DHG Flashcards

1
Q

SUS-PE - 2010. Uma segunda onda de trofoblástica está ausente (o): A. Placenta prévia. B. Diabetes gestacional. C. Isoimunização. D. Pré-eclâmpsia. E. Gemelaridade.

A

Letra “D” - Pré-eclâmpsia Pergunta direta sobre o tema que, para quem leu sobre fisiopatologia da pré-eclâmpsia, não tem como errar.

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2
Q

SES-PE 2019. São fatores de risco para pré-eclâmpsia todos abaixo citados, EXCETO: A. Tabagismo. B. Gestação múltipla. C. Obesidade. D. Doenças autoimunes. E. Hipertensão crônica.

A

Letra “A” - Tabagismo O tabagismo, por si só, está relacionado com hipoperfusão placentária e hipóxia fetal pelo mecanismo de vasoconstrição, causado pelos componentes do cigarro. Porém, não é considerado fator de risco para pré-eclâmpsia. De acordo com o ACOG, são considerados os principais fatores de risco para o desenvolvimento de PE: Nuliparidade; Gemelaridade; PE em gestação anterior; Hipertensão crônica; Diabetes prévio ou diabetes gestacional; Trombofilia; Lúpus eritematoso sistêmico; Obesidade (IMC > 30); SAAF; Idade materna superior a 35 anos; Doença renal prévia; Reprodução assistida; Apneia do sono. Vale lembrar que a mudança de parceiro, entre duas gestações, faz com que a mãe seja exposta a novos antígenos, provenientes daquele novo material genético. Dessa forma, considerando que a PE é uma afecção imunomediada, alguns autores atribuem o mesmo risco entre a nuliparidade e a gravidez com um parceiro diferente. Dessa forma, diante das assertivas apresentadas, a única que não se apresenta como fator de risco para PE é o tabagismo. Um fato curioso é que algumas fontes consideram o tabagismo como fator protetor, não por substâncias contidas no cigarro, mas pelo perfil mais independente que a mulher tabagista costuma apresentar.

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3
Q

SES-PE 2017. Qual é o diagnóstico quando, na primeira consulta no pré-natal na 18ª semana, é verificado PA 140/90 mmHg e proteína de fita 1+? A. Hipertensão crônica. B. Hipertensão gestacional. C. Pré-eclâmpsia leve. D. Pré-eclâmpsia grave. E. Pré-eclâmpsia superposta.

A

Letra “A” - Hipertensão crônica. Hipertensão arterial diagnosticada antes de 20 semanas de gestação é classificada como hipertensão crônica, mesmo que haja proteinúria.

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4
Q

UNICAMP-SP – 2019. Mulher, 37a, G1P1C0A0, procura orientação para nova gestação. Antecedentes Pessoais: pré-eclâmpsia grave há três anos com 31 semanas de gestação, ficando normotensa no puerpério com suspensão da medicação. Houve normalização da proteinúria dentro de três meses pósparto. A investigação de trombofilias foi negativa. A CONDUTA É PRESCREVER: A. Ácido acetilsalicílico e carbonato de cálcio a partir de 12 semanas. B. Ácido acetilsalicílico e heparina de baixo peso molecular a partir da concepção. C. Vitamina D e carbonato de cálcio desde o período pré-concepcional. D. Ácido fólico e heparina de baixo peso molecular a partir de 12 semanas.

A

Letra “A” - Ácido acetilsalicílico e carbonato de cálcio a partir de 12 semanas. Paciente com história de pré-eclâmpsia grave em gestação anterior tem alto risco de desenvolver pré-eclâmpsia na gestação atual. Por isso, está indicado o uso de AAS como profilaxia na dose de 100-150mg/dia que deve ser iniciado a partir de 12 semanas, além de suplementação de cálcio.

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5
Q

SES-PE – 2009. Assinale a melhor conduta para gestante com hipertensão crônica leve (TA = 140/90mmHg), idade gestacional de 8 semanas e utilizando 50 mg de captopril/dia. A. Aumentar a dose de captopril para 100 mg/dia. B. Diminuir a dose de captopril para 25 mg/dia. C. Substituir o captopril pelo uso de 1 g de alfa-metildopa/dia. D. Substituir o captopril pelo uso de 750mg de alfa-metildopa/dia. E. Suspender o captopril.

A

Letra “E” - Suspender o captopril. os IECA/BRA são categoria D na gestação e, portanto, são contraindicados pelo risco de malformação fetal. Na paciente da questão, não deve ser iniciado anti-hipertensivo nesse momento por se tratar de uma hipertensão crônica leve. Com a progressão da gestação, a tendência é a redução dos níveis pressóricos pelas alterações fisiológicas causadas após a migração trofoblástica completa.

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6
Q

SES-PE – 2015. A toxemia gravídica é a condição mórbida obstétrica, que costuma ocorrer após 20 semanas de gravidez e se caracteriza por hipertensão arterial e proteinúria. A conduta adotada vai depender da gravidade do quadro. Assim, temos o seguinte caso: Primigesta, 20 anos, 38 semanas, queixando-se de “dor na boca do estômago” e “pontinhos brilhantes” na vista. O exame clínico revela quadro de anasarca. PA: 190 x 130 mmHg e reflexos tendinosos facilmente percebidos. Ausência de atividade uterina. Movimentos fetais esparsos e BCF: 148 bpm. Proteinúria de fita: 3+. Ao toque vaginal: colo dilatado 3 cm, 60% e centralizando-se. Qual é a conduta adequada? A. Operação cesariana imediata. B. Internamento hospitalar e iniciar alfametildopa 750 mg/dia, podendo associar um betabloqueador seletivo, se os níveis pressóricos não melhorarem nas primeiras 24 horas. C. Administração de sulfato de magnésio, via intramuscular ou intravenosa, seguido do uso de nifedipina e observação da evolução do quadro nas próximas 48 horas por não se tratar de uma emergência obstétrica. D. Utilização de benzodiazepínicos para prevenção das convulsões típicas da eclâmpsia e indução com ocitocina. E. Administração de sulfato de magnésio intravenoso, por se tratar de uma iminência de eclâmpsia, seguido de hipotensor como hidralazina e indução do parto após estabilização do quadro.

