DHG Flashcards
SUS-PE - 2010. Uma segunda onda de trofoblástica está ausente (o): A. Placenta prévia. B. Diabetes gestacional. C. Isoimunização. D. Pré-eclâmpsia. E. Gemelaridade.
Letra “D” - Pré-eclâmpsia Pergunta direta sobre o tema que, para quem leu sobre fisiopatologia da pré-eclâmpsia, não tem como errar.
SES-PE 2019. São fatores de risco para pré-eclâmpsia todos abaixo citados, EXCETO: A. Tabagismo. B. Gestação múltipla. C. Obesidade. D. Doenças autoimunes. E. Hipertensão crônica.
Letra “A” - Tabagismo O tabagismo, por si só, está relacionado com hipoperfusão placentária e hipóxia fetal pelo mecanismo de vasoconstrição, causado pelos componentes do cigarro. Porém, não é considerado fator de risco para pré-eclâmpsia. De acordo com o ACOG, são considerados os principais fatores de risco para o desenvolvimento de PE: Nuliparidade; Gemelaridade; PE em gestação anterior; Hipertensão crônica; Diabetes prévio ou diabetes gestacional; Trombofilia; Lúpus eritematoso sistêmico; Obesidade (IMC > 30); SAAF; Idade materna superior a 35 anos; Doença renal prévia; Reprodução assistida; Apneia do sono. Vale lembrar que a mudança de parceiro, entre duas gestações, faz com que a mãe seja exposta a novos antígenos, provenientes daquele novo material genético. Dessa forma, considerando que a PE é uma afecção imunomediada, alguns autores atribuem o mesmo risco entre a nuliparidade e a gravidez com um parceiro diferente. Dessa forma, diante das assertivas apresentadas, a única que não se apresenta como fator de risco para PE é o tabagismo. Um fato curioso é que algumas fontes consideram o tabagismo como fator protetor, não por substâncias contidas no cigarro, mas pelo perfil mais independente que a mulher tabagista costuma apresentar.
SES-PE 2017. Qual é o diagnóstico quando, na primeira consulta no pré-natal na 18ª semana, é verificado PA 140/90 mmHg e proteína de fita 1+? A. Hipertensão crônica. B. Hipertensão gestacional. C. Pré-eclâmpsia leve. D. Pré-eclâmpsia grave. E. Pré-eclâmpsia superposta.
Letra “A” - Hipertensão crônica. Hipertensão arterial diagnosticada antes de 20 semanas de gestação é classificada como hipertensão crônica, mesmo que haja proteinúria.
UNICAMP-SP – 2019. Mulher, 37a, G1P1C0A0, procura orientação para nova gestação. Antecedentes Pessoais: pré-eclâmpsia grave há três anos com 31 semanas de gestação, ficando normotensa no puerpério com suspensão da medicação. Houve normalização da proteinúria dentro de três meses pósparto. A investigação de trombofilias foi negativa. A CONDUTA É PRESCREVER: A. Ácido acetilsalicílico e carbonato de cálcio a partir de 12 semanas. B. Ácido acetilsalicílico e heparina de baixo peso molecular a partir da concepção. C. Vitamina D e carbonato de cálcio desde o período pré-concepcional. D. Ácido fólico e heparina de baixo peso molecular a partir de 12 semanas.
Letra “A” - Ácido acetilsalicílico e carbonato de cálcio a partir de 12 semanas. Paciente com história de pré-eclâmpsia grave em gestação anterior tem alto risco de desenvolver pré-eclâmpsia na gestação atual. Por isso, está indicado o uso de AAS como profilaxia na dose de 100-150mg/dia que deve ser iniciado a partir de 12 semanas, além de suplementação de cálcio.
SES-PE – 2009. Assinale a melhor conduta para gestante com hipertensão crônica leve (TA = 140/90mmHg), idade gestacional de 8 semanas e utilizando 50 mg de captopril/dia. A. Aumentar a dose de captopril para 100 mg/dia. B. Diminuir a dose de captopril para 25 mg/dia. C. Substituir o captopril pelo uso de 1 g de alfa-metildopa/dia. D. Substituir o captopril pelo uso de 750mg de alfa-metildopa/dia. E. Suspender o captopril.
