(Pneumo) P3 - AOS, SHO, ACS Flashcards
Principais consequências da privação do sono.
- Prejuízo cognitivo
- Raciocínio Lento
- Baixa da memória de curto prazo
- Irritabilidade
Quais são os distúrbios respiratórios do sono?
- Apneia Central do Sono;
- Apneia Obstrutiva do Sono;
- Sd. Hipóxia/ Hipoventilação relacionada ao sono.
SAOS. Fisiopatologia
• Patência da via aérea
• Forças pró-colapsantes
- P- inspiratória
- P+ extraluminal
• Forças anti-colapsantes
- Musculatura faríngea (m. dilatador da faringe)
- Está diminuída no sono
Conceito: Padrão Obstrutivo nos distúrbios do sono
Obstrutivo = esforço contra via aérea obstruída
Conceito: Padrão Central nos distúrbios do sono
Central = ausência de esforço respiratório
Conceito: Padrão Misto nos distúrbios do sono
(Completar)
Fatores de risco para SAOS
- Idade: >50 anos;
- Sexo: H > M (3:1);
- Raça: Afroamericanos e asiáticos;
- Obesidade: IMC > 35 kg/m²;
- Circunferência cervical: > 40cm (H) ou > 38cm (M);
- Micrognatia;
- Tabagismo (3x maior);
- Mallampati 3 ou 4;
- Macroglossia;
- Obstrução nasal (2x maior).
Definição de Apneia e Hipopneia
Apneia
- Cessação do fluxo ≥ 10seg
Hipopneia
- Redução uxo > 30% + 10 seg + queda da spO2 > 3%
ou
- Redução uxo > 30% + 10seg + despertar
Diagnóstico de SAOS
História clínica + exame físico + escalas + PSG;
• Associações aumentam a chance de realizar um diagnóstico de certeza;
• PSG padrão ouro para diagnóstico/seguimento.
O que é a avliação STOP-BANG?
- Questionário que avalia risco p/ SAOS
Legenda do score: - 1 a 2: Risco Baixo
- 3 a 4: Risco Moderado
- 5 a 8: Risco Elevado
Quais são os tipos de polissonografia? (4)
- Polissonografia tipo 1 (completa): monitora múltiplos parâmetros (fluxo de ar, esforço respiratório, SpO2, ECG, EMG, EEG, EOG e posição corporal) para diagnóstico detalhado de distúrbios do sono.
- Polissonografia tipo 2 (portátil completa): realizada em casa com monitoramento quase completo, útil em casos moderados de apneia obstrutiva do sono.
- Polissonografia tipo 3 (portátil simplificada): realizada em casa com monitoramento reduzido (fluxo de ar, SpO2, frequência cardíaca e esforço respiratório), indicada para apneia obstrutiva em casos menos complexos.
- Polissonografia tipo 4 (actigrafia): utiliza um sensor de movimento para avaliar o padrão de sono/vigília, útil para distúrbios de ritmo circadiano e monitoramento prolongado.
O que é o índice de apneia e hipopneia (IAH) e quais são os valores de referência para gravidade da apneia do sono?
O IAH representa o número de eventos de apneia e hipopneia por hora de sono, sendo utilizado para classificar a gravidade da apneia obstrutiva do sono.
Classificação de gravidade:
- Normal: IAH < 5 eventos/h
- Leve: IAH entre 5 e 15 eventos/h
- Moderada: IAH entre 15 e 30 eventos/h
- Grave: IAH > 30 eventos/h
Quais são as alterações orgânicas na apneia obstrutiva do sono (AOS)? (5) CRM RN
- Cardiovasculares: hipertensão arterial, arritmias, hipertrofia ventricular esquerda, aumento do risco de infarto e insuficiência cardíaca.
- Respiratórias: hipoxemia noturna, hipercapnia e fragmentação do sono.
- Metabólicas: resistência à insulina, aumento do risco de diabetes mellitus tipo 2 e dislipidemia.
- Renais: disfunção renal e aumento de retenção de líquidos
- Neurológicas: alterações de memória, concentração e aumento do risco de acidente vascular cerebral.
Quais são as principais consequências cardiovasculares e metabólicas da AOS? SADA (4)
- Síndrome metabólica (SM): privação do sono leva à resistência à leptina, ganho de peso e resistência insulínica; a prevalência de AOS em diabéticos tipo 2 (DM2) é maior que na população geral.
- Arritmias: risco aumentado para taquicardia ventricular não sustentada (TVNS), parada sinusal, bloqueios atrioventriculares (BAVs) de 2º grau, fibrilação atrial (FA) e taquicardia supraventricular (TSV).
- Doença cardíaca isquêmica: AOS é um fator de risco isolado para síndrome coronariana aguda (SCA).
