TPP Flashcards

1
Q

(PSU-MG 2017 ACESSO DIRETO) - Gestante primigesta, com 28 semanas procura serviço médico com história de dor em baixo ventre. Ao exame, observa-se duas contrações de 30 segundos em 10 minutos e, ao toque, o colo encontra-se pérvio para 3 cm, com 80% de apagamento e a apresentação fetal é pélvica. Assinale a conduta CORRETA nesta situação:

A) Internar, solicitar exame a fresco de conteúdo vaginal e acompanhar a evolução por 48 horas.
B) Internar, solicitar exames para rastreamento infeccioso e iniciar corticoterapia associada à tocólise.
C) Internar, solicitar rastreamento infeccioso e realizar cesariana, após corticoterapia.
D) Não há necessidade de internação imediata. Solicitar exame de urina e manter observação para reavaliar.

A

Letra “B” - Internar, solicitar exames para rastreamento infeccioso e iniciar corticoterapia associada à tocólise.

O trabalho de parto prematuro é aquele que se inicia após 20 a 22 semanas de gestação e antes de 37 semanas. O diagnóstico, pelo Ministério da Saúde, é considerado quando há presença de contrações frequentes a cada 5 a 8 minutos e alteração em colo, representada por dilatação > 2 cm e/ou apagamento ≥ 50%. A conduta nesses casos é baseada na corticoterapia, na profilaxia para GBS (quando não se conhece o resultado do swab) e na escolha do momento para o parto, havendo ou não indicação de tocólise. A corticoterapia, com beta ou dexametasona, em 48 horas, é realizada no trabalho de parto prematuro, entre 24 e 34 semanas de gestação, a fim de alcançar a maturação pulmonar. Além disso, ajuda a prevenir hemorragias intraventriculares e a enterocolite necrosante. Caso haja necessidade do uso de corticoides, está também indicada a administração de drogas tocolíticas, para atrasar o parto em um período de 48 horas a uma semana, com o objetivo de garantir o efeito da corticoterapia. Em se tratando de pacientes que não estão no período em que se é indicada a administração da corticoterapia, a conduta mais adequada é o parto. Dessa forma, ALTERNATIVA B – CORRETA.

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2
Q

(SES-PE 2012 ACESSO DIRETO) - Primigesta no curso da 36a semana refere perda de líquido pela
vagina em grande quantidade, há 4 horas. Nega febre e dores no baixo ventre. Saída de líquido claro pelo
orifício cervical é constatada através do exame especular. Ultrassonografia, realizada imediatamente após o internamento, revela feto com peso estimado de 2500g, apresentação cefálica e oligoidrâmnio acentuado. Feto ativo e reativo ao exame cardiotocográfico. Assinale a conduta mais adequada.

A) Alta hospitalar e aguardar o trabalho de parto espontâneo.
B) Manter a gestante internada com a realização de curva térmica e leucograma.
C) Rastrear infecção, e, em caso de negativo, realizar a cesárea após o segundo dia de internação, caso não
entre em trabalho de parto espontâneo.
D) Antibiótico profilático e corticoide, indução do parto após 48 horas.
E) Indução do parto.

A

Letra “E” - Indução do parto

Questão que trata da conduta mais adequada em uma paciente com ruptura prematura das membranas. Como a idade gestacional da paciente já ultrapassou 34 semanas, espera-se que o feto já tenha atingido a maturação pulmonar, não havendo necessidade da realização de corticoterapia ou de tocólise. Dessa forma, a conduta mais adequada em casos de RPMO com idade gestacional > 34 semanas é a indução do parto. ALTERNATIVA E – CORRETA.

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3
Q

(SES-PE 2020 ACESSO DIRETO) - Qual é a medicação que apresenta algum papel na neuroproteção
ao concepto, diminuindo as chances de paralisia?