Letra “E” - Suspender o captopril. os IECA/BRA são categoria D na gestação e, portanto, são contraindicados pelo risco de malformação fetal. Na paciente da questão, não deve ser iniciado anti-hipertensivo nesse momento por se tratar de uma hipertensão crônica leve. Com a progressão da gestação, a tendência é a redução dos níveis pressóricos pelas alterações fisiológicas causadas após a migração trofoblástica completa.
SES-PE – 2015. A toxemia gravídica é a condição mórbida obstétrica, que costuma ocorrer após 20 semanas de gravidez e se caracteriza por hipertensão arterial e proteinúria. A conduta adotada vai depender da gravidade do quadro. Assim, temos o seguinte caso: Primigesta, 20 anos, 38 semanas, queixando-se de “dor na boca do estômago” e “pontinhos brilhantes” na vista. O exame clínico revela quadro de anasarca. PA: 190 x 130 mmHg e reflexos tendinosos facilmente percebidos. Ausência de atividade uterina. Movimentos fetais esparsos e BCF: 148 bpm. Proteinúria de fita: 3+. Ao toque vaginal: colo dilatado 3 cm, 60% e centralizando-se. Qual é a conduta adequada? A. Operação cesariana imediata. B. Internamento hospitalar e iniciar alfametildopa 750 mg/dia, podendo associar um betabloqueador seletivo, se os níveis pressóricos não melhorarem nas primeiras 24 horas. C. Administração de sulfato de magnésio, via intramuscular ou intravenosa, seguido do uso de nifedipina e observação da evolução do quadro nas próximas 48 horas por não se tratar de uma emergência obstétrica. D. Utilização de benzodiazepínicos para prevenção das convulsões típicas da eclâmpsia e indução com ocitocina. E. Administração de sulfato de magnésio intravenoso, por se tratar de uma iminência de eclâmpsia, seguido de hipotensor como hidralazina e indução do parto após estabilização do quadro.
Letra “E” - Administração de sulfato de magnésio intravenoso, por se tratar de uma iminência de eclâmpsia, seguido de hipotensor como hidralazina e indução do parto após estabilização do quadro. Nesta questão, estamos diante de um caso de pré-eclâmpsia grave associada a sinais de iminência de eclâmpsia, o que caracteriza uma emergência obstétrica. Diante desse quadro clínico, está mais do que indicado o início de sulfato de magnésio intravenoso para prevenção de crises convulsivas e a utilização de um hipotensor intravenoso, já que os níveis pressóricos estão acima de 160x110 mmHg. A letra A está incorreta, pois a interrupção da gestação não deve ser feita antes da estabilização clínica materna e fetal. Na letra B, a paciente realmente tem critério para internação hospitalar, porém a ação da alfametildopa não é imediata, por isso, seu uso não é indicado na crise hipertensiva. Além disso, o betabloqueador não deve ser usado como primeira escolha. A letra C está errada porque se deve interromper essa gestação assim que houver a estabilização do quadro. A letra D está errada porque o sulfato de magnésio é a droga de escolha.
UFPB – 2016. Sobre a doença hipertensiva específica da gestação: A) Muitos são os testes clínicos, bioquímicos e biofísicos para a predição da pré-eclâmpsia. Entre eles, o mais utilizado é o estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas através da análise do índice de pulsatilidade desses vasos. Sua maior utilidade reside em seu elevado valor preditivo negativo. B) Dentre as alterações anatomopatológicas renais na mulher com pré-eclâmpsia, é possível identificar lesões glomerulares, tubulares e vasculares, sendo a primeira mais característica. C) O tratamento das complicações hipertensivas agudas da pré-eclâmpsia incluem e objetiva: uso de hidralazina 5 mg, intravenoso e redução dos níveis pressóricos em 20 - 30%, quando associado a iminência de eclâmpsia, usa-se o sulfato de magnésio em esquemas intramuscular ou intravenoso. Está(ão) correto(s) o(s) item(ns): A. Apenas A e C. B. Apenas A e B. C. Apenas C e B. D. Apenas C. E. Todos os itens.
Letra “E” - Todos os itens O doppler das artérias uterinas é um dos fatores de predição para pré-eclâmpsia. Alterações na pulsatilidade desses vasos podem indicar predisposição ao desenvolvimento da doença. Na pré-eclâmpsia já instalada, a lesão de órgão-alvo mais característica é a glomeruloendoteliose. Na vigência de crise hipertensiva, está indicado o uso de agente hipotensor intravenoso. A droga de escolha é a hidralazina.
