Raio x - Pulmão Flashcards

1
Q

Que factores podem alterar o padrão pulmonar normal, e como?

A
  • Má técnica por exposição incorreta;
  • Incorreto posicionamento do paciente e/ou decúbito prolongado (atelectasia);
  • Fase do ciclo respiratório (fase inspiratória permite visualizar melhor as lesões, porque o pulmão está mais
    radiotransparente)
  • Condição corporal do animal (animais obesos têm uma capacidade de ventilação diminuída o que leva ao
    aumento radiopacidade do pulmão, que pode ser confundido com doença pulmonar; a gordura leva a aumento radiopacidade do tórax; acumulação de gordura no mediastino pode ser confundida com uma massa
    mediastínica);
  • Idade (animais mais velhos têm um aumento do tecido fibroso e, por isso, há aumento da radiopacidade);
  • Animais condrodistróficos (retiramos menos informações);
  • Lesões cutâneas ou lesões parede costal (podem ser confundidas com lesões pulmonares);
  • Sedação ou distensão abdominal.
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2
Q

Quais as limitações da classificação radiográfica por padrões pulmonares?

A

As limitações das classificações radiográficas por padrões pulmonares são:
* Ao definir as etiologias que atingem o pulmão de acordo com a localização das lesões e consequente classificação radiográfica, esta classificação pode dar a ideia de que só um compartimento do pulmão é que está afetado quando na maioria das doenças estão afetados simultaneamente os vários compartimentos do pulmão (alvéolos, brônquios, interstício);
* Os padrões não são sinais patognomônicos de determinada doença;
* Quando o padrão é associado a uma doença, mesmo que esta esteja presente no animal, pode não ser observado na radiografia – por exemplo, na teórica, gatos com asma têm presente na radiografia o padrão brônquico, no entanto, na prática nem sempre está presente e muitas vezes está presente outro padrão.
* Em determinado diagnóstico podem coexistir todos os padrões.

Sinais radiográficos e causas de padrão alveolar.
Sinais radiográficos:
* Aumento da radiopacidade pulmonar;
* Sinal de apagamento das estruturas;
* Radiotranspârencia dos brônquios – broncograma de ar;
* Sinal lobar (lobo com opacidade aumentada - lobo afetado - confina um lobo normal aerado que tem menor
radiopacidade).

Causas de padrão alveolar:
* Pneumonia;
* Edema cardiogénico (mais comum) e não cardiogénico;
* Hemorragia por trauma, coagulopatia ou intoxicação por dicumarínicos;
* Tromboembolismo;
* Atelectasia;
* Alergia, nomeadamente eosinofílica (raro);
* Tumor primário do pulmão (raro).

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3
Q

Sinais radiográficos e causas de padrão alveolar.

A

Sinais radiográficos:
* Aumento da radiopacidade pulmonar;
* Sinal de apagamento das estruturas;
* Radiotranspârencia dos brônquios – broncograma de ar;
* Sinal lobar (lobo com opacidade aumentada - lobo afetado - confina um lobo normal aerado que tem menor
radiopacidade).

Causas de padrão alveolar:
* Pneumonia;
* Edema cardiogénico (mais comum) e não cardiogénico;
* Hemorragia por trauma, coagulopatia ou intoxicação por dicumarínicos;
* Tromboembolismo;
* Atelectasia;
* Alergia, nomeadamente eosinofílica (raro);
* Tumor primário do pulmão (raro)

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4
Q

O que é Sinal lobar e em que padrão pulmonar existe?

A

O sinal lobar existe no padrão alveolar e consiste na demarcação nítida criada quando um lobo com opacidade
aumentada confina um lobo normalmente aerado que tem menor radiopacidade. Para ser observado, o feixe de raio-x
tem que ser tangencial à junção desses dois lobos.

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5
Q

O que pode causar padrão alveolar difuso em todo o pulmão?

