Trauma Flashcards
Quais as 2 atenções que devem ser tomadas antes da ordenação habitual (ABCDE)?
- Exsanguinação via torniquete ou compressão manual.
- Pneumotórax hipertensivo/aberto/maciço antes de introduzir VAD.
O que diferencia uma VA definitiva de uma não definitiva? Dê um exemplo de cada.
- Definitiva: Tubo com balonete insuflado abaixo das cordas vocais. Ex: IOT.
- Não definitiva: Balonete insuflado acima das cordas vocais. Ex: Máscara laríngea.
Qual deve ser a CD caso incapacidade de IOT?
- Cricotomia cirúrgica -> traqueostomia.
- Se <14a cricotomia por punção ou traqueostomia direto.
Como checar se há obstrução ou lesão de traqueia sem laringoscopia?
Checar através da fonação.
Qual a sequência de CD, quanto à hidratação, em caso de suspeita de choque hemorrágico?
- Iniciar com 1000ml cristaloide {ringer lactato} aquecido {39°C} -> transfusão com hemoderivado se má evolução -> transfusão maciça se não melhora + ac tranexâmico se suspeita de hemorragia interna.
Via 2 acessos venoso calibroso periférico já colhendo exames (Hb, Ht, tipagem, prova cruzada, elastograma, βHCG).
Enuncie a escala de Glasgow.
3 critérios
- Abertura ocular: Ausente/à pressão/à sons/espontânea.
- Resposta verbal: Ausente/sons/palavras/confusa/orientada.
- Resposta motora: Ausente (flácida)/extensão (descerebrada)/flexão anormal (decorticada)/flexão normal (retirada)/localiza/obedece comandos.
4, 5 e 6 componentes respectivamente
Qual a tríade letal de choque?
- Hipotermia (risco de desenvolver taquirritmia) + acidose metabólica + coagulopatia.
Qual o principal órgão lesado no trauma abdominal fechado? Qual o sinal semiológico que pode se manifestar e qual o exame de IMG a ser pedido de acordo com a estado do pcte?
- Baço.
- Sinal de Kehr (dor subescapular à E).
o Pcte instável: FAST (confirma se há líquido livre na cavidade abdominal).
o Pcte estável: TC com contraste EV (padrão ouro – identifica o local de hemorragia, observando a mesma pelo extravasamento de contraste na fase arterial {blush arterial}).
Quais fatores indicam uma CD conservadora em trauma esplênico?
- Sem instabilidade ou abd cirúrgico (sinal de peritonite).
o Conservador: Manter 48h em UTI com HB/HT/EF de 4/4h + 5 dias sob repouso absoluto.
Queda de 2Hb seguidas (1 queda é esperado, visto ocorrido trauma) -> Solicitar TC.
o Cirúrgico: Controlar a hemorragia em quadro de instabilidade/abd cirúrgico/falha no TTO conservador através de esplenectomia.
Qual o principal órgão lesado no trauma tóraco-abdominal aberto? Qual o exame de IMG a ser pedido e a CD dependendo do resultado?
- Principal estrutura lesionada é o diafragma e usualmente por FAF.
- E-FAST (FAST torácico).
- RX: Elevação diafragmática, herniação de alça ou estômago no tórax, pneumotórax.
o Videolaparoscopia: Se RX com alteração, para investigar possível lesão diafragmática.
Toracotomia: Lesão de diafragma.
o Caso haja a necessidade, drenar tórax em primeira CD.
Laparotomia: Lesão de abdome -> realização da rafia e posicionamento de tela + inspeção para checar sangramento de alguma outra estrutura possivelmente lesionada.
o Se a lesão é à D, usualmente o fígado tampona o contato toracoabdominal possibilitando uma abordagem mais conservadora.
Qual o volume de sangramento torácico drenado indica toracotomia imediata?
- Se volume >1500ml ou acima de 300ml/h.
Em quais circunstâncias não se deve sondar um pcte após trauma pélvico?
- Se ureterorragia, equimose perianal, próstata cranializada, retenção vesical.
Somente lesão de bexiga/ureter não proíbe sondar.
Quais as CD iniciais em trauma pélvico?
- Controle da hemorragia e fratura;
- Controle de infecção com limpeza exaustiva e desbridamento;
- Derivação intestinal (colostomia em alça no ângulo hepático) e urinária (cistostomia);
- Manutenção do ferimento aberto com revisões programadas, ATB e suporte nutricional.
