Pancreatite Flashcards

1
Q

Forma mais comum de pancreatite aguda:

A

Edematosa (forma leve): mortalidade < 1%

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Causas da morte em pancreatite grave (necro-hemorrágica):

A

Pode ser precoce: < 2 semanas - SDMO

Tardia: > 2 semanas - complicações sépticas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Etiopatogenia da PA:

A

Teoria da colocalização:
Insulto > fusão de lisossomos > grânulos de zimogênios > ativação enzimática dentro dos ácinos (cetepsina B) > AUTODIGESTÃO TECIDUAL

Autodigestão leva a liberação de citocinas > lesão endotelial, cascata de coagulação > perpetuação do processo > ruptura de vasos (hemorragia). - essa perpetuação ocorre em um minoria, geralmente é autolimitada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Principal causa de PA:

A

Litíase biliar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

2a principal causa de PA:

A

Álcool.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Principais causas de PA em crianças:

A

Trauma e doenças sistêmicas (caxumba).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Paciente típico da pancreatite biliar:

A

Mulher.
Obesa.
50-70 anos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Outras causas de PA:

A

Obstruções anatômicas (CA, áscaris), Pós-CPRE, drogas (metronidazol…), distúrbios metabólicos, trauma, escorpionismo…

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Paciente típico da PA alcoólica:

A
Homem.
Jovem adulto (30-40 anos).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

O tabagismo é uma causa de PA. V ou F?

A

Falso.

Ele por si só não causa PA, mas ele potencializa a chance de um etilista ter.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Manifestações clínicas de PA:

A

Dor em andar superior do abdome.
Náuseas e vômitos.
Sinais e sintomas de desidratação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Dor característica da PA:

A

Dor em andar superior do abdome - irradia para o dorso.

Dor constante e não melhora com vômitos (se melhorar, provavelmente não é PA)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Exame clínico na PA:

A

PA leve: exame inocente ou leve desconforto à palpação.
PA grave: distensão (íleo paralítico); irritação peritoneal; sinais de hemorragia (são raros na clínica, mas costumam aparecer em prova).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Sinal de Grey-Turner:

A

Equimose nos flancos (geralmente bilateral)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Sinal de Cullen:

A

Equimose periumbilical.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Sinal de Fox:

A

Equimose na base do pênis.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

“Sinal” da paniculite na PA:

A

Sinal dermatológico semelhante ao eritema nodoso, mas sem doença autoimune - as proteases pancreáticas provem distúrbio microvascular da hipoderme do paciente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Diagnóstico de PA:

A

2 de 3:

  1. Clínica: dor abdominal em barra + náuseas + vômitos.
  2. aumento de amilase ou lipase 3x
  3. TC/USG (colelitíase?).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que sugere o aumento da ALT em suspeita de PA:

A

Sugere etiologia biliar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Hiperglicemia na PA:

A

Pode correr devido a resistência periférica da insulina em consequência da inflamação sistêmica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Rx simples de abdome na PA:

A

Não faz diagnóstico, mas afasta outras condições:

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Sinais do Rx que falam a favor de PA:

A

Empilhamento de moedas + dilatação de alças periféricas: íleo paralítico.

Dilatação do transverso: Cuttof do cólon

Alargamento do C do duodeno: C-loop duodenal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quando solicitar USG na suspeita de PA:

A

Sempre!

Apesar de pouco sensível para o diagnóstico de PA, deve ser feito para detectar litíase biliar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Melhor exame para avaliar o pâncreas:

A

TC de abdome com contraste.

Análise durante a fase portal do contraste (65-70s após injetar).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Indicação de TC na PA: (5)

A
Diagnóstico clínico de PA duvidoso.
Critérios de gravidade de PA.
Ranson >=3 e APACHE >-8 .
Pacientes apresentando deterioração clínica a despeito do tto clínico.
Deterioração aguda após melhora inicial.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Tempo para solicitar TC:

A

Deve ser solicitada 48-72h após início do quadro (que é quando complicações como necrose ficam bem estabelecidas).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

RNM e ultrassom endoscópico na PA:

A

Não são melhores que TC e são muito caros.

Só indicados na suspeita de coledocolitíase ou alterações estruturais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Critérios de Ranson à adimissão:

A
Importante Lembrar Totalmente da Grande Lista:
Idade: > 55.
Leucometria > 16000/mm3.
TGO: > 250 UI/L.
Glicemia: > 200 mg/dL.
LDH: > 350 UI/L.

A presença de 3 ou mais critérios de Ranson definem o quadro como grave.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Critérios de Ranson nas primeiras 48h:

A

Para Evitar Sequestro de Homens na Ur Ca:
P02 < 60 mmHg.
Excessos de bases mais negativos que -4,0mEq/L.
Sequestro de líquidos > 6l.
Hematócrito: reduzidos em mais que 10%.
Ureia elevando-se mais que 10mg/dL.
Cálcio < 8 mg/dl.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Vantagem dos critérios de Apache em relação ao de Ranson:

A

Pode ser calculado a qualquer momento.