A

Letra “E” - Administração de sulfato de magnésio intravenoso, por se tratar de uma iminência de eclâmpsia, seguido de hipotensor como hidralazina e indução do parto após estabilização do quadro. Nesta questão, estamos diante de um caso de pré-eclâmpsia grave associada a sinais de iminência de eclâmpsia, o que caracteriza uma emergência obstétrica. Diante desse quadro clínico, está mais do que indicado o início de sulfato de magnésio intravenoso para prevenção de crises convulsivas e a utilização de um hipotensor intravenoso, já que os níveis pressóricos estão acima de 160x110 mmHg. A letra A está incorreta, pois a interrupção da gestação não deve ser feita antes da estabilização clínica materna e fetal. Na letra B, a paciente realmente tem critério para internação hospitalar, porém a ação da alfametildopa não é imediata, por isso, seu uso não é indicado na crise hipertensiva. Além disso, o betabloqueador não deve ser usado como primeira escolha. A letra C está errada porque se deve interromper essa gestação assim que houver a estabilização do quadro. A letra D está errada porque o sulfato de magnésio é a droga de escolha.

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7
Q

UFPB – 2016. Sobre a doença hipertensiva específica da gestação: A) Muitos são os testes clínicos, bioquímicos e biofísicos para a predição da pré-eclâmpsia. Entre eles, o mais utilizado é o estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas através da análise do índice de pulsatilidade desses vasos. Sua maior utilidade reside em seu elevado valor preditivo negativo. B) Dentre as alterações anatomopatológicas renais na mulher com pré-eclâmpsia, é possível identificar lesões glomerulares, tubulares e vasculares, sendo a primeira mais característica. C) O tratamento das complicações hipertensivas agudas da pré-eclâmpsia incluem e objetiva: uso de hidralazina 5 mg, intravenoso e redução dos níveis pressóricos em 20 - 30%, quando associado a iminência de eclâmpsia, usa-se o sulfato de magnésio em esquemas intramuscular ou intravenoso. Está(ão) correto(s) o(s) item(ns): A. Apenas A e C. B. Apenas A e B. C. Apenas C e B. D. Apenas C. E. Todos os itens.

A

Letra “E” - Todos os itens O doppler das artérias uterinas é um dos fatores de predição para pré-eclâmpsia. Alterações na pulsatilidade desses vasos podem indicar predisposição ao desenvolvimento da doença. Na pré-eclâmpsia já instalada, a lesão de órgão-alvo mais característica é a glomeruloendoteliose. Na vigência de crise hipertensiva, está indicado o uso de agente hipotensor intravenoso. A droga de escolha é a hidralazina.

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8
Q

(SES-PE 2011 R4 GO) - Qual dos sais minerais apresentados abaixo que, através de sua reposição durante a gravidez, pode diminuir a chance do surgimento de pré-eclâmpsia? A) Fósforo B) Cálcio C) Ferro D) Cobre E) Magnésio

A

Letra “B” - Cálcio Em pacientes gestantes, que possuem baixa ingesta do elemento, a reposição de cálcio pode ser indicada como uma forma de prevenção à Pré-Eclâmpsia, realizando-se 1,5 a 2 gramas por dia. Outras substâncias que também podem ser administradas, visando à profilaxia ao desenvolvimento de PE são: AAS em baixas doses (75 a 150 mg/ dia), caso sejam flagrados fatores de risco para a afecção; Enoxaparina (0,5 a 1,0 mg/ dia), quando existe trombofilia. Vale salientar que fatores antioxidantes (vitaminas C, D e E), dieta com restrição de sal e repouso absoluto não são contribuintes, cientificamente comprovados, para a prevenção da doença.

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9
Q

(SES-PE 2017 R4 GO) - Com quantas semanas após o parto, a hipertensão gestacional é reclassificada como hipertensão transitória ou hipertensão crônica? A) 4 B) 6 C) 8 D) 10 E) 12

A

Letra “E” - 12 Durante a gestação, a mulher pode desenvolver quatro principais síndromes hipertensivas: hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão crônica e pré-eclâmpsia sobreposta. A hipertensão gestacional é caracterizada por parecer após 20 semanas de gestação, apresentando-se apenas por elevação da pressão arterial, sem a presença de outros contribuintes, como a proteinúria. A pré-eclâmpsia é observada como a elevação da pressão arterial, também após 20 semanas de gestação, porém associada à proteinúria significativa OU comprometimento sistêmico ou lesão de órgão-alvo. A hipertensão crônica, em geral, é relata pela paciente, como um quadro anterior à gestação, ou é flagrada por aumento da pressão arterial antes das 20 semanas de gestação, em uma gravidez normal. No caso da pré-eclâmpsia sobreposta, existe uma piora de quadro hipertensivo prévio da paciente, após 20 semanas de gestação, com surgimento ou piora de proteinúria e/ou lesão de órgão alvo. Vale lembrar que, para confirmar o diagnóstico da hipertensão gestacional (transitória em relação à gravidez), os níveis pressóricos da paciente devem ser normalizados até 12 SEMANAS, após o parto. Caso a mulher mantenha o padrão hipertensivo, sem conhecimento prévio de aumento de PA antes da gestação, pode-se realizar o diagnóstico de hipertensão crônica, entretanto com o acometimento tendo sido flagrado, apenas, após 20 semanas de gestação.

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10
Q

(SES-PE 2017 R4 GO) - Todos abaixo são critérios para diagnóstico de pré-eclâmpsia grave, EXCETO A) oligúria. B) distúrbios visuais. C) ácido úrico elevado. D) creatinina elevada. E) plaquetopenia.

A

Letra “C” - Ácido úrico elevado Vale lembrar que a classificação de “PE grave” não é mais utilizada, sendo, atualmente, denominada PE com sinais de gravidade (PE com sinais/sintomas de deterioração clínica). Os principais sinais de gravidade são: Crise hipertensiva, caracterizada por PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg; Sinais de iminência de eclampsia: -SNC – cefaleia (sem resposta a analgésicos), fotofobia, escótomas, hiperreflexia. -Hepáticos – náuseas/vômitos, dor epigástrica ou em hipocôndrio direito. Desenvolvimento de eclâmpsia; Síndrome HELLP: -Hemólise – Esquizócitos e/ou DHL > 600 e/ou BI > 1,2 mg/dL; -Elevação de enzimas hepáticas > 2x LSN; -Plaquetopenia < 100 mil. Oligúria < 500 mL/24 horas; IRA; Dor torácica; Edema Agudo de Pulmão. Dessa forma, diante das assertivas apresentadas, a única que não se apresenta como sinal de gravidade para PE é a elevação de ácido úrico. Esse achado tem um valor preditivo positivo importante para DESENVOLVIMENTO de PE, quando se encontra com valores acima de 6 mg/dL.

