Ponto 4 - Avaliação pré-anestésica - APA Flashcards

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1
Q

O que é uma emergência?

A

Risco de vida ou perda de membro em 6 horas ou menos caso o procedimento cirúrgico não seja realizado

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2
Q

Parâmetros considerados na avaliação da aptidão do paciente de se submeter ao procedimento cirúrgico

A
  • É uma emergência?
  • Há alguma condição cardíaca ativa? Ex.: arritmia ventricular, SCA, IC descompensada, valvopatia severa sintomática. Nesses casos, a resolução do problema cardíaco é prioridade em relação à cirurgia proposta
  • Risco cardíaco perioperatório
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3
Q

Como realizar a avaliação do risco cardíaco perioperatório?

A

Através do Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI), também chamado de índice de risco cardíaco de Lee

São 6 fatores de risco, sendo um inerente à cirurgia e outros 5 inerentes ao paciente

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4
Q

Se o paciente teve uma SCA recente, devemos aguardar pelo menos quantos dias para realizar a cirurgia?

A

Pelo menos 60 dias

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5
Q

Índice de Risco Cardíaco de Lee: quais os 6 fatores analisados?

A
  • Porte da cirurgia (intraperitoneal, intratorácica, vascular supra-inguinal)
  • Coronariopatia
  • ICC
  • Evento cerebrovascular
  • Doença renal com Cr >= 2
  • DM insulino-dependente
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6
Q

MACE - Evento cardíaco adverso maior. Exemplos

A
  • PCR não fatal
  • Morte de origem cardíaca
  • IAM
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7
Q

Índice de Risco Cardíaco de Lee: o que é considerado baixo risco?

A

Até 1% de chance de ter um MACE no intraoperatório

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8
Q

Além do Lee, qual outra estratégica para avaliação do risco cardíaco perioperatório?

A

NSQIP - Avaliação pelo escore do colégio americano de cirurgiões. Ele calcula o risco para diversos tipos de desfecho, incluindo morte e evento cardíaco

Se o risco de complicação cardíaca e morte forem < 1% o paciente está liberado para cirurgia. Se for > 1%, levar em consideração a capacidade funcional do paciente

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9
Q

Como o guideline europeu avalia o risco cardíaco perioperatório?

A

Divide os procedimentos cirúrgicos em baixo, intermediário e alto risco

Lembrando que intermediário já é alto risco para os americanos. Pros americanos: baixo risco < 1% e alto risco > 1%

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10
Q

Se o paciente apresenta alto risco > 1% pelo Escore de Lee, qual o próximo passo?

A

Avaliar capacidade funcional

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11
Q

1 MET: definição

A

1 MET é o consumo de oxigênio basal de um homem de 40 anos e 70kg, o que equivale a 3,5ml/kg/min

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12
Q

Como indagar o paciente para avaliar se sua capacidade funcional é >= 4 METS?

A

O senhor consegue subir 1-2 lances de escada sem parar, sem sentir dor ou falta de ar? É uma pergunta subjetiva com 95% de E e 19% de S

Obs.: As perguntas abaixo equivalem a mais de 4 METS

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13
Q

Como realizar uma avaliação menos subjetiva da capacidade funcional em METS?

A

DASI - converte a pontuação em METS. Mais precisa e confiável

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14
Q

Para pacientes com risco elevado e capacidade funcional pobre (< 4 METS) ou desconhecida, pode ser razoável realizar ________________ para avaliar a isquemia miocárdica se isso mudar o manejo

A

teste de esforço com imagem cardíaca (ECO dobutamina e MPI adenosina/dipiridamol)

MPI = imagem de perfusão miocárdica

Obs.: a isquemia induzível é a que apresenta maior VPP para eventos adversos no intraoperatório

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15
Q

Guideline Canadense Cardiovascular: seu objetivo não é definir se paciente está apto ou não apto para o procedimento cirúrgico (como é a proposta dos guidelines americano e europeu). Então qual é sua proposta?

