TRAUMA DE PESCOÇO E FACE Flashcards

1
Q
  1. Quais as indicações de acesso definitivo à via aérea?
A

No atendimento inicial às vítimas de lesão do pescoço, as indicações de acesso definitivo à via aérea incluem hematoma cervical em expansão, hemoptise, enfisema subcutâneo, sopro ou frêmito, deficit neurológico, distorção anatômica do pescoço, estridor, dificuldade ou dor na deglutição de secreções e anormalidade da voz (principalmente rouquidão – “voz de batata quente”).

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2
Q
  1. Na impossibilidade de intubar qual a forma de eleição para acessar a via aérea?
A

Realizar uma via aérea cirúrgica, preferencialmente por traqueostomia.

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3
Q
  1. Quais as indicações para a via aérea cirúrgica?
A

A Via aérea cirúrgica se encontra indicada na presença de trauma grave, obstrução no nível ou acima da laringe e distorção anatômica importante, situações onde um tubo orotraqueal dificilmente será posicionado de maneira correta. No comprometimento da laringe, a via aérea cirúrgica de eleição é a traqueostomia.

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4
Q
  1. Em relação a lesões de cabeça e pescoço, qual estrutura é um marco da necessidade de exploração cirúrgica e por quê?
A

O platisma, por que demonstra a profundidade e maior risco de dano pela lesão.

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5
Q
  1. Quais outros marcos no trauma de pescoço e face podem indicar a necessidade de exploração cirúrgica?
A

A vítimas de lesão no pescoço que apresentem sangramento ativo, instabilidade hemodinâmica, hematoma em expansão ou tenham uma evidência clara de comprometimento do trato aerodigestivo (enfisema subcutâneo, estridor) requerem exploração cirúrgica imediata No restante dos casos, independente da zona afetada, é necessário avaliarmos os pacientes através de métodos complementares

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6
Q
  1. Quais os exames de imagem disponíveis para estudo de lesões traumáticas de pescoço e face?
A

Tomografia Computadorizada (TC), angiografia por tomografia computadorizada (angio-TC), ultrassom-Doppler, arteriografia por subtração digital, laringoscopia,broncofibroscopia, Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e esofagografia.

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7
Q
  1. Onde é feita a incisão para exploração cirúrgica de lesões traumáticas de pescoço?
A

A incisão oblíqua ao longo da borda anterior do músculo esternocleidomastoideo; esta abordagem permite a visualização de vasos e outras estruturas cervicais importantes. A endoscopia intraoperatória é indicada em lesões da faringe ou esôfago suspeitas, porém não encontradas. Deve ser complementada com esofagografia para aumentar a sua sensibilidade.

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8
Q
  1. Sobre a divisão craniocaudal do pescoço em zonas, qual a zona 1 e as especificidades anatômicas e da abordagem cirúrgica?
A

Zona I Base do pescoço e desfiladeiro torácico. Fúrcula esternal à cartilagem cricoide. Maior mortalidade devido ao acesso cirúrgico difícil e a probabilidade de lesões em grandes vasos.

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9
Q
  1. Sobre a divisão craniocaudal do pescoço em zonas, qual a zona 2 e as especificidades anatômicas e da abordagem cirúrgica?
A

A Zona II Cartilagem cricoide ao ângulo da mandíbula. Contém carótidas, artérias vertebrais, veias jugulares e estruturas do trato aerodigestivo. Lesões mais accessíveis à exploração cirúrgica.

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10
Q
  1. Sobre a divisão craniocaudal do pescoço em zonas, qual a zona 3 e as especificidades anatômicas e da abordagem cirúrgica?
A

A Zona III Segmento do pescoço entre o ângulo da mandíbula e a base do crânio.
Nesse caso, estruturas como artéria carótida distal, glândulas salivares e faringe podem ser acometidas.

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11
Q
  1. Quais exames poderiam estar indicados em pacientes que sofreram trauma penetrante de pescoço, porém estão assintomáticos?
A

TC de pescoço + estudo do esôfago por EDA e esofagografia. Na suspeita de lesão vascular fazer angio-TC ou US Doppler, e no caso de haver debris metálicos obscurecendo o trajeto, numa ferida por arma de fogo, por exemplo, pode-se fazer uma arteriografia.

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12
Q
  1. O que fazer no trauma penetrante de pescoço com lesão vascular – exames ?
A

1º Estudar e identificar a lesão e o percurso do corpo estranho: angio TC e no caso de debris metálicos, solicitar arteriografia por subtração digital.

