Puerperio Flashcards

1
Q

Por mais que não haja um consenso específico de definição temporal do puerpério, ele é dividido em puerpério imediato, tardio e remoto. Qual intervalo de dias define o puerpério imediato e tardio?

A

Puerpério imediato - até o 10º dia
Tardio do 10-45º dia

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2
Q

Após a dequitação placentária, espera-se que ocorra a involução uterina. Em torno de qual dia do puerpério, o útero encontra-se intrapélvico?

A

Décimo dia

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3
Q

Por que pacientes que amamentam teriam a involução uterina puerperal mais rápida?

A

Devido à produção de ocitocina - reflexo uteromamário

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4
Q

Devido as alterações gestacionais no colo uterino como o edema estroma, infiltração celular que podem persistir no puerpério, recomenda-se aguarda o período de cerca de ______ (1/3/6) meses para avaliação cervical

A

Três meses

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5
Q

A paciente questiona no alojamento conjunto se pode ter relações sexuais com o marido mesmo após rafia de laceração. Qual a sua orientação e justificativa para ela?

A

Abstinência sexual nos primeiros 15 dias
Devido a atrofia hormonal da mucosa pós parto

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6
Q

Caso a paciente não amamente no puerpério, estima-se que a função ovariana retorne em 6-8 semanas, por que a amamentação prorroga esse retorno?

A

Porque a prolactina impede liberação de FSH e LH

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7
Q

Em torno de qual dia pós parto ocorre apojadura?

A

Em torno do 3-5º dia

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8
Q

A lactação é dividida em 3 fases. Correlacione

  1. Mamogênese ( ) manutenção da lactação, prolactina
  2. Lactogênese ( ) crescimento e desenvolvimento
    mamário, gestação
  3. Lactopoiese ( ) Inicio da secreção láctea
A

A lactação é dividida em 3 fases. Correlacione
3 - 1 - 2
1. Mamogênese ( 3 ) manutenção da lactação, prolactina
2. Lactogênese ( 1 ) crescimento e desenvolvimento
mamário, gestação
3. Lactopoiese ( 2 ) Inicio da secreção láctea

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9
Q

Verdadeiro ou Falso

Toda leucocitose no puerpério, até que se prove o contrário, deve ser encarada como infecção puerperal

A

Falso

É comum a leucocitose na primeira semana (até 30 mil), no entanto, sem desvio.

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10
Q

Os lóquios, secreções eliminadas no puerpério via vaginal, possuem nos primeiros 3-4 dias aspecto avermelhado. São chamados lóquios

A

Rubros

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11
Q

Loquiação amarelo-claro, esbranquiçada, em torno do décimo dia geralmente, também chamado de lóquios

A

Alba

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12
Q

Loquiação avermelhada há mais de 2 semanas acompanhada de subinvolução uterina, deve-se suspeitar de ….

A

Restos placentários

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13
Q

Você é acionado pela equipe da enfermagem porque uma puerpera, em terceiro dia de parto normal sem intercorrências, fez febre. Paciente encontra-se assintomática, estava preocupada com descida do leite, porém notou aumento do efluxo no dia de hoje. Em sua avaliação, dados vitais estáveis, febril (37,9ºC), mamas flácidas, sem sinais flogísticos com expressão positiva, abdome plano indolor e útero contraído abaixo da cicatriz; loquiação rubra de odor habitual. Laboratorial Qual é a hipótese? Qual a conduta?

A

Febre fisiológica puerperal
“Febre do leite” “Febre da apojadura”

Monitorar, tendência a durar menos de 48 horas, sem sinais flogísticos

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14
Q

Alteração do humor transitória muito comum, benigna e autolimitada no puerpério caracterizada por tristeza, choro fácil sem perder vínculo/cuidado com o RN.

A

Disforia pós parto ou blues puerperal

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15
Q

Jovem, 18 anos, G1P1 no 2º dia de pós parto normal, domiciliar. Apresenta falta de apetite, insônia, choro fácil, dificuldade para amamentar, solicitando auxilio. Ao EF: BEG, LOTE, DDVV estáveis, mamas flácidas sem sinais flogísticos, abdome plano, indolor, útero contraído 3 cm abaixo da cicatriz; loquiação fisiológica; extremidades perfundidas. Qual orientações para essa paciente? Qual o quadro mental apresentado e como manejá-lo?