A

Detecção precoce de evento isquêmico miocárdico para instituição do tratamento tão logo seja possível

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16
Q

Guideline canadense: qual medida deve ser tomada no caso de cirurgia de emergência em pacientes > 65 anos ou > 18 anos com doença cardiovascular?

A

Seriar troponina no pós-operatório 1x a cada 24h por 2-3 dias

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17
Q

Apneia do Sono: definição

A

Colapso intermitente e recorrente das vias aéreas superiores durante o sono. Presença de apneia/hipopneia com dessaturação na presença de esforço respiratório já que se trata de uma apneia obstrutiva (se não tiver esforço vira uma apneia central)

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18
Q

Síndrome da hipoventilação da obesidade: diagnóstico

A

IMC >= 30 + PaCO2 acordado > 45

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19
Q

Pacientes portadores de apneia do sono e/ou hipoventilação da obesidade são ___________ (sensíveis/resistentes) a anestésicos depressores da ventilação

A

sensíveis

Um pouco de opioide pode ser suficiente para apneia severa. Por isso usaremos a menor quantidade possível de opioides nesses pacientes, de modo a evitar uma supressão severa do drive respiratório. Anestesia opidoide spare (poupadora de opioide)

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20
Q

Fatores de risco principais para SAOS

A
  • Sexo masculino
  • > 50 anos
  • Obeso
  • Tabagista
  • Gestante
  • ICC
  • Anormalidades craniofaciais
  • DRC dialítico
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21
Q

STOP-BANG: questionário clínico de rastreio para avaliar risco do paciente ter SAOS

A

<=2 o risco é muito baixo
3-4 = indeterminado/intermediário
>= 5 risco aumentado

Nos casos indeterminado e risco aumentado, pode-se solicitar dosagem de bicarbonato sérico. Se >=28 mmol/L a E sai de 30% para 82%

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22
Q

Na polissonografia de pacientes portadores de SAHOS grave observa-s índice de apneia e hipopneia superior a __ episódios por hora

A

30

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23
Q

Tabagismo: complicações perioperatórias

A

Complicações cerebrovasculares, cardíacas, respiratórias, infecção de ferida, prejuízo da cicatrização e mortalidade

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24
Q

Tabagismo: com 12h de interrupção já é possível observar uma redução nos níveis de _________

A

nicotina

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25
Q

Tabagismo: com 12-48h de interrupção já é possível observar uma redução nos níveis de _________

A

monóxido de carbono, o que melhora a liberação de O2 aos tecidos pela oxi-hemoglobina

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26
Q

Tabagismo: com 2-3 meses de interrupção já é possível observar quais benefícios?

A
  • Melhora da função cilicar
  • Diminuição do volume de fechamento: o que diminui os episódios de colapso de via aérea, diminuindo o esforço respiratório
  • Aumento do FEF25% a 75%: aumento do fluxo expiratório
  • Redução da produção de escarro/secreção
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27
Q

A suspensão do hábito de fumar por 12-24h antes da anestesia propicia desvio da curva de dissociação da oxihemoglobina para a __________

A

direita

Isso significa que em maiores pressões parciais de O2 a saturação da hemoglobina será menor, o que representa uma menor afinidade pelo O2 e maior liberação para os tecidos

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28
Q

Fatores de risco para complicações pulmonares perioperatórias

A

Imagem

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29
Q

A gasometria arterial é útil para prever a função pulmonar após ressecção pulmonar, mas não estima _______ pulmonar perioperatório

A

risco

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30
Q

Asma é fator de risco para complicações pulmonares perioperatórias?

A

Apenas se não estiver controlada

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31
Q

IVAS: a hiperreatividade das vias aéreas permanece por quanto tempo?

A

Por 2-4 semanas após o TÉRMINO do quadro infeccioso

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32
Q

Paciente com IVAS: quando adiar a cirurgia?

A

Se sintomas graves (ex.: febre alta), especialmente na presença de comorbidades (asma, doença cardíaca, imunossupressão)

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33
Q

Pré-operatório do doente cardiovascular: a pressão está alta. É pra suspender a cx?

