Intestinos parte 2 Flashcards

1
Q

Classificação dos pólipos intestinais:

A

Neoplásico: adenoma, adenorcarcinoma

Não neoplásico: hiperplásico, inflamatório, hamartomatoso

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2
Q

Pólipos mais frequentes dos cólons:

A

São os neoplásicos

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3
Q

Incidência dos pólipos neoplásicos:

A

Aumenta com a idade ( > 50 )

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4
Q

Tipos histológicos dos pólipos adenomatosos:

A

Tubular: 85% de benignidade - são pendunculados, < 2cm
Tubuloviloso: 10% de benignidade
viloso: 5% de benignidade - podem chegar até 10cm (vilão dos pólipos)

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5
Q

Relação do tamanho da lesão com o grau de malignidade:

A

Quanto maior, mais maligno, por isso os tubulares são mais benignos

< 1cm: 1-3% de malignização
1 - 2 cm: 10% de malignização
> 2 cm: 40% de malignização

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6
Q

Fatores de risco para transformação maligna dos pólipos:

A

tamanho
tipo histológico: viloso > tubuloviloso > tubular
grau de displasia: baixo grau < alto grau (ultrapassou a lâmina própria) < carcinoma in situ

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7
Q

Sintomas dos pólipos:

A

a maioria assintomático, mas pode aparecer hematoquezia

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8
Q

Características dos pólipos hiperplásicos:

A

São sésseis, assintomáticos, diminutos, não indica colonoscopia
2° mais comum (1° neoplásicos)
A maioria se encontra no retossigmoide

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9
Q

Características dos pólipos hamartomatosos: (6)

A
Pacientes jovens (predomina em < 5 anos)
Pedunculados
São grandes
Presença de sangramento
Pode gerar intussuscepção, prolapso
Pode ser associado a polipose juvenil
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10
Q

Características dos pólipos inflamatórios:

A

São resultantes das fases de regeneração das DII

Não aumentam malignidade (mas indiretamente os pacientes que possuem DII já tem um risco maior de CA)

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11
Q

“Guidelines” para os pólipos: (4)

A

Todos devem ser ressecados
Colonoscopia para pólipos sincrônicos
Se for displasia de alto grau ou CA in situ - já está tratado
Cirurgia: para adenoma refratário e CA invasivo

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12
Q

Características da EDA quando a cirurgia foi curativa no tto de pólipo:

A

Margens livres
bem diferenciados
ausência de invasão linfovascular

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13
Q

Rastreio para pólipo adenomatoso:

A

Nova colono de 3/3 anos
Tem pólipo: continua de 3 em 3 anos
não tem pólipo: 5 em 5 anos

Familiares (parentes de 1° grau):
adenoma, > 1cm, viloso e < 60 anos; um dos pais teve CA colorretal - indicar colono 10 anos antes de achado o pólipo
Se encontrar > 10: fazer pesquisa para PAF

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14
Q

Sds. Hereditárias de polipose, classificação:

A

Familiares: adenomatosas (PAF) - PAF clássica, Gardner, Turcort; Hamartomatosas - Peutz-Jehers, polipose juvenil e Couden

Não familiar: Cronkheite-Canadá

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15
Q

Genética da PAF:

A

Alteração no cromossomo 5q (gente 2-21 APC) - é um gene supressor tumoral
Herança autossômica dominante
Penetração incompleta (existem formas atenuadas)

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16
Q

Classificação da PAF clássica e da atenuada:

A

Clássica: >= 100 pólipos

atenuada: 10 a 100 pólipos

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17
Q

Possibilidade de CA colorretal na PAF e indicação de cirurgia:

A

100% de chance em > 40 anos, todos devem operar

Se o pólipo for > 1cm, displasia de alto grau e viloso, a cirurgia deve ser imediata

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18
Q

Alternativas cirúrgicas para pacientes com PAF:

A
protocolectomia total + ileostomia defininitiva (em desuso)
Colectomia + anastomose ileoanal, com bolsa ileoanal (mais utilizada)
Colectomia subtotal (poupa todo o reto) + anastomose ileorretal
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19
Q

Seguimento dos pacientes com PAF submetidos a cirurgia:

A

Pacientes submetidos a protocolectomia total não precisa mais de acompanhamento
Colectomia total: RT 3-6 meses; Clocoxib (aine) 100-400mg/dia

EDA: a cada 1-3 anos a partir dos 25 a 30 anos (em busca de tumores gastro/duodenal)

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20
Q

Pesquisa nos familiares de pacientes com PAF:

A

Pesquisa laboratorial de APC:
se for negativo: rastreio para todos os familiares
se for positivo: rastreio para todos os APC +

Retossigmoidoscopia anual dos 10 - 40 anos; após os 40 (3/3anos) - se achou pólipo, colono

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21
Q

Pesquisa de PAF atenuada:

A

Há um preferência pelo cólon direito (então, tem que ser colono)
Há menor taxa de malignização
Fazer colono anual a partir de 20 anos

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22
Q

Características da PAF clássica:

A

Pólipos gástricos e duodenais - não costumam se tornar malignos
Hiperpigmetação retiniana hipertrófica
Tumores desmoides

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23
Q

Características da Sd. de Gardner:

A

Osteoma de mandíbula e cranianos
Dentes supranuméricos
Tumores de tecidos moles

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24
Q

Características da Sd. de Turcor:

A

Meduloblastoma
Glioblastoma
Autossômico recessivo: os filhos não precisam de rastreio

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25
Q

Características da Polipose Juvenil Familiar (PJF):

A

> = 10 pólipos hamartomatosos colorretais
Hematoquezia, anemia e intussuscepção (com os maiores)
Risco relativo de 10% de CA colorretal

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26
Q

Características da Sd. Peutz-Jeghers:

A

Manchas melanóticas na pele e mucosas
Pólipo de Peutz-Jeghers (muscular) em delgado
Pode ser associar a outros tipos de CAs (ovário, testíticulo, pâncreas…)

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27
Q

Características da Sd. de Couden:

A

Subtipo da PJF
Hamartoma em pele e mucosas + hiperceratose
CA de mama e tireoide + tumores faciais (risco aumentado)

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28
Q

Características da Cronkhite-Canadá:

A

Polipose hamartomatose não hereditária

Tríade: alopécia, distrofia ungueal e hiperpigmentação cutânea

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29
Q

Tipo histológico mais comum de CA colorretal:

A

adenocarcinoma (95% dos casos)

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30
Q

Associações do CA colorretal:

A

Esporádico: mais comum (75% dos casos) - origem de um pólipo adenomatoso isolado
Associado às poliposes familiares: PAF e variantes
Hereditário não polipose: Sd. de Lynch

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31
Q

Características de CA colorretal com Sd. Lynch:

A

3% do total de casos de CA colorretal
HF de Colorretal: aumenta a probalidade de Sd. Lynch em 15%
Média de idade do CA: 35 a 45 anos
Predomínio Cólon direito/ceco

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32
Q

Critérios de Amsterdã para CA colorretal:

A

CA >= 3 familiares (1 tem que ser do 1° grau)
Idade < 50 anos (pelo menos 1)
>= 2 gerações acometidas
ausência de polipose

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33
Q

Diferença do Lynch 1 e Lynch 2:

A

Lynch 1: apenas CA colorretal

Lynch 2: CA colorretal + ginecológico ou outros

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34
Q

Fatores de risco para CA colorretal: (6)

A
Gorduras e calorias
obesidade, DM2
DII, acromegalia
tabagismo
história familiar
uretossigmoidostomia
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35
Q

Fatores de proteção para CA colorretal:

A

Suplementação de Ca e Mg
Exercícios físicos
Uso de AAS e outros AINEs (diminui em 40%)

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36
Q

Há associação do CA colorretal com qual bactéria?

