Sd Ictérica Flashcards

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1
Q

Qual o valor da Bb necessário para começar a ter icterícia?

A

> 2,5 - 3,0 mg/dL

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2
Q

Como diferenciar síndrome hepatocelular da síndrome colestática?

A
Hepatocelular: 
   Transaminases > 10x 
      TGP > TGO - origem viram 
      TGO > TGP - origem alcoólica 
   FA e GGT tocadas 

Colestática:
Transaminases tocadas
FA e GGT > 4x

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3
Q

Quais as principais causas de hiperbilirrubinemia indireta?

A

Hemólise (anemia + icterícia)
Diminuição da captação (medicamentoso, jejum prolongado, infecções)
Distúrbios na conjugação (Sd genéticas e RN)
Sd de Gilbert
Sd de Najjar

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4
Q

Quais as principais causas de hiperbilirrubinemia direta?

A

Síndrome hepatocelular
Síndrome colestática
Routor-Rubin-Johnson (problema não excreção)

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5
Q

Quais as formas clínicas da hepatite A?

A
Assintomática 
Sintomática 
Fulminante 
Recidivante 
Colestática
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6
Q

Qual a clínica que um paciente com hepatite B pode apresentar na fase prodrômica?

A

Febre
Glomerulonefrite
Artralgia/Artrite
Esplenomegalia

Obs.: tais sinais e sintomas tendem a desaparecer quando tem início a icterícia

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7
Q

Qual a clínica, diagnóstico e tratamento da hepatite autoimune?

A

Clínica: lesão hepatocelular + sorologia viral negativa + ausência de uso de álcool + algumas possíveis dicas (artralgia, vitiligo, atraso menstrual não justificável provavelmente relacionado a hipotireoidismo autoimune, acne)

Diagnóstico: pode ser solicitado FAN e antimúsculo liso

Tratamento: corticoide e azatioprina

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8
Q

Qual o padrão inflamatório nos hepatologia das hepatites alcóolicas?

A

Inflamação centrolobular mediada pode leucócitos polimorfonucleares
Corpúsculo de Mallory

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9
Q

Qual o tipo de necrose dos hepatócitos nas hepatites virais?

A

Necrose periportal ou em ponte

Obs.: mediada por mononucleares
Leucopenia com linfocitose

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10
Q

Descreva o que significa:

HBsAg
HBcAg
HBeAg

A

S: presença do vírus
C: contato com o vírus
E: replicação do vírus

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11
Q

Descreva o que significa:

Anti-HBs
Anti-HBc
Anti-HBs

A

Anti-S: cura ou vacina
Anti-C: pode ser contato atual (IgM) ou passado (IgG)
Anti-E: replicação controlada/contida

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12
Q

O que ocorre com os marcadores sorológicos não mutação pré-core da hepatite B?

A

HBeAg -
HBsAg +

Obs.: Confirmação do diagnóstico com aumento do HBV-DNA

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13
Q

Quais as manisfestações extra hepáticas encontradas na hepatite B e na C?

A

Hepatite B:

PAN
Glomerulonefrite membranosa
Acrodermatite papular

Hepatite C:

Crioglobulinemia
GN mesangio-capilar
Líquen plano

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14
Q

Defina hepatite fulminante

A

Hepatite que evolui para encefalopatia num período de 8 semanas do início do quadro clínico

Obs.: comum encontrar discrasia INR elevado e TP alargado

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15
Q

Qual a terapêutica para hepatite fulminante?

A

Suporte intensivo
Tenofovir
Transplante hepático

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16
Q

Qual a diferença de coinfecção e superinfecção em relação a hepatite D e quais os respectivos prognósticos?

A

Coinfecção é a infecção aguda simultânea da hepatite D e B. Tem um prognóstico favorável

Superinfecção é a infecção pela hepatite D em pacientes com hepatite B crônica. Prognóstico reservado com grande chance de desenvolver hepatite fulminante ou cirrose

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17
Q

Quais as indicações cirúrgicas em casos de colelitíase assintomático?

