DMG Flashcards
Qual o principal problema da diabetes na gestação?
O número elevado de malformações congênitas
Principais malformações congênitas cardiovasculares decorrentes da diabetes na gestação
Tetralogia de Fallot
Transposição dos grandes vasos
Principais malformações congênitas do SNC decorrentes da diabetes na gestação
Anencefalia
Espinha bífida
Principal malformação congênita do SME decorrentes da diabetes na gestação
Síndrome da regressão caudal
Por que o feto da mãe com DMG tende a ser macrossômico?
A difusão facilitada de glicose através da placenta determina hiperglicemia/hiperinsulinemia fetal 🡪 insulina determina excessivo crescimento fetal, especialmente do tecido adiposo. O feto da mulher diabética mal controlada tem risco elevado de macrossomia (> 4.000 g), com concentração desproporcional de tecido adiposo nos ombros e no tórax, dobrando o risco de distocia no parto. Também é frequente a ocorrência de polidrâmnio, pois o feto macrossômico é poliúrico.
Por que o feto de mãe diabética mal controlada tem maior chance de apresentar síndrome de angústia respiratória (SAR) do que o da não diabética?
A hiperinsulinemia impede que os pneumocitos se desenvolvam de forma adequada
Fatores de risco para DMG
Idade>= 35 anos
IMC >25
Antecedente pessoal de diabetes gestacional
Antecedentes familiar de diabetes mellitus
Macrossomia ou polidramnia em gestação anterior
Óbito fetal sem causa aparente em gestação anterior
Malformação fetal em gestação anterior
Uso de medicamentos hiperglicemiantes (corticoides, diuréticos tiazídicos)
SOP, HAS, ganho excessivo de peso durante gestação, suspeita clínica ou USG de crescimento fetal excessivo ou polidramnia
Quais são os hormônios placentários contrainsulínicos?
Lactogênio placentário humano (hPL) e Hormônio do crescimento placentário humano (hPGH).
Qual o objetivo dos hormônios placentários contra-insulínicos e o objetivo da resistência à insulina na gravidez?
Resistência à insulina a partir do 2º trimestre: visa transferir o metabolismo de energia materna da oxidação dos carboidratos para o de lipídios, preservando a glicose a ser fornecida ao feto em acelerado crescimento. Há resistência à insulina, com aumento compensatório na resposta das células β e hiperinsulinismo.
Qualquer gravidez é caracterizada, fisiologicamente, pela resistência à insulina e hiperinsulinemia.
O desenvolvimento da resistência periférica à insulina a partir do 2o trimestre da gestação é uma adaptação fisiológica
Se toda gravidez possui uma resistência à insulina fisiológica, qual a diferença para uma gestante com DMG?
Na mulher com DMG, não é a resistência à insulina que está elevada, quando comparada à da gravidez normal, e sim o mau funcionamento das células β pancreáticas que secretam insulina insuficiente para vencer esse aumento da resistência.
É a incapacidade de secretar insulina em níveis necessários para atender à demanda que é máxima no 3º trimestre. Isso leva ao aumento da concentração da glicose pós-prandial, capaz de determinar efeitos adversos no feto (macrossomia e hipoglicemia neonatal), pelo excessivo transporte transplacentário de glicose.
A transferência para o feto de glicose e de aminoácidos, que participam da gliconeogênese, tende a reduzir a glicemia no jejum e acentuar a utilização dos ácidos graxos e a cetogênese. Com a progressão da gravidez, ocorre aumento dos hormônios que antagonizam a ação da insulina, o que culmina com a resistência insulínica e com a hiperglicemia pós-prandial. Hipoglicemia de jejum e hiperglicemia pós-prandial.
Complicações na gestação decorrentes do DMG
Malformações congênitas
Distúrbios do crescimento fetal
Distócia de ombros
Prematuridade
Miocardiopatia hipertrófica
Asfixia perinatal
Hipoglicemia neonatal
Policitemia
Mortalidade perinatal
Cesáreas
Hemorragia pós-parto
Complicações a longo prazo no bebê advindo de uma gestação com DMG
Atraso do desenvolvimento neuropsicomotor
Transtorno da atenção e hiperatividade
Transtorno do espectro autista
Obesidade abdominal
Hipertensão arterial
Diabetes mellitus
Que valores do TOTG dão diagnóstico de DMG?
Já dá o diagnóstico com apenas 1 desses valores alterado:
Jejum ≥ 92-125 mg/dL
1 hora ≥ 180 mg/dL
2 horas ≥ 153-199 mg/dL
Hemoglobina glicada é um bom exame para avaliar DMG?
Não,
A HbA1C (fração glicosilada da hemoglobina), que é amplamente utilizada para avaliação do controle glicêmico fora da gestação, não é um bom método durante a gestação. A hemodiluição fisiológica e o aumento no turnover de células vermelhas, com diminuição da meia-vida das hemácias, compromete a avaliação desses resultados.
Por que na gestante sem diagnóstico de DMG iremos repetir o exame com TOTG entre 24-28 semanas?
Há um aumento dos hormônios contra-insulínicos a partir de 24 semanas de gestação, por isso que repete o exame entre 24-28 semanas.