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11
Q

(SES-PE 2019 R4 GO) - Existem fortes evidências de que o sulfato de magnésio, quando utilizado no parto prematuro, exerce proteção contra A) cardiopatias. B) neuropatias. C) pneumopatias. D) nefropatias. E) enteropatias.

A

Letra “B” - Neuropatias Considerando o risco de prematuridade, administra-se à paciente entre 24 e 32 semanas incompletas (31 semanas e 6 dias), o sulfato de magnésio, a fim de prevenir paralisia cerebral e outros acometimentos do SNC. O esquema é realizado na mesma dosagem do tratamento da paciente com iminência de eclâmpsia, com 4 a 6 gramas, em seis horas.

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12
Q

(SES-PE 2017 R4 GO) - Qual dos anti-hipertensivos abaixo é muito utilizado no tratamento da pré-eclâmpsia grave, embora NÃO seja recomendado como agente isolado no tratamento da hipertensão crônica? A) Nifedipino B) Labetalol C) Metildopa D) Hidralazina E) Pindolol

A

Letra “D” - Hidralazina O tratamento da crise hipertensiva, na pré-eclâmpsia com hipertensão arterial sistêmica classificada como grave (PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg), é baseado no uso de duas drogas principais: a hidralazina é um vasodilatador direto responsável por gerar diminuição da resistência periférica, sendo esse mesmo efeito obtido pelo nifedipino, por ser um bloqueador dos canais de cálcio. Esse último medicamento é largamente utilizado no tratamento da hipertensão crônica, assim como os demais bloqueadores dos canais de cálcio, diferente da hidralazina, por conta do risco de hipotensão súbita com taquicardia reflexa. ALTERNATIVA D – CORRETA. Vale salientar que o labetalol também é utilizado nas crises hipertensivas da PE, mas não é disponibilizado no Brasil.

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13
Q

(SES-PE 2013.2 ACESSO DIRETO) - Primigesta de 19 anos, atendida em consulta de rotina na 33ª semana de gravidez com pressão arterial de 150 x 95 mmHg. Proteinúria de fita de 2+. Níveis tensionais no primeiro trimestre = 120 x 70 mmHg. No momento da consulta, encontra-se assintomática. A pressão se mantém nos mesmos níveis, mesmo depois do repouso. A hipótese diagnóstica mais provável é: A) Pré-eclâmpsia leve. B) Pré-eclâmpsia grave. C) Hipertensão gestacional. D) Pré-eclâmpsia superposta. E) Iminência de eclâmpsia.

A

Letra “A” - Pré-eclâmpsia leve. Durante a gestação, a mulher pode desenvolver quatro principais síndromes hipertensivas: hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão crônica e pré-eclâmpsia sobreposta. A hipertensão gestacional é caracterizada por aparecer após 20 semanas de gestação, apresentando-se apenas por elevação da pressão arterial, sem a presença de outros contribuintes, como a proteinúria, além de desaparecer em até 12 semanas após o parto. A pré-eclâmpsia é observada como a elevação da pressão arterial, também após 20 semanas de gestação, porém associada à proteinúria significativa OU comprometimento sistêmico ou lesão de órgão-alvo. A hipertensão crônica, em geral, é relata pela paciente, como um quadro anterior à gestação, ou é flagrada por aumento da pressão arterial antes das 20 semanas de gestação, em uma gravidez normal. No caso da pré-eclâmpsia sobreposta, existe uma piora de quadro hipertensivo prévio da paciente, após 20 semanas de gestação, com surgimento ou piora de proteinúria e/ou lesão de órgão alvo. Como a questão apresenta uma paciente previamente normotensa, que desenvolve quadro de hipertensão, com surgimento de proteinúria, pode-se diagnosticar a pré-eclâmpsia. Além disso, não são citados comemorativos que indiquem a presença de sinais de deterioração clínica (gravidade), como epigastralgia, cefaleia, escótomas ou outras alterações visuais, crise hipertensiva (caracterizada por PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg), plaquetopenia, insuficiência renal, entre outros. Sendo assim, pode ser classificada como pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade, portanto, ALTERNATIVA A – CORRETA.

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14
Q

(SUS-SP 2016 ACESSO DIRETO) - Primigesta de 33 anos, 35 2/7 semanas, procura pronto atendimento por quadro de sangramento genital importante e intensa dor abdominal. Refere, ainda, diminuição da movimentação fetal. Ao exame físico: bom estado geral, descorada 2+/4+, PA: 150 x 90 mmHg, FC: 100 bpm. Abdome gravídico, BCF: 108 bpm, tônus uterino aumentado, dinâmica uterina presente com 4 contrações fortes em 10 minutos. OGE: sangramento escuro com coágulos em moderada quantidade exteriorizado pelo canal vaginal. Esta patologia obstétrica: A) Deve ter diagnóstico confirmado com um exame ultrassonográfico. O toque vaginal é contraindicado. B) Tem diagnóstico clínico. Deve-se realizar cesárea imediatamente. C) Tem grande associação com picos hipertensivos. Deve-se interromper a gestação imediatamente pela via de parto mais rápida. D) Faz necessário estabilização hemodinâmica da paciente e estabelecer manobras de reanimação fetal intraútero. Somente considerar parto se não houver resposta às manobras. E) Deve-se manter paciente em observação com monitorização fetal com cardiotocografia contínua.