A

Vesícula em porcelana *
Associação com polidos *
Cálculos > 2,5 - 3 cm *
Anemia hemolítica

  • risco para câncer de vesícula
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18
Q

Descreva a tríade de Charcot e pentade de Reynolds e a que patologia ela está relacionada

A

Colangite aguda
Febre + icterícia + dor abdominal
Tríade de Charcot + hipotensão + queda do sensório

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19
Q

Qual a principal diferença laboratorial/sorológica entre a hepatite C e a hepatite autoimune?

A

Apenas a hepatite C tem HCV-RNA positivo

20
Q

Qual a hepatite viral mais cronifica?

A

Hepatite C

Obs.: deve-se então tratar com terapia antiviral todos os casos. O difícil é identificar os casos agudos já que a maioria são assintomáticos

21
Q

Os anticorpos anti-LKM-1 e anti-LKM-3 são encontrados, além da hepatite auto imune, em quais outras hepatites virais?

A

C e D, respectivamente

22
Q

O que podemos achar na biópsia hepática de um paciente com hepatite alcoólica?

E qual o laboratório?

A

Corpúsculo de Mallory, infiltrado neutrofílico, lesão em padrão centrolobular (igual a hepatite isquêmica)

Leucocitose neutrofílica, aumento das aminotransferase (TGO>TGP), aumento de BD e do FA e GGT (revela manutenção do hábito)

23
Q

Descreva a escala MELD e o que ela significa

A

Escala que indica a necessidade e urgência de um transplante hepático.

24
Q

Qual o tratamento para hepatite alcoólica?

A

Suspender o uso de álcool
Reposição de líquidos
Reposição de nutricional
Reposição de vitaminas (atenção pra tiamina e vitamina K)
Corticoide (preferência predinisolona para quem está com encefalopatia ou com IFD > 32)
Profilaxia contra úlcera gástrica
Encaminhar para o AAA

25
Q

Qual o prognóstico de um paciente com hepatite alcoólica?

A

Pior prognóstico:
IFD > 32
Escore MELD alto
Encefalopatia, ascite, varizes hemorrágicas e síndrome hepatorrenal

26
Q

Qual o antídoto para intoxicação por paracetamol (acetaminofeno)?

A

N-acetilcisteína

27
Q

Qual o sinal característico da hepatite congestiva encontrada na patologia?

A

Fígado em noz-moscada

28
Q

Quais as referências anatômicas do triângulo de Callot e qual a sua importância cirúrgica?

A

Borda inferior do fígado + ducto cístico + ducto hepático comum

Passa a artéria cística no interior do triângulo

29
Q

Defina sinal de courvosier

A

Vesícula biliar distendida, palpável e indolor

Obs.: normalmente de origem não calculosa

30
Q

QuIs os fatores de risco para os três tipos de cálculos (amarelo, preto e marrom)?

A

Amarelo: mulher, ACO, gravidez, idade avançada, perda de peso rápida, obesidade, doença ileal (crohn, ressecação)
Preto: hemólise crônica, cirrose hepática e doença ileal
Marrom: colonização bacteriana (obstrução ou parasita)

31
Q

Qual o tratamento clínico proposto para pacientes com colelitíase sintomática?

A

Uso de ácido ursodesoxicólico se cálculo < 1 cm

32
Q

Defina sinal de Kehr e sinal de Boas

A

Dor referida no ombro direito

Dor referida na ponta da escapula direita

33
Q

Quais as possíveis complicações da colecistite?

A

Empiema
Gangrena com perfuração
Fístula (mais comum é a fístula duodenal podendo levar a íleo biliar)
Colecistite enfisematosa (clostridium - ar em volta da vesícula visto no Rx. Mais comum em homens diabéticos)

34
Q

Qual o padrão ouro diagnóstico de colecistite?

A

Cintilografia biliar

35
Q

Quais os preditores de risco para coledocolitíase e o que fazer diante cada um deles ao programar uma coecistectomia?

