Retinopatia Diabética Flashcards

1
Q

Qual a principal vasculopatia da retina?

A

Retinopatia diabética

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quantos diabéticos existem no mundo? Quantos deles terão RD?

A

642 milhões
1/3 terão RD
1/3 destes terão RD que ameaça a visão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais os fatores de risco para RD?

A
  • Tempo de doença (mais importante)
  • Mal controle clínico (pior prognóstico e maior progressão) - 2º mais importante
  • Tipo de diabetes (DM1 é pior)
  • Maior prevalência em usuários de insulina
  • Mais edema em usuários de glitazonas
  • HAS - Amplifica dano vascular
  • Tabagismo
  • Gestação - RD piora na gestante
  • Nefropatia - pior prognóstico e maior gravidade
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

De acordo com o tipo de DM, qual o risco de ter RD?

A

DM1: 0% (geralmente é sintomático)
DM2: 5% ao diagnóstico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quando deve ser feito o rastreio de RD após o diagnóstico de DM?

A
  • DM1 - Após 5 anos
  • DM 2 - Imediatamente
  • Gestantes - No 1º trimestre (se diabéticas) e trimestralmente
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual a porcentagem de diabéticos que terão RD após 20 anos de doença?

A
  • DM1: 90%
  • DM2: 50%
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a principal conduta para tratamento da retinopatia diabética?

A

Controle glicêmico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual antidiabético oral piora o edema macular?

A

Glitazonas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais os mecanismos de dano precoce na RD?

A
  • Estresse oxidativo
  • Produtos finais de glicação
  • Ativação da Proteína C Quinase
  • Aumento da via da hexosamina
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Quais as alterações histopatológicas precoces na RD?

A
  • Perda de pericidos
  • Espessamento da membrana basal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Qual a primeira lesão fundoscópica na RD?

A

Microaneurismas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais lesões seguem os microaneurismas e qual seu mecanismo na RD?

A

Devido à quebra da BHI, desenvolvem-se hemorragias, exsudatos e edema macular.

Outro fenômeno importante é a oclusão de capilares, que gera a maculopatia isquêmica, uma condição grave e intratável, com prognóstico ruim.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual a fisiopatologia da RD proliferativa?

A

A isquemia difusa da retina aumenta a produção de VEGF, que aumenta a permeabilidade vascular e também propricia o surgimento de neovascularização.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Como se identificam os microaneurismas?

A

Pequenos pontos vermelhos no PP
Hiperfluorescentes na AGF

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais os tipos de hemorragias e suas localizações na RD?

A
  • Chama de vela: camada de fibras nervosas
  • Ponto-borrão: nuclear interna e plexiforme externa.

São hipofluorescentes na AGF.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais os tipos de exsudatos na RD?

A
  • Duros: Extravasamento de lipídios na plexiforme externa
  • “Moles” (algodonosos): infarto da camada de fibras nervosas
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

O que é o beading venoso?

A

Veias “ensalsichadas”, que são comuns na retinopatia diabética. Têm várias constrições ao longo do vaso.

18
Q

O que são IRMAs?

A

Vasos colaterais restritos à MLI e que não extravasam à AGF.

Surgem para tentar superar as áreas de isquemia capilar.

19
Q

Qual estudo definiu os achados da retinopatia diabética?

A

ETDRS

20
Q

Como se classifica a RD não proliferativa segundo o ETDRS e qual o prognóstico de cada classe?

A

LEVE
* MA + MH em menos de 4 quadrantes
* 1% viram RDP de alto risco em 1 ano.

MODERADA
* Não preenche critérios para grave.
* 3% viram RDP de alto risco em 1 ano.

GRAVE
* Regra 4-2-1: 4 quadrantes com > 20 MH/MA, 2 quadrantes com beading e 1 quadrante com IRMAs.
* 15% viram RDP de alto risco em 1 ano.

MUITO GRAVE
* 2 ou mais critérios da grave
* 45% viram RDP de alto risco

21
Q

Em qual estágio da RDNP se indica panfotocoagulação?

A

Apenas na muito grave.

22
Q

Quais as lesões elementais da RDNP?

A
  • Microaneurismas
  • Microhemorragias
  • Exsudatos duros e algodonosos
  • Edema macular
  • Beading venoso
  • IRMAs
23
Q

Quais lesões elementares não fazem parte da classificação ETDRS de RDNP?

A

Exsudatos e edema macular.

24
Q

Quais as 3 complicações mais relevantes da RD?