(SES-PE 2011 R4 GO) - Qual dos sais minerais apresentados abaixo que, através de sua reposição durante a gravidez, pode diminuir a chance do surgimento de pré-eclâmpsia? A) Fósforo B) Cálcio C) Ferro D) Cobre E) Magnésio
Letra “B” - Cálcio Em pacientes gestantes, que possuem baixa ingesta do elemento, a reposição de cálcio pode ser indicada como uma forma de prevenção à Pré-Eclâmpsia, realizando-se 1,5 a 2 gramas por dia. Outras substâncias que também podem ser administradas, visando à profilaxia ao desenvolvimento de PE são: AAS em baixas doses (75 a 150 mg/ dia), caso sejam flagrados fatores de risco para a afecção; Enoxaparina (0,5 a 1,0 mg/ dia), quando existe trombofilia. Vale salientar que fatores antioxidantes (vitaminas C, D e E), dieta com restrição de sal e repouso absoluto não são contribuintes, cientificamente comprovados, para a prevenção da doença.
(SES-PE 2017 R4 GO) - Com quantas semanas após o parto, a hipertensão gestacional é reclassificada como hipertensão transitória ou hipertensão crônica? A) 4 B) 6 C) 8 D) 10 E) 12
Letra “E” - 12 Durante a gestação, a mulher pode desenvolver quatro principais síndromes hipertensivas: hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão crônica e pré-eclâmpsia sobreposta. A hipertensão gestacional é caracterizada por parecer após 20 semanas de gestação, apresentando-se apenas por elevação da pressão arterial, sem a presença de outros contribuintes, como a proteinúria. A pré-eclâmpsia é observada como a elevação da pressão arterial, também após 20 semanas de gestação, porém associada à proteinúria significativa OU comprometimento sistêmico ou lesão de órgão-alvo. A hipertensão crônica, em geral, é relata pela paciente, como um quadro anterior à gestação, ou é flagrada por aumento da pressão arterial antes das 20 semanas de gestação, em uma gravidez normal. No caso da pré-eclâmpsia sobreposta, existe uma piora de quadro hipertensivo prévio da paciente, após 20 semanas de gestação, com surgimento ou piora de proteinúria e/ou lesão de órgão alvo. Vale lembrar que, para confirmar o diagnóstico da hipertensão gestacional (transitória em relação à gravidez), os níveis pressóricos da paciente devem ser normalizados até 12 SEMANAS, após o parto. Caso a mulher mantenha o padrão hipertensivo, sem conhecimento prévio de aumento de PA antes da gestação, pode-se realizar o diagnóstico de hipertensão crônica, entretanto com o acometimento tendo sido flagrado, apenas, após 20 semanas de gestação.
(SES-PE 2017 R4 GO) - Todos abaixo são critérios para diagnóstico de pré-eclâmpsia grave, EXCETO A) oligúria. B) distúrbios visuais. C) ácido úrico elevado. D) creatinina elevada. E) plaquetopenia.
Letra “C” - Ácido úrico elevado Vale lembrar que a classificação de “PE grave” não é mais utilizada, sendo, atualmente, denominada PE com sinais de gravidade (PE com sinais/sintomas de deterioração clínica). Os principais sinais de gravidade são: Crise hipertensiva, caracterizada por PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg; Sinais de iminência de eclampsia: -SNC – cefaleia (sem resposta a analgésicos), fotofobia, escótomas, hiperreflexia. -Hepáticos – náuseas/vômitos, dor epigástrica ou em hipocôndrio direito. Desenvolvimento de eclâmpsia; Síndrome HELLP: -Hemólise – Esquizócitos e/ou DHL > 600 e/ou BI > 1,2 mg/dL; -Elevação de enzimas hepáticas > 2x LSN; -Plaquetopenia < 100 mil. Oligúria < 500 mL/24 horas; IRA; Dor torácica; Edema Agudo de Pulmão. Dessa forma, diante das assertivas apresentadas, a única que não se apresenta como sinal de gravidade para PE é a elevação de ácido úrico. Esse achado tem um valor preditivo positivo importante para DESENVOLVIMENTO de PE, quando se encontra com valores acima de 6 mg/dL.
