EMPIEMA PLEURAL Flashcards

1
Q

cOMO DIAGNOSTICAR EMPIEMA PLEURAL?

A

40% dos casos de pneumonia bacteriana cursam com líquido pleural visível à radiografia de tórax na incidência em perfil, visto como velamento do seio costofrênico posterior, que ainda é pouco significativo, o derrame é significativo apenas quando visualizado na incidência posteroanterior, ao velar um dos seios costofrênicos (esquerdo ou direito).

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2
Q

Como e quando puncionar o derrame pleural?

A

O derrame pode ser puncionado quando ele é livre na inciência de Lawrell e possui no mínimo 1cm de espessura.

A punção é feita no 6º EIC, linha do apêndice xifoide, na linha axilas media ou na posterior, tangenciando a borda superior da costela inferior.

Quando o derrame é loculado pode ser confundido no raio X com uma massa parenquimatosa, o diagnostico é facilitado pela TC, na janela de mediastino, mas a US pode ajudar. Na TC contrastada o contraste fica impregnado na pleura visceral e parietal, sugerindo empiema.

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3
Q

Derrame parapneumônico simples:

A

Derrame parapneumônico simples: causado pela inflamação do parênquima que exsuda para o espaço pleural, de cor amarelo citrino, as vezes ligeiramente turvo. A relação proteína do líquido/proteína sérica > 0,5 ou LDH do líquido/LDH sérico > 0,6, confirmando
ser um exsudato, com aumento da celularidade, predomínio de neutrófilos Polimorfonucleares (PMN), porém com pH normal, glicose > 40 mg/dl e LDH < 1.000 e estudo bacteriológico Negativo. O tto é feito por ATB.

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4
Q

Derrame parapneumônico complicado:

A

Derrame parapneumônico complicado: ocorre contante lise de neutrófilos, formando pus, as características do liquido na pleura é pelo menos uma dessas : (1) glicose < 60 mg/dl; (2) pH < 7,20; (3) LDH > 1.000. O exame bacteriológico pode ser negativo (depuração constante) e as vezes é positivo. Esse tipo de derrame precisa ser drenado por toracostomia e selo d’água.

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5
Q

Empiema pleural:

A

Empiema pleural: ocorre quando o liquido tem aspecto macroscópico purulento ou no achado de bactérias no gram, está geralmente associado a espessamento pleural e formação de septos de fibrina.

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6
Q
  1. Quais os possíveis agentes do empiema?
A

As bactérias mais incriminadas no empiema pleural são Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes (um raro agente de pneumonia comunitária) e anaeróbios da bucofaringe (Peptostreptococcus, Peptococcus, Bacteroides, Prevotella, Porphyromonas e Fusobacterium nucleatum). Os anaeróbios são encontrados em 35-75% dos casos de empiema, e geralmente a infecção é polimicrobiana. O empiema por anaeróbios assume uma evolução mais arrastada, denominada “empiema crônico”. Geralmente é proveniente de uma pneumonia aspirativa em indivíduos com dentes em mau estado de conservação (onde os anaeróbios se proliferam) ou de um abscesso pulmonar crônico primário

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7
Q
  1. Quais as fase da formação do empiema?
A
  • Fase Exsudativa: formação de pus debris + neutrófilos
  • Fase Fibropurulenta: formação de septos de fibrina transformando o empiema livre em empiema septado.
  • Fase organizante: forma-se uma carapaça em torno do pulmão encarcerando-o, espessamento da pleura por for formação de tecido cicatricial.
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8
Q
  1. Qual o quadro clínico do paciente com empiema?
A

O paciente com empiema pleural normalmente tem queda do estado geral e apresenta febre persistente e leucocitose neutrofílica com desvio para esquerda que não está respondendo à antibioticoterapia. Sintomas como dispneia, dor torácica, calafrios e suores noturnos são muito comuns nesses pacientes. O exame físico pode revelar um paciente hipocorado, prostrado e com sinais semiológicos de derrame pleural. Noscasos de septação, o exame do aparelho respiratório pode ser duvidoso. O hemograma, além da leucocitose, frequentemente mostra uma anemia normocítica normocômica – “anemia de
doença crônica”, caracterizada por ferro sérico baixo e ferritina normal alta.

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9
Q

Exames radiológicos

A
  • US de tórax: ajuda a diferenciar o empiema livre do empiema septado;
  • TC de tórax com contraste: as duas pleuras captam o contraste na fase venosa, é o sinal de Split sign, de maior acurácia.
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10
Q
  1. Qual o tto do derrame livre?
A

-Derrame livre: mesmo ATB da pneumonia, no mesmo tempo de tto da pneumonia.

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11
Q
  1. Qual o tto do derrame complicado ou empiema?
A
-Derrame complicado ou Empiema: drenagem torácica mais ATB específico para o quadro do paciente, avaliando presença de cavitação, pneumatocele, doença pós influenza, cobrindo sempre MOS G negativos, com Amoxi + Clavulanato ou Carbapenêmicos, ou Cefalosporinas de 3ª ou 4ª associada a cobertura específica contra anaeróbios: Metronidazol ou Clindamicina. Nesse caso o ATB deve ser mantido até que haja consistente melhora clínica, radiológica e laboratorial. Autores antigos recomendaam 4-6 semanas, mas pode variar de 3 em diante ou menos que isso em alguns casos.
Penicilinas semi-sintéticas:
- Amoxicilina-clavulanato;
- Ampicilina-sulbactam;
- Piperacilina-tazobactam.

Imipenem/Meropenem.

Outros esquemas:

  • Cefalosporina 3a geração + clindamicina;
  • Cefalosporina 3a geração + metronidazol + oxacilina.

O guideline de derrame parapneumônico do American College of Chest Physicians (ACCP) recomenda que deverá ser indicada a drenagem de tórax em qualquer uma das seguintes situações:
• Líquido purulento;
• Positividade do Gram ou cultura;
• pH < 7,20 (ou, alternativamente, glicose < 60
mg/dl);
• Derrame loculado;
• Derrame acometendo mais de ½ hemitórax;
• Espessamento da pleura parietal (incluindo
o split sign).

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12
Q
  1. Quais os métodos de drenagem indicados para cada situação?
A
  • Empiema livre (corre livremente na cavidade), a toracostomia fechada em selo d’água é suficiente. O dreno deve ser mantido funcionante até responder aos critérios de remoção do dreno:
  • Conteúdo não purulento;
  • Volume inferior a 200ml/dia
  • Pulmão expandido no RX de tórax
  • Não há oscilação ou borbulhamento do sistema em selo d’água;
  • Empiema loculado: é conduzido por um cirurgião torácico, exige uma TC, as possibilidades são:
  • drenagem fechada em cada loja;
  • Videotoracoscopia – para desfazer os septos;
  • Toracotomia – para decorticação precoce;
  • infusão intrapleural de tombolítico, para provocar lise dos septos de fibrina- estreptoquinase;
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5
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13
Q

E se, após a drenagem, a cavidade empiemática

se mantiver?

A

Acontece quando a terapia intervencionista foi tardia e a “fase organizante” do
empiema levou à formação de uma “carapaça” fibrosa na pleura visceral, impedindo a reexpansão pulmonar. A TC com espessamento pleural pode prever este tipo de evolução. Nesse caso as opções são:
(1) Decorticação cirúrgica – de risco – indicado na infecção refrataria e se o parênquima não estiver muito destruído;
(2) Drenagem aberta prolongada – indicado no alto risco operatório e se o parênquima esta muito destruído.

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