A

Edema cardiogenico ou nao cardiogenico, hemorragia por coagulopatia, micose difusa, dicumarinicos, alergia

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6
Q

Situações em que há padrão alveolar (DDx) por ordem decrescente de frequência

A
  1. Pneumonia;
  2. Edema cardiogénico (mais comum) ou não cardiogénico;
  3. Hemorragia por trauma (mais comum) ou coagulopatia;
  4. Tromboembolismo;
  5. Atelectasia;
  6. Alergia (nomeadamente eosinofílica, raro);
  7. Tumores primários pulmão (raro).
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7
Q

Quais os diagnósticos diferenciais para padrão alveolar entre o ápex cardíaco e o diafragma em VD?

A

edema cardiogénico
edema não cardiogénico
hemorragia (trauma, coagulopatia, intoxicação por
dicumarinicos), tromboembolismo
atelectasia (por obstrução dos bronquios ou ventilação diminuida)
alergia ou tumor primário
pneumonia do lobo acessório massa no lobo acessório

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8
Q

Quais os diagnósticos diferenciais para um padrão alveolar localizado sobre o lobo caudal do pulmão
direito com sinal de apagamento da sombra diafragmática e cardíaca?

A

edema cardiogénico
edema não cardiogénico
hemorragia (trauma, coagulopatia, intoxicação por
dicumarinicos), tromboembolismo
atelectasia (por obstrução dos bronquios ou ventilação diminuida)
alergia ou tumor primário
pneumonia do lobo acessório massa no lobo acessório

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9
Q

O que é o broncograma de ar e em que padrão pulmonar ocorre

A

O broncograma de ar ocorre no padrão alveolar.
Um broncograma de ar é definido como um brônquio cheio de ar que atravessa uma região de pulmão anormal onde
o ar nos alvéolos foi substituído por material mais radiopaco (exsudado, sangue, células). Tipicamente aparece como
uma estrutura tubular ou circular (dependendo da orientação do feixe de raio-x) radiotransparente que contrasta com a radiopacidade dos alvéolos afetados.

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10
Q

O que é um alveolograma de ar?

A

A alveolograma de ar surge quando alguns alvéolos estão cheios de ar e outros preenchidos por material mais
radiopaco (exsudado, sangue, células), o que torna perceptível o limite entre os álveolos sãos (mais radiotransparentes) e o alvo do processo patológico.

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11
Q

Diagnósticos diferenciais de padrão intersticial difuso não estruturado.

A

Diagnósticos diferenciais (incomuns): linfoma, metástases de um tumor, infeção fúngica, edema cardiogénico.

Fatores não patológicos (muito frequente): subexposição, falta de inflação pulmonar (gordura corporal) e radiografia feita em expiração, sedação ou distensão pulmonar, sobreposição do pulmão por fluido pleural, cães idosos com fibrose, animais condrodistróficos.

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12
Q

Diferença entre padrão alveolar e padrão intersticial

A

No padrão alveolar há sinal de apagamento de estruturas, enquanto que no padrão intersticial não, pois apesar de
haver um aumento da radiopacidade do pulmão no segundo, as outras estruturas são circundadas pelo ar (silhueta
cardíaca, veia cava caudal, vasos pulmonares), por isso elas são visíveis radiograficamente, podem é estar escurecidas.
Para além disso, no padrão alveolar há broncograma/alveolograma de ar, enquanto que no padrão intersticial os nódulos
e massas aparecem mais radiopacos.

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13
Q

Qual o padrão radiográfico associado a um linfoma pulmonar?

A

Um linfoma pulmonar vai criar um padrão intersticial não estruturado

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14
Q

DDx por ordem decrescente do padrão intersticial miliar.

A

O padrão intersticial miliar surge quando há a presença de lesões nodulares <6mm no pulmão.

Diagnósticos Diferenciais:
1. Tumores - tanto metástases como tumor primário;
2. Micoses;
3. Bolha pulmonar;
4. Parasitas;
5. Abcessos.

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15
Q

Características/Aspecto radiográfico de padrão intersticial disseminado/difuso.