A

Letra “C” - Tem grande associação com picos hipertensivos. Deve-se interromper a gestação imediatamente pela via de parto mais rápida. Questão que aborda paciente em curso de 35 semanas e 2 dias de gestação, que abre quadro de sangramento genital importante, com dor abdominal e sinais de sofrimento fetal (diminuição da percepção de movimentos e queda do BCF abaixo de 110 bpm). Além dessas informações, ao exame físico, foi flagrada hipertensão arterial (150 x 90 mmHg) e hipertonia uterina. Dessa forma, diante do exposto pela questão, é importante lembrar que dentro das causas de sangramento da segunda metade da gestação, encontra-se o descolamento prematuro de placenta. Essa afecção, além de ser compatível com o quadro clínico observado, tem uma relação bastante íntima com hipertensão arterial descontrolada. Ademais, também se relata a presença de sangramento escuro com coágulos, bastante característico de DPP, enquanto que casos de sangramento vermelho vivo são mais associados à placenta prévia. Sendo assim, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: O diagnóstico de DPP é clínico e obtido através da presença de hipertonia uterina, hipertensão arterial e sangramento escuro. Entretanto, alguns casos podem cursar com sangramento oculto. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Nos casos de DPP, a gestação deve ser interrompida, dando-se preferência pela via de parto mais rápida. Como na questão não são citados dados sobre o colo, como a dilatação, não há como saber se a cesárea seria a melhor indicação para essa paciente. ALTERNATIVA C – CORRETA: Como dito anteriormente, é um acometimento que tem uma forte ligação com hipertensão descontrolada na gravidez e a via de parto escolhida deve ser a mais rápida. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Deve-se realizar a estabilização hemodinâmica da paciente e manobras de reanimação fetal intrautero (DLE, suspensão de ocitocina, hidratação venosa, cateter de O2), porém o parto é imediato. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Como supracitado, a gestação deve ser interrompida por via mais rápida, a fim de evitar as complicações da DPP, como o útero de Couvelaire.

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15
Q

(UFPE 2006 ACESSO DIRETO) - O nível de magnésio sérico em mg/dL para uso na pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia com o objetivo de evitar a convulsão é de: A) 1,5 - 2,5. B) 4 - 8. C) 9 - 12. D) 15 - 17.

A

Letra “B” - 4 - 8. Segundo tabela da ACOG, pode-se observar que o nível sérico de magnésio a ser mantido como proposta terapêutica, com o objetivo de evitar convulsões, em mg/dL, encontra-se entre 5 – 9. Como os valores entre as unidades de mEq/L e mg/dL, uma dica para memorização, objetivando a realização de provas, é que os valores terapêuticos encontram-se entre 4 e 9, dessa forma, as aproximações podem ser realizadas. É possível também notar que a intoxicação por esse elemento ocorre de forma craniocaudal, ou seja, primeiro é observada a perda do reflexo patelar, seguida por abolição de reflexo bicipital, para então ocorrer queda da frequência respiratória e, por fim, parada cardíaca ou coma. Visando a prática clínica, é importante lembrar-se de que os resultados dos exames podem conter alarme de que os níveis de magnésio estão elevados e apresentam risco de parada cardíaca. Entretanto, desde que os valores se mantenham entre 4 e 9, o sulfato de magnésio não deve ser suspenso.

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16
Q

(UFPE 2012 ACESSO DIRETO) - Responde como principal indicação obstétrica para o parto prematuro: A) Sofrimento fetal. B) Pré-eclâmpsia. C) Crescimento intrauterino restrito. D) Descolamento prematuro de placenta.

A

Letra “B” - Pré-eclâmpsia Embora todas as assertivas representem causas importantes de prematuridade, a pré-eclâmpsia ocupa o primeiro lugar, sendo as síndromes hipertensivas, também, a maior causa de mortalidade materna no Brasil.

17
Q

(UFPE 2013 ACESSO DIRETO) - Que alteração é frequentemente encontrada no exame de fundo de olho em paciente com pré-eclâmpsia? A) Hemorragia. B) Edema. C) Exsudato. D) Espasmo de arteríolas retinianas.

A

Letra “D” - Espasmo de arteríolas retinianas. À fundoscopia de olho, de paciente portadora de pré-eclâmpsia, a característica mais frequente a ser observada é o estreitamento, ou vasoespasmo, das arteríolas retinianas. Entretanto, vale salientar que esse achado não é suficiente para realização de diagnóstico diferencial, visto que também corresponde à principal alteração retiniana da hipertensão crônica, por exemplo. Outras alterações que também podem ser encontradas nesse exame, em pacientes com PE, são hemorragias, formação de exsudatos, edema e secreções, que podem levar ao descolamento seroso da retina.

18
Q

(UNICAMP 2005 ACESSO DIRETO) - Mulher, 33 anos, G4A3, IG= 29 semanas, portadora de lúpus eritematoso sistêmico, em uso de 40 mg de prednisona. Edema acentuado que vem se agravando há uma semana e redução da movimentação fetal. Exame físico: PA= 160 x 105 mmHg, AU= 25 cm, BCF 156 bpm, reflexos patelares normais. Exames laboratoriais: fita urinária= proteína 4+/4+, FAN positivo (1/20) padrão pontilhado fino; complemento normal (frações C3 e C4). A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E CONDUTA MAIS APROPRIADAS PARA ESSE CASO SÃO: A) Lúpus em atividade. Controle da PA e vigilância da vitalidade fetal. B) Lúpus com provável pré-eclâmpsia. Controle da PA, corticoterapia para maturação pulmonar fetal e vigilância da vitalidade fetal. C) Lúpus com síndrome anti-fosfolípide (SAAF) confirmada e pré-eclâmpsia. Controle da PA, introdução de heparina e vigilância da vitalidade fetal. D) Lúpus em atividade e SAAF. Pela restrição de crescimento, indicada resolução da gestação. E) Lúpus em atividade e pré-eclâmpsia grave. Indicada interrupção terapêutica da gestação.