A

Depende. Risco cardiovascular só parece ser evidente em caso de PAS > 180 e PAD > 110

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34
Q

Pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte apresentam indicação de suspender ____/____ 24h antes da cirurgia pelo risco de hipotensão/injúria miocárdica

A

IECA/BRA

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35
Q

ICC: qual a classe NYHA de um paciente com fadiga e palpitações para fazer atividades domésticas corriqueiras (lavar louça, varrer casa)?

A

NYHA II

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36
Q

ICC: aguardar ___ meses após ajuste de medicação se risco >= 1%

A

3

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37
Q

ICC: recomendação quanto ao manejo pré-operatório das medicações de uso contínuo

A

Manter tudo, inclusive hidralazina e nitratos. Suspender IECA/BRA

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38
Q

ICC e furosemida: manter ou suspender no pré-operatório?

A

Se for um procedimento de médio-grande porte com alto potencial de sangramento deve-se suspender a furo. Caso contrário pode manter

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39
Q

Síndrome metabólica: critérios diagnósticos

A

Imagem

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40
Q

ECG: quando não pedir

A

Paciente assintomático e procedimento de baixo risco

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41
Q

ECG: quando pedir

A
  • Pacientes com DAC, arritmias, DAOP, doença cerebrovascular e cardiopatia estrutural. Não pedir nesses casos só se procedimento for de baixo risco
  • Procedimento de médio/alto risco em pacientes assintomáticos (pode-se considerar solicitar ECG)
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42
Q

ECG pré-operatório: validade

A

1-3 meses

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43
Q

Ecocardiograma: quando solicitar no pré-operatório?

A
  • Dispneia a esclarecer
  • Sopro suspeito
  • Cardiopata descompensado
  • ICFER com eco há mais de 1 ano
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44
Q

ASA IV

A

Doença sistêmica grave que é ameaça constante à vida: me surpreenderia se esse paciente morresse nos próximos 7 dias?

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45
Q

ASA VI

A

Paciente com ME constatada e é doador de órgãos

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46
Q

ASA do paciente com rotura uterina

A

ASA V

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47
Q

ASA do paciente com DRC terminal sob diálise regular

A

ASA III

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48
Q

ASA do paciente com DRC terminal sem diálise

A

ASA IV

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49
Q

ASA do paciente com sepse/choque séptico

A

ASA IV

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50
Q

ASA do paciente com AVC/AIT/IAM há menos de 3 meses

A

ASA IV

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51
Q

Avaliação cognitiva do idoso no pré-operatório: MINI-COG

A
  • Falar 3 palavras, pedir para repetir imediatamente (3 chances) e pedir para guardar as 3 palavras pois irá perguntá-las novamente
  • Pedir para desenhar um relógio e avaliar se a disposição dos números está adequada e se os ponteiros estão alocados de forma correta (11h10)

3 pontos ou menos é um escore de pior prognóstico e justificaria avaliação pelo geriatra

52
Q

Em idosos, evitar ou usar em pequenas quantidades sedativos pré-anestésicos (ex.: midazolam) pelo risco de maior incidência de __________

A

delirium

53
Q

Avaliação de função e mobilidade do idoso no pré-operatório: TIMED UP AND GO TEST

A

Levantar da cadeira (de preferência sem usar as mãos), caminhar e voltar

Se demorar mais de 10s o prognóstico é pior

54
Q

Quais parâmetros nos alertam para um idoso com risco nutricional no pré-operatório?

A
  • IMC < 18,5
  • Albumina < 3 g/dL
  • Perda de peso

Pacientes que se beneficiam de suporte nutricional por 10-14 dias

55
Q

Síndrome de fragilidade no idoso: quais critérios avaliados?