A

O padrão intersticial disseminado/difuso resulta da infiltração do interstício por líquido ou células.
Radiograficamente este padrão é caracterizado por um aumento da opacidade do pulmão de forma linear e mal definida,
sem apagamento de estruturas normais do tórax (podem é estar escurecidas). O interstício está afetado uniformemente e o pulmão está dentro dos limites normais.

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16
Q

Como distingue o padrão alveolar do intersticial não estruturado difuso?

A

Sinais Radiográficos de padrão alveolar:
* Sinal de apagamento das estruturas;
* Radiotranspârencia dos brônquicos – broncograma de ar;
* Sinal lobar (lobo com opacidade aumentada - lobo afetado - confina um lobo normal aerado que tem menor
radiopacidade).

Sinais Radiográficos de padrão intersticial não estruturado difuso:
* Opacidades lineares e mal definidas;
* Sem efeito de apagamento das estruturas normais do tórax (podem é estar escurecidas);
* Aumento difuso da radiopacidade do interstício.

17
Q

Como é que se distingue um nódulo de metástase pulmonar de um vaso sanguíneo em corte transversal.

A

Os vasos sanguíneos podem ser distinguidos de nódulos pulmonares, pois:
* São mais radiopacos do que é esperado de um nódulo pulmonar;
* Estão situados diretamente adjacentes a um brônquio;
* As porções conectantes dos vasos são visíveis;
* À medida que caminhamos para a periferia, os vasos têm menor calibre do os nódulos pulmonares visíveis.
* Normalmente os vasos sanguíneos em corte transversa encontram-se próximos de outros, enquanto que as
metástases nódulares não

18
Q

Sinais radiográficos e Causas de padrão brônquico.

A

Causas: alérgico, asma, irritação crónica (inalação de fumos), infeção bacteriana, parasitas (raro), edema pulmonar
cardiogénico e tumor difuso.

Sinais Radiográficos:
* Imagem em anel ou donut (corte transversal);
* Imagem em “linha de caminho de ferro” (corte longitudinal);
* Bronquiectasia;
* Parede espessada, por isso há aumento da radiopacidade da parede;
* Calcificação da árvore brônquica (em animais velhos ou condrodistróficos).

19
Q

Sinais radiográficos de pneumonia bacteriana (referir os padrões).

A

Uma pneumonia bacteriana vai formar um padrão brônquico e/ou um padrão alveolar (normalmente ventral).

Sinais Radiográficos (alveolar): aumento da radiopacidade
sinal de apagamento
sinal lobar
broncograma e/ou alveolograma de ar.

Sinais Radiográficos (brônquico): “caminhos de ferro”
imagem de anel (aumento da radiopacidade das paredes dos
brônquios por deposição celular)
bronquiectasia
parede espessada dos brônquios
calcificação da árvore brônquica

20
Q

Padrão vascular com veias (apenas as veias) dilatadas possíveis causas.

A

IC esquerda - estenose da aorta
insuficiência da mitral
endocardiose mitral
defeitos do septo
cardiomiopatia hipertrófica (gato), cardiomiopatia dilatada (cão), cardiomiopatia restritiva; obstrução do átrio esquerdo (massa, trombose no átrio esquerdo).

21
Q

Causas para padrão vascular.

A
  • Dirofilariose;
  • IC esquerda;
  • Shunt esquerdo – direito (PDA, defeitos septais);
  • Fistula arteriovenosa;
  • Hipovascularização (shunt direita – esquerda, choque hipovolémico, desidratação grave e tromboembolismo);
  • Sobrecarga de fluidos;
  • Retenção de fluidos por redução de output cardíaco;
  • Outros parasitas;
  • Doença sistémica: glomerulonefrite, septicemia, cushing, pancreatite, amiloidose, trauma, CID e addison;
  • Cardiomiopatias;
  • Obstrução do átrio esquerdo (massa e trombose no átrio);
  • Estenose pulmonar grave.
22
Q

Mecanismo fisiopatológico por detrás dos vasos truncados.