A

bacteremia por S. bovis

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37
Q

Rastreio do CA colorretal:

A
Todos >= 50 anos
Se HF: >= 40 anos (ou 10 antes do caso índice)
PAF e variantes: 10-12 anos
Lynch: > 20 anos
DII: > 8-10 de dç
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38
Q

Como é feito o rastreio do CA colorretal:

A

PAF e variantes: RS anual
Demais situações: colonoscopia -
HF/todos: 10/10 anos
Lynch, DII: anual ou bianual

Outra estratégia para história familiar/todos: RS 5/5 anos + sangue oculto anual: se positivo, colono

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39
Q

Distribuição do CA colorretal:

A

Maioria do lado esquerdo (tipo polipoide): cólon descendente e retossigmoide
Tem havido uma migração para o lado direito (lesões anulares constrictoras): ceco e cólon ascendente

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40
Q

Clínica do CA de cólon à direita:

A

Sem sintomas obstrutivos: maior calibre e material fecal está mais líquido > diagnóstico costuma ser mais tardio
Anemia ferropriva
massa palpável
febre

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41
Q

Clínica de CA de cólon à esquerda:

A

constipação
hematoquezia
mais distais: tenesmo, diarreia (mucosa, pequeno volume)

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42
Q

Diagnóstico de CA colorretal:

A

Colonoscopia: padrão ouro
RS ou clíster opaco alterados, pede colono

se o colonoscópico não passar pela área estenosada, pode lançar mão da colono virtual

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43
Q

Uso do CEA para o CA colorretal:

A

tem baixa especificidade e sensibilidade - ruim para diagnóstico
Serve para prognóstico quando o diagnóstico já foi confirmado: >=10ng/ml doença avançada

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44
Q

Estadiamento do CA colorretal:

A

Dukes

A submucosa                   T1 
B1 muscular própria         T2
B2 subserosa                   T3
B3 estruturas vizinhas     T4
C1 B1 + linfonodos 
C2 B2 + linfonodos
C3 B3 + linfonodos          
D metástase a distância  M1
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45
Q

Tratamento para CA Cólon:

A

Resseção com margem de segurança de 5 cm + linfadenectomia - resseca CA avançado tbm
QT adjuvante: paras os dukes B e C
A RT é contraindicada se o CA for apenas de cólon

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46
Q

Pontos de referência do reto e classificação de tumores de reto alto e baixo:

A

Margem anal e linha pectínea (mesma altura do esfíncter anal): linha pectínea fica 2-3cm da margem anal

Tumores baixos: < 5cm da margem anal
Tumores altos: 5-16 cm da margem anal

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47
Q

Margem de segurança na cirurgia do CA de reto:

A

Margem de segurança de 1 a 2cm (menos agressivo que o CA de cólon)
Sempre tentar preservar o esfíncter anal

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48
Q

Tratamento cirúrgico CA de reto alto:

A

Ressecção abdominal baixa (RAB) - preservar esfíncter anal +

anastomose colorretal

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49
Q

Tratamento cirúrgico CA de reto baixo:

A

Ressecção abdominoperineal (MILES) + colostomia definitiva - requer dois tempos cirúrgicos
não há como preservar o esfíncter

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50
Q

Tratamento complementar do CA de reto:

A

QT + RT neoadjuvante (não existe QT neo no cólon)

QT + RT adjuvante

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51
Q

Características dos pseudodivertículos: (4)

A

Apenas mucosa e submucosa.
mais comum em países industrializados ( - fibras na dieta)
prevalência em 85 anos de 65% (dor abdominal à esquerda nessa idade sempre pensar nisso).
Mais comum no sigmoide (lei de Laplace).

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52
Q

Complicações da diverticulose intestinal:

A

diverticulite: + comum no cólon esquerdo - essa é a complicação mais comum
Sangramento: cólon direito

Outras: fístula e obstrução intestinal

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53
Q

Tratamento da diverticulose intestinal: (5)

A
Alimentação com frutas e vegetais
suplementação com fibras
ingesta hídrica (2L/dia)
antiespasmódico/analgésico (evitar aine) - sintomáticos
tratar complicações
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54
Q

Características da hemorragia digestiva baixa: (6)

A

principal causa > 50 anos é diverticulose
Representa 10-15% das hemorragias
Apresenta-se com hematoquezia (20% são de alta)
1° causa: doença diverticular do cólon
2° angiodisplasia
“É uma doença de idoso”

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55
Q

Características da HDA:

A

Representa 85-90%
Apresenta-se como melena
1a causa é DUP

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56
Q

Características e tratamento da Doença diveticular do cólon:

A
Em 5 % ocorre sangramento maciço
Origem arterial do sangramento
Média de 50 a 70 anos - alta mortalidade
Alta chance de ressangramento
Mais comum no cólon direito