31
Q

Medidas fundamentais em todos os casos de PA:

A

Hidratação venosa vigorosa e individualizada.
Manter Sp02 > 95%.
Analgesia: pode usar morfina! - meperidina é o inicial.
Suporte nutricional

32
Q

Definição de forma grave e leve de PA:

A

Leve: < 3 nos critérios de Ranson ou < 8 no Apache II, ausência de complicações orgânicas sistêmicas.
Grave: Ranson e Apache elevados, presença de complicações orgânicas sistêmicas, presença de complicações locais como necrose, abscesso, pseudocisto.

É importante saber, pois o tto é individualizado.

33
Q

TTO da PA leve:

A

Alimentação VO após melhora da dor (dieta zero até melhorar o quadro).
Além de analgesia, hidratação e controle eletrolítico de ácido base.

34
Q

TTO da PA grave:

A

Analgesia, hidratação venosa.
Suporte nutricional: cateter nasojejunal e nutrição parenteral caso necessário (não dá pra deixar em dieta zero, pois demora demais pra recuperar).

35
Q

Principais sinais que indicam o reinício da dieta durante o tto: (4)

A

Melhora da dor abdominal.
Retorno da peristalse.
Ausência de vômitos.
Paciente manifestar desejo de se alimentar.

36
Q

Conduta que eram indicadas no tto da PA, mas caíram por terra:

A
Drogas antiproteases (aprotinina, gabexato).
ATB profilático na necrose > 30% do parênquima necrosado (não muda mortalidade e aumenta o risco de infecção fúngica, só usa ATB se estiver sabidamente infectado)
37
Q

Indicações de CPRE:

A

PA biliar leve.
PA biliar + colangite.
PA biliar com obstrução persistente (> 48h).

38
Q

Indicação de colecistectomia na PA:

A

Indicada para todos os casos de PA biliar (não operar na vigência do quadro inflamatório agudo).
Idosos de alto risco cirúrgico: pode optar pela papilotomia endoscópica.
PA grave pode ter que esperar até 6 semanas.

39
Q

Complicações da PA:

A

Coleções líquidas.
Pseudocistos.
Abscessos (é um pseudocisto infectado).
Necrose.

40
Q

Características das coleções líquidas agudas na PA:

A

Ocorre em até 50% dos casos.
Não possuem revestimento epitelial.
Aparecem nas primeiras 4 semanas.
Regressão geralmente espontânea.

41
Q

Indicações de tto das coleções líquidas agudas:

A

Persistência ou surgimento de: febre, leucocitose, dor.

Tto é feito aspiração percutânea + ATB se infecção.

42
Q

Características da necrose na PA:

A

Áreas sem captação de contraste na TC.
O maior problema é a infecção: translocação de enterobactérias gram -
Suspeita em caso de deterioração clínica e laboratorial.

43
Q

Confirmação da necrose infectada em PA:

A

Gás na TC ou germes na PAAF.

44
Q

TTO da necrose na PA:

A

Tratar as infectadas:
ATB (carbapenêmicos) + necrosectomia tardia + drenagem fechada.
Esperar cerca de 30 dias para realizar necrosectomia, pois aumenta a mortalidade.

45
Q

Definição de pseudocisto:

A

Coleções líquidas sem revestimento epitelial, mas com fibrose e e tecido de granulação que persistem por > 4 semanas.

46
Q

Sintomas pseudocistos:

A

50% são sintomáticos:

Dor persistente, saciedade precoce, náuseas, aumento de amilase.

47
Q

TTO de pseudocisto:

A

Assintomático: observação (70% regride)

Sintomáticos ou impossibilidade de excluir CA:
Drenagem interna (cirurgia endoscópica)
Dilatação + stent de Wirsung.
48
Q

Presença de calcificações é patognomônico de…

A

Pancreatite crônica.

49
Q

Etiologia da PC:

A

Álcool: 70% das causas de PC no mundo ocidental.

50
Q

Tríade da PC:

A

Calcificação pancreática.
Esteatorreia: ins. exógena
Diabetes mellitus.

Essa tríade só ocorre em 1/3 dos casos e nos mais avançados.

51
Q

Sintomas precoces de PC:

A

Dor abdominal: se agrava com alimentação, melhora na posição genupeitoral;
Emagrecimento;
Icterícia.

52
Q

Elastase 1 fecal para PC:

A

Exame para avaliação da função do pâncreas.
Específico do Pâncreas.
> 200 mcg/g fezes - altamente específico para PC (avançada)

53
Q

Exames de imagem na PC:

A

US-eda: mais sensível (dentre os de imagem); melhor para fase inicial; Usa os critérios de Rosemont
TC ou colangioRNM: TC é o mais utilizado - tem que escrever que é para PC quando solicitar.