A
  • Perda de peso não intencional (perda de 5% do peso nos últimos 6 meses ou 4,5kg em 1 ano)
  • Perda da força de preensão
  • Exaustão (“na última semana, quantas vezes o senhor sentiu que não dava conta de continuar ou tudo que fazia era um esforço muito grande?”. Pontua se isso acontecer pelo menos 3x na semana)
  • Lentidão (trajeto de 4,5m ida e volta, sendo ruim se demorar 7s ou mais)
  • Diminuição das atividades

Idoso frágil é um idoso com 7ainda menos reserva

56
Q

Manejo de idosos frágeis no pré-operatório

A

Estabelecer uma pré-habilitação desses pacientes com terapia ocupacional, fisioterapia, serviço social, nutricionista, técnicas de relaxamento e reuniões multidisciplinares

57
Q

O que está permitido consumir até 2h antes da cx?

A

Líquidos claros (= líquidos sem resíduos). O volume não é muito bem estabelecido, mas 300-400ml é considerado seguro

A obesidade em si não aumenta o risco de aspiração. Miller: o volume gástrico é igual em obesos em jejum absoluto ou que ingerem 300ml de líquido claro

Nesses grupos especiais que não sabemos bem o que fazer (DRGE, hérnia de hiato, presença de SNG, obeso mórbido, gastroparesia diabética, gravidez), CONSIDERAR profilaxia seletiva para aspiração com anti-ácidos nao particulados (bicitra) + pró-cinéticos + antagonistas H2

58
Q

Abreviação de jejum com maltodextrina 12,5% 400ml foi aprovado para obesos e diabéticos não complicados (sem neuropatia autonômica). V ou F?

A

V

59
Q

NVPO e Escore de Apfel: quais fatores de risco para náuseas e vômitos no PO?

A
  • Sexo feminino
  • Não tabagista (tabagismo é fator de proteção para NVPO)
  • Cinetose ou HP NVPO
  • Opioides pós-operatório
60
Q

Tipos de cirurgia com maior incidência de NVPO

A

Ginecológica, laparoscópica e colecistectomia

61
Q

Tipo de anestesia com maior incidência de NVPO

A

Anestesia geral, sobretudo quando usa anestésico inalatório (sobretudo N20)

62
Q

Medidas de prevenção para NVPO

A
  • Hidratação adequada (evitar hipotensão)
  • Técnicas locorregionais
  • Reduzir halogenados, N20 e opioides
  • Prevenção farmacológica: dexametasona, difenidramina, droperidol, ondansetrona, efedrina IM, metoclopramida, escopolamina TD, prometazina IM

1-2 FR = 2 agentes
>= 3 FR = 3-4 agentes

63
Q

Hemostasia primária: plaqueta ativada tem como função primordial ativar outras plaquetas, e ela o faz a partir da liberação de grânulos (denso e alfa). Quais os componentes de cada um deles?

A

Denso: cálcio, serotonina e ADP

Alfa: FvW, fator V e fibrinogênio

64
Q

Hemostasia primária: ativador ADP ativa plaqueta por meio de qual receptor?

A

P2Y12

65
Q

Hemostasia primária: qual o papel do tromboxano A2?

A

É outra via de ativação de plaquetas, juntamente com cálcio, serotonina e ADP

66
Q

Hemostasia primária: _______ é uma enzima importante na síntese de tromboxano

A

COX-1: ela transforma o AA ácido aracdônico em prostaglandina, que será transformada em tromboxano A2

67
Q

Glicoproteína IIB/IIIA da plaqueta liga-se ao __________

A

fibrinogênio

68
Q

Inibidores diretos do ADP (liga-se ao P2Y12)

A

Ticagrelor e cangrelor

69
Q

Inibidores da COX

A
  • Aspirina (inibidor irreversível, perdurando durante toda a vida média da plaqueta (7-10 dias)
  • AINES (inibidor reversível, perdurando 12-24h após a suspensão)
  • Inibidores da COX2 (ex.: celecoxibe): não causam disfunção plaquetária pois plaqueta só tem COX1
70
Q

Paciente em uso de AAS para prevenção primária. Qual a recomendação no pré-operatório?

