Sangramentos da 2ª metade da gestação Flashcards

1
Q

Placenta prévia é a presença de tecido placentário total ou parcialmente inserido no segmento inferior do útero após ______ semanas da gestação

A

28 semanas

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2
Q

O que é placenta de inserção baixa/prévia marginal?

A

bordo da placenta está a ≤2 cm de distância do orifício interno do colo

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3
Q

Fisiopatologia da placenta prévia

A

Trofotropismo + Atrofia dos cotilédones

O desenvolvimento do segmento inferior do útero se encerra no 2º trimestre (até 28 semanas)
O ovo busca áreas com melhor oxigenação e troca de nutrientes

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4
Q

Fatores de risco para placenta prévia

A

Cesáreas: quanto mais cesárea, maior o risco
Inserção viciosa da placenta em gestação anterior
Gestação múltiplas (2 placentas, massa placentária maior, alguma delas irá ficar prévia de algum jeito), FIV
Multiparidade
Curetagens, cirurgias uterinas, abortamentos (enfraquecem a parede e tornam partes dela menos propícias à implantação e nutrição do embrião)
Idade materna avançada (>35 anos)
Tabagismo/cocaína (responsáveis por baixa oxigenação e placentação deficiente. A placenta busca por locais em que consiga fazer uma melhor troca de gases e nutrientes)

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5
Q

Quadro clínico da placenta prévia

A

O sangramento Progride; Se repete; É espontâneo; Vermelho vivo; indolor; Hipertonia ausente

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6
Q

Como é feito o diagnóstico de placenta prévia?

A

USG transvaginal

Se IG<28 semanas: repetir USG na 32ª semana
Se IG>28: confirma o diagnóstico de PP

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7
Q

Se IG<28 semanas: repetir USG na____ semana para a confirmação do diagnóstico de placenta prévia

A

32ª semanas

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8
Q

Que exames devemos solicitar após a confirmação do diagnóstico de placenta prévia?

A

Classificação Sanguínea, hemograma, função renal, coagulograma, reserva sanguínea
Checar fator Rh da paciente, Coombs indireto, necessidade de imunoglobulina anti-D (se Rh -)
Se investigação de acretismo: USG TV ou RNM

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9
Q

Qual a conduta diante de uma paciente com placenta prévia com 37 semanas e <37 semanas?

A

> =37 semanas: resolução imediata por cesariana

<37 semanas
-Paciente estável: internação e observação
-Paciente instável: resolução imediata por cesariana

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10
Q

Em pacientes com placenta prévia, pode realizar toque vaginal?

A

NÃO fazer toque vaginal! É proscrito o toque em paciente com Placenta Prévia

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11
Q

Nas placentas de baixa inserção, é possível o parto vaginal, pois haverá como o bebê descer pelo canal vaginal. V ou F?

A

Verdadeiro

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12
Q

Qual a via de parto e com quantas semanas em uma paciente com placenta acreta?

A

O parto é programado para 35-36s 6dias (pós-corticoide) por cesariana + Histerectomia com placenta in situ

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13
Q

O que é o acretismo placentário?

A

Aderência anormal da placenta na parede uterina com ausência total ou parcial da decídua basal e desenvolvimento imperfeito da camada fibrinoide

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14
Q

Fatores de risco para placenta acreta

A

cesárea, placenta prévia

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15
Q

O que é o descolamento prematuro de placenta?

A

Separação intempestiva da placenta implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto, em gestação de 20 ou mais semanas

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16
Q

Fatores de risco para DPP

A

DPPNI prévio
Hipertensão na gestação
Cesariana prévia/ Placenta prévia
RPMO/Coriomanionite
Idade materna >=35 anos ou <20 anos
Oligoâmnio/Poliâmnio*
Gestação múltipla
Tabagismo/Cocaína (placentação deficitária devido a hipóxia)
Traumas

*diminuição súbita da pressão intrauterina devido a saída de LA em polidrâmnio.

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17
Q

Fisiopatologia do DPP

A

Ruptura das Aa. espiraladas na decídua basal → O sangue alcança uma área de clivagem placenta-decídua → haverá uma hipertonia e estimulará o descolamento de outras áreas → formação de coágulos e aumento de tromboplastina na circulaçao materna → sangue invade miométrio e dissocia miofibrilas → formando um útero de Couvelaire ou apoplexia uteroplacentária

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18
Q

Quadro clínico do DPP

A

Dor, Hipertonia, Hipertensão, BCF não tranquilizador, Sangue escuro/coagulado

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19
Q

Complicações do DPP

A

Óbito materno-fetal
HPP
Útero de Couvelaire
CIVD
Choque hemorrágico
LRA
Síndrome de Sheehan (hipopituitarismo)

20
Q

O diagnóstico de DPP necessita de USG?

A

Não. O diagnóstico é clínico!

21
Q

Classificação de Sher do DPP: Grau 1

A

Assintomático ou oligossintomático
Sangramento discreto, sem hipertonia uterina
Vitalidade fetal preservada
Achado pós parto de coágulo retroplacentário

Tem BCF tranquilizadora!