(SES-PE 2019 R4 GO) - Existem fortes evidências de que o sulfato de magnésio, quando utilizado no parto prematuro, exerce proteção contra A) cardiopatias. B) neuropatias. C) pneumopatias. D) nefropatias. E) enteropatias.
Letra “B” - Neuropatias Considerando o risco de prematuridade, administra-se à paciente entre 24 e 32 semanas incompletas (31 semanas e 6 dias), o sulfato de magnésio, a fim de prevenir paralisia cerebral e outros acometimentos do SNC. O esquema é realizado na mesma dosagem do tratamento da paciente com iminência de eclâmpsia, com 4 a 6 gramas, em seis horas.
(SES-PE 2017 R4 GO) - Qual dos anti-hipertensivos abaixo é muito utilizado no tratamento da pré-eclâmpsia grave, embora NÃO seja recomendado como agente isolado no tratamento da hipertensão crônica? A) Nifedipino B) Labetalol C) Metildopa D) Hidralazina E) Pindolol
Letra “D” - Hidralazina O tratamento da crise hipertensiva, na pré-eclâmpsia com hipertensão arterial sistêmica classificada como grave (PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg), é baseado no uso de duas drogas principais: a hidralazina é um vasodilatador direto responsável por gerar diminuição da resistência periférica, sendo esse mesmo efeito obtido pelo nifedipino, por ser um bloqueador dos canais de cálcio. Esse último medicamento é largamente utilizado no tratamento da hipertensão crônica, assim como os demais bloqueadores dos canais de cálcio, diferente da hidralazina, por conta do risco de hipotensão súbita com taquicardia reflexa. ALTERNATIVA D – CORRETA. Vale salientar que o labetalol também é utilizado nas crises hipertensivas da PE, mas não é disponibilizado no Brasil.
(SES-PE 2013.2 ACESSO DIRETO) - Primigesta de 19 anos, atendida em consulta de rotina na 33ª semana de gravidez com pressão arterial de 150 x 95 mmHg. Proteinúria de fita de 2+. Níveis tensionais no primeiro trimestre = 120 x 70 mmHg. No momento da consulta, encontra-se assintomática. A pressão se mantém nos mesmos níveis, mesmo depois do repouso. A hipótese diagnóstica mais provável é: A) Pré-eclâmpsia leve. B) Pré-eclâmpsia grave. C) Hipertensão gestacional. D) Pré-eclâmpsia superposta. E) Iminência de eclâmpsia.
Letra “A” - Pré-eclâmpsia leve. Durante a gestação, a mulher pode desenvolver quatro principais síndromes hipertensivas: hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão crônica e pré-eclâmpsia sobreposta. A hipertensão gestacional é caracterizada por aparecer após 20 semanas de gestação, apresentando-se apenas por elevação da pressão arterial, sem a presença de outros contribuintes, como a proteinúria, além de desaparecer em até 12 semanas após o parto. A pré-eclâmpsia é observada como a elevação da pressão arterial, também após 20 semanas de gestação, porém associada à proteinúria significativa OU comprometimento sistêmico ou lesão de órgão-alvo. A hipertensão crônica, em geral, é relata pela paciente, como um quadro anterior à gestação, ou é flagrada por aumento da pressão arterial antes das 20 semanas de gestação, em uma gravidez normal. No caso da pré-eclâmpsia sobreposta, existe uma piora de quadro hipertensivo prévio da paciente, após 20 semanas de gestação, com surgimento ou piora de proteinúria e/ou lesão de órgão alvo. Como a questão apresenta uma paciente previamente normotensa, que desenvolve quadro de hipertensão, com surgimento de proteinúria, pode-se diagnosticar a pré-eclâmpsia. Além disso, não são citados comemorativos que indiquem a presença de sinais de deterioração clínica (gravidade), como epigastralgia, cefaleia, escótomas ou outras alterações visuais, crise hipertensiva (caracterizada por PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg), plaquetopenia, insuficiência renal, entre outros. Sendo assim, pode ser classificada como pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade, portanto, ALTERNATIVA A – CORRETA.