A

Suspender

71
Q

Iniciar ou manter ____ não tem benefício em pacientes sem stent + cirurgia não cardíaca

A

AAS

72
Q

Em que tipo de cirurgia devemos evitar AAS sempre que possível?

A

Em cirurgias em que sangramentos podem ser catastróficos: neurocirurgia, cirurgia de coluna, cirurgias vitro-retinianas (câmara posterior) e RTU de próstata (alto risco de sangramento)

Suspender 7 dias antes da cx (tempo de turnover plaquetário)

73
Q

Paciente em uso de AAS pode ser submetido a bloqueio de neuroeixo?

A

Sim

74
Q

Clopidogrel: suspender quantos dias antes da cirurgia?

A

5 dias

É uma droga menos eficaz (menor taxa de supressão de função plaquetária) do que o prasugrel porque passa por 2 etapas de biotransformação para assumir a forma ativa, estando mais sujeito aos polimorfismos individuais

75
Q

Posso fazer bloqueio de neuroeixo em pacientes usando antagonistas do ADP como clopidogrel / prasugrel?

A

Não

76
Q

Por que os antagonistas do ADP não tienopiridínicos são ditos de ação direta?

A

Porque não precisam de biotransformação para agirem, sendo portanto drogas com maior segurança e eficácia por serem mais previsíveis, além de uma maior taxa de supressão da função plaquetária (90-100%)

77
Q

Paciente em DAPT no pré-operatório: pesar risco de trombose x risco de __________

A

sangramento

78
Q

Paciente com DAPT por stent farmacológico de 2a geração: aguardar quanto tempo até se tornar de baixo risco trombótico?

A

3-6 meses

79
Q

Cirurgias com alto risco de sangramento

A

Ncx, câmara posterior, cardíaca complexa, aneurisma de aorta toracoabdominal, whipple, hepatectomia, prostatectomia radical, nefrectomia, revisão de prótese de quadril, RTU próstata

80
Q

DAPT no pré-operatório: manejo de paciente com risco baixo de tromobose

A

Manter AAS nos casos de risco baixo/moderado de sangramento e tirar os dois antiagregantes nos casos de risco alto de sangramento

81
Q

DAPT no pré-operatório: manejo de paciente com risco intermediário de trombose

A

Manter AAS independente do risco de sangramento da cx

82
Q

DAPT no pré-operatório: manejo de paciente com risco alto de trombose e baixo risco de sangramento

A

Manter DAPT

83
Q

DAPT no pré-operatório: manejo de paciente com risco alto de trombose e risco intermediário/alto de sangramento

A

Manter só AAS e avaliar com cardiologista a possibilidade de uma terapia ponte com cangrelor ou inibidor GP IIB/IIIA

84
Q

DAPT no pré-operatório: manejo de paciente com DAPT e que será submetido a cx de emergência

A

Transfusão de plaqueta se sangramento intenso

85
Q

Heparina: mecanismo de ação

A

Ao se associar com a antitrombina III (ATIII), a ATIII fica super-acelerada e aumenta a clivagem de fatores de coagulação, sobretudo II, IX e X

Obs.: EnoXaparina (HBPM) cliva sobretudo fator X

86
Q

A HNF pode interagir com o fator plaquetário 4 e formar um composto imunogênico. Isso justifica a possibilidade de um quadro de ____

A

HIT - trombocitopenia induzida por heparina

87
Q

Anticoagulação com HNF: em quanto tempo suspender antes do procedimento cirúrgico?

A

Depende da tose total
- 5000 BID ou TID: suspender 4-6h
- Até 20 000 dose total no dia: suspender 12h
- Doses maiores de 20 000U/dia: suspender 24h

88
Q

Quanto tempo depois do bloqueio de neuroeixo posso fazer uma nova dose de HNF?

A

1 hora para nova dose: por isso pessoal da vascular usa muito heparina para evitar reoclusão de vasos

89
Q

Paciente em uso de enoxaparina profilática: quanto tempo aguardar para bloqueio de neuroeixo?

