Ecografia - Aparelho Urinário Flashcards
Sinais ecográficos de pielonefrite
Pielonefrite aguda:
-Preenchimento incompleto ou nulo dos recessos piélicos (principal sinal)
-Pielectasia (dilatação pélvica) leve a moderada
-Forma da pélvis renal distorcida com infeção, resultando em recessos piélicos rombos e assimétricos
-Resíduos ecogénicos na pélvis renal e ureter proximal em vez de urina anecóica
-Pélvis renal rodeada por um bordo ecogénico causado por alteração fibrótica
-Ecogenicidade do córtex renal aumentada uniforme ou heterogeneamente
Pielonefrite aguda grave:
-Bordo hiperecóico ao redor do rim e do ureter proximal que resulta da inflamção regional da gordura perirrenal, frequentemente com uma pequena quantidade de derrame retroperitoneal
-Espessamento da parede proximal ureteral e dilatação sem evidência de obstrução intraluminal
Pielonefrite crónica
-Difícil de distinguir de outras doenças renais crónicas porque é caracterizada por:
-Rins pequenos
-Rins de formato irregular com pielectasia leve
-Dilatação uretral proximal
-Recessos piélicos curtos e arredondados
Sinais e causas de pielectasia vs hidronefrose.
Pielectasia- dilatação pélvica renal e dos recessos piélicos sem obstrução
* Fluidoterapia;
* Diuréticos;
* Insuficiência renal
* bexiga distendida
* pielonefrite ou ureterite
* ureter ectópico
Hidronefrose - dilatação pélvica renal e dos recessos piélicos com obstrução
* Obstrução do trato urinário distal
* Obstrução pélvica uretral (cálculo, massa…)
* Alterações congénitas
Diferenças entre cistite crónica e neoplasia
Na cistite crónica:
-Alterações ocorrem maioritariamente no pólo cranial com um espessamento da parede vesical mais
frequentemente na zona crânio-dorsal da bexiga embora possa generalizar
-Bexiga está normalmente pequena
-É comum encontrar-se simultaneamente a presença de litíase, sedimento e coágulos sanguíneos
-Linfonodos não são afetados
No caso de uma neoplasia:
-Mais comum as lesões situarem-se no pólo caudal da bexiga
-Existe um espessamento mais acentuado da parede e localizado geralmente no trígono da bexiga ou no pólo caudal
-Pode ocorrer obstrução da uretra por isso a bexiga pode estar muito distendida
-Não é tão frequente aparecerem coágulos como na
cistite crónica
-Há alteração dos linfonodos regionais (ilíaco medial direito e esquerdo, linfonodos hipogástricos) com
aumento do seu tamanho
Distinguir nefropatia aguda de crónica à ecografia
Nefropatia aguda:
-Rim de tamanho normal ou aumentado.
-Córtex está mais hiperecogénico.
-Pode estar associado a
presença de líquido no espaço retroperitoneal (líquido inflamatório reativo ao processo em curso) ou reatividade da
gordura retroperitoneal.
-Forma mantida
-Córtex com ecogenicidade
normal ou aumentada
-Boa transição corticomedular
-Arquitetura medular mantida.
Na doença grave ou avançada, a ecogenicidade medular também aumenta, levando à redução da distinção corticomedular.
Nefropatia crónica
-Hipertrofia compensatória do rim contralateral
-Rim pequeno esclerosado, mal formado
-Limites irregulares
-Alguma hiperecogenicidade da
cápsula
-Córtex hiperecogénico
-Não há transição corticomedular
-Não tem arquitetura medular
característica
Sinais ecográficos de cistite crónica
-Espessamento parietal ligeiro a moderado
-Espessamento difuso ou localizado ao nível do cranioventral
-Superfície da mucosa é regular
-Presença de areias, urólitos ou coágulos
-Presença de lesões polipoides com projeção endoluminal.