54
Q

Utilização de CPRE na PC:

A

Usado quando TC e RNM são inconclusivas e antes de cirurgias.
Usa os critérios de Cambridge.

55
Q

Exame padrão ouro para diagnóstico de PC:

A

Histopatólogico, mas não é utilizado.

56
Q

Teste da secretina para diagnóstico da PC:

A

É o mais sensível de todos
Exame de avaliação funcional do pâncreas

Solicita apenas se os exames de imagem estiverem normais, pois é caro e desconfortável.

57
Q

TTO clínico da PC:

A

Cessar etilismo/tabagismo.
Dieta pobre em gordura.
Enzimas pancreáticas para ajudar a manter o estado nutricional.
Analgesia escalonada: AINE > amitriptilina > opioide.
Insulina.

58
Q

Chance de hipoglicemia com o uso de insulina na PC:

A

É grande, pois não há preservação das células produtoras de hormônios contrainsulínicos como no DM1.
Logo, o controle glicêmico não deve ser tão rigoroso.

59
Q

TTO endoscópico da dor na PC:

A

CPRE:
Retirada endoscópica de um cálculo;
Stent em Ducto.

Pouco utilizada, a cirurgia é mais eficaz e mais duradoura.

60
Q

Indicação de cirúrgica para tratar dor na PC:

A

DOR INTRATÁVEL.

lembrar de fazer a CPRE antes e operar o doente para auxiliar na cirurgia.

61
Q

Cirurgia realizada para dor na PC em paciente com grande ducto (> 7mm):

A

Procedimento de Puestow - Parrington - Rochelle.
Pancreatojejunostomia látero-lateral em Y-de-Roux.

Muito eficaz.

62
Q

Cirurgia para dor na PC em pacientes de pequenos ductos:

A

Whiple modificada (preserva o piloro no estômago): indicadas quando as alterações são encontradas na cabeça do pâncreas.

CHILD: pancreatectomia subtotal distal (feita quando as alterações são distais.

63
Q

Paciente com pancreatite aguda cursa com perda rápida e grave da visão. O que pode ser?

A

Retinopatia de Purtscher.

64
Q

Clínica de um abscesso pancreático (pseudocisto infectado).: (6)

A
Febre;
Leucocitose;
Íleo paralítico;
Massa palpável;
Amilasemia flutuante;
Rápida deterioração clínica.
65
Q

Escore de Balthazar (pancreatite pela TC):

A
A: pâncreas normal;
B: aumento focal e difuso do pâncreas;
C: B + inflamação peripancreática;
D: B + C + coleção líquida única;
E: B + C + 2 coleções líquidas e/ou gás peripancreático.
66
Q

Escore de Atlanta para PA:

A

Na prática é o mias utilizado.

PA leve: Ausência de complicações orgânicas ou complicações locais ou à distância (coleções líquidas, necrose);
PA moderada: falência orgânica transitória (<48h) ou presença de complicações locais/distância;
PA grave: falência orgânica persistente (>= 48h).

67
Q

Achado característica da pancreatite autoimune:

A

Aumento sérico de IgG4

Esse tipo de pancreatite geralmente está associada a colangite esclerosante primária, Sd. Sjogren ou cirrose biliar primária.

68
Q

Hemossucus pancreaticus:

A

Hemorragia gastrointestinal secundária à ruptura de um aneurisma ou pseudoaneurisma da A. esplênica, ou de seus ramos, presente no interior do ducto pancreático - também chamada de Wirsunrrogia.

69
Q

Medicamentos que podem causar pancreatite:

A

As mais associadas são imunossupressores (azatioprina, 6-mercaptopurina, ciclosporina e tracolimus);
Pacientes HIV: DDI e pentamidina;
Outras: atb (tetraciclina, metronidazol, smz-tmp; diuréticos, anticonvulsivantes e anti-hipertensivos.

70
Q

PRC é um marcador de gravidade da pancreatite. V ou F?

A

Verdadeiro.
Valores > 150 mg/L após é de grande sensibilidade e especificidade para pancreatite grave.

Lembrar que a IL-6 é mais precoce e mais sensível que a PRC.

71
Q

Indicações de drenagem do pseudocisto:

A

Tamanho > 6cm;
Efeitos compressivos importantes;
Pseudocistos com crescimento;

Lembrar que a drenagem é interna.

72
Q

Como é feita a drenagem de abscesso como complicação de PA:

A

Drenagem percutânea - não é interna.

73
Q

Os níveis de elevação das enzimas pancreáticas é diretamente proporcional a gravidade do quadro de PA. V ou F?

A

Falso.