(SUS-SP 2016 ACESSO DIRETO) - Primigesta de 33 anos, 35 2/7 semanas, procura pronto atendimento por quadro de sangramento genital importante e intensa dor abdominal. Refere, ainda, diminuição da movimentação fetal. Ao exame físico: bom estado geral, descorada 2+/4+, PA: 150 x 90 mmHg, FC: 100 bpm. Abdome gravídico, BCF: 108 bpm, tônus uterino aumentado, dinâmica uterina presente com 4 contrações fortes em 10 minutos. OGE: sangramento escuro com coágulos em moderada quantidade exteriorizado pelo canal vaginal. Esta patologia obstétrica: A) Deve ter diagnóstico confirmado com um exame ultrassonográfico. O toque vaginal é contraindicado. B) Tem diagnóstico clínico. Deve-se realizar cesárea imediatamente. C) Tem grande associação com picos hipertensivos. Deve-se interromper a gestação imediatamente pela via de parto mais rápida. D) Faz necessário estabilização hemodinâmica da paciente e estabelecer manobras de reanimação fetal intraútero. Somente considerar parto se não houver resposta às manobras. E) Deve-se manter paciente em observação com monitorização fetal com cardiotocografia contínua.
Letra “C” - Tem grande associação com picos hipertensivos. Deve-se interromper a gestação imediatamente pela via de parto mais rápida. Questão que aborda paciente em curso de 35 semanas e 2 dias de gestação, que abre quadro de sangramento genital importante, com dor abdominal e sinais de sofrimento fetal (diminuição da percepção de movimentos e queda do BCF abaixo de 110 bpm). Além dessas informações, ao exame físico, foi flagrada hipertensão arterial (150 x 90 mmHg) e hipertonia uterina. Dessa forma, diante do exposto pela questão, é importante lembrar que dentro das causas de sangramento da segunda metade da gestação, encontra-se o descolamento prematuro de placenta. Essa afecção, além de ser compatível com o quadro clínico observado, tem uma relação bastante íntima com hipertensão arterial descontrolada. Ademais, também se relata a presença de sangramento escuro com coágulos, bastante característico de DPP, enquanto que casos de sangramento vermelho vivo são mais associados à placenta prévia. Sendo assim, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: O diagnóstico de DPP é clínico e obtido através da presença de hipertonia uterina, hipertensão arterial e sangramento escuro. Entretanto, alguns casos podem cursar com sangramento oculto. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Nos casos de DPP, a gestação deve ser interrompida, dando-se preferência pela via de parto mais rápida. Como na questão não são citados dados sobre o colo, como a dilatação, não há como saber se a cesárea seria a melhor indicação para essa paciente. ALTERNATIVA C – CORRETA: Como dito anteriormente, é um acometimento que tem uma forte ligação com hipertensão descontrolada na gravidez e a via de parto escolhida deve ser a mais rápida. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Deve-se realizar a estabilização hemodinâmica da paciente e manobras de reanimação fetal intrautero (DLE, suspensão de ocitocina, hidratação venosa, cateter de O2), porém o parto é imediato. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Como supracitado, a gestação deve ser interrompida por via mais rápida, a fim de evitar as complicações da DPP, como o útero de Couvelaire.
(UFPE 2006 ACESSO DIRETO) - O nível de magnésio sérico em mg/dL para uso na pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia com o objetivo de evitar a convulsão é de: A) 1,5 - 2,5. B) 4 - 8. C) 9 - 12. D) 15 - 17.
Letra “B” - 4 - 8. Segundo tabela da ACOG, pode-se observar que o nível sérico de magnésio a ser mantido como proposta terapêutica, com o objetivo de evitar convulsões, em mg/dL, encontra-se entre 5 – 9. Como os valores entre as unidades de mEq/L e mg/dL, uma dica para memorização, objetivando a realização de provas, é que os valores terapêuticos encontram-se entre 4 e 9, dessa forma, as aproximações podem ser realizadas. É possível também notar que a intoxicação por esse elemento ocorre de forma craniocaudal, ou seja, primeiro é observada a perda do reflexo patelar, seguida por abolição de reflexo bicipital, para então ocorrer queda da frequência respiratória e, por fim, parada cardíaca ou coma. Visando a prática clínica, é importante lembrar-se de que os resultados dos exames podem conter alarme de que os níveis de magnésio estão elevados e apresentam risco de parada cardíaca. Entretanto, desde que os valores se mantenham entre 4 e 9, o sulfato de magnésio não deve ser suspenso.