Degeneração Macular Relacionada à Idade Flashcards
Qual a principal causa de cegueira acima de 50 anos no Ocidente?
DMRI
Quais os fatores de risco para DMRI?
- Idade (10% - 65 anos | 25% > 75 anos)
- Etnia branca
- Tabagismo
- Obesidade
- HAS
- Heriditariedade (3x mais risco se HF+)¹
- Exposição à luz solar (controverso)
- Íris clara (controverso)
Genes CFH e ARMS2
Quais os genes envolvidos na DMRI?
CFH
ARMS2
Quais os tipos de DMRI e suas frequências?
- Seca - 90% dos casos, 20% das cegueiras
- Úmida - 10% dos casos, 80% das cegueiras
Quais as alterações da DMRI Seca?
- Drusas
- Alterações pigmentares
- Atrofia geográfica
Qual o sinal mais característico da DMRI?
Drusas
Qual a composição das drusas?
Material hialino e rico em lipídios.
O que são as drusas?
Excrescências do EPR
Quais os tipos fundoscópicos de drusas?
- Drusas duras - pequenas, bem delimitadas, comuns e de baixo risco
- Drusas moles - grandes, mal delimitadas, confluentes e de alto risco.
Quais os riscos de conversão para DMRI Tardia nas drusas moles?
13%
Se acompanhado de alteração pigmentar, 50%.
Como se classificam as drusas pelo tamanho?
- Pequenas: < 63 micra
- Médias: 63-125 micra
- Grandes: > 125 micra
Quanto maior, pior.
Qual o padrão tomográfico das drusas?
Duras: Elevações hiperrefletivas entre o EPR e a membrana de Bruch.
Moles: Agregam-se e formam áreas de DEP drusenoide¹
Quanto maior o DEP, maior o risco.
- CBO - 1000+ micra; AAO - 350+ micra
Quais as características angiográficas das drusas?
Hiperfluorescência por defeito em janela e staining.
V ou F
Alterações pigmentares aumentam o risco de progressão da DMRI seca.
Verdade.
Qual o padrão angiográfico nas alterações pigmentares da DMRI?
Drusas são hiperautofluorescentes, mas nas áreas de hipertrofia do EPR há efeito de bloqueio.
O que é a atrofia geográfica?
Fase avançada da DMRI seca, caracterizado pela morte do EPR.
Qual o tamanho médio da atrofia geográfica?
Geralmente é maior que 175 micra
Qual o padrão de autofluorescência na atrofia geográfica?
Área central hipofluorescente com bordas hiperfluorescentes, indicando áreas de sofrimento.
Qual o padrão angiográfico da atrofia geográfica?
Hiperfluorescente por defeito em janela
Qual o padrão tomográfico da atrofia geográfica?
Atrofia do EPR, fotorreceptores e complexo coriocapilar, com aumento de refletividade posterior.
Como está a visão nos diferentes estágios da DMRI Seca?
Desde que a atrofia geográfica não acometa a fóvea, a visão tende a estar preservada, com sintomas subjetivos (metamorfopsia, etc).
Caso haja atrofia na fóvea, o prognóstico visual é péssimo e intratável.
Como manejar a DMRI Seca?
- Tratar fatores de risco
- Orientação
- Tela de AMSLER
- Suplementação vitamínica (AREDS 2)
Quais os achados do AREDS 2?
- Redução de taxa de progressão para formas graves em 25%
- Redução da perda moderada de visão em 20%
Quando indicar as vitaminas do AREDS 2?
DMRI Intermediária:
* Várias drusas médias ou
* uma drusa grande ou
* Atrofia Geográfica fora da fóvea.
DMRI Avançada em um Olho:
* Atrofia Geográfica na fóvea ou
* Neovascularização de Coroide na fóvea
Qual a formulação do AREDS 2?
- Vitamina C - 500 mg
- Vitamina E - 400 UI
- Luteína - 10 mg¹
- Zeaxantina - 2 mg²
- Zinco - 25 mg
- Luteína - TEN - 10mg
- Zeaxantina - Z parece 2 - 2 mg
O que caracteriza a DMRI Úmida?
Neovascularização de coroide
Qual a fisiopatologia da DMRI Úmida?
O sofrimento do EPR induz a produção de VEGF e a formação de neovasos de coroide.
Os vasos têm uma BHI ineficiente, causando exsudação, descolamento do EPR e líquido subretiniano.
Também podem ocorrer sangramentos, que, pela ação de fibroblastos, podem ser convertidos em cicatrizes disciformes.
Como fica a visão nos pacientes com DMRI Úmida?
BAV Rápida e progressiva.
No caso da cicatriz disciforme, não há prognóstico de recuperação.
Quais os padrões angiográficos da DMRI Úmida?
- MNV Oculta (87%): Neovasos de coroide sub-EPR, com limites mal definidos.
- MNV Clássica (13%): Neovasos entre o EPR e a retina, com limites bem definidos.
Como se classificam as NVCs na DMRI Úmida de acordo com sua localização?
Extrafoveal > 200 micra da fóvea
Justafoveal < 200 micra da fóvea
Subfoveal - Atinge o centro da fóvea.
Qual a classificação de Gass para DMRI Úmida?
- Tipo 1: Sub-EPR
- Tipo 2: Entre EPR e Retina
- Tipo 3: Proliferação angiomatosa da retina, com neovasos saindo da retina para a coroide
“Entre os dois” - Tipo 2
Qual o melhor exame para acompanhar a progressão da doença na DMRI Seca?
Retinografia Autofluorescente
Qual o melhor exame para acompanhar a progressão da doença na DMRI Úmida?
OCT
Como se define a presença de neovascularização de coroide ativa?
Hemorragias, edema, líquido subretiniano ou leakage na angiofluor.
Qual o objetivo e os achados do estudo MPS? Quando ele foi feito?
Estudar fotocoagulação para tratar neovascularização de coroide na DMRI Úmida.
Anos 80
Observaram que só era indicado em lesões clássicas (precisa ver o que você está atingindo) bem delimitadas extrafoveais (> 200 micras de distância).
Reduzia a progressão da piora da visão, porém causava um escotoma por matar a retina subjacente.
Quais os objetivos e achados dos estudos TAP e VIP?
Quando foram feitos?
Avaliação do PDT com verteporfina e laser de 690 nm para neovasos de coroide.
Anos 2000
O PDT era indicado para membranas justafoveais ou subfoveais
Quais as opções de tratamento para DMRI Úmida?
- Fotocoagulação
- PDT
- Anti-VEGF
Qual o melhor tratamento para DMRI Úmida? Por quê?
Anti-VEGF, pois é o único que gera ganho visual.
Quanto era o ganho médio de visão com Anti-VEGF na DMRI Úmida?
15 letras
Quais estudos avaliaram o efeito dos Anti-VEGF na DMRI Úmida?
- Ranibizumab (Lucentis) - ANCHOR e MARINA
- Aflibercept (Eylea) - VIEW1 e VIEW 2
- Bevacizumab (Avastin) - CATT
Resuma os três esquemas disponíveis de uso de Anti-VEGF na DMRI Úmida
- Mensal: Todo mês. É caro e inconveniente.
- Pro re nata: Loading dose (3 mensais), depois visitas mensais, só injeta se edema. Gera incerteza e “efeito sanfona”.
- Tratar e estender: Loading dose (3 mensais), depois injetar em todas as visitas, mas espaçar as visitas em 2 semanas todas as vezes que não tiver edema (máx. 12 semanas)¹
1. Se encontrar edema em alguma visita, regredir 2 semanas.