A

Orientar amamentação e puerpério fisiológico

Quadro compatível com blues puerperal, orientar e reavaliar alterações do humor

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16
Q

Jovem, 18 anos, G1P1 no 2º dia de pós parto normal, domiciliar. Apresenta falta de apetite, insônia, choro fácil, dificuldade para amamentar, solicitando auxilio. Ao EF: BEG, LOTE, DDVV estáveis, mamas flácidas sem sinais flogísticos, abdome plano, indolor, útero contraído 3 cm abaixo da cicatriz; loquiação fisiológica; extremidades perfundidas. A paciente nesse dia foi orientada e em reavaliação em 14 dias continuou com sintomas de tristeza e familiares referem diminuição do interesse em cuidar e amamentar o RN, estando mais distante. Qual quadro mental estamos diante agora?

A

Depressão pós parto

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17
Q

Episódio de depressão maior nas primeiras 4 semanas do puerpério, em quadros graves pode haver ideação suicida. Maior risco em pacientes adolescentes, com história prévia de transtorno psiquiátrico, adversidades no parto ou com RN e ausência de suporte no cuidado. Estamos falando da

A

Depressão pós parto

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18
Q

Transtorno mental raro no puerpério que é caracterizado por delírios, ideações e pode colocar em risco vida do RN

A

Psicose puerperal

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19
Q

Verdadeiro ou Falso

É necessário a higiene das mamas antes e após amamentação para evitar transmissão bacteriana ao feto

A

Falso

A higiene pode favorecer a fissuras

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20
Q

Puerpera TS A negativo, com Coombs indireto não reagente, evoluiu para parto normal. Em visita no alojamento conjunto, a pediatria informa que a tipagem do RN é TS A positiva. Qual o intuito dessa informação? Qual a conduta?

A

Profilaxia aloimunização pelo antiD

Imunoglobulina anti D 300 mcg intramuscular nas primeiras 72 horas

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21
Q

Verdadeiro ou Falso

Segundo a ACOG, a perda de sangue, no puerpério, em quantidades maiores/iguais que 1000ml ou associado a sintomas/sinais de hipovolemia define hemorragia puerperal.

A

Verdadeiro

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22
Q

Qual é ferramenta/cálculo usada na hemorragia puerperal para cálculo da gravidade do sangramento?

A

Índice de choque = Frequência cardíaca / Pressão arterial sistólica

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23
Q

Puerpera, 20anos, G2P2, pós parto vaginal, apresenta sangramento vaginal aumentado. Ao exame: FC 120 bpm, PA 90x60 mmHg, pálida, abdome flácido, útero hipotônico, sangramento moderado. Segundo as informaçõse, qual é o índice de choque dessa paciente e qual o significado

A

IC = FC/PAS = 120/90 = 1,33
> que 0,9 indica alto risco transfusional

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24
Q

Cite três fatores de risco para hemorragia puerperal

A
  • Multiparidade placenta anômala
  • trabalho de parto prolongado/rápido anestesia geral,
  • útero de couvelaire, miométrio mal perfundido,
  • sobredistensão útero, CST prévia/atual,
  • parto operatório, episiotomia
  • tempo prolongado do 3º período
  • Ocitocina no primeiro período
  • Atonia prévia DPP,
  • corioamnionite, embolia amniótica,
  • HAS materna
25
Q

Quais as 4 principais causas de hemorragia puerperal? Qual mais prevalente?

A

4 “T’s”

  • Tônus uterino: Atonia uterina (+ prevalente)
  • Trajeto: Lacerações de trajeto
  • Tecido: Restos placentários
  • Trombo: Distúrbios de coagulação
26
Q

Quanto a prevenção de hemorragia pós parto, o que consiste o manejo ativo do terceiro período?

A

Ocitocina 10 UI IM ou EV

Massagem uterina

Tração controlada

27
Q

Qual é a droga de primeira linha para prevenção de hemorragia pós parto?

A

Ocitocina 10 UI IM

28
Q

Puerpera, 20anos, G2P2, pós parto vaginal, apresenta sangramento vaginal aumentado. Ao exame: FC 120 bpm, PA 80x40 mmHg, pálida, abdome flácido, útero hipotônico, acima da cicatriz umbilical com sangramento moderado. Qual é a hipótese diagnóstica e conduta inicial (sem considerar fármacos) ?