A

Letra “B” - Lúpus com provável pré-eclâmpsia. Controle da PA, corticoterapia para maturação pulmonar fetal e vigilância da vitalidade fetal. Questão que aborda paciente portadora de lúpus eritematoso sistêmico, em vigência da vigésima nona semana, de sua quarta gestação, tendo três abortos prévios, com queixa de edema progressivo e diminuição da percepção de movimentação fetal. Ao exame, pode-se observar hipertensão (160 x 105 mmHg), altura de fundo uterino menor que a esperada para idade gestacional e batimentos fetais no limite superior da normalidade. É importante lembrar que, após 22 semanas de gestação, em geral, existe uma compatibilidade entre a idade gestacional e a altura de fundo uterino, podendo-se variar de um a dois centímetros. Entretanto, para uma paciente com 29 semanas, a AFU de 25 cm, aponta para provável crescimento intrauterino restrito ou oligodrâmnio. Ainda sobre o caso, exames laboratoriais revelam proteinúria, positividade para o FAN e ausência de alterações no complemento. Sobre as informações do caso, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: O enunciado não fornece informações suficientes para garantir que o lúpus da paciente está em atividade. ALTERNATIVA B – CORRETA: A paciente apresenta lúpus e desenvolveu quadro de pré-eclâmpsia com sinais de gravidade. Dessa forma, é necessário realizar o controle da PA, para interromper a progressão do quadro, além de avaliar a vitalidade fetal, antes de definir a conduta. Se ao USG for observada RCIU, porém sem alterações ao doppler, a gestação não precisa ser interrompida. De qualquer forma, pela ameaça de prematuridade e, como ainda se encontra em 29 semanas, o feto é candidato à realização de corticoterapia, para auxílio da maturação pulmonar. ALTERNATIVA C – INCORRETA: Embora a questão apresente um dos critérios clínicos para SAAF (os abortamentos), não há critérios laboratoriais suficientes para certificar o diagnóstico. Além disso, a administração de heparina não é uma das melhores condutas, visto que, se houver necessidade da interrupção do parto, é melhor que a paciente não esteja em uso. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Além das informações contidas no enunciado não serem suficientes para garantir a atividade da doença de base ou o diagnóstico de SAAF, a observação de RCIU, por si só, não é indicativa de interrupção da gravidez. Nesse caso deveria ser realizada uma dopplervelocimetria para avaliação da vitalidade fetal. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Como dito anteriormente, no enunciado não há informações suficientes para garantir a atividade da doença de base

19
Q

(UNICAMP 2015 ACESSO DIRETO) - Mulher, 19 anos, com pré-natal adequado e níveis pressóricos normais evoluiu para parto normal a termo, sem intercorrências. No alojamento conjunto, após 18 horas do parto, a paciente apresentou convulsão tonico-clônica generalizada. QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E AS CONDUTAS? A) Eclâmpsia atípica; iniciar fenitoína endovenosa e solicitar exame de imagem. B) Eclâmpsia puerperal; iniciar sulfato de magnésio e avaliação laboratorial. C) Eclâmpsia atípica; iniciar sulfato de magnésio e solicitar avaliação do neurologista. D) Eclâmpsia puerperal; iniciar benzodiazepínico e solicitar exame de imagem.

A

Letra “B” - Eclâmpsia puerperal; iniciar sulfato de magnésio e avaliação laboratorial. Crise convulsiva tônico-clônico generalizada, ocorrendo dentro das primeiras 24 horas no pós-parto, deve ser considerada como eclâmpsia. Vale lembrar, que esse acometimento pode ocorrer durante toda a fase de gestação, incluindo o puerpério. Dessa forma, o tratamento também é realizado através da administração de sulfato de magnésio, que deve ser mantido até 24 horas após o parto OU após o último episódio convulsivo. Além disso, é importante avaliar os exames laboratoriais da paciente, a fim de evitar o desenvolvimento para uma síndrome HELLP e auxiliar no diagnóstico diferencial.

20
Q

(UNICAMP 2017.2 ACESSO DIRETO) - Mulher, 35a, G3P2A0C0, idade gestacional de 11 semanas procura a unidade básica de saúde para iniciar pré-natal. Refere ser hipertensa crônica em uso de captopril 50 mg ao dia. Exame físico: PA= 130 x 90 mmHg, Peso= 85 Kg, altura= 1,52 m; Membros: ausência de edema; Exame ginecológico: compatível com a idade gestacional. A CONDUTA É: A) Suspender a medicação anti-hipertensiva; iniciar aspirina e orientar controle da pressão arterial. B) Trocar para alfa metil dopa; iniciar aspirina e carbonato de cálcio; solicitar exames de avaliação da hipertensão. C) Manter o anti-hipertensivo; iniciar carbonato de cálcio e solicitar exames de avaliação da hipertensão. D) Internar para controle da pressão arterial, realização de exames de avaliação da hipertensão e iniciar alfa metil dopa.

A

Letra “B” - Trocar para alfa metil dopa; iniciar aspirina e carbonato de cálcio; solicitar exames de avaliação da hipertensão. Questão que apresenta paciente de 35 anos, em curso da décima primeira semana de terceira gestação, previamente hipertensa, mantendo o estado de hipertensão durante a gestação (130 x 90 mmHg), que também apresenta obesidade (IMC > 30). Como tratamento da paciente vinha sendo realizado com IECA, droga associada a complicações da gestação e malformação renal fetal, deve-se optar pela substituição da terapia anti-hipertensiva. Para tal, uma boa indicação é o alfa-2-agonista de ação central, metildopa. Além disso, como é relatada a presença de fatores de risco para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia (hipertensão prévia e obesidade), existe benefício na profilaxia dessa afecção. Esta pode ser realizada através da administração de baixas doses de AAS 75 a 150 mg/dia. Outra medida é a reposição de cálcio, visto que, quando realizada em populações com baixa ingesta do mineral, o risco para desenvolvimento de PE pode ser reduzido em até 78%. Por fim, é necessária a solicitação de exames para avaliação da hipertensão da paciente.

21
Q

Primigesta, 16a, apresenta os seguintes dados no cartão de pré-natal: O DIAGNÓSTICO É

A) Hipertensão arterial crônica, restrição de crescimento e óbito fetal.

B) Pré-eclâmpsia, restrição de crescimento e óbito fetal.

C) Pré-eclâmpsia complicada com iminência de eclampsia e óbito fetal.

D) Hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e óbito fetal.

A

Letra “B” - Pré-eclâmpsia, restrição de crescimento e óbito fetal.