A) Terbutalina
B) Sulfato de magnésio
C) Progesterona
D) Antagonistas de receptores de ocitocina
E) Inibidores da cicloxigenase
A

Letra “B” - MgSO4

Questão direta e conceitual a respeito da medicação tocolítica que atua também como neuroprotetor. O sulfato de magnésio ajuda na diminuição do risco de paralisia cerebral em bebês prematuros. De uma forma geral, é utilizado em idade gestacional abaixo de 32 semanas, sendo administrado por até 24 horas. É importante manter a avaliação do reflexo patelar, da diurese e da frequência respiratória da gestante, por conta do risco de intoxicação pelo magnésio. ALTERNATIVA B – CORRETA.

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4
Q

(UNIFESP 2019 ACESSO DIRETO) - Gestante de 29 semanas, secundigesta, primípara (parto normal de termo), procura pronto atendimento com queixa de dores no baixo ventre há 2 dias. Exame físico: afebril, FC = 88 bpm, PA = 100x60 mmHg, altura uterina 26 cm, FCF = 144 bpm, detecta-se 1 contração uterina em 10 minutos, com duração de 20 segundos, toque com colo amolecido, longo, pérvio para 1 dedo, apresentação cefálica, bolsa íntegra. Nesse caso, a melhor conduta é:

A) ampliar período de observação para melhor caracterizar como verdadeiro trabalho de parto prematuro
B) inibição do trabalho de parto prematuro utilizando atosiban ou nifedipina
C) inibição do trabalho de parto prematuro utilizando nifedipina ou terbutalina
D) corticoterapia para amadurecimento do pulmão fetal e inibição do trabalho de parto prematuro com nifedipina, terbutalina ou atosiban
E) corticoterapia para amadurecimento do pulmão fetal e sulfato de magnésio para neuroproteção fetal

A

Letra “A” - ampliar período de observação para melhor caracterizar como verdadeiro trabalho de parto prematuro

AMEAÇA DE TPP (FALSO TPP):
>=2cm ou 80% apagamento (50% MS) + contrações regulares

Para caracterizar o TRABALHO DE PARTO PREMATURO a paciente precisa se encontrar no período após 20 – 22 semanas e antes de 37, apresentando, ao menos, 2 cm de dilatação ou 80% de apagamento do colo (50%, segundo o Ministério da saúde), além de contrações regulares. Como na questão é abordado o caso de paciente com 29 semanas, porém apresentando perviedade do colo somente para uma polpa, sem menção de apagamento e com apenas uma contração em 10 minutos, pode-se inferir quadro de AMEAÇA DE TRABALHO DE PARTO PREMATURO. Sendo assim, como não há trabalho de parto prematuro verdadeiro, também não existe necessidade de nenhuma conduta ativa, no momento. Sendo assim, deve-se manter a paciente em observação, para posterior reavaliação (uma a três horas), para reconhecer se há evolução para trabalho de parto verdadeiro. ALTERNATIVA A – CORRETA.

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5
Q

SUS-PE – 2013. A prematuridade permanece como um desafio na assistência obstétrica e em relação à tocólise, podemos afirmar:

A. O único objetivo da inibição do trabalho de parto prematuro é permitir a transferência da gestante para
um centro de assistência terciária.

B. Há fortes evidências favorecendo o uso profilático dos agentes tocolíticos.

C. Após a tocólise, não há efeito benéfico do tratamento de manutenção rotineiramente.

D. Os betamiméticos, apesar de não serem muito eficazes, apresentam poucos efeitos colaterais maternos e fetais.

E. Os betamiméticos devem ser preferidos em relação aos bloqueadores de canais de cálcio.

A

Letra “C” - Após a tocólise, não há efeito benéfico do tratamento de manutenção rotineiramente.

O objetivo da tocólise é permitir o término da corticoterapia. Uma das opções de tocolíticos são os betamiméticos - terbutalina ou salbutamol. Essas drogas estão associadas a efeitos colaterais, principalmente cardiovasculares, por isso, não são primeira escolha. Além disso, não há comprovação do benefício em manter agentes tocolíticos profiláticos.

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