Sangramento gestacional Flashcards
Sangramento gestacional
1 metade (até 12 semanas)
Etiologias principais
- Abortamento
- Doença Trofoblástica Gestacional (mola hidatiforme)
- Gestação ectópica
Mola Hidatiforme
- Definição
- Quadro clínico: como está o BHCG? E o volume uterino? Outros sintomas?
- Forma benigna da doença trofoblástica gestacional
- Espermatozóide fecunda óvula vazio (sem material genético materno)
Quadro clínico
- BHCG MUITO ELEVADO(3500~5000)
- Volume uterino incompatível com a idade gestacional
- O sangramento vaginal entre 4 e 16 semanas é comum, assim como a pressão elevada(PRÉ ECLAMPSIA NO 1 TRIMESTRE)
Mola hidatiforme
- Critérios de malignização
- Conduta se suspeita de malignização
Critérios de malignização:
- 3 dosagens de B-HCG em ascenção de 10% ou mais
- 4 valores de B-HCG em platô iguais ou próximos
- B-HCG positivo após 6 meses
- Presença de metástases a distância
INICIAR QUIMIOTERAPIA+METOTREXATE SE ALGUM CRITÉRIO POSITIVO
- Solicitar USGTV com DOPPLER se malignização
- Depois de tratar, fazer raio-x para avaliar possível metástase pulmonar, se presente investigar abdome e crânio com RNM
Mola hidatiforme
- Tratamento e seguimento
- Pode evoluir para neoplasia trofoblástica maligna em 20% dos casos, portanto, precisa ser tratada urgentemente
Tratamento consiste em duas fases.
A primeira é o esvaziamento uterino (por vácuo aspiração/AMIU)
A segunda é o seguimento clínico com dosagens seriadas de B-HCG semanal
- Até 3 resultados negativos
- E depois B-HCG mensal por mais 6 meses para evitar evolução para neoplasia trofoblástica gestacional
Sangramento 1 metade gestação
Gestação de localização indeterminada/ incipiente
Definição
Quando há BHCG>3500 é obrigatória a presença de Saco Gestacional no USGTV
- Se presente, é uma gestação tópica
- Se ausente, mas presente em anexos (ovários e trompas de falópio), é gestação ectópica
- Porém, se ausente em anexos tbm, é uma gestação de localização indeterminada e precisa ser avaliada por laparoscopia diagnóstica!
Gestação Ectópica
Tratamento
Definição
- BHCG>3500+Saco Gestacional em anexos uterinos (tubas ou ovários)
Conduta (imagem)
- A principal diferença entre a conduta expectante e o uso de Metotrexate é a se o BHCG está involuindo ou não
- Usar Metotrexate apenas se BHCG<5000, sem BCF, massa menor que 3,5 cm
- Cirurgia apenas se instabilidade e massa > ou igual a 3,5 cm
Aborto
Colo uterino aberto/pérvio e impérvil (x< 20-22)
Possiveis diagnósticos
Pérvio (3is), Aborto:
- Inevitável/em curso
- Incompleto
- Infectado
Impérvio
- Aborto retido
- Aborto completo
- Ameaça de abortamento
Aborto inevitável/ em curso (x< 20-22)
Conduta
< 12 semanas:Esvaziamento Uterino
- Amiu (preferível, menos traumático)
- Curetagem
> 12 semanas
- Misoprostol
Aborto inevitável/ em curso (x< 20-22)
- Altura uterina? Colo?
- Sangramento ativo
- Altura uterina compatível com IG
- Instabilidade
- Colo aberto/pérvio
Ameaça de abortamento (x< 20-22)
- Quadro clínico: achados de imagem? Colo uterino? Altura uterina? Embrião?
- Conduta
- Sangramento na primeira metade da gestação
- USG evidenciando hematoma pós descolamento do saco gestacional
- Colo impérvio
- Altura uterina compatível com IG
- Embrião vivo
- Conduta: expectante se estável, internar se sangramento excessivo
Mola hidatiforme
Classificação
Aborto incompleto (x< 20-22)
- Quadro clínico: altura uterina? Colo? USG? Endométrio?
- Conduta?
- Altura uterina menor que IG
- Colo uterino pérvio
- USG evidenciando restos ovulares
- Endométrio heterogêneo (Eco endometrial > 15 / 20mm - divergências de literatura)
- Conduta: esvaziamento uterino
Aborto infectado (x< 20-22)
Quadro clínico e tratamento
Quadro clínico
- Dor abdominal
- Sangramento vaginal com odor fétido e febre
- Na suspeita, solicitar triagem infecciosa
Tratamento (Esquema EV)
Fazer ATB até que paciente esteja assintomático por 48 horas
Esvaziamento uterino assim que iniciado ATB
- Ampicilina + Gentamicina + Metronidazol
- Clindamicina + Gentamicina
Aborto retido (x< 20-22)
- Quadro clínico: estado do embrião e do colo
- Conduta
- Embrião sem vida
- Colo uterino impérvio
- Pode ter conduta conservadora a depender do serviço
Aborto completo (x< 20-22)
Quadro clínico: altura uterina e colo?