22
Q

Classificação de Sher do DPP: Grau 2

A

É o quadro clássico + BCF não tranquilizador

Sangramento, hipertonia uterina
Alterações hemodinâmicas maternas
Queda do fibrinogênio
Vitalidade fetal comprometida

23
Q

Classificação de Sher do DPP: Grau 3a e Grau 3b

A

Grau 3 já tem óbito fetal

3a: óbito fetal SEM coagulopatia
3b: óbito fetal COM coagulopatia

24
Q

O achado na USG de um coágulo retroplacentário visivel em apenas 25-50% dos casos de DPP. V ou F?

A

Verdadeiro

25
Q

É recomendado fazer amniotomia na paciente com DPP?

A

Sim. Acelera o TP; reduz hipertonia e progressão da DPP; auxilia no diagnóstico (hemoâmnio)

26
Q

Qual a conduta diante de uma paciente com DPP, gestante estável e feto morto?

A

Parto vaginal em até 6h

27
Q

Qual a conduta diante de uma paciente com DPP, gestante instável e feto morto?

A

Cesárea

28
Q

Qual a conduta diante de uma paciente com DPP, gestante estável e feto vivo e com parto iminente (20’)?

A

Parto vaginal

29
Q

Qual a conduta diante de uma paciente com DPP, gestante estável e feto vivo e com parto iminente não iminente (>20’)?

A

Cesárea

30
Q

Qual a conduta diante de uma paciente com DPP, gestante estável e feto vivo, com instabilidade materna/SFA/TP lento?

A

Cesárea

31
Q

O que é rotura do seio marginal?

A

Seio marginal é a porção periférica do espaço interviloso, quase sempre desprovida de vilosidades propriamente ditas

Rotura de seio marginal é um sangramento nesse espaço.

É um sangramento de origem materna, indolor, intermitente, vermelho (vivo ou escuro)

32
Q

Como é feito o diagnóstico da rotura de seio marginal?

A

Histologia placentária

33
Q

Conduta diante de rotura do seio marginal

A

Apenas Monitorização materna e fetal, pois é um sangramento pequeno

34
Q

O que é rotura de vasa prévia?

A

Vasos umbilicais que estão desprotegidos da geleia de Wharton e passam, através das membranas, sobre o orifício cervical interno.

Acontece principalmente quando há Inserção velamentosa da placenta
Comum em decorrência de Variações placentárias
Sua incidência é rara

35
Q

Quadro clínico de rotura de vasa prévia

A

Sangramento vermelho vivo após ruptura da bolsa amniótica

Quadro dramático: a perda de sangue é de origem FETAL

36
Q

A perda de quantos ml de sangue fetal é considerado choque hemorrágico fetal?

A

100 ml

37
Q

Qual o traçado achado na cardiotocografia em uma rotura de vasa prévia?

A

Cardiotocografia: traçado sinusoidal

38
Q

Conduta diante de uma rotura de vasa prévia

A

Cesárea

39
Q

Qual a principal etiologia em países desenvolvidos e em desenvolvimento da rotura uterina?

A

Países desenvolvidos: cesárea anterior (cicatriz uterina)
Em desenvolvimento: parto obstruído

40
Q

Qual a diferença entre rotura uterina primária e secundária?

A

Primária: acontece em um útero sem cicatrizes
Secundária: acontece em um útero com cicatrizes prévias

41
Q

Qual a diferença entre rotura uterina total e parcial?

A

Total: todas as camadas (endométrio, miométrio, perimétrio)

Parcial (deiscência): o peritônio visceral (serosa) permanece íntegra

42
Q

É CONTRAINDICADO USAR MISOPROSTOL EM PACIENTE COM CICATRIZ UTERINA PRÉVIA?

A

Sim

43
Q

Fatores de risco para rotura uterina

A

Cicatriz uterina prévia. Principalmente se:
-Recente (<18-24 meses)
-Incisão corporal: longitudinal (cesariana clássica)
Multiparidade (devido ao enfraquecimento da parede)
Indução do TP
Uso inadvertido de uterotônicos
Manobra de Kristeller
Acretismo placentário (devido ao enfraquecimento da parede)
Processos infecciosos (devido ao enfraquecimento da parede)
Adenomiose (devido ao enfraquecimento da parede)
Versão interna, grande extração podálica (manobras de versão)
Desproporção céfalo-pélvica
Malformações uterinas (ex: bicorno, de delfo→ sobrecarga da parede)
Macrossomia
Tumores pélvicos

44
Q

Quadro clínico da rotura uterina

A

Dor intensa e súbita + agitação
Contrações cessam
Crepitação subcutânea
Melhora da dor
Partes fetais são nitidamente palpadas no abdome materno e não palpáveis pelo toque vaginal (patognomônico)
Sinais de choque materno (aumento de FC, diminuição da PA)

45
Q

Qual o achado do exame físico patognomônico da rotura uteirna?

A

Partes fetais são nitidamente palpadas no abdome materno e não palpáveis pelo toque vaginal (patognomônico)

46
Q

Quais são os sinais de iminência de rotura uterina (síndrome de distensão segmentar)?

A

Bandl: formação de um anel entre o corpo e o segmento uterino inferior

Frommel: distensão e retesamento dos ligamentos redondos, tornando-os palpáveis

47
Q

Tratamento da rotura uterina

A

Interrupção imediata da gestação
Tocolíticos + Suporte Hemodinâmico
Sutura da lesão: histerorrafia
Histerectomia
Transfusão