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13
Q
  1. Conduta na lesão penetrante de carótida interna:
A

lesão penetrante de carótida interna:Se possível: reparo com enxerto vascular autólogo ou sintético e em pacientes comatosos sem fluxo distal à arteriografia e hemorragia de difícil controle ou dificuldade técnica, fazer ligadura da artéria.

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14
Q
  1. Quais os indícios de lesão de traqueia e laringe?
A

Enfisema subcutâneo e estridor.

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15
Q
  1. Quais os exames de imagem para investigação de lesões de traqueia e laringe?
A

TC de pescoço
Laringoscopia direta
Broncoscopia

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16
Q
  1. Qual o tto para lesão de traqueia?
A

A No geral, as lesões devem ser desbridadas e fechadas primariamente (geralmente com fio inabsorvível). A perda de até dois anéis traqueais não dificulta a técnica de reparo cirúrgico. No entanto, uma perda maior de tecido requer traqueostomia seguida de uma reconstrução complexa feita tardiamente.

17
Q
  1. Qual o tto para lesão de laringe?
A

A conduta nas lesões laríngeas envolve o fechamento da laceração da mucosa e redução das fraturas da cartilagem.

18
Q
  1. Quais os exames para investigar lesões de esôfago?
A

EDA e esofagografia, que são complementares um do outro, aumentando a acurácia em 100% quando associados;

19
Q
  1. Qual o tto da lesão de esôfago?
A

A maior parte das mortes decorrentes de trauma e laceração do esôfago ocorre por atraso no diagnóstico.

A abordagem dentro das primeiras 12 horas é feita com reparo primário em duas camadas
usando suturas com fios absorvíveis e não absorvíveis e drenagem da ferida. A esofagostomia é indicada quando há perda significativa de substância. As fístulas após reparos esofagianos não são raras e costumam responder bem ao tratamento.

Nas lesões esofagianas cujo diagnóstico foi feito com mais de 12 horas de atraso, deve-se considerar sempre a presença de infecção no mediastino, é feita esofagostomia para desviar a secreção orofaríngea, antibioticoterapia sistêmica e a alimentação é administrada por meio de gastrostomia ou jejunostomia.

20
Q
  1. Num trauma maxilofacial costuma haver sangramento profuso,. Quais os vasos mais comumente lesados e qual a conduta rec
A

omendada?
De forma geral, estas lesões não ameaçam a vida dos pacientes. A hemorragia é derivada das artérias maxilar e palatina (ramos da carótida externa). O tratamento envolve tamponamento e, nos sangramentos que não regridem, ligadura da artéria carótida externa ou embolização angiográfica.

21
Q
  1. Qual o exame para investigação de trauma de face e quais os achados típicos?
A

A tomografia computadorizada (plano coronal com cortes de 1 mm), Geralmente, além dos achados ósseos, podemos observar opacificação dos seios maxilares e etmoidais.

22
Q
  1. Sobre a classificação das fraturas de face, o que caracteriza a lesão Le Fort 1 e Le Fort 2 e 3?
A

Le Fort 1: a linha de fratura é transversa, separando o osso de suporte dentoalveolar e o
palato (ambos pertencentes à maxila) em um único bloco.

Le Fort 2: A linha de fratura passa transversa através das articulações dos ossos maxilar e nasal com o osso frontal, isto é, ela “separa o osso maxilar e nasal do osso frontal”.
Le Fort 3: pelo assoalho da órbita, em direção à fissura orbitária inferior. Este tipo de fratura está associado a traumatismo extenso das estruturas da linha média da face

23
Q
  1. Qual conceito é importante em relação a prioridade ou nçao do tto de lesões de face?
A

É importante termos em mente que a correção cirúrgica das fraturas maxilofaciais não representa prioridade em uma vítima de politrauma com lesões graves associadas; exceção a esta regra inclui fraturas faciais extensas com afundamento, situação onde pode ocorrer lesão cerebral subjacente.

24
Q

Conduta na Lesão fechada de carótida interna:

A

Lesão fechada de carótida interna: fazer angio-TC, na impossibilidade de avaliar, fazer arteriografia com subtração digital, se houver extravasamento de contraste e confirmação de lesão vascular fazer correção cirúrgica. Na ausência de transecção com extravasamento, anticoagulação plena com heparina não fracionada (visando um PTTa entre 40-50 seg.) ou uso de antiplaquetários são medidas recomendadas. Obs.: sabemos que um percentual expressivo de acidentes vasculares cerebrais ocorre dias a semanas após o trauma.