Tratamento: reposição volêmica + intervenção (não é cirurgia)

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57
Q

Características da angiodisplasia colônica: (5)

A
Faixa etária > 65 anos
Ocorre ectasia de pequenos vasos
Origem venosa: sangra. menos difuso
Cólon direito é mais comum (ceco 45%)
FR: estenose aórtica, dç von willebrand, Sd. urêmica crônica
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58
Q

Diagnóstico/terapia da HDB:

A

1° estabilização hemodinâmica (ABCDE)
2° EDA + exame proctológico - 1° exame complementar
3° Colonoscopia (2° exame complementar)
4° Angiografia mesentérica seletiva

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59
Q

Quantidade mínima de sangramento para ser visualizado na angiografia de mesentérica e exame opcional:

A

0,5-1ml/ min

pode fazer antes a Cintilografia com hm marcada: identifica > 0,1 ml/min - é mais sensível, mas é menos específico

60
Q

Conduta na HDB quando “tudo” falha:

A

colectomia segmentar

20-30% de mortalidade

61
Q

Conduta na HDB quando o sangramento não é localizado:

A

colectomia subtotal

30-50% de mortalidade

62
Q

Possíveis complicações da diverticulite:

A

Abscessos: quando fica tamponado - mais comum
Fístulas
Peritonite
Obstrução: quando é baixa

63
Q

Tipo de fístula mais comum:

A

Colovesical

as causas mais comuns dessa fístula são: diverticulite aguda > CA > dç de Cronh

64
Q

Quadro clínico clássico de diverticulite:

A

Idoso
dor abdominal esquerda - piora com a defecação
peritonite (descompressão dolorosa)

É uma “apendicite do adulto”

65
Q

Melhor exame para diverticulite aguda?

A

TC com contraste - identifica abscesso

nunca pedir colonoscopia ou clíster - podem perfurar

66
Q

Tratamento para diverticulite simples (sem complicação):

A

Dieta zero + hidratação + ATB (pensando em E. coli, Klebsiella - Ceftriaxone ou cipro; e pensando em anaeróbio, metronidazol)

67
Q

Como confirmar diverticulite:

A

Colono/clister após 4-6 semanas com o paciente já estabilizado - diagnosticar e afastar outras causas (CA, DII)

68
Q

Necessidade de cirurgia em diverticulite não complicada:

A

após o 3° episódio de crise não complicada

69
Q

Classificação de Hynchey:

A

I: abscesso pericólico ou mesentérico
II: abscesso à distância (pelve ou retroperitônio)
III: peritonite purulenta generalizada
IV: peritonite focal generalizada

70
Q

Tratamento da diverticulite complicada:

A

depende da classificação de Hynchey:
Hynchey I e II: drenagem (se > 2cm) + ATB + NPT - tratamento conservador
Hynchey III e IV: laparotomia + sigmoidectomia à Hartmann

71
Q

Opção cirúrgica para diverticulite quando se quer evitar laparotomia e ostomia:

A

LOLA (laparoscopic lavage and drenage)

ainda em estudos

72
Q

Indicações de cirurgia eletiva: (8)

A
após 3 episódios de não complicada
falha terapêutica
após diverticulite com abscessos 
fístula colovesical
paciente < 40 anos (jovem)
obstrução parcial persistente
impossibilidade de excluir CA
paciente imunodeprimido
73
Q

Localização, tamanho e irrigação do apêndice:

A

mede de 2 a 20cm
Representa o final do delgado (início do grosso), na confluência das Tênias
irrigação: ileocólica e apendicicocólica

74
Q

Possíveis localizações do apêndice:

A

Pélvico (30%), pré ileal, RETROCECAL, retroperitoneal

75
Q

Causas de apendicite:

A

Facalito, hiperplasia linfoide, corpo estranho e tumor

76
Q

Fisiopatologia da apendicite:

A

Obstrução > aumento da pressão intraluminal > diminuição do retorno venoso > congestão venosa > isquemia > necrose > perfuração

A intervenção tem que ser em 48h

77
Q

Sinais semiológicos de apendicite: (7)