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC): uso de CPAP melhora a função cardíaca, reduz a pós-carga do ventrículo esquerdo (VE), o tônus simpático e o BNP. - Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi): associação entre ronco e AVCi, com maior mortalidade em pacientes com IAH elevado, idade avançada, diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e doença coronariana isquêmica (DCI).
Quais são as consequências neuropsiquiátricas e outras condições associadas à AOS? CAG DDD (6)
- Comorbidades psiquiátricas: elevação dos índices de pressão e ansiedade.
- Acidentes automobilísticos: aumento do risco devido à sonolência diurna e diminuição da atenção.
- Gestantes: maior risco de pré-eclâmpsia (PE) e parto prematuro (PP)
- Disfunções neurocognitivas: baixo rendimento, dificuldades de concentração e memória.
- Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): maior prevalência na AOS, independente da gravidade da apneia.
- DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica): associação entre AOS e DPOC aumenta o risco de hospitalização e mortalidade; melhora com o uso de CPAP.
Quais são as abordagens do tratamento conservador para a apneia obstrutiva do sono (AOS)?
Tratamento conservador:
- Evitar consumo de álcool e drogas depressoras do SNC (benzodiazepínicos, narcóticos e barbitúricos).
- Adoção de posição corporal adequada durante o sono (ex.: evitar posição supina).
- Perda ponderal (redução de peso) para diminuir o risco e a gravidade da AOS.
Quais são as abordagens do tratamento farmacológico para a apneia obstrutiva do sono (AOS)?
Farmacoterapia:
Reposição hormonal para acromegalia ou hipotireoidismo (quando presentes como fatores agravantes).
Terapia de reposição hormonal (TRH), caso indicado.
Não há tratamento farmacológico específico para AOS.
Qual é o papel dos dispositivos de pressão positiva (CPAP/BPAP) no tratamento da AOS?
CPAP/BPAP:
- 1ª escolha no tratamento da AOS moderada a grave.
- Mantém a dilatação das vias aéreas superiores (VAS), eliminando apneias e dessaturações.
- Melhora a sonolência diurna excessiva (SED) e as funções neuropsíquicas.
- Reduz o risco cardiovascular associado à AOS.
Limitação: baixa adesão ao uso devido ao desconforto ou sensação de claustrofobia.
O que define a Síndrome da Hipoventilação da Obesidade (SHO)?
PaCO₂ em vigília > 45 mmHg
IMC > 30 kg/m² ou > percentil 95 para idade e sexo (em crianças)
Ausência de outras causas que expliquem a hipoventilação
Qual é a epidemiologia da Síndrome da Hipoventilação da Obesidade (SHO)?
Prevalência geral: 0,15 - 0,3%
IMC > 35 kg/m²: 8 - 12%
IMC > 40 kg/m²: 18 - 31%
IMC > 50 kg/m²: 50%
Quais são os fatores de risco para a Síndrome da Hipoventilação da Obesidade (SHO)?
- Obesidade central
- Redução da capacidade vital forçada (CVF)
- Diminuição da força muscular respiratória
- Apneia obstrutiva do sono (AOS) grave, especialmente com IAH > 50/h
Quais são as manifestações clínicas da Síndrome da Hipoventilação da Obesidade (SHO)?
- Sonolência excessiva e sono não restaurador
- Fadiga e cefaleia matinal
- Perda de memória, irritabilidade e ansiedade
- Dificuldades cognitivas
- Edema e poliglobulia
- Hipertensão pulmonar e cor pulmonale (edema, dispneia)
Qual é a fisiopatologia da Síndrome da Hipoventilação da Obesidade (SHO)?
- Obesidade central: reduz a complacência torácica e diafragmática, limitando a expansão pulmonar.
- Redução da capacidade vital: a menor mobilidade torácica gera restrição ventilatória.
- Força muscular respiratória diminuída: sobrecarga na musculatura respiratória causa hipoventilação crônica.
- Hipoxemia e hipercapnia: a hipoventilação noturna leva à retenção de CO₂, elevando PaCO₂ e reduzindo a sensibilidade ao CO₂.
- Resistência à leptina: diminui a resposta ventilatória, perpetuando a hipoventilação.
- AOS grave associada: episódios frequentes de apneia/hipopneia aumentam a hipercapnia e a hipoxemia, piorando a hipoventilação.
Qual é o mecanismo fisiológico da ventilação?
- Inspiração: Contração do diafragma e músculos intercostais expande o tórax, gerando pressão negativa para entrada de ar.
- Trocas gasosas: O₂ passa dos alvéolos para o sangue e CO₂ do sangue para os alvéolos por gradiente de concentração.
- Expiração: Processo passivo com relaxamento dos músculos respiratórios, gerando pressão positiva e expulsando o ar.
- Regulação: Centros respiratórios ajustam a ventilação conforme níveis de CO₂, O₂ e pH, com ajuda de quimiorreceptores.