A

Hemorragia puerperal - Atonia Uterina

  • Acesso venoso com infusão de ringer lactato 2-3L ou SF; monitorização diurese, reserva de hemoderivados, massagem uterina.
29
Q

Puerpera, 20anos, G2P2, pós parto vaginal, apresenta sangramento vaginal aumentado. Ao exame: FC 120 bpm, PA 80x40 mmHg, pálida, abdome flácido, útero hipotônico, acima da cicatriz umbilical com sangramento moderado. Quais as drogas que podem ser ministradas nesse caso? Cite duas opções

A
  • Ocitocina é a de escolha: 5 UI em bolus 10-20 UI em 1000ml de SF 0,9 a 250 ml/h
  • Metilergometrina – 0,2 mg Im a cda 2-4 horas
  • Misoprostol: uterotonico prostaglandínico, dose de 600-1000 mcg VO/VR ou SL
  • Ácido tranexâmico: agente antifibrinolítico
30
Q

Qual é a principal causa de hemorragia puerperal?

A

Atonia uterina

31
Q

Verdadeiro ou Falso

  • O ácido tranexâmico é empregado na atonia uterina pelo seu efeito uterotônico
A

Falso

  • Ácido tranexâmico é agente antifibrinolítico tem benefício em diminuir a mortalidade, associado com melhores desfechos quando usado nas primeiras 72 horas
32
Q

Paciente durante cesárea apresentou atonia uterina refratária ao tratamento clínico. Qual técnica cirúrgica pode ser empregada previamente à ligaduras e histerectomia?

A

Sutura de B-lynch

33
Q

Puerpera, 20anos, G2P2, pós parto vaginal, apresenta sangramento vaginal aumentado. Ao exame: FC 120 bpm, PA 80x40 mmHg, pálida, abdome flácido, útero hipotônico, acima da cicatriz umbilical com sangramento moderado. Qual opção de tratamento prévio a cirurgia quando há falha do tratamento clínico?

A
  • Tamponamento uterino com balão Bakri ou sondas de Foley
  • Embolização (requer estabilidade)
34
Q

A manobra abaixo é empregada em atonia uterina. Chamada de massagem bimanual ou …

A

Manobra de Hamilton

35
Q

Verdadeiro ou Falso

A tração exagerada do cordão pode acarretar em inversão uterina, que se apresenta com dor, hemorragia e choque neurogênico. Frente ao diagnóstico, a conduta é correção manual no ato diagnóstico sem analgesia

A

Falso

Necessidade de estabilização hemodinâmica (acessos, volume)

Correção tem que ser imediata mas mediante analgesia

36
Q

A tração exagerada do cordão pode acarretar em inversão uterina, que se apresenta com dor, hemorragia e choque neurogênico. Frente ao diagnóstico, a conduta é correção manual sob administração de analgesia, tocolíticos. Qual a manobra empregue, que está representada abaixo?

A

Manobra de Taxe

37
Q

Qual é a definição para quadros de infecção puerperal ?

A

Temperatura ≥ 38 º C por > 48h dentro dos primeiros 10 dias do puerpério, excluindo as primeiras 24 horas

38
Q

Qual é o principal fator de risco isolado para o desenvolvimento de infecção puerperal?

A

Cesárea

39
Q

Cite dois fatores de risco para infecção puerperal

A
  • Anteparto: baixo nível socioeconômico, desnutrição, anemia materna, obesidade, diabetes, imunossupressão, infecções do trato genital inferior, higiene, ausência de assistência pré natal
  • Intra e pós parto: cesariana, rotura prematura de membranas, corioamnionite, múltiplos exames vaginais, trabalho de parto prolongado, monitorização fetal interna, perdas sanguíneas acentuadas no pós parto, retenção placentária, traumatismo do canal de parto
40
Q

Puerpera de cesárea por bolsa rota prolongada e sofrimento agudo comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia pós operatório, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor abdominal. Ao EF: REG, LOTE, mamas flácidas, sem sinais flogísticos. No abdome, ferida operatória em bom aspecto, sem sinais flogísticos. No entanto, nota-se útero acima da cicatriz umbilical, dolorido e de consistência amolecida. Ao toque vaginal colo dilatado para 2 cm com presença de lóquios fétidos. Qual é a o principal fator de risco para evolução desse caso?

A

Cesareana

41
Q

Puerpera de cesárea por bolsa rota prolongada e sofrimento agudo comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia pós operatório, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor abdominal. Ao EF: REG, LOTE, mamas flácidas, sem sinais flogísticos. No abdome, ferida operatória em bom aspecto, sem sinais flogísticos. No entanto, nota-se útero acima da cicatriz umbilical, dolorido e de consistência amolecida. Ao toque vaginal colo dilatado para 2 cm com presença de lóquios fétidos. Qual é a suspeita diagnóstica??

