Descolamento de Retina Flashcards

1
Q

Qual o motivo, de acordo com a origem embriológica, do descolamento de retina?

A

O cálice óptico tem uma porção interna, que dá origem à retina, e uma externa, que dá origem ao EPR.

Estas duas camadas não são unidas por nenhum tipo de conexão, existindo um espaço virtual subretiniano.

O líquido pode se acumular neste espaço e separar a retina do EPR.

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2
Q

O que define o descolamento regmatogênico da retina?

A

A presença de uma rotura, buraco ou diálise retiniana que permitem a comunicação do espaço subretiniano com o vítreo.

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3
Q

Quais as causas de DR tracional?

A

Retinopatia diabética, falciforme, da prematuridade, OVCR e outras formas de neovascularização.

O tratamento é a VVPP para aliviar as trações.

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4
Q

Quais as características do DR exsudativo?

A

Não tem tração ou roturas
É mais convexo, com menos dobras
Respeita bem a gravidade
O tratamento é focado na causa.

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5
Q

Quais doenças geram DR seroso?

A
  • Tumores de coroide
  • Neovasos de coroide
  • Inflamação (Harada, esclerite posterior…)
  • CSC
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6
Q

Qual a epidemiologia do DRR e das roturas de retina?

A

10% da população tem roturas
1:10.000 indivíduos terão DRR

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7
Q

Quais as condições para uma rotura gerar um DRR?

A
  • Presença da rotura
  • Tração vítrea abrindo a rotura
  • Sinérese/Sínquise vítrea
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8
Q

Qual a frequência de pacientes com DVP sintomático que têm uma rotura?

A

10%

Se houver HV, sobe para 60%
Se houver tobacco dust, sobe para 95%

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9
Q

O que é o sinal de Shafer?

A

Poeira de tabaco no vítreo - altamente sugestivo (95%) de rotura retiniana.

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10
Q

Qual a frequência da lattice?

A

8%

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11
Q

O que é a lattice?

A

Retina atrófica + Vítreo doente aderido

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12
Q

Qual o local mais comum da lattice?

A

Temporal superior

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13
Q

Em que frequência a lattice é bilateral?

A

50%

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14
Q

O que são as lesões em snail track?

A

Lesões esbranquiçadas, com alta frequência de buracos atróficos.

Não geram DRR com frequência.

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15
Q

O que é o branco sem pressão?

A

Regiões de alta adesão vítrea, não necessariamente causam DRR, mas aumentam o risco de roturas.

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16
Q

V ou F

O buraco macular pode causar descolamentos de retina.

A

Verdadeiro, especialmente em altos míopes.

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17
Q

Como diferenciar uma retinosquise degenerativa de um DRR?

A
  • 50-80% das RS são bilaterais vs 10% no DRR
  • RS ocorre mais comumente em hipermétropes
  • RS é mais comum em temporal inferior
  • Escotoma absoluto na RS
  • RS marca com laser, DRR não
  • RS é menos móvel

As conexões estão íntegras no DRR

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18
Q

Em quais camadas ocorre a retinosquise degenerativa?

A

Plexiforme externa - típica
Camada de fibras nervosas - reticular (mais complicada)

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19
Q

Qual a frequência de complicações na retinosquise?

A

< 1%

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20
Q

Quais as complicações mais importantes da retinosquise?

A
  • Roturas
  • Progressão para a mácula

Tratar com laser ou VVPP

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21
Q

Quando tratar uma lesão predisponente?

A

Quando houver fatores de risco.

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22
Q

Quais os fatores de risco para DRR?

A
  • Miopia
  • Afacia ou pseudofacia
  • Implante 2º de LIO
  • Perda vítrea em faco de míope
  • Síndromes do colágeno: Marfan, Ehler-Danlos, Stickler
  • Trauma ocular
  • Histórico pessoal e familiar
23
Q

Qual as localizações mais comuns das roturas?

A

Temporal superior - 60%
Nasal superior - 15%
Temporal inferior - 15%
Nasal inferior - 10%

24
Q

O que é a regra de Lincoff?

A

Regras para localizar a rotura pela área descolada.

A) Se for DR inferior, o bolsão mais alto é o lado da rotura
B) Se os bolsões forem inferiores e iguais, está às 6h
C) Se forem bolsões inferiores bolhosos e simétricos, provavelmente é em calha (periferia superior)
D) Se for quase total, com a superior colada, a rotura está próxima da borda do descolamento
E) Se for quase total e tiver bolhoso inferior, a rotura é superior periférica.
F) Se apenas inferior estiver colado, a rotura é às 12h.