A
  • Neovascularização
  • Maculopatia isquêmica
  • Edema macular diabético
25
Q

O que é maculopatia isquêmica?

A

Aumento da zona avascular da fóvea por oclusão capilar na RD.

O prognóstico é ruim e não há tratamento.

26
Q

Quais lesões são consideradas retinopatia diabética proliferativa de alto risco?

A

São pacientes com risco de perder 3 linhas de AV em 5 anos.

  • Neovasos de disco > 1/4 DD¹
  • Neovasos de retina > 1/2 DD
  • Hemorragia vítrea
  • Descolamento de retina tracional

1 - Diâmetro de disco.

27
Q

Como se trata a retinopatia diabética proliferativa?

A

Panfotocoagulação.

Reduz em 50% o risco de perda visual grave.

28
Q

Como funciona a panfotocoagulação?

A

Reduz a área de retina isquêmica ao destruí-la, o que reduz a produção de VEGF e aumenta a disponibilidade de oxigênio para as partes centrais da retina.

29
Q

Quais os parâmetros recomendados para a panfoto?

A
  • Mira: 200-500
  • Tempo: 0,1-0,5s
  • Laser: Argônio
  • Potência: Suficiente para deixar uma marca branca
  • Disparos: 1200 a 2000
  • Sessões: 3 a 4 (pode ser em uma)
  • Ordem: N - I - S - T
  • Evitar mácula, nervo, vasos e neovasos.
30
Q

Quais as complicações mais comuns da panfotocoagulação?

A

INFLAMAÇÃO
Descolamento de coroide
DR Exsudativo
Edema macular

DANO INTENCIONAL À PERIFERIA
Perda de campo periférico
Nictalopia
Redução de contraste e cores

LESÃO DOS NERVOS CILIARES POSTERIORES LONGOS
Midríase
Perda de acomodação
Redução de sensibilidade da córnea

31
Q

O que diz o Protocolo S da DCRnet?

A

O Anti-VEGF é tão eficaz quanto a panfotocoagulação para controle de neovasos.

Pode usar Anti-VEGF temporariamente para dar “mais tempo” para fazer a panfoto, que é um tratamento duradouro.

32
Q

O que diz o DRVS (Diabetic Retinopathy Vitrectomy Study)?

A

Vitrectomia é indicada em:
* HV que não melhora em 6 meses
* HV precoce em DM1
* DRT que ameaça a mácula
* DRT + DRR
* Glaucoma de células fantasmas
* Tração macular

33
Q

Qual a frequência de edema macular diabético na RD?

A

30% no DM1 após 20 anos
20% no DM2 após 20 anos

34
Q

Qual a fisiopatologia do edema macular diabético?

A

O aumento da permeabilidade vascular gera extravasamento de líquido para a camada plexiforme externa e nuclear interna.

Mesma camada da hemorragia em ponto-borrão.

35
Q

Qual a principal causa de perda visual na RD?

A

Edema macular diabético

36
Q

V ou F

O edema macular pode ser difuso ou focal

A

Verdadeiro

37
Q

Como se define o EMD clinicamente significativo?

Qual estudo definiu isso?

A
  • Espessamento dentro de 500 micra do centro da mácula
  • Exsudatos duros dentro de 500 micra do centro da mácula + espessamento adjacente
  • Espessamento de 1 DD (1500 micra) em qualquer parte dentro de 1DD (1500 micra) do centro da mácula

ETDRS

38
Q

Qual o algoritmo para tratamento do EMD?

A
  1. Definir se maculopatia isquêmica: AGF/OCTA
  2. Definir se tratamento cirúrgico (tração, HV, etc): OCT/Biomicro
  3. Definir a localização, se > 500 micra da fóvea - Laser focal
  4. Se na fóvea, seguir o DCRNET - Anti-VEGF mensal, T&E ou PRN
39
Q

Como é o esquema Pro Re Nata?

A
  • 3 doses mensais de carregamento
  • Depois, todo mês fazer exames.
  • Se tiver edema, fazer injeção.

É ruim porque vem todo mês e não sabe se vai aplicar.

40
Q

Como funciona o esquema tratar e estender?

A

Após as 3 doses de carregamento mensais, a cada avaliação adicionar 2 semanas de intervalo entre as injeções.

Avaliar em todas as visitas, e se tiver edema, retornar 2 semanas.

Pode ir até 12 semanas de intervalo.

41
Q

Quando é possível substituir o Anti-VEGF por corticoide?

A
  • Preferir em pseudofácicos (corticoide dá catarata) e sem glaucoma
  • Gestantes
  • Refratários ao Anti-VEGF