* Não realizar em primeira abordagem: Fechamento definitivo, reconstrução de períneo, CD de especialista de urgência, manipulação pélvica excessiva.
Quais as CD quando lesão de alça no delgado?
- CD no delgado:
o Lesão <50% do diâmetro da alça: Rafia.
o Lesão >50% ou múltiplas lesões próximas: Enterectomia com anastomose.
Atentar para ferimentos abertos, possível trauma com cinto de segurança e volante, desaceleração (pressão súbita) com laceração de pts fixos (Treitz e valva ileocecal).
Quais as CD quando lesão de alça no grosso?
- CD no grosso:
o Rafia: Lesão <50% da circunferência da alça, se < 4-6h + ausência de lesão vascular + <6 [hemácia].
o Hemicolectomia + anastomose primária: Pcte estável com condições acima, se < 4-6h + ausência de lesão vascular + <6 [hemácia].
o Colostomia com reconstrução tardia: Pcte instável.
Defina tórax instável.
Fratura em 2 arcos costais consecutivos + em 2 pontos em um mesmo arco.
* QC: Dor torácica com respiração paradoxal.
* TTO: Analgesia, suporte ventilatório.
Defina contusão pulmonar.
Inundação dos alvéolos/interstício/brônquios pelo líquido/sangue dos vasos rotos.
* QC: Hipoxemia.
* IMG: RX com consolidação.
Qual o QC e TTO de hemotórax?
Sangramento na cavidade pleural.
* QC: ↓MV com macicez à percussão e hipotensão em casos graves.
* TTO: Drenagem em selo d’água (manter selo de água em 300ml no adulto e abaixo do nível do tórax. Deambulação precoce).
O que classifica um hemotórax maciço? Qual a CD?
o Hemotórax Maciço: 1,5L de drenagem imediata ou 200ml nas primeiras 2-4h -> toracotomia visto haver possível foco de sangramento ativo.
Qual o QC e TTO de pneumotórax hipertensivo?
- QC: ↓MV com turgência jugular.
- TTO: Toracocentese de alívio (descompressão torácica no 4-5º espaço intercostal) e posterior drenagem em selo d’agua no mesmo local de acesso.
O que classifica um pneumotórax aberto? Qual a CD?
- Lesão de parede torácica >1cm (>2/3 do diâmetro da traqueia {1,5-2cm}) que viole a cavidade pleural.
- TTO: Curativo em 3 pontas para que não entre na inspiração e saia na expiração e posterior drenagem em selo de água.
Qual o QC e TTO de pneumotórax simples?
- QC: ↓MV com hipertimpanismo, expansibilidade reduzida e enfisema subcutâneo.
- TTO: Drenagem.
Cite 3 indicações de toracotomia.
- Hemotórax maciço;
- Lesão penetrante com tamponamento cardíaco;
- Feridas na caixa torácica;
- Lesão de vaso nobre torácicos;
- Perfuração esofageana;
- Lesão taqueobrônquica (visto mesmo após dreno ainda irá continuar escape aéreo {evidenciado em borbulhas no selo d’água}, proveniente de presença de lesão de trato respiratório).
Principal etiologia de lesão taqueobrônquica?
Por trauma de grande energia, principalmente automobilístico.
* QC: Dispneia, enfisema subcutâneo, sinal do cinto de segurança, hemoptise, disfonia.
* TTO do pneumotórax: Drenagem persistente (mesmo ausente a expansão pulmonar).
* IOT: Dificuldade em progredir o tubo com vazamento persistente.
* DX: Broncoscopia (padrão ouro).
Em qual dos mecanismos de trauma (penetrante e fechado) deve-se optar por exploração cirúrgica, quando acometendo a zona 1 do abdome? E quando acometendo a zona 3.
- Na zona 1 a CD é sempre exploração cirúrgica imediata, independente se o trauma for fechado ou penetrante.
- Na zona 3 a CD será exploração cirúrgica imediata somente se o trauma for penetrante. Se trauma fechado pode-se optar por tamponamento ou angioemboilização.
Zona 1: Aorta e cava inferior, bem como as estruturas que situam-se ao longo desses, até a bifurcação para surgimento das ilíacas comuns.
Zona 2: Rins, ureteres, cólons ascendente e descendente.
Zona 3: Vasoso ilíacos, ureteres distais, cólon, sigmoide e reto.