SFA Flashcards

1
Q

O que é SFA? Qual sua epidemiologia?

A

É uma queda brusca e intensa das trocas materno-fetais. 2% dos partos farão SFA.

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2
Q

Em qual momento da gestação ocorre o SFA? Qual a diferença nisso para o SFC?

A

Ocorre predominantemente durante o trabalho de parto. A SFC ocorre durante a gestação em gestações de alto risco por uma deficiência uteroplacentária crônica.

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3
Q

Quais as principais alterações bioquímicas da SFA?

A

Hipóxia, acidose e hipercapnia.

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4
Q

Qual a fisiopatologia da SFA?

A

Qualquer fator que interfira nas trocas metabólicas ocorridas na placenta.
O fluxo materno que chega ao espaço interviloso depende de 2 pressões: PAM materna e resistência dos vasos uterinos (influenciada por calibre dos vasos e contratilidade uterina).
A atividade uterina normal exerce valores de pressão que diminuem ou até mesmo abolem a circulação para o feto, porém ocorre durante poucos segundos durante o parto e o feto HÍGIDO possui reservas energéticas e de O2 para suportar tais períodos.
Alterações nessa contratilidade normal ou nas reservas energéticas do feto podem promover o SFA.

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5
Q

Qual a etiologia do SFA?

A

Causas uteroplacentárias: Hiperatividade uterina: adm excessiva de ocitócitos, desproporção céfalo-pélvica, DPP, pré-eclâmpsia, polidramnia, período expulsivo prolongado. + hipovolemia e hipotensão materna.
Causas fetoplacentárias: circular de cordão (2+), nó de cordão, prolapso de cordão.
Gestação de alto risco: agudização de um SFC (menor capacidade de adaptação fetal).

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6
Q

Qual condição favorece as alterações de cordão umbilical? Comente sobre.

A

O oligodrâmnio. Ocorre em SFC por diminuição da circulação para o rim com queda da diurese fetal (diminuição de LA).
Faz com que o cordão fique muito próximo da decídua, facilitando a compressão dele.

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7
Q

Circular de cordão é indicação de cesariana? Explique.

A

Não, pois cerca de 20% dos nascidos vivos apresentam circular de cordão, porém 1 apenas não chega a promover consequências para o feto. A partir de 2 circulares já pode haver comprometimento fetal por SFA -> cesariana.

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8
Q

Qual dado fetal é o mais importante para diagnosticar SFA?

A

A frequência cardíaca fetal (FCF).

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9
Q

Quais métodos podem ser usados para diagnosticar SFA?

A

Contagem dos movimentos fetais, microanálise do sangue, ausculta cardíaca e perfil biofísico.

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10
Q

Como fazer a monitorização dos movimentos fetais (mobilograma) e qual o alterado?

A

Consiste na mãe contar os movimentos fetais. É controverso e ineficaz (sem queda na morbimortalidade com essa medida). Na vigência de hipóxia, os movimentos fetais diminuem, porém podem estar diminuídos por outros fatores: diminuição de LA, uso de medicamentos pela mãe, posição fetal ou período de sono fetal. Deve-se investigar se < 5 movimentos/h.

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11
Q

Como a microanálise de sangue fetal contribui para dx de SFA?

A

Avalia-se o pH do sangue fetal: < 7,2 (na fase de dilatação) apresenta correlação com hipoxemia/asfixia fetal. Hoje está em desuso (não é mais padrão-ouro).

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12
Q

Por que a FCF é importante no SFA?

A

Pois é uma medida indireta das respostas a alterações de volume sanguíneo, hipóxia e acidemia (condições presentes no SFA).

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13
Q

Como deve ser feita a ausculta cardíaca para rastreio de SFA durante o TP?

A

Baixo risco: pelo menos a cada 30 minutos na dilatação e 15 minutos no expulsivo.
Alto risco: 15/15 na dilatação e 5/5 no expulsivo.
*Para a ausculta ser efetiva, eu devo fazer ela antes, durante e após uma contração.

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14
Q

Como a CTG pode me auxiliar no dx de SFA? Quando usar?

A

Ele correlaciona BCF, contração uterina e movimento fetal. Não deve ser usado em gestações de baixo risco (alto risco de falso positivo)!!!

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15
Q

Como a hemodinâmica fetal é afetada pela hipóxia?

