Climatério Flashcards

1
Q

(SES-PE 2020 R4 GO) - Paciente de 59 anos de idade procura o consultório de ginecologia para iniciar terapia hormonal. Refere ausência de menstruação há 10 anos. Assintomática. Como antecedentes, teve a retirada cirúrgica da mama direita por câncer há um ano, passado de TVP há seis anos, DM tipo II e HAS controlada com medicação. O exame ginecológico revela atrofia genital moderada. Considerando esse caso, qual das alternativas corresponde a uma contraindicação absoluta à Terapia Hormonal (TH)?

 A) Idade abaixo de 60 anos
 B) Antecedentes de câncer de mama
 C) Diabetes Melito
 D) Hipertensão arterial sistêmica
 E) Passado de TVP
A

Letra “B” - Antecedentes de câncer de mama

PASSADO DE TVP - CI RELATIVA - PODE FAZER MED PARENTERAL, POIS SÓ O MET. DE 1ª PASSAGEM DROGAS VO) PODEM FAVORECER O RISCO DE TVP

Embora a paciente se apresente assintomática, o que sugere que a terapia de reposição hormonal não necessariamente deveria ser iniciada, a única contraindicação absoluta à realização é o antecedente de câncer de mama (ALTERNATIVA B – CORRETA). Entretanto, vale a observação das demais assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: A idade inferior a 60 anos não constitui nenhum tipo de contraindicação a TRH. ALTERNATIVAS C e D – INCORRETAS: DM e HAS controlada não são comorbidades que representam contraindicação à TRH. ALTERNATIVA E – INCORRETA: É importante lembrar que história de TVP caracteriza-se por ser contraindicação RELATIVA. Dessa forma, se a paciente apresenta mais benefícios, que riscos, ao tratamento com reposição hormonal, a terapia pode ser iniciada através de administração parenteral (transdérmica ou intramuscular). Isso se deve ao fato de o aumento dos fatores de coagulação, com consequente risco a pacientes com passado de TVP, estar associado à ingestão das drogas por via oral, em razão da metabolização hepática.

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Q

(PUC-SP 2019 ACESSO DIRETO) - A.J.C.F.S., 52 anos, casada, dentista. Procurou ajuda porque não consegue mais trabalhar, uma vez que tem muitas ondas de calor, especialmente quando está trabalhando sob o foco odontológico. Esses ‘calores’ também atrapalham seu sono, o que a deixa muito cansada no dia seguinte, com nervosismo excessivo e depressão. Percebe redução da libido sexual e evita seu marido; nos raros momentos em que concorda manter coito, sua vagina permanece seca, o que provoca dispareunia. Ela foi submetida a histerectomia total há 6 anos, por quadro de adenomiose e leiomiomatose uterina. Teve 1 filha. Seu I.M.C. é 19.5, não apresenta comorbidades atualmente, nem tampouco tem antecedentes mórbidos pessoais e familiares relevantes. Seus exames subsidiários estão dentro dos padrões da normalidade. Assinale entre as alternativas abaixo a prescrição medicamentosa CORRETA para essa paciente:

A) Etinilestradiol 30 mcg + Gestodeno 75 mcg 1 comprimido via oral diário, sem pausa.
B) Testosterona bioidêntica em apresentação gel vaginal de 2%, aplicações diárias intravaginais.
C) Estradiol percutâneo 0,5 mg ao dia, aplicações diárias na face interna da coxa.
D) Medroxiprogesterona 10 mg via oral durante 14 dias mensalmente.

A

Letra “C” - Estradiol percutâneo 0,5 mg ao dia, aplicações diárias na face interna da coxa.

INDICAÇÃO TRH: FOGACHOS
PROGESTERONA: APENAS PROTEGER ENDOMÉTRIO + > RISCO CA MAMA
PACIENTE SEM ÚTERO: NÃO FAZ PROGESTERONA
PREFERÊNCIA: VIA PARENTERAL (VO: MAIOR RISCO DE TROMBOSE)

Questão que traz abordagem de uma paciente bastante sintomática no início do período do climatério, que não apresenta nenhum tipo de contraindicação à reposição hormonal, tendo em vista que não possui comorbidades ou antecedentes relevantes. Vale lembrar que os efeitos da terapia de reposição hormonal são alcançados pela administração de estrogênio, ficando a progesterona reservada à proteção endometrial. Além disso, é a progesterona que está ligada ao pequeno aumento no risco de câncer de mama relacionado à reposição hormonal. Entretanto, há o relato de que a paciente foi submetida à histerectomia total, há seis anos, logo, não existe necessidade da administração de progesterona. Sendo assim, como paciente sintomática, apresentando entre os sintomas, os fogachos, que são os principais indicadores da reposição, deve-se iniciar a medida com o uso de estrogênio. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Como dito anteriormente, a paciente não tem necessidade de utilizar a progesterona. Além disso, sempre que possível, deve-se dar preferência à administração da TRH por via parenteral. Isso se deve ao fato da realização por via oral estar mais relacionada ao desenvolvimento de episódios de trombose, por predispor a estimulação do aumento dos fatores de coagulação. ALTERNATIVA B – INCORRETA: A única indicação formal para adição de testosterona à TRH encontra-se na paciente que apresenta desejo sexual hipoativo, com diminuição dos níveis séricos de testosterona. ALTERNATIVA C – CORRETA: Administração de estrogênio pela via parenteral. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Como supracitado, não há indicação de progesterona, nesse caso.

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