Através da análise do cartão de pré-natal da gestante, pode-se observar que a primeira consulta foi realizada um pouco mais tarde, na décima segunda semana, porém, até então, apresentava níveis pressóricos normais e altura de fundo uterino compatível com a idade gestacional. Na terceira consulta, é possível observar que a paciente ganhou uma quantidade mais importante de peso, embora ainda se mantivesse normotensa, e a altura de fundo apresentava-se um pouco reduzida, bastante próxima, do limite inferior esperado. É importante lembrar que, após 22 semanas de gestação, em geral, existe uma compatibilidade entre a idade gestacional e a altura de fundo uterino, podendo-se variar de um a dois centímetros. A partir da quarta consulta, observa-se manutenção no ganho de massa, porém, nesse momento, com flagra de elevação na pressão arterial (PAS de 90 mmHg). Além disso, nota-se intensificação na restrição de crescimento uterino, que passou a ser de 4 centímetros do esperado. Na última consulta, observa-se que a elevação da pressão arterial mostrou ainda mais importante, bem como a restrição do crescimento uterino e o aumento do edema. Foi notificada também a ausência de batimentos fetais, que aponta para provável óbito fetal. Diante do exposto, seguem as assertivas.

ALTERNATIVA A – INCORRETA: Como a paciente se apresentava normotensa no início da gestação, o diagnóstico de hipertensão arterial cônica é afastado.

ALTERNATIVA B – CORRETA: Embora a questão não traga dados sobre proteinúria, o aumento importante do edema reflete o extravasamento de líquido para o terceiro espaço, que pode estar associado a perda proteica através da urina. Além disso, o crescimento uterino restrito apresentado, sem outras explicações, pode estar relacionado a comprometimento placentário. Ambas essas características, em conjunto com a elevação da PA após 20 semanas de gestação, contribuem para o diagnóstico de provável PE. Por fim, como supracitado, as informações contidas no cartão apontam para RCIU e óbito fetal, observado na ultima consulta.

ALTERNATIVA C – INCORRETA: Embora seja provável o diagnóstico de pré-eclâmpsia, não são apresentados sinais de iminência de eclâmpsia, como cefaleia ou escótomas.

ALTERNATIVA D – INCORRETA: Como dito anteriormente, o diagnóstico de HAS crônica está afastado.

22
Q

(UNICAMP 2018 ACESSO DIRETO) - Mulher, 23a, primigesta, chega à unidade de pronto atendimento obstétrico com queixa de cefaleia. Idade gestacional de 35 semanas 4 dias por ecografia de 12 semanas. Antecedente pessoal: de pré-eclâmpsia. Em uso de 1g/dia de alfa metil dopa. Exame físico: PA= 160x110 mmHg; FC= 90 bpm; exame obstétrico: altura uterina= 33cm, BCF= 144bpm, reflexos normais. Proteinúria de 24horas= 2g/L. Cardiotocografia basal: normal. Ultrassonografia obstétrica: feto com biometria de 33 semanas, placenta grau III, Índice de líquido amniótico de 35mm (normal de 80 a 180mm) e peso fetal estimado de 2200gramas. A CONDUTA É:

A) Internação para controle da pressão arterial, com inibidores da enzima conversora de angiotensina, corticoterapia para maturação pulmonar e avaliação diária da vitalidade fetal.

B) Internação para controle da pressão arterial, vigilância fetal e programação do parto.

C) Aumento da dose de alfa metil dopa e retorno em 24 horas para realização dopplerfluxometria.

D) Internação para vigilância da vitalidade fetal com realização de dopplerfluxometria.

A

Letra “B” - Internação para controle da pressão arterial, vigilância fetal e programação do parto.

Questão que aborda paciente de 23 anos, em curso de 35 semanas e 4 dias de sua primeira gestação, com queixa de cefaleia, associada a elevação da PA (160×110 mmHg) e história pessoal de pré-eclâmpsia. Dessa forma, fica claro que a paciente está evoluindo com uma crise hipertensiva (caracterizada por PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg), apresentando a cefaleia como outro sinal de gravidade. Ao exame físico, observa-se que não há presença de RCIU, lembrando que após 22 semanas de gestação, em geral, existe uma compatibilidade entre a idade gestacional e a altura de fundo uterino, podendo-se variar de um a dois centímetros. Exames complementares demonstram proteinúria, de 24 horas, significativa, ou seja, maior que 300 mg, sendo padrão-ouro para avaliação da presença de PE, por esse parâmetro. Outras formas de avaliar a excreção urinária de proteína da gestante incluem a proteinúria de fita (labstix) e a relação albumina/creatinina, quando maior que 0,3, na urina. À USG obstétrica, observou-se presença de oligoâmnio e restrição de crescimento uterino. Dessa forma, como paciente apresenta pré-eclâmpsia com sinais de deterioração clínica e idade gestacional superior a 34 semanas, a melhor conduta é internação para programação de interrupção da gestação, após estabilização da PA, mantendo-se sempre a vigilância materno-fetal.

23
Q

(USPRP 2018 ACESSO DIRETO) - Primigesta, 16 anos, 32 semanas de gestação, comparece ao Centro Obstétrico, assintomática, com pressão arterial de 170x110mmHg, havendo redução para 140x90mmHg após 30 minutos de decúbito lateral esquerdo. Paciente foi mantida em observação por 2 horas e na reavaliação apresentava pressão arterial de 150x100mmHg, assintomática. Exames laboratoriais: 13,3g/dl; hematócrito: 42%; contagem de plaquetas: 85 000/mm3; TGO: 25U/L; Urina I: normal, ausência de proteinúria; Ureia : 28mg/dl; Creatinina: 0,9mg/dl. Qual é o diagnóstico do quadro hipertensivo desta gestante?

A) Crise hipertensiva na gestação.

B) Hipertensão arterial crônica.

C) Hipertensão arterial gestacional.

D) Pré-eclampsia.

A

Letra “D” - Pré-eclâmpsia

Questão que aborda gestante de 32 semanas, com síndrome hipertensiva oscilante, iniciando com crise de 170 x 110 mmHg, que reduziu após DLE (140×90 mmHg) e voltou a aumentar em reavaliação (150×100 mmHg), após duas horas. Embora estivesse assintomática durante toda a evolução do quadro, exame laboratorial flagrou a presença de plaquetopenia de 85 mil células. Dessa forma, paciente que apresenta, durante a gestação, elevação da pressão arterial com comprometimento sistêmico, como a plaquetopenia (< 100 mil) ou lesão de órgão alvo, deve receber o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Vale lembrar que a redução na contagem de plaquetas não só auxilia o diagnóstico, mas também é apontado como sinal de gravidade.