A

A hipóxia promove centralização da circulação para o cérebro, coração e suprarrenais em detrimento da circulação para outros órgãos do corpo. Vale ressaltar que no intestino, a vasoconstrição promove hiperperistalse e relaxamento esfincteriano anal, promovendo eliminação do mecônio no LA.

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16
Q

Como é a progressão do SFA?

A

Hipóxia -> perda do estímulo simpático -> perda das acelerações -> perda da variabilidade -> bradicardia e desacelerações tardias (DIP II) -> perda dos movimentos, respiração e tônus fetal.

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17
Q

Como deve ser feita a ausculta intermitente?

A

Usando-se o sonar doppler, a ausculta deve ser feita da seguinte forma:
Gestação de baixo risco: 30-30 min no período de dilatação e 15-15 min no período expulsivo.
Gestação de alto risco: 15-15 min no período de dilatação e 5-5 min no período expulsivo.

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18
Q

Onde devem ser colocados os transdutores da CTG?

A

O da tocografia no fundo uterino e o outro no dorso do feto. A posição da gestante é semisentada ou decúbito lateral.

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19
Q

Quais os dados avaliados na cardiotocografia (CTG)?

A

Linha de base, variabilidade, aceleração e desacelerações.

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20
Q

O que é a linha de base da CTG?

A

Consiste no BCF médio em 10 minutos.

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21
Q

Qual o valor normal da linha de base e quando eu devo me preocupar?

A

Valores normais: entre 110-160 bpm. É normal a oscilação (tem que ter).
Taquicardia PODE significar SFA.
Bradicardia SIGNIFICA SFA.

22
Q

Qual o significado da CTG com bradicardia na presença de variabilidade normal?

A

Estímulo vagal e decorrente da compressão cefálica fetal.

23
Q

O que é a variabilidade e como interpretá-la?

A

É a diferença entre o batimento mais rápido e o mais lento, excluindo os eventos transitórios (acelerações e desacelerações rápidas). Apresenta relação com a integridade do SNA (se o SNP e SNS estiverem funcionando bem, há uma variabilidade boa).
À medida que a gestação evolui, a variabilidade aumenta pela maturação do SNP.
Valores normais: 10-25.
Significa um SN hígido e bem oxigenado.

24
Q

Quais os tipos de variabilidade?

A

Normal: 6-25 (padrão moderado/ondulatório).
Aumentada: > 25 (é uma incognita = devo avaliar os outros parâmetros).
Ausente: amplitude indetectável - padrão liso/terminal/ausente.
Mínima: ≤ 5 bpm (nem sempre é asfixia, podendo ser sono fetal ou medicações = devo avaliar o todo).
Sinusal: DHPN.

25
Q

O que a variabilidade ausente pode significar?

A

SFA (hipóxia fetal), feto dormindo (acordá-lo com uma buzina) ou a mãe pode estar sobre drogas sedativas.

26
Q

Qual a importância da variabilidade na interpretação do bem-estar fetal?

A

Existindo variabilidade normal, mesmo que haja bradicardia, taquicardia ou DIP, o feto ainda não está em hipóxia cerebral significativa.

27
Q

O que são as acelerações na FCF visto na CTG? O que significam?

A

São aumentos transitórios na FCF de no mínimo 15 bpm por pelo menos 15 segundos. São sinais de bem estar fetal e reservas metabólicas preservadas.
*< 30s: aumento de 10 bpm por 10s.

28
Q

O que é o padrão reativo das acelerações? Qual a importância dele?

A

2 acelerações em 20 minutos. Eu posso parar o exame aqui, pois fala MUITO a favor de bem estar fetal.

29
Q

A presença de aceleração é necessária para dizer que há bem estar fetal?

A

Sim, desde que todos os outros parâmetros estejam normais.

30
Q

Por que ocorrem as acelerações?

A

Pode-se associar à atividade uterina e movimentação fetal.

31
Q

Qual a acurácia da CTG?

A

Alta sensibilidade e baixa especificidade.

32
Q

Qual a importância das acelerações no SFA?

A

É o primeiro dado da CTG a ser alterado no SFA. Portanto se houver aceleração normal, não há SFA.

33
Q

O que são as desacelerações? Qual outro nome delas? O que podem significar?

A

São quedas transitórias na FCF. São chamadas também de DIPs. Podem ser benignas ou patológicas.

34
Q

Quais os tipos de DIPS? Explique.