Sinais ecográficos de cistite idiopática e insuficiência renal aguda num gato
Cistite:
-Espessamento parietal: parede difusamente irregular ou
espessamento apenas a nível cranioventral
-Frequentemente associado a sedimento hipo ou
hiperecogénico, compatível com detritos celulares, ureias,
urólitos ou coágulos…
Na insuficiência renal aguda:
-O córtex esta hiperecogénico ou normal
-Rim está normal ou aumentado
-Forma mantida
-Arquitetura da medula mantida
-Boa transição corticomedular, pode estar associado á presença de liquido no espaço
retroperitoneal
Parâmetros ecográficos a avaliar no rim.
-Avaliação de dimensões do eixo bipolar
-Forma
-Limites
-Cápsula renal
-Ecogenicidade e ecotextura cortical
-Transição
corticomedular
-Arquitetura e ecogenicidade medular
-Cavidade piélica
-Seio renal (artéria, veia, ureter)
-Presença de lesões focais
Cistite polipoide, sinais ecográficos e etiologia.
A cistite polipoide é incomum em cães e pode variar na aparência ultrassonográfica, desde alterações pedunculadas,
ovoides ou nodulares da parede da bexiga. Está frequentemente localizada nas porções cranioventral e craniodorsal da
bexiga, o que pode ajudar na diferenciação de neoplasias, como o carcinoma de células transicionais, que geralmente se
localiza próximo do colo da bexiga. Avaliações ultrassonográficas de acompanhamento devem ser feitas após o tratamento da cistite polipoide para reavaliar as massas. A biópsia é necessária para o diagnóstico definitivo.
Sinais ecográficos de ureteres ectópicos.
Distensão da pélvis renal. Quando há ureter ectópico ele vai aparecer marcado quase até ao rim, pois não se abre na
zona do trígono vesical.
Causas de pielectasia bilateral.
-Fluidoterapia
-Diuréticos
-Poliuria secundária a DRC
-Bexiga distendida
-Cushing
-Diabetes
-Obstrução da bexiga.
Aspecto ecográfico de cistite cronica e diagnósticos diferenciais
Uma cistite crónica surge como um espessamento focal ou difuso da parede da bexiga. A parede surge anormalmente
hipoecóica e as camadas normais não surgem tão paralelas. É frequente haver acumulação de detritos celulares no lúmen.
Também podem surgir pequenos pólipos na mucosa, associados a cistite crónica. Estes são incomuns em cães e podem surgir como alterações da parede pedunculadas, ovóides ou nodulares. Normalmente, surgem na porção cranioventral ou craniodorsal da bexiga, o que ajuda a diferenciar de neoplasias que normalmente surgem no colo da bexiga. No
entanto, uma imagem ecográfica anormal não pode excluir o diagnóstico de cistite crónica.
- Sedimento hiperecogénico;
- Espessamento evidente da parede vesical; na maioria das vezes espessamento da parede crânio-dorsal (polo cranial),
tornando-se generalizado em casos muito graves;
- Mucosa torna-se irregular; -
Pode também existir coágulos e sedimento;
Etiologia e aspecto da cistite enfisematosa na ecografia.
Infecção por bactérias produtoras de gás (E. coli, Aerobacter aeogenes, Proteus mirabilis e Clostridium), mais comum em animais diabéticos.
-Parede da bexiga espessada, com regiões lineares hiperecogénicas com ou sem reverberação (pode não se ver a parede da bexiga em baixo por causa da sombra acústica provocada pelo gás, não confundir com bexiga vazia ou com cólon).
Causas para pielectasia
Distensão da cavidade piélica com manutenção da restante arquitetura normal.
As causas são:
-fluidoterapia
-diabetes,
-Cushing (PU/PD)
-diuréticos
-pielonefrite
-ureterite
-obstrução ao esvaziamento da bexiga
-ureter ectópico
-qualquer afeção que leve a polidiúria franca.
Diagnósticos diferenciais de Anel Medular do Rim
-não patológico
-nefrite intersticial crónica
-nefrocalcinose
-necrose tubular aguda
-leptospirose
-intoxicação por etilenoglicol
-PIF
-shunt portossistémico.
Características ecográficas de uma cistite crónica
-Espessamento focal ou difuso, ligeiro a moderado, cranioventral;
* Superfície mucosa irregular;
* Estratificação menos paralela;
* Parede hipoecoica.