Gestação-Síndromes Flashcards
Síndrome hipertensiva gestacional
HELLP
Critérios, quadro clínico
- H (hemólise): BT>1,2 mg/dl, DHL>600 U/L
- EL (elevação liver): TGO>70 UI ou o dobro do valor de referência usado
- LP (low plaquetelets): plaquetas< 100.000
- PS: HIPERTENSÃO NÃO É CRITÉRIO DIAGNÓSTICO OBRIGATÓRIO!!
Quadro clínico
- Dor epigástrica ou em hipocôndrio direito
- Cefaléia, mal-estar
Síndrome hipertensiva gestacional
HELLP
- Conduta
- Contraindicação
- Via de parto
Condutas
- Sulfato de magnésio na admissão mantido no parto e até 24-48 hrs pós-parto. Serve para evitar crises convulsivas
- Se histórico de hipertensão gestacional, fazer AAS e Carbonato de cálcio para prevenção.
- Menos de 50.000 PLAQUETAS contraindica raquianestesia por risco de sangramento, se necessitar de cesarea, fazer sob anestesia geral
- Via de parto é obstétrica(vaginal)
Diabetes Gestacional
Rastreio
- Principal fator de risco é o ganho de peso excessivo
- 1 única medida confirma diabetes
MACETE
- 92-180-153: jejum. 1 hora e 2 horas, qualquer valor maior ou igual indica DIABETES GESTACIONAL
- Se jejum maior que 126 ou qualquer pós prandial > 200 é DIABETES PRÉVIA
Diabetes Gestacional
- Principal fator de risco
- Quantas medições são necessárias para confirmar diagnóstico?
- Tratamento não farmacológico e quando iniciar o farmacológico?
- Alguma conduta no pós-parto?
- Principal fator de risco é o ganho de peso excessivo
- 1 única medida confirma diabetes
- Orientar dieta de baixo teor glicêmico
- Orientar atividade física diária por no mínimo 30 minutos
- Se diabetica gestacional refratária ao tratamento não medicamentoso (mais que 30% do perfil glicêmico alterado) após 2 semanas, iniciar insulinoterapia
- DMG deve realizar TOTG75g 6-12 semanas após o parto
Parto >41 semanas
Conduta
- MS indica resolução do parto
- Para avaliar o melhor método, deve-se usar o índice BISHOP, quanto maior, mais preparado esta o colo para parto
BISHOP maior que 6: induzir parto com Ocitocina, não há contraindicação em caso de cesarea anterior - BISHOP menor que 6: preparar o colo com Misoprostol ou Método de Krause (Sonda de Foley)
- Todavia se contraindica o misoprostol se cesarea anterior por risco de rotura uterina. usaremos uma Sonda de Foley
Contraindicações de amamentação
Absolutas, relativas e respectivas condutas
Absolutas: HIV,HTL,Drogas ilicitas,Câncer de mama, fármacos (antineoplásicos, citotóxico, quimioterápicos, contrastes com radioisótopos), Psicose puerperal, Glactosemia no RN
Relativas:
- Herpes simples: se presença de vesículas, amamentar na mama sadia ou ordenhar leite e oferecer no copinho até cicatrizar feridas
- TB pulmonar: Ordenhar e oferer leite no copinho (TB não afeta mamas), como o contágio se dá por contato próximo, só pode haver contato mãe-bebe 2 semanas após tratamento com baciloscopia negativa
- A partir de 3 meses, o RN pode fazer uso de isoniazida
- VARICELA (apenas se presente nos ultimos 2 dias de gestação até 5 dias pós-parto): afastar RN da mãe, oferecer imunoglobulina para RN, ordenhar leite se não houver lesões mamárias.
- SARAMPO: isolar a mãe até 72h após surgimento do exantema. Ordenhar e oferecer leite após RN receber imunoglobulina especifica.
- Se sarampo surgiu durante amamentação, não precisa separar mãe e bebe, o leite contem Imunoglobulina A que combate a infecção no RN.
- HEPATITE A: admnistrar imunoglobulina, não suspender a amamentação
- HEPATITE B: realizar aleitamento após admnistrar imunoglobulina nas primeiras 12 hrs de vida além de primeira dose de vacina
- HEPATITE C: cuidado em caso de lesões mamárias com sangue, fica a critério da mãe amamentar ou não.
- COVID-19:sem contraindicação, apenas lavar mão antes e depois da mamada e usar máscara
- CMV: contraindicado se RN premautro extremamente precoce
Em casos de necessidade de inibição da lactação:
- Causas: óbito fetal, HIV
- Conduta: Carbegolina 1MG VO DU (2 cp 0,5 mg)
- Segunda opção: Bromocriptina 2,5 mg 2cp VO 2x/dia 14 dias
- Previne ingurgitação mamária e mastite puerperal
ITU gestacional
- Quando é recorrente?