A

DIP I: precoce ou cefálica. Coincide com a metrossístole. Ao passar a contração, volta ao normal. É APENAS UM REFLEXO (contrai, empurra a cabeça na pelve e envolve um reflexo vagal por compressão do polo cefálico). NÃO É PATOLÓGICO!!!
DIP II: tardio. Ocorre APÓS a atividade uterina (existe uma latência entre a atividade uterina e a desaceleração). Indica que o feto descompensa com a compressão uterina. Quando presente, especialmente de repetição, fala a favor com asfixia e SFA = parto.
DIP III: variável ou umbilical. É uma desaceleração variável em relação à contração. Ocorre por compressão de cordão umbilical (e não da atividade uterina). NÃO É SOFRIMENTO FETAL!!!

35
Q

O que é a ressucitação intrauterina?

A

É uma tentativa de corrigir uma possível asfixia fetal (tenho algum indício para isso, como DIP II de repetição) ainda dentro do útero, pois ela pode ser transitória. Pode ser feito com O2, DLE, suspender ocitocina (pode ser por taquissistolia, hipotensão), corrigir baixa PA. Isso deve ser feito rapidamente (coisa de minutos). Se não melhorar = parto (via + rápida).

36
Q

Quais alterações na CTG me indicam SFA no DIP III? Qual a conduta?

A

Recuperação lenta do BCF (a recuperação normal é em “V”), sem retorno à linha de base ou bifásica em “W”. É um DIP III desfavorável = hipóxia

37
Q

Qual a classificação da CTG?

A

Categoria I: bem estar fetal = linha de base normal, variabilidade normal, aceleração presente/ausente, sem DIP II ou DIP III. Pode até ter DIP I.
Categoria II: o que não é I e II.
Categoria III: existe SFA (perda de variabilidade MAIS DIP II recorrente ou DIP III recorrente ou bradicardia mantida).

38
Q

Qual o prognóstico do SFA?

A

10% dos casos de paralisia cerebral de RNs a termo ocorrem por asfixia.
Depende do tempo de asfixia, variando de prognóstico excelente para o óbito.

39
Q

Qual o tto do SFA?

A

Cesariana, suspender ocitócito, decúbito lateral esquerdo (melhora retorno venoso por descompressão da VCI), oxigenioterapia, terbutalina (tocolítico), hidratar a mãe.

40
Q

Qual a duração normal do TP?

A

Até 12h.

41
Q

Qual a importância no mecôneo no LA?

A

Pode significar centralização da circulação (hipóxia fetal) e pode haver aspiração dele, causando a síndrome da aspiração do mecôneo. É um sinal de alerta para redobrar a atenção nessa gestante. Quando estiver presente, fazer CTG obrigatoriamente.

42
Q

Qual a conduta caso mecôneo no início do TP?

A

Parto por via mais rápida.

43
Q

Devo fazer CTG em gestação de baixo risco?

A

Não, pois não há alteração em relação à ausculta periodica. Devo fazer apenas para de alto risco.

44
Q

Quando eu posso fazer a amniotomia?

A

Apenas quando houver dilatação maior ou igual a 7-8cm.

45
Q

Qual o perfil do SFA em relação ao SFC?

A

Crônico: paciente que já era de alto risco e começa a ter uma perda progressiva na TMF. Ocorre mais durante o pré-natal de alto risco em que há o fundo uterino abaixo do esperado, oligodrâmnio, insuficiência placentária no doppler.
Agudo: perda SÚBITA da troca de O2 (se eu não tirar logo ou resolver o problema, ele morre). Geralmente o perifl é de uma dor abdominal intensa e está com DPP, TCG com alteração no BCF, alteração no perfil biofísico fetal.

46
Q

O que compõe o perfil biofísico fetal (PBF)?

A

CTG + 4 parâmetros USG (LA, movimento fetal, movimento respiratório fetal e tônus fetal).

47
Q

Qual a alteração mais sensível do PBF?

A

A CTG!!! Se está normal, eu posso ficar tranquilo e não ir para o resto. No entanto, se está alterado, tenho que seguir para os outros.

48
Q

O que os parâmetros USG do PBF me informam?

A

Alterações agudas (movimentos fetais, movimentos respiratórios fetais, tônus fetal) e alterações crônicas (LA).

49
Q

Qual o último parâmetro a alterar no PBF?

A

O LA.

50
Q

Como pontuar o PBF?

A

Vai de 0-2 para cada parâmetro (totalizando 0-10), sendo que 0 é horrível e 2 é normal.