A

Infecção puerperal

Endometrite puerperal

42
Q

Puerpera de cesárea por bolsa rota prolongada e sofrimento agudo comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia pós operatório, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor abdominal. Ao EF: REG, LOTE, mamas flácidas, sem sinais flogísticos. No abdome, ferida operatória em bom aspecto, sem sinais flogísticos. No entanto, nota-se útero acima da cicatriz umbilical, dolorido e de consistência amolecida. Ao toque vaginal colo dilatado para 2 cm com presença de lóquios fétidos. Qual deve ser a conduta tomada e tratamento inicial?

A

Internação

Antibioticoterapia

Clindamicina 900mg IV + Gentamicina 1,5 mg/kg IV a cada 8 horas

43
Q

Puerpera de cesárea por bolsa rota prolongada e sofrimento agudo comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia pós operatório, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor abdominal. Ao EF: REG, LOTE, mamas flácidas, sem sinais flogísticos. No abdome, ferida operatória em bom aspecto, sem sinais flogísticos. No entanto, nota-se útero acima da cicatriz umbilical, dolorido e de consistência amolecida. Ao toque vaginal colo dilatado para 2 cm com presença de lóquios fétidos. Paciente foi internada e está na vigência de clindamicina e gentamicina, porém há 2 dias em resultado de cultura da secreção foi identificado a presença de anaeróbios. Há a possibilidade de aumento do espectro antimicrobiano? como?

A

Adição de ampicilina 2g EV 6/6h ou metronidazol 500 mg EV de 8/8h

44
Q

Puerpera de cesárea por bolsa rota prolongada e sofrimento agudo comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia pós operatório, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor abdominal. Ao EF: REG, LOTE, mamas flácidas, sem sinais flogísticos. No abdome, ferida operatória em bom aspecto, sem sinais flogísticos. No entanto, nota-se útero acima da cicatriz umbilical, dolorido e de consistência amolecida. Ao toque vaginal colo dilatado para 2 cm com presença de lóquios fétidos. Cite uma complicação possível para o caso

A
  • Salpingite
  • Parametrite
  • Abscesso pélvico
  • Peritonite
  • Tromboflebite pélvica
  • Sepse e choque séptico
45
Q

Puerpera de cesárea por bolsa rota prolongada e sofrimento agudo comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia pós operatório, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor abdominal. Ao EF: REG, LOTE, mamas flácidas, sem sinais flogísticos. No abdome, ferida operatória em bom aspecto, sem sinais flogísticos. No entanto, nota-se útero acima da cicatriz umbilical, dolorido e de consistência amolecida. Ao toque vaginal colo dilatado para 2 cm com presença de lóquios fétidos. Iniciado o tratamento, quando a paciente terá critérios de alta?

A

Após 72 horas afebril e assintomática

Sem necessidade de antibiótico para casa

46
Q

Puerpera de cesárea por bolsa rota prolongada e sofrimento agudo comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia pós operatório, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor abdominal. Ao EF: REG, LOTE, mamas flácidas, sem sinais flogísticos. No abdome, ferida operatória em bom aspecto, sem sinais flogísticos. No entanto, nota-se útero acima da cicatriz umbilical, dolorido e de consistência amolecida. Ao toque vaginal colo dilatado para 2 cm com presença de lóquios fétidos. Mesmo com tratamento adequado há 48 horas, paciente persiste com febre. Qual a complicação mais comum que deve ser investigada? Como investigar e manejar?

A

Suspeitar de abscesso pélvico. Solicitar Ultrassonografia

Realizar drenagem e manter antibiótico por 10 dias

47
Q

Complicação rara das infecções puerperais, no qual o diagnóstico é feito por exclusão. Levanta-se a suspeita quando pacientes tem quadro de remissão parcial com antibiótico, febre persistente 48-72horas após, doppler com ausência de fluxo

Local mais comum de acometimento: veia ovariana

Estamos falando da …..

A

Tromboflebite pélvica

48
Q

Qual é o tratamento da tromboflebite pélvica?

A

Enoxaparina 1mg/kg de 12/12 h + antibiótico por 10 dias

49
Q

Primipara, 16 anos, comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia de puerpério, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor nas mamas. Ao EF: BEG, LOTE, mamas distendidas, ingurgitadas, observa-se na mama direita, eritema, calor e dor importante com fissura, não sendo visualizado abscesso. No abdome, útero contraído abaixo da cicatriz umbilical, ao toque colo uterino fechado e lóquios de odor habitual. Qual é a suspeita diagnóstica??