24
Q

(HCE-RJ 2016 ACESSO DIRETO) - Qual é a droga de eleição para o tratamento e prevenção de crises convulsivas nos quadros de eclampsia?

A) Fenitoína.

B) Sulfato de magnésio.

C) Diazepam.

D) Fenobarbital.

E) Gluconato de cálcio.

A

Letra “B” - Sulfato de Magnésio

O tratamento e a prevenção de crises convulsivas nos casos de eclâmpsia são realizados através da administração do sulfato de magnésio. ALTERNATIVA B – CORRETA. Vale lembrar que em pacientes que apresentam crises refratárias a essa medida, está indicada a administração de fenitoína em bomba (hidantalização) e a investigação de complicações cerebrais, através de exame de imagem.

25
Q

(SES-PE 2012 R4 GO) - No tratamento da depressão respiratória pelo sulfato de magnésio nos casos de pré-eclâmpsia grave e eclâmpsia, utiliza-se

A) Meperidina.

B) Dopamina.

C) Ácido valproico.

D) Gluconato de cálcio.

E) Carbonato de lítio.

A

Letra “D” - Gluconato de Cálcio

Questão bastante conceitual e direta a respeito da reversão da depressão respiratória, por impregnação de sulfato de magnésio, que deve ser realizada através da administração de gluconato de cálcio 10%.

26
Q

(SES-PE 2014 R4 GO) - Gestante na 18a semana apresentava TA=140X90mmg e proteinúria negativa. Na 32a semana, passa a apresentar TA= 150X100mmg, proteinúria positiva (++/4), aspartato aminotransferse (AST) = 28 U/l, plaquetas = 180.000/mm3 e bilirrubina total = 0,9mg%. Qual deve ser o diagnóstico?

A) Hipertensão crônica.

B) Pré-eclâmpsia superposta.

C) Pré-eclâmpsia leve.

D) Pré-eclâmpsia grave.

E) Síndrome HELLP.

A

Letra “B” - Pré-eclâmpsia superposta.

O diagnóstico de pré-eclâmpsia sobreposta é realizado quando existe uma piora de quadro hipertensivo prévio da paciente, após 20 semanas de gestação, com SURGIMENTO OU PIORA de proteinúria e/ou lesão de órgão alvo. ALTERNATIVA B – CORRETA. Como a questão apresenta os exames laboratoriais da paciente, embora eles não apresentem alterações, é importante frisar o diagnóstico diferencial com a síndrome HELLP, que seria obtido através da observação de: Hemólise – Esquizócitos e/ou DHL > 600 e/ou BI > 1,2 mg/dL; Elevação de enzimas hepáticas > 2x LSN; Plaquetopenia < 100 mil.

27
Q

(SES-PE 2017 R4 GO) - A partir de quantas semanas, deve-se indicar a interrupção da gestação nos casos de pré-eclâmpsia grave?

A) 34

B) 35

C) 36

D) 37

E) 38

A

Letra “A” - 34

Pacientes que apresentam, durante a gestação, qualquer uma das quatro síndromes hipertensivas (hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão crônica e pré-eclâmpsia sobreposta) devem ter a gestação interrompida, ao alcançar o termo (37 semanas). Entretanto, para aquelas que desenvolvem sinais de gravidade na pré-eclâmpsia, esse período é antecipado para 34 semanas. ALTERNATIVA A – CORRETA. Vale lembrar que, alguns autores, quando tratam especificamente da hipertensão crônica, defendem o prolongamento da gestação até 38 ou 39 semanas. Mas a título de prova, em geral, síndromes hipertensivas na gestação, sem sinais de gravidade, constituem critério para interrupção com a chegada do período de termo, como dito anteriormente.

28
Q

(SES-PE 2019.2 R4 GO) - Gestante de 30 anos, G2P2 (partos vaginais), no curso de 36 semanas de gravidez (DUM), chega à maternidade com quadro de cefaleia bitemporal há algumas horas. Ao exame: dinâmica uterina ausente, movimentação fetal presente com BCF 140 bpm (QIE). PA=160 X 110 mmHg. Traz exames consigo que revelam: equinócitos; razão ptn/cr de 0,9; TGO 100; plaquetas 55.000; creatinina sérica de 2,0. De acordo com o cenário acima, qual a melhor conduta?

A) Corticoterapia, MgSO4, interrupção com 37 semanas por via alta.

B) MgSO4, administrar plaquetas, nifedipina e interrupção imediata.

C) Administrar plaquetas, corticoides, MgSO4 e indução com 40 semanas.

D) Corticoterapia, nifedipina, administrar plaquetas e interrupção imediata.

E) Iniciar nifedipina, administrar MgSO4 e promover indução do parto.

A

Letra “E” - Iniciar nifedipina, administrar MgSO4 e promover indução do parto.

Questão que aborda paciente que desenvolveu quadro de síndrome HELLP, caracterizado por: Hemólise – Esquizócitos e/ou DHL > 600 e/ou BI > 1,2 mg/dL; Elevação de enzimas hepáticas > 2x LSN; Plaquetopenia < 100 mil. Vale lembrar que nesses casos, a interrupção da gestação deve ser realizada, independente do período em que se encontra, visando à preservação da vida materna. Dessa forma, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Não há necessidade da realização de corticoterapia, visto que já passou o período de maturação pulmonar fetal (24 a 34 semanas). Além disso, a interrupção da gestação deve ser imediata. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Não há indicação de realização de reposição de plaquetas, visto que a paciente não apresenta sangramentos e a contagem de células é superior a 50 mil. Vale salientar, que quando indicado, o procedimento é realizado administrando-se uma unidade para cada 10 kg da gestante. ALTERNATIVA C – INCORRETA: Como dito anteriormente, não se deve realizar corticoterapia ou reposição de plaquetas e a interrupção deve ser imediata. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Apresenta os mesmos erros de alternativas anteriores. ALTERNATIVA E – CORRETA: Deve-se realizar nifedipino, para controle pressórico, a fim de evitar complicações, bem como o sulfato de magnésio, para prevenção de convulsões. Além disso, a indução do parto deve ser imediata e como a paciente tem história prévia de dois partos vaginais, essa via pode ser a indicada.

