Doença Trofoblástica Gestacional Flashcards
O que é a doença trofoblástica gestacional?
Proliferação anormal e exacerbada do epitélio trofoblástico
Quais são as formas de doença trofoblástica gestacional?
Mola hidatiforme (completa, parcial ou invasora)
Coriocarcinoma gestacional
Tumor trofoblástico de sítio placentário
Tumor trofoblástico epitelioide
Fatores de risco para mola hidatiforme
Infecções virais
Multiparidade
Extremos de idade materna
Consanguinidade parental
Antecedente de mola (é o principal fator de risco)
Características da mola hidatiforme completa
É benigna
46 XX, 46 XY - paterno
-2 espermatozóides penetram em um óvulo sem cromossomo
-1 espermatozóide penetra em um óvulo sem cromossomo e o espermatozoide se duplica.
Sem embrião. Só teremos DNA paterno, por isso não desenvolverá embrião.
Aspecto de cacho de uva. Degeneração hidrópica (acúmulo de água nas células) de todas as vilosidades.
Cisterna central com líquido
Paciente com mola hidatiforme completa (benigna) pode evoluir para forma maligna?
Sim. 20% podem evoluir para forma maligna
Características da mola hidatiforme parcial
É benigna
69 XXX, 69 XXY, 69XYY
Há cromossomo dentro do óvulo, mas o óvulo foi fecundado por 2 espermatozóides. Vai ter cariótipo triplóide. Vai formar embrião, mas ele terá muitas malformações.
Embrião com inúmeras malformações + vilosidades normais junto com vilosidades hidrópicas
Paciente com mola hidatiforme parcial (benigna) pode evoluir para forma maligna?
Sim. 5% podem evoluir para forma maligna
Quadro clínico da mola hidatiforme
Sangramento escuro em pequena quantidade (“água de ameixa”)
Emese e hiperemese (pois o BHCG aumenta muito mais do que uma gravidez normal, então os sintomas serão exacerbados)
Doença hipertensiva antes das 20 semanas
Sinais de hipertireoidismo: estimulação cruzada do B-HCG
Exame físico de uma paciente com mola hidatiforme
Útero maior do que o esperado para a IG. É o único sangramento da 1º metade da gestação que cursa com útero > IG.
Eliminação de vesículas/útero em sanfona (raro) - paciente expulsa e o útero diminui. Vesículas começam a se proliferar e útero cresce. Aí expulsa de novo. O útero age como uma mola.
Qual forma clínica da mola hidatiforme é considerada uma neoplasia maligna?
Mola invasora
Como está o B-HCG em uma paciente com mola hidatiforme compelta e uma com mola parcial?
B-HCG elevado
-Mola completa: maior que 100.000
-Mola parcial: menor que 100.000
*OBS: gestações normais múltiplas também podem ter valor elevado
Achados de mola hidatiforme no USG
-Imagem em “flocos de neve”
-Múltiplas vesículas; Cistos teca luteínicos no ovário
Tratamento da mola hidatiforme
Esvaziamento:
AMIU
Aspiração elétrica a vácuo
Curetagem (risco de perfuração uterina e risco de exaustão do cirurgião, pois o útero está distendido e é muito material)
Histeroscopia
Histerotomia com esvaziamento
Histerectomia (>40 anos, prole definida, alto risco para desenvolvimento de neoplasia maligna trofoblástica gestacional)
Antes do esvaziamento em uma paciente com mola hidatiforme, é recomendado o uso do misoprostol?
Não.
*Para a dilatação cervical, evitar o uso de misoprostol pois aumenta as chances de embolia trofoblástica com as contrações uterinas.
Como é feito o acompanhamento de uma paciente que teve mola hidatiforme?
Garantir uma anticoncepção eficaz, pois não pode engravidar enquanto estiver no acompanhamento da mola (análise de níveis de BHCG: se aumentar, não saberemos se é uma gestação ou se é a mola se recividando). OBS: evitar DIU, devido a reação endometrial
B-HCG a cada 7-15 dias até negativação e depois mensalmente durante 6 meses após negativação.
O B-HCG normalmente torna-se negativo entre 8-10 semanas
Na próxima gestação, a gestante terá mais chance de desenvolver outra mola hidatiforme