- Altura uterina menor que esperado pela IG
- Colo impérvio
- USG com eco endometrial < 15/ 20 mm (divergências na literatura)
- Necessário confirmar embrião tópico prévio, podendo se tratar de gestação incial ou ectópica
Gestação ectópica
Fatores de risco
- Gestação Ectópica prévia
- Cirurgia tubária prévia
- Infecção (DIP)
- Gravidez após contracepção de emergência
Sangramento 2 metade da gestação
Defina-os
- DPP
- Roturas (uterinas, vasa prévia e seio marginal)
- Placenta prévia
PS: NUNCA REALIZAR TOQUE ANTES DO EXAME ESPECULAR
PLACENTA PRÉVIA
- QUADRO CLÍNICO
- Pode ser tocada?
- Qual o principal fator de risco?
Diagnósticada sempre entre 26-29 semanas
Mnemônico PREVIA
- Progressivo
- Repetição
- Espontâneo/imotivado início súbito
- Vermelho vivo
- Indolor
- Ausência de SFA ou HIPERTONIA
PS: NUNCA PODE SER TOCADA
PS2: CICATRIZ UTERINA PRÉVIA (cesarea) É FATOR DE RISCO
Placenta prévia
- Diagnóstico: semana, exames
- Conduta: quando fazer corticoterapia?
Diagnósticada sempre entre 26-29 semanas
- (Diagnóstico):
- Exame especular
- USG em seguida ( com 28 semanas)
Conduta
Feto a termo: parto
Feto pré-termo: avaliar estado hemodinâmico
- Sangramento intenso (instável): parto
- Sangramento leve-moderado: corticoterapia (< 34 semanas)
PS: NUNCA PODE SER TOCADA
PS2: CICATRIZ UTERINA PRÉVIA (cesarea) É FATOR DE RISCO
Vasa prévia
- Definição: quando se rompem? Qual vaso é mais perigoso?
- Quadro clínico: mãe sente algo? Quando?
- Tratamento?
Definição:
- Sangramento da segunda metade da gestação (>20-22 semanas)
- Anomalia dos vasos umbilicais
- Eles se manifestam entre o bebe e o canal vaginal
- Se rompem quando há rotura das membranas (ammniorexe/amniotomia)
- Veia umbilical (pior prognóstico)
- Artéria umbilical (melhor prognóstico, possui artéria extra)
Quadro clínico:
- Sintomas exclusivamente fetais
- Sangramento vaginal excessivo na amniorexe/amniotomia
- Bradicardia fetal
Tratamento
- Cesárea eletiva (a partir de 36 semanas)
- Cesárea de urgência (se diagnostico incompleto)
DPP
- Definição:
- Quadro clínico: características do útero e do sangramento
Definição:
- Sangramento da segunda metade da gestação (> 22 semanas)
- Ocorre dequitação placentária antes da hora
- Isso provoca coagulo retroplacentário que gera contração uterina
- EMERGÊNCIA MÉDICA
Quadro clínico
- Hipertonia uterina
- Sofrimento fetal (taqui/bradicardia)
- Sangramento doloroso discreto e escuro
DPP
- Diagnóstico: 2 características marcantes
- Tratamento: feto vivo ou morto e conduta imediata para alívio da pressão
Diagnóstico
- Clínico
- Hipertonia uterina+instabilidade materna ou fetal
Tratamento
- CONDUTA IMEDIATA: Amniotomia se dilatação cervical (diminui pressão intrauterina)
Feto vivo:
- Interrupção da gestação pela via mais rápida, geralmente cesariana
- Se parto eminente ( De Lee +2cm ), preferir via vaginal/obstétrica
Feto morto:
- Grave
- Preferir via vaginal
- Cesarea se paciente INSTÁVEL
Rotura uterina
Fator de risco, diagnóstico
Definição:
- Ruptura de todas as camadas da parede uterina, incluindo serosa, durante parto
Fator de risco:
- Cesareas previas (risco aumenta proporcional a quantidade)
- Obstrução do canal de parto (desp.cefalo-pélvica, tumor, sinéquia)
- Indução do parto
- Drogas uterotonicas em mulheres sem cesareas prévias
Rotura Uterina
Conduta
Iminência de rotura: cesárea de urgência imediatamente
Rotura consumada:
- Histerorrafia (lesão pequena)
- Histerectomia (lesão grande, útero degolado)-após extração total
Hemorragia pós parto secundária
Definição
Ocorre após 24 hrs de parto e até 12 semanas de pós-parto
Sangramento pós-parto imediato
- Definição
Sangramento até 24 hrs
Hemorragia pós parto
- Vaginal
- Cesarea
Definição
Parto vaginal
- Perda de mais de 500 ml de sangue após parto vaginal
Parto cesárea
- Perda de mais de 1000 ml após cesárea