25
Quais os tipos de rotura e suas características?
* **Ferradura**: Aba com tração vítrea - Tratar quase sempre, com laser. * **Operculada**: O flap é arrancado e fica boiando no vítreo - Tratar conforme bom senso, com laser * **Gigante**: Mais de 90º - VVPP * **Diálise**: Geralmente traumática, não tem aba anterior. Tratar com laser (s/ DR) ou introflexão (c/ DR).
26
Qual o nível de evidencia para bloquear roturas em ferradura sintomáticas?
IA
27
Qual a frequência de descolamento em roturas em ferradura?
Sintomáticos - 95% Assintomáticos - 5%
28
Qual a frequência de múltiplas roturas no mesmo paciente?
50%
29
Qual a localização mais comum da diálise de retina?
Temporal inferior.
30
Como diferenciar um DRR antigo de um novo?
**Novo** * Móvel * Sem linha de demarcação * Sem cistos **Antigo** * Menos móvel * Linha de demarcação aos 3 meses * Cistos após 1 ano
31
Quais os principais fatores de bom prognóstico em DRR?
Mácula on Se mácula off, tratado em menos de 1 semana.
32
Como se faz a retinopexia pneumática?
1. Indentação sob anestesia 2. Crioterapia da rotura 3. Injeção gradual e contínua distante do bolsão com bizel voltado anteriormente 4. Paracentese de CA 5. Posicionamento de cabeça para tamponar a rotura 6. Caso não se faça crio, pode fazer laser após o fluido ser reabsorvido
33
Quanto tempo leva para o fluido subrretiniano ser reabsorvido na retinopexia pneumática?
8 horas
34
Quais as complicações da retinopexia pneumática?
* Aumento da PIO * Injeção subrretiniana de gás * Endoftalmite * Bolhas em *fish eggs*
35
Qual a relação entre altitude e gases expansíveis?
Quanto mais alto (p. ex: avião, serras), mais o gás expande.
35
Quais as características dos gases na retinopexia pneumática?
SF6 - 2x de expansão - usar 0,5 ml - dura 2 semanas C3F8 - 4x de expansão - usar 0,3 ml - dura 55-65 dias
36
Quais o cuidado especial com anestesia na retinopexia pneumática?
Não usar óxido nitroso, pois ele pode interagir e expandir mais os gases.
37
Quais as indicações para retinopexia pneumática?
* Roturas superiores * Rotura única ou múltiplas próximas * Boa visualização * Roturas pequenas (até 2h) * Ausência de PVR avançado * **Boa colaboração**
38
Como funciona a introflexão escleral?
Fechar as roturas reduzindo a tração vítrea
39
Quais os passos da introflexão escleral?
1. Peritomia límbica 2. Isolamento dos retos com algodão 0-0 3. Localização e criopexia das roturas 4. Posicionar o explante e ajustar a indentação, usando Mersilene 5-0 5. Passo opcional: drenagem de fluido SR por via escleral 6. Sutura de conjuntiva
40
Qual cuidado especial se deve tomar em relação à monitorização de pacientes durante uma introflexão escleral?
Monitoramento cardíaco devido ao risco de reflexo oculocardíaco ao manipular os músculos retos.
41
Quais as indicações para a introflexão escleral?
* Não poder usar pneumática * Rotura identificável e tratável * Meios claros e boa visualização * Ausência de PVR avançado * Preferir em pacientes fácicos
42
Quais as complicações da introflexão escleral?
**PERI-OPERATÓRIAS** * Perfuração escleral * Hemorragia subretiniana * Encarceramento de retina na janela escleral **PÓS-OPERATÓRIAS** * Diplopia * Isquemia de segmento anterior (pior em anemia falciforme) * Extrusão ou infecção * Aumento da PIO * DC * Edema macular cistoide * Miopização * Mal posicionamento: rotura em "boca de peixe"
43
Qual o cuidado no tratamento de DR em pacientes falciformes?
Não fazer introflexão escleral pelo risco de isquemia do segmento anterior
44
O que é uma rotura em boca de peixe?
Complicação da introflexão escleral, onde o mal posicionamento da faixa faz com que uma borda da rotura fique introfletida e a outra não, aumentando mais ainda a rotura e causando estrias retinianas.
45
Quais os passos da VVPP?
1. Esclerotomias 2. Visualização 3. *Core vitrectomy* 4. DVP e triancinolona 5. Base vítrea 6. Perfluorcarbono ou troca fluido-ar 7. Endolaser 8. Substituto Vítreo - BSS, Ar, Gases, O.S. 9. Fechamento
46
Quais os locais, funções e cuidados com as esclerotomias?
* **Nasal superior e temporal superior**: Instrumentos cirúrgicos * **Nasal inferior**: Infusão * Sempre checar se a infusão não ficou subretiniana antes de ligar * Pode usar uma outra esclerotomia acessória na nasal superior para usar o *chandelier*
47
Qual a função da quantidade de cortes por minuto no vitreófago?
Quanto mais rápidos os cortes, menos tempo ela passa aspirando cada fragmento de vítreo, gerando **menos tração**
48
Qual os riscos do perfluorcarbono?
É tóxico e pesado, não deve ser deixado no olho.
49
Quais os benefícios e indicações de cada tamponante de VVPP?
* Óleo de Silicone: dura meses, tamponamentos longos * C3F8 a 15% ou SF6 18-25%: dura semanas ou poucos meses
50
Qual a concentração dos gases na retinopexia pneumática? e na VVPP?
Pneumática: 100% VVPP: C3F8 a 15% ou SF6 18-25%
51
Quais as indicações de VVPP para DRR?
* Sem indicação para outras técnicas * Pseudofácicos (relativa) * PVR avançado * Rotura gigante ou muito posterior * Várias microrroturas em posições diversas
52
Quais as principais causas de insucesso na vitrectomia?
**PRECOCE (< 30 dias)** Não tratamento de todas as roturas **TARDIA (> 30 dias)** PVR - O EPR fica exposto ao vítreo e há quebra da BHR, levando citocinas inflamatórias ao EPR. Ocorre então migração de células do EPR e de células da glia retiniana, que sofrem metaplasia em miofibroblastos e secretam colágeno, formando membranas contráteis e fixas pela retina.