movimentos Fezes impactadas (shut)
Tto conservador: exercícios para fortalecimento do assoalho (exercícios de Kegel, estimulação elétrica, terapia de biofeedback), reposição estrogênica (quadros de atrofia), dieta (evitar alimentos q causam maior diurese), planejamento miccional;
tto da IUE: pessários (diminuem o deslocamento inferior uretrovesical; bom para hipermobilidade do colo vesical), dispositivos intra-uretrais (vedação da uretra), agentes de preenchimento (melhora da captação), uretropexia retro-púbica (cirurgia de Burch), slings de uretra média (TVT e TVT-O -TVT para hipermobilidade e def intrínseca);
tto da IUU: região mais externa da bexiga> receptores muscarínicos (colinérgicos)> esvaziamento da bexiga; região do colo vesical> receptores alfa (adrenérgicos)> continência vesical;
Hiperatividade detrusor: inibir receptores muscarínicos; anticolinérigos: oxibutinina (antagonista seletivo dos receptores M1 e M3); antidepressivos tricíclicos (ação anticolinérgica e alfa-adrenérgica); toxina botulínica; neuromodulação sacral;
Estudo urodinâmico
Urofluxometria: Esvaziamento inicial da bexiga (dx de retenção: obstrução por prolapso, pós cirurgia de IU, etc)
Cistometrografia: enchimento da bexiga e manobras de força (observa-se as pressões de perda e contratilidade detrusora)
Fluxometria de pressão: esvaziamento da bexiga final;
Diagnósticos diferenciais
Vagina atrófica: atrofia por hipoestrogenismo;
Chlamydia trachomatis: uretrite/disúria (azitromicina/doxiciclina+tto parceiro)
Cistite intersticial ou Sd da bexiga dolorosa: urgência, polaciuria, dor supra-púbica, hematúria esporádica, U1 e uroc sem infecção, piora com OH, CO2 e ácidos; Dx de exclusão; citoscopia com biópsia, exclusão de carcinoma; dica na prova: úlcera de Hunner; tto: dieta, botox, anti-inflamatório, derivação, neuromodulação, etc;
*Trigonite: inflamação da região do trígono vesical; várias causas (atrofia de vulva e paredes vaginais); tto: creme de estrogenio (estriol creme vaginal)
Prolapso de órgãos pélvicos (POP)
FR: mesmos da incontinência urinária;
Associação entre POP e IU!
Alerta: apenas uma minoria das mulheres vai ter POP. Não se justifica a realização de cesareanas, episiotomia e fórcep sistemáticos com intuito de evitar seu aparecimento!
Quantificação: #POP-Q
Tto: exercícios de Kegel (sem eficácia p/ estadio III e IV), pessários (considerar qndo multicomorbidade associada), correção cirúrgica sítio-específica;