- Tratamento?
- Profilaxia?
ITU recorrente: 2 episódios de cistite ou bacteriúria assintomática na gestação ou antecedente de ITU recorrente prévio a gestação (3 EPISÓDIOS EM 1 ANO) ou 1 episódio de pielonefrite
Tratamento:
- Nitrofurantoína 100 mg 6/6h 5 dias (EVITAR NO 1 TRIMESTRE -RISCO DE MALFORMAÇÕES E 3 TRIMESTRE-RISCO DE ANEMIA HEMOLÍTICA FETAL) ou
- Cefalexina 500 mg
- Ampicilina 500 mg
Cistite não complicada: Fosfomicina, Trometamol e Nitrofurantoína
Profilaxia (se ITU recorrente):
- Ampicilina 500 mg 6/6 hrs 7 dias + Nitro profilática 1x/dia ou CEFALEXINA PROFILÁTICA
PS: NUNCA USAR QUINOLONA (NOR-CIPRO-FLOXACINO), INDUZ MALFORMAÇÃO ARTICULAR FETAL
HAS VS HAS gestacional
- Diferença
- Hipertensão arterial crônica: diagnosticada antes da gestação ou até a 20 semana
- Hipertensão gestacional: PA> ou igual a 140/90mmHG a partir da 20 semana, sem proteinúria ou sintomas de pré-eclâmpsia
Pré-Eclâmpsia
- Definição
- Pré-Eclâmpsia: PA> ou igual a 140/90mmHG no parto ou puerpério imediato com proteinúria (>300mg/24hrs) OU comprometimento sistêmico na ausência de proteinúria (trombocitopenia, disfunçaõ hepática, disfunção renal, edema agudo de pulmão, iminência de eclâmpsia ou eclâmpsia e comprometimento placentário com restrição de crescimento fetal/alteração de doppler)
Iminência de eclâmpsia VS Pré Eclâmpsia sobreposta
- Definição
- Iminência de Eclâmpsia: Pré-Eclâmpsia+cefaléia,estocomas ou epigastralgia
- Pré-Eclâmpsia sobreposta a HAS: previamente hipertensa com surgimento ou piora da proteinúria a partir da 20 semana, ou piora dos níveis pressóricos, necessitando de drogas antihipertensivas ou lesão de orgão alvo
Pré-eclâmpsia e eminência de Eclâmpsia
- Critérios diagnósticos
- Conduta
PRÉ ECLÂMPSIA:
-
PA (≥) 140/90 + proteinúria (>300mg/24hrs)
ou lesão de orgão alvo (na ausência de proteinúria)
EMINÊNICA DE ECLÂMPSIA (TRÍADE)
- Pré-Eclâmpsia+Sintomas visuais (estocomas)+dor em hipocôndrio direito/epigastro
CONDUTA:
- Sulfato de magnésio a 50%(previne convulsões) nos esquemas abaixo (escolher um)
- Gluconato de cálcio deve estar disponível como antídoto em caso de toxicidade pelo magnésio
Fatores de risco para Eclâmpsia e prevenção
FATORES DE RISCO
- Idade>40 anos
- Obesidade
- Síndromes metabólicas
- Pré-Eclâmpsia Prévia
- HAS
- DM gestacional
- LES
PREVENÇÃO
- AAS 100mg/d-iniciando a partir de 12 semanas até 36 semanas
- Carbonato de Cálcio 1000-2000 mg/dia- iniciar com 12 semanas e manter até fim da gestação
Sangramento primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional
- O que é a mola hidatiforme?
- Seu principal sintoma ocorre com quantas semanas?
- Tratamento
- Exame pós tratamento
- Critérios de malignização
* Forma benigna da doença trofoblástica gestacional
* Espermatozóide fecunda óvula vazio (sem material genético materno)
* Pode **evoluir para neoplasia trofoblástica maligna em 20% dos casos**, portanto, precisa ser tratada urgentemente
* O **sangramento vaginal entre 4 e 16 semanas** é comum, assim como a pressão elevada