29
Q

(UFPB 2016 ACESSO DIRETO) - Sobre a doença hipertensiva específica da gestação:

A) Muitos são os testes clínicos, bioquímicos e biofísicos para a predição da pré-eclâmpsia. Entre eles, o mais utilizado é o estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas através da análise do índice de pulsatilidade desses vasos. Sua maior utilidade reside em seu elevado valor preditivo negativo.

B) Dentra as alterações anatomopatológicas renais na mulher com pré-eclâmpsia, é possível identificar lesões glomerulares, tubulares e vasculares, sendo a primeira mais característica.

C) O tratamento das complicações hipertensivas agudas da pré-eclâmpsia inclui e objetiva: uso de hidralazina 5 mg, intravenoso e redução dos níveis pressóricos em 20 - 30%, quando associado a iminência de eclâmpsia, usa-se o sulfato de magnésio em esquemas intramuscular ou intravenoso. Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):

A) Apenas A e C.

B) Apenas A e B.

C) Apenas C e B.

D) Apenas C.

E) Todos os itens.

A

Letra “E” - Todos os itens

Questão conceitual, a respeito das síndromes hipertensivas da gravidez, seguem as assertivas. ALTERNATIVA E – CORRETA.

ITEM A – CORRETO: Embora não sejam realizados rotineiramente na prática clínica, alguns marcadores químicos e biofísicos estão bastante associados ao desenvolvimento de PE. Dentre eles, recebe destaque a dopplervelocimetria das artérias uterinas, com importante valor preditivo negativo, ou seja, a negativação no teste indica que as chances da paciente desenvolver PE são realmente baixas. Entretanto, uma alteração ao exame muito característica do surgimento da afecção é a observação de incisuras protodiastólicas. Diante do risco de desenvolvimento de PE, pode-se realizar a profilaxia com doses reduzidas de AAS, reposição com gluconato de cálcio (pacientes com baixa ingesta do mineral e fatores de risco para PE) e administração de enoxaparina (pacientes com história de trombofilia).

ITEM B – CORRETO: Como a pré-eclâmpsia é caracterizada pela disseminação de lesões endoteliais sistêmicas, devido ao seu componente pró-inflamatório, o acometimento renal é principalmente observado a nível glomerular, através da endoteliose capilar glomerular (glomeruloendoteliose).

ITEM C – CORRETO: Assertiva condizente a administração de hidralazina e sulfato de magnésio no manejo das complicações da pré-eclâmpsia que evolui com gravidade.

30
Q

(SURCE 2012 ACESSO DIRETO) - Durante acompanhamento pré-natal de uma gestante, foi realizado um exame de dopplervelocimetria. O obstetra informou à gestante que, durante a avaliação do compartimento materno, identificou inadequada invasão trofoblástica com maior risco de pré-eclâmpsia e restrição do crescimento fetal. Qual foi o achado encontrado e qual vaso foi analisado?

A) Centralização fetal/artéria cerebral média.

B) Incisura protodiastólica/artéria uterina.

C) Diástole zero/artéria umbilical.

D) Onda A reversa/ducto venoso.

A

Letra “B” - Incisura protodiastólica/artéria uterina.

Embora não sejam realizados rotineiramente na prática clínica, alguns marcadores químicos e biofísicos estão bastante associados ao desenvolvimento de PE. Dentre eles, recebe destaque a dopplervelocimetria das artérias uterinas, com importante valor preditivo negativo, ou seja, a negativação no teste indica que as chances da paciente desenvolver PE são realmente baixas. Entretanto, uma alteração ao exame muito característica do surgimento da afecção é a observação de incisuras rotodiastólicas. ALTERNATIVA B – CORRETA.

OBSERVAÇÃO: No enunciado é relatado que o exame avaliou o compartimento materno e todas as demais assertivas são compostas por compartimentos fetais. ALTERNATIVA A – INCORRETA: O direcionamento do fluxo sanguíneo para os principais órgãos do bebê, caracterizando o fenômeno da centralização, observado através da artéria cerebral média, é um importante indicador de sofrimento fetal.

ALTERNATIVA C – INCORRETA: A diástole zero na artéria umbilical, também representa redução de fluxo, sendo outro indicador de sofrimento fetal.

ALTERNATIVA D – INCORRETA: Onda A reversa no ducto venoso é um achado que busca a avaliação da presenta de insuficiência cardíaca fetal.

31
Q

(SURCE 2018 ACESSO DIRETO) - Gestante, 17 anos, no curso de 37 semanas de gestação, procura emergência obstétrica devido nível pressórico elevado identificado em consulta de pré-natal. Após avaliação inicial, evidencia-se que a mesma encontra-se assintomática, com pressão arterial de 170x110 mmHg e apresenta relação proteína/creatinina urinária de 0,6. Além do tratamento do pico hipertensivo, qual conduta deve ser adotada?

A) Iniciar profilaxia anticonvulsivante com sulfato de magnésio e preparar para o parto.

B) Indicar o parto sem a necessidade de iniciar profilaxia anticonvulsivante com sulfato de magnésio.

C) Adotar conduta conservadora, sem a necessidade de iniciar profilaxia anticonvulsivante com sulfato de magnésio.

D) Iniciar profilaxia anticonvulsivante com sulfato de magnésio e adotar conduta conservadora através de monitoração materno-fetal rigorosa.

A

Letra “A” - Iniciar profilaxia anticonvulsivante com sulfato de magnésio e preparar para o parto.

Questão que aborda paciente, em curso de 37 semanas de gestação, que apresenta pré-eclâmpsia, evidenciada por elevação da PA, associada a proteinúria importante (relação albumina/creatinina na urina maior que 0,3). Além disso, apresenta sinal de gravidade, representado por crise hipertensiva, caracterizada por PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg. Dessa forma, pacientes que apresentam PE com sinais de gravidade, são candidatas à interrupção da gestação, a partir, de 34 semanas de gestação. Portanto, considerando que existe sinal de gravidade, deve-se realizar a profilaxia anticonvulsivante com sulfato de magnésio (mantida até 24 horas após o parto ou após última crise, caso alguma seja apresentada) e preparar a gestante para o parto. ALTERNATIVA A – CORRETA.