A

Alto risco: bilirrubina > 4; USG mostrando o cálculo, icterícia
CPRE antes da cirurgia

Moderado risco: bilirrubina > 1,8; colédoco dilatado (>6 mm); outro laboratório anormal
Colangio RNM, colangio intraOP

Baixo risco: sem alteração
Não faz nada

36
Q

Quais as opções terapêuticas para coledocolitíase?

A

Papilotomia endoscópica
Exploração cirúrgica do colédoco
Derivação biliodigestiva

37
Q

Qual a indicação de colecistectomia em relação a pólipos de vesícula?

A

Casos sintomáticos ou assintomáticos + colelitíase / idade avançada / > 1 cm /crescimento documentado na USG seriada

38
Q

Descreva a classificação de Bismuth-Corlette

A

Classificação referente ao tumor de Klatskin (colangiocarcinima mais comum. Localizado na confluência dos ductos hepáticos)

I: localizado apenas no hepático comum

II: envolve raiz dos hepáticos E e D

IIIA: engloba o hepático D

IIIB: envolve o hepático E

IV: envolve ambos os hepáticos

39
Q

Descreva o estadiamento (TNM) do tumor pancreático

A
T0: sem evidência de tumor primário 
TIS: carcinoma in situ
T1: tumor <= 2 cm em seu maior eixo 
   T1A: <= 0,5 cm
   T1B: 0,5 a 1,0 cm
   T1C: 1 a 2 cm
T2: 2 a 4 cm
T3: > 4 cm (já é irressecável) 
T4: tumor envolvendo estruturas vasculares adjacentes 

N0: não invade linfonodo
N1: 1 a 3 linfonodos regionais
N2: metástase para 4 linfonodos regionais

M0: sem metástase a distância
M1: com metástase a distância (mais comum para fígado, peritônio e pulmão)

40
Q

Como diferenciar clinicamente a coledocolitíase do câncer da ampola de Vater já que as duas se manifestam com icterícia intermitente?

A

O câncer da ampola de Vater pode se manifestar com MELENA e tende a ter o sinal da vesícula de COURVOSIER (vesícula palpável e indolor ao exame físico, normalmente relacionada a processos neoplásicos distais da via biliar)

41
Q

Quais as doenças em geral mais relacionadas a prurido?

A

Colestase
Policitemia vera
IR
Linfoma de Hodgkin

42
Q

Diferencie, citando as principais características, Colangite Biliar Primária (CBP) e Colangite Esclerosante Primária (CEP)

A

CBP:
Acomete ductos intra hepáticos do espaço porta
Mulheres entre 30-60 anos
Relacionado a tireoidite de Hashimoto, AR e Sjögren
Presença de anticorpo antimitocondria e FAN

CEP:
   Acomete grandes vasos das vias biliares 
   Homens 
   Relacionado com RCU
   p-ANCA +
   Via biliar em conta de Rosário

Ambas evoluem para cirrose

43
Q

Qual a tríade dos cistos biliares?

A

Dor + icterícia + massa cística palpável

Obs.: acomete mais crianças

44
Q

Qual a fisiopatologia das síndrome de Gilbert e de Crijer-Najjar I e II?

A

Gilbert: deficiência parcial leve da gluconiltrasnferase. Processo lento de conjugação. Comum em adultos jovens após momento de estresse. Pôde-se usar fenobarbital (substância que estimula a conjugação da bilirrubina)

Crijer-Najjer:
I: deficiência total da gluconiltransferase. Comum em crianças e risco de kernicterus. Tratamento pode ser fototerapia, plasmaférese ou transplante hepático

II: deficiência um pouco mais branda da gluconiltranferase. Tem níveis de BD detectáveis no sangue

45
Q

Quais as opções terapêuticas para colecistite?

A

ATB + colecistectomia (em até 72 horas)

Colecistostomia percutânea: conduta temporária para casos de risco cirúrgico

46
Q

Qual o tratamento proposto pra colangite aguda?

A

ATB + Drenagem biliar (obstrução baixa - CPRE; obstrução alta - drenagem transhepática percutânea)

47
Q

Quais as opções de tratamento paliativo paga câncer de ampola de Vater?

A

Endoprótese ou derivação bilio-digestiva