A

Mastite puerperal

50
Q

Primipara, 16 anos, comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia de puerpério, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor nas mamas. Ao EF: BEG, LOTE, mamas distendidas, ingurgitadas, observa-se na mama direita, eritema, calor e dor importante com fissura, não sendo visualizado abscesso. No abdome, útero contraído abaixo da cicatriz umbilical, ao toque colo uterino fechado e lóquios de odor habitual. Qual é o principal agente etiológico

A

Staphylococcus aureus

51
Q

Primipara, 16 anos, comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia de puerpério, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor nas mamas. Ao EF: BEG, LOTE, mamas distendidas, ingurgitadas, observa-se na mama direita, eritema, calor e dor importante com fissura, não sendo visualizado abscesso. No abdome, útero contraído abaixo da cicatriz umbilical, ao toque colo uterino fechado e lóquios de odor habitual. Cite um fator de risco para o quadro

A
  • Primipara;
  • < 25 anos;
  • ingurgitamento mamário;
  • fissura mamilar;
  • infecção piofaringe latente; história prévia;
  • trauma;
  • higiene;
  • anormalidades mamilares
52
Q

Primipara, 16 anos, comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia de puerpério, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor nas mamas. Ao EF: BEG, LOTE, mamas distendidas, ingurgitadas, observa-se na mama direita, eritema, calor e dor importante com fissura, não sendo visualizado abscesso. No abdome, útero contraído abaixo da cicatriz umbilical, ao toque colo uterino fechado e lóquios de odor habitual. Qual é o tratamento antimicrobiano proposto e as recomendações para a paciente?

A

Cefalexina 500 mg VO 6/6 horas ou amoxicilina 500 mg 8/8 horas por 7-14 dias

Analgésicos/antitérmicos, suspensão das mamas, esvaziamento completo, mantendo o aleitamento

53
Q

Primipara, 16 anos, comparece ao pronto atendimento. Hoje está no 4º dia de puerpério, queixa-se de febre alta (39,3ºC) associado a dor nas mamas. Ao EF: BEG, LOTE, mamas distendidas, ingurgitadas, observa-se na mama direita, eritema, calor e dor importante com fissura, com nodulação de 5 cm às 4h com ponto de flutuação. No abdome, útero contraído abaixo da cicatriz umbilical, ao toque colo uterino fechado e lóquios de odor habitual. Qual deve ser a conduta terapêutica?

A

Internamento

Drenagem do abscesso

Oxacicilina 500 mg EV a cada 6 horas

Manter amamentação

54
Q

Verdadeiro ou Falso

Em pacientes com ingurgitamento mamário, é recomendado compressas mornas

A

Falso

Não é recomendado pelo efeito rebote

55
Q

Estase láctea repentina, desconforto, hiperdistensão mamária e hipertermia que não ultrapassa 39º, que ocorre entre 48-72 horas pós parto. Orienta-se que mantenha o aleitamento, elevação das mamas, aumento da frequência das mamadas com ordenha, massagem.

Qual é a alteração mamária puerperal acima?

A

Ingurgitamento mamário

56
Q

Como prevenir fissuras mamárias?

A

Posicionamento e pega adequadas

Lubrificação com leite

Ordenha para evitar/tratar ingurgitamento

57
Q

Puerpéra pós cesárea, obesa, que retorna ao PA com queixa de dor e edema unilateral em panturrilha direita. Ao EF: presença de Sinal de Homans positivo, assimetria das panturrilhas. Qual deve ser suspeita diagnóstica? Qual exame solicitar e o Tratamento?

A

Tromboembolismo venoso - trombovenose profunda

Ultrassom com Doppler

Iniciar na suspeita, Enoxaparina 1mg/kg 12/12h

58
Q

Verdadeiro ou Falso

Em puerperas com baixa probabilidade de TVP, podemos lançar do uso do d-dímero para nortear a necessidade de investigação complementar

A

Falso

  • D-dimero é fisiologicamente aumentado na gestação principalmente após a cesárea, não sendo recomendado o emprego dele na investigação
59
Q

Verdadeiro ou Falso

A varfarina não é segura no puerpério, não sendo uma opção para pacientes com TEV

A

Falso

Ele é seguro e pode ser empregue em pacientes com necessidade de anticoagulação prolongada. Lembrando da necessidade de atingir RNI alvo entre 2,0-3,0