A

12h

90
Q

Paciente em uso de enoxaparina profilática: quanto tempo aguardar para nova dose?

A

12h

91
Q

Paciente em uso de enoxaparina profilática: quanto tempo aguardar para retirar cateter?

A

12h após última dose

92
Q

Paciente em uso de enoxaparina terapêutica: quanto tempo aguardar para bloqueio de neuroeixo?

A

24h

93
Q

Paciente em uso de enoxaparina terapêutica: quanto tempo aguardar para nova dose?

A

24-48h

94
Q

Paciente em uso de enoxaparina terapêutica: quanto tempo aguardar para retirar cateter?

A

24h após última dose

95
Q

Paciente em uso de inibidores diretos do fator Xa (apixabana, rivaroxabana, edoxabana): quanto tempo aguardar para fazer punção de neuroeixo?

A

72h

Obs.: Não deixar cateter. Puncionar e sair

96
Q

Paciente em uso de inibidores diretos do fator Xa (apixabana, rivaroxabana, edoxabana): quanto tempo aguardar para fazer nova dose após punção?

A

6h

97
Q

Paciente em uso de inibidores diretos do fator Xa (apixabana, rivaroxabana, edoxabana): quanto tempo aguardar para fazer liberar a cirurgia após suspensão?

A

Para cirurgias de baixo potencial de sangramento:
- TFG >= 30: 24h
- TFG >= 15-29: 36h
- TFG < 15: ?

Para cirurgias com maior potencial de sangramento:
- TFG >= 30: 48h
- TFG < 30: ?

98
Q

Paciente em uso de inibidores diretos da trombina (IIa) - dabigatrana: quanto tempo aguardar para fazer punção de neuroeixo?

A

Depende da TFG. Se tiver abaixo de 30 está contraindicada

Obs.: Se forem outros inibidores da trombina sem ser dabigatrana (como por ex.: argatrobana, desirudin) , o bloqueio de neuroeixo está contraindicado

99
Q

Paciente em uso de inibidores diretos da trombina (IIa) - dabigatrana: quanto tempo aguardar após suspensão para liberar a cx?

A

Avaliar se a cirurgia tem moderado/alto ou baixo potencial de sangramento. Associar com a TFG do paciente para definir o tempo de suspensão.

100
Q

Manejo pré-operatório de pacientes usando warfarina

A

Suspender por 5 dias e liberar se INR < 1,5 (INR avalia TP, via extrínseca)

101
Q

Manejo pré-operatório de pacientes usando warfarina e que vão operar de emergência

A

Reverter a warfarina oferecendo os FC II, VII, IX e X (presentes no CPT - complexo protrombínico de 4 fatores ou então no PFC - plasma que contém todos os fatores de coagulação)

102
Q

Bloqueios subaracnóideos ou peridurais, na ausência de fatores de risco para sangramento, poderão ser realizados com contagem plaquetária > ______________

A

80 000

Tem fontes que falam > 50k, 60k, 70k

103
Q

Limite habitual de contagem plaquetária para cirurgia em SNC ou câmara posterior do olho

A

100k

104
Q

Interromper o uso do alho por ___ dias antes da cirurgia

A

7 dias

105
Q

Gengibre: considerar interrupção por __ semanas

A

2 semanas

106
Q

Ginkgo biloba: pela sua capacidade de inibir o fator ativador plaquetário, recomenda-se interromper o uso ___ antes da cirurgia

A

36h

107
Q

Ginseng: deve ser suspenso ___ dias antes da cirurgia

A

7 dias

108
Q

Chá verde: deve ser suspenso ___ dias antes da cirurgia

A

7 dias

109
Q

Qual fitoterápico é um potencializador do GABA e, consequentemente, potencializa a ação dos anestésicos hipnóticos?