**Tratamento** consiste em duas fases.
* A primeira é o **esvaziamento uterino** (por vácuo aspiração)
* A segunda é o seguimento clínico com dosagens seriadas de **B-HCG semanal até 3 resultados negativos+B-HCG mensal por mais 6 meses para evitar evolução para neoplasia trofoblástica gestacional**
* Depois de tratar, fazer **raio-x para avaliar possível metástase pulmonar**
**Critérios de malignização:**
* **3 dosagens de B-HCG em ascenção de 10%** ou mais
* **4 valores de B-HCG em platô** ou
* **B-HCG positivo após 6 meses**
Sangramento primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional
Mola parcial (incompleta)
- Definição
- Carga genética
- Prognóstico (risco de malignização e diferenciação dos tecidos)
* **2 espermatozoides fecundam 1 ovulo normal**
* Feto **triploide**
* Há formação de **tecido fetal (bem mais diferenciado)**
* Melhor prognóstico, **menor risco de malignização**
* Quadro clínico de **aborto incompleto**
Sangramento primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional
Mola completa
- Definição
- Carga genética
- Prognóstico (risco de malignização e diferenciação dos tecidos)
* **1 espermatozóide normal fecunda 1 óvulo vazio**
* **Apenas genes paternos**, sem formação de embrião ou anexos
* Diploide **46 XX/XY (duplicação apenas dos genes paternos)**
* Risco de **15-20% de malignização**
* Sem feto,sem anexos, **sem nenhum tecido formado**
Eminência de Eclâmpsia
- Conduta
Iminência de Eclâmpsia:
- Anti-hipertensivo de ação rápida:
Hidralazina - Sulfato de magnésio para prevenir Eclâmpsia
- Solicitar exames para síndrome HELLP
Antibióticos e medicamentos na gestação
- Quais evitar?
- Quinolonas: evitar em qualquer trimestre, causa malformação articular fetal
- Nitrofurantoína:evitar no 1 trimestre (malformação) e 3 trimestre (anemia hemolítica materna e fetal)
- Varfarina: teratogênico
TVP/trombofilia gestacional
- Quadro clínico
- Diagnóstico: exames são necessários? D-dímero é útil?
- Conduta? Precisa aguardar exames? Há alguma contraindicação?
Quadro clínico: semelhante a TVP normal, cursando com dor, edema em MMII assimétrico e hiperemia
- Se clínica clássica, iniciar tratamento imediatamente, antes mesmo do diagnóstico
- Devido a gestação cursar naturalmente com um estado pró-trombótico, o D-dímero pode estar naturalmente aumentado, então ele não é um bom fator diagnóstico
- Diagnóstico é por USG Doppler (Duplex Scan), porém não precisamos esperar seu resultado para iniciar tratamento!
Tratamento é com HBPM (Enoxaparina)
- NUNCA USAR VARFARINA
PTI gestacional
- Definição: que autoanticorpo está envolvido?
- Conduta: é necessária transfusão?
- Doença caracterizada por auto-anticorpos IGG que se ligam a plaquetas e são destruídas por macrofagos, causando plaquetopenia
- Na gestação, os autoanticorpos IGG atravessam a placenta, causando trombocitopenia fetal autoimune, petequias neonatais e hemorragia ventricular
Tratar com corticoesteroides e se refratário, imunoglobulinas
- Só transfundir plaquetas se as mesmas estiverem abaixo de 10.000
Anemia gestacional
Definição e conduta
Definição:
- HB< 11 (primeiro e terceiro trimestre)
- HB< 10,5 (segundo trimestre)
Conduta:
- Suplementação FE elementar 40 mg/dia a partir de 20 semanas
- Ácido fólico 400-800 ug iniciados 1 mês antes da concepção até 12 semanas(primeiro trimestre)
Profilaxia gestacional para EGB
Indicações?
- Profilaxia adequada: 2 doses de penicilina EV com intervalo de 4h antes do parto
Gestação poligótica e monozigótica
Diferenças
Polizigótica
- Fecundação de mais de óvulo
- Sempre dicoriônicas e diamnióticas
Monozigótica
- O óvulo fecundado se divide
- Se divisão ocorrer em até 72 hrs: gestação dicorionica e diamniótica (2 placentas e 2 sacos amnióticos)
- Se divisão ocorreu entre o 3-8 dia: monocorionica e diamniotica
- Se divisão ocorreu entre 8-12 dia: monocorionica e monoamniótica
- Quando divisão ocorre após o 12 dia: gêmeos unidos
PS: gestações monocoriônicas podem gerar gêmeos arcádicos
Sinal de Lambda X Sinal do T
Definição
Sinal de Lambda
- Indicativa de gestação dicorionica (2 placentas)
- USG do primeiro trimestre demonstra 2 sacos gestacionais com um septo espesso entre eles
Sinal do T
- Indicativo de gestação monozigótica e monocorionica
- Detectado a partir da sétima semana
- Fusão de saco gestacional com uma membrana fina
Imunoglobulina anti-D
Quando realizar?
- Mãe RH-
- COOMBS INDIRETO NEGATIVO
- Filho RH +
Incompatibilidade ABO
- Tipo sanguíneo da mãe e do filho para ocorrer?
- Mãe: sangue tipo O
- Filho: sangue tipo A ou B
Mãe (O) cria anticorpos Anti-A ou Anti-B