A

Vasos truncados ocorrem quando há uma interrupção brusca do trajeto dos vasos devido a obstrução por
tromboembolismo e/ou hipertrofia da íntima das artérias. É comum ocorrer na dirofilariose, porque há um acúmulo de microfilárias nas artérias, que formam posteriormente trombos.

23
Q

Sinais radiográficos de Dirofilariose.

A

Os sinais radiográficos de dirofilariose dependem da duração da infeção, do número de parasitas presentes e da sua
localização (lado direito do coração ou artérias pulmonares), do grau de compensação cardíaca e da possibilidade de eliminação das formas adultas naturalmente ou em resposta a terapêutica com anti-helmínticos.

Sinais Radiográficos:
* Artérias tortuosas maiores que as veias;
* Vasos truncados;
* Irregularidade do contorno dos vasos (pode ser difícil avaliar) - “prunning”;
* Aumento artéria pulmonar;
* Hipertrofia do ventrículo direito (em resposta a hipertensão pulmonar);
* Padrão vascular, padrão alveolar focal ou multifocal na periferia do pulmão devido a tromboembolismo por
morte de parasitas adultos ou secundariamente a pneumonia alérgica;
* Hepatomegália, ascite e ocasionalmente efusão pleural devido a insuficiência cardíaca direita.

24
Q

Distinguir massa pulmonar de colapso por decúbito.

A

Animais em decúbito durante muito tempo, fazem atelectasia do pulmão que está em contato com a superfície em questão. Do ponto de vista radiográfico é muito difícil distinguir do padrão alveolar. O pulmão colapsado tem aumento da radiopacidade generalizada (sinal lobar).
Ocasionalmente, uma massa pulmonar estende-se para a periferia de um lobo, e isso também pode criar um sinal
lobar com o lobo normal adjacente, embora, neste caso, a forma do sinal lobar seja alterada pela massa e aparecem de forma diferente, mais arredondada, p.ex, em comparação com a forma esperada de uma junção interlobar normal,
ligeiramente curva. As massas por norma têm limites bem definidos e paredes mais espessas e podem apresentar um padrão intersticial estruturado.

25
Q

Como é que se distingue massa pleural de massa mediastínica?

A

A projeção VD ou DV é mais útil do que a lateral para decidir se uma massa intratorácica está no mediastino ou no pulmão. A localização mediastinal de uma massa torácica deve ser considerada se:
* a massa estiver na linha média ou adjacente;
* a massa estiver numa posição consistente com as pregas mediastínicas;
* se a massa causar desvio de uma estrutura mediastinal.
Normalmente, uma massa pulmonar é rodeada por ar circundante, presente no parênquima pulmonar normal, logo a massa é mais nitidamente visível do que uma massa no mediastino.

26
Q

Como se diferenciam ao raio-x massas pulmonares de massas mediastínicas.

A

A projeção VD ou DV é mais útil do que a lateral para decidir se uma massa intratorácica está no mediastino ou no pulmão. A localização mediastinal de uma massa torácica deve ser considerada se:
* a massa estiver na linha média ou adjacente;
* a massa estiver numa posição consistente com as pregas mediastínicas;
* se a massa causar desvio de uma estrutura mediastinal.
Normalmente, uma massa pulmonar é rodeada por ar circundante, presente no parênquima pulmonar normal, logo a massa é mais nitidamente visível do que uma massa no mediastino.

27
Q

Situações clínicas que dão origem a edema pulmonar

A

O edema pulmonar pode ser de origem cardiogénica (insuficiência cardíaca, cardiomiopatia, hipertensão, estenose da mitral ou da tricúspide, insuficiência da mitral, shunts) e de origem não cardiogénica (obstrução das vias aéreas, hipoglicémia, hipoproteinémia, obstrução dos vasos linfáticos, insuficiência renal, choque elétrico, neoplasia,
pneumonia, alergia).