A

KAVA-KAVA: muita hepatotoxicidade

Suspender 24h antes

110
Q

Além do KAVA-KAVA, cite outro fitoterápico modulador GABA

A

Valeriana

111
Q

Fitoterápico com efeito de imunomodulação

A

Echinacea. Não temos um tempo certo de suspensão antes da cx, sendo ideal que o paciente não use

112
Q

Fitoterápico usado no emagrecimento que atua como simpatomimético direto e indireto

A

Ephedra

Suspender 24h antes da cx

113
Q

Fitoterápico com potencial de indução enzimática do citocromo P450, reduzindo a duração de diversos fármacos

A

Erva de São João

Também interfere na atuação da ciclosporina e pode ser o responsável pela rejeição de enxerto em pacientes transplantados

114
Q

Erva de São João - interromper por __ dias

A

5

115
Q

O que é medicação pré-anestésica?

A

Administração de uma série de fármacos, antes da anestesia, a fim de tornar o ato anestésico mais agradável para o paciente, além de assegurar condições mais favoráveis ao anestesiologista

116
Q

Finalidades de uma medicação pré-anestésica

A
  • Redução da ansiedade (talvez a principal delas)
  • Sedação
  • Amnésia
  • Analgesia
  • Redução de secreções de vias aéreas
  • Prevenção de respostas a reflexos autonômicos
  • Redução do conteúdo gástrico e aumento do pH
  • Efeito antiemético
  • Redução da quantidade de anestésicos
  • Indução suave da anestesia
  • Profilaxia de reações alérgicas
117
Q

Métodos não farmacológicos para redução da ansiedade pré-operatória

A
  • Acupuntura
  • Hipnose
  • Música
  • Dispositivos eletrônicos
  • Presença dos pais (controverso)
118
Q

Principal classe de fármacos usada como medicação pré-anestésica

A

Benzodiazepínicos: efeito ansiolítico, amnésico, anticonvulsivante, sedativo e relaxante muscular

119
Q

Medicação pré-anestésica: diazepam. Se for usado VO (comprimidos de 5mg e 10mg), necessário quanto tempo para absorção e efeito?

A

1h

Obs.: Insolúvel em água: cuidado pois pode ter dor à injeção (ampola de 10mg)

120
Q

Medicação pré-anestésica: diazepam é um fármaco com meia-vida de eliminação muito alta (20-50h) por ser muito lipossolúvel. Portanto, atentar-se a qual perfil de pacientes?

A

Idosos, nefropatas, cirróticos, obesos

Nos idosos, talvez uma dose menor de midazolam seja mais interessante do que o diazepam

121
Q

Medicação pré-anestésica: lorazepam. Como deve ser usado?

A

Deve ser usado pela via oral, 1 a 2h antes do procedimento. Comprimidos de 1 e 2mg

122
Q

Medicação pré-anestésica: qual o benzodiazepínico mais usado?

A

Midazolam. Solúvel em água e metabolismo rápido.

Apresentações: comprimidos de 7,5mg e 15mg. Ampolas para uso venoso de 5mg, 15mg e 50mg. Solução oral 2mg/ml

123
Q

Medicação pré-anestésica: midazolam. Tempo de administração

A

Doses VO: comprimidos de 7,5mg e 15mg administrados 30-60min antes da cirurgia

Solução oral: 0,25-0,75mg/kg administrados 30-60min antes da cirurgia

124
Q

Medicação pré-anestésica: midazolam. Doses VO: comprimidos de 7,5mg e 15mg administrados 30-60min antes da cirurgia

Por que as doses VO são maiores do que as doses que habitualmente fazemos EV?

A

Midazolam apresenta uma biodisponibilidade de menos de 50% devido a intenso metabolismo hepático de primeira passagem

Meia vida de eliminação: 1,7 a 3,5h (mais curta que os demais benzodiazepínicos)

125
Q

Medicação pré-anestésica: dexmedetomidina via nasal

A

1 mcg/kg 45min antes da indução

É um alfa-2-agonista mais seletivo e com meia-vida mais curta. Efeitos adversos: bradicardia e hipotensão

126
Q

Medicação pré-anestésica: cetamina IM

A

2-4mg IM

Risco de aumento da pressão intraocular e intracraniana, salivação excessiva

127
Q
A