A

Blumberg: descompressão dolorosa na FID
Rosiving: dor à direita na palpação esquerda
Lapinsky: dor na FID quando eleva o MID esticado
Lenander: temperatura retal > axilar em 1°
Psoas: extensão/abdução da coxa direita > dor
Obturador: Flexão/rotação intensa da coxa > dor
Dunphy: dor em FID com tosse

78
Q

Escala de alvorado: (6)

A

Dor que migra para FID I
anorexia I
Dor à palpação em FID II
Descompressão brusca dolorosa em FID I
Temperatura >= 37,5°C I
Leucocitose II

> =4 TC; >=7 apendicectomia

79
Q

USG para apendicite:

A

examinador dependente
ruim para obeso
vejo o sinal do alvo

80
Q

Qual o melhor exame para apendicite e quando solicitar:

A

TC abdome com contraste (> 7mm)

só solicito em casos duvidosos idosos

81
Q

Diagnóstico de apendicite:

A

É clínico; não depende de imagem

82
Q

Diagnóstico diferencial de apendicite: (7)

A

Linfadenite: criança após infecção viral
DIP: mulher - leucorreia -videolaparoscopia
Cisto ovariano: massa anexa - US TV confirma
Mittelschmerz: rotura folicular (meio do ciclo)
GEA/Renal: diarreia - dor lombar
Meckel: anomalia congênita (delgado)
Gravidez tubária rota: anemia - subaguda - HCG + USG

83
Q

Tratamento de apendicite:

A

videolaparoscopia: padrão ouro

ou cirurgia aberta

84
Q

Incisões na cirurgia aberta para apendicite:

A

Transversal: Davis/ Rockey (melhor)

Oblíqua: McBurney

85
Q

Neoplasias do apêndice:

A

tumor carcinoide
Mucocele
Adenocarcinoma mucinoso:
(mais comum)

86
Q

Características do tumor carcinoide:

A

Tumor das células enterocromafins
Pacientes com cerca de 40 anos
Se o tumor for na ponta e < 1cm: faz apendicectomia
Se for na base ou de 2cm: himicolectomia

87
Q

Características do adenocarcinoma mucinoso:

A

Tumor mais comum no apêndice

< 1cm: apendicectomia; >=1 cm: hemicolectomia

88
Q

Neoplasia mucocele:

A

acúmulo de mucina
cisto de retenção < 2cm: apendicectomia
adenocarcinoma > 2 cm: hemicolectomia
Pseudomixoma peritoneal: serve p/ ovário tbm

89
Q

Tipos de obstrução intestinal extrínseca:

A

Aderências (bridas)
Hérnias e volvo
Carcinomatose peritoneal

90
Q

Tipos de obstruções intrínsecas:

A

neoplasias primária
estenoses/atresias
lesões inflamatórias (CROHN)

91
Q

Tipos de obstruções intraluminais:

A

íleo biliar/ bezoar
bolo de ascaris
tumores/pólipos

92
Q

Causas de obstrução no delgado:

A

1° aderências
2° neoplasias
3° hérnia
4° crohn

Em crianças é diferente: 1 intussuscepção; 2 hérnias externas; 3 bolo de áscaris

93
Q

Patogenia da obstrução do delgado:

A

Obstrução (secreção) > peristalse de luta (10-12h) > atonia intestinal > supercrescimento bacteriano (translocação) > congestão venosa (edema de alças)>

AZOTEMIA/ SEPSE; DESIDRATAÇÃO; ALCALOSE METABÓLICA (obstrução alta)

94
Q

Patogenia da obstrução do cólon:

A

obstrução do cólon - válvula competente em 85% - alça fechada > aumenta pressão intraluminal (isquemia) > maior risco de perfuração >

DOR CONTÍNUA; CONSTIPAÇÃO; DISTENSÃO

95
Q

Exames solicitados na investigação diagnóstico de obstrução intestinal:

A

Rotina de abdome agudo
TC de abdome
Endoscópicos

96
Q

Características da RAA:

A

resolve 60% dos casos
É um conjunto de 3 exames de Rx: em pé (tórax); AP em pé tbm; deitado (quantificar a obstrução)

É o melhor exame para iniciar a investigação

97
Q

Sinal de empilhamento de moedas:

A

Indicação de obstrução de delgado

98
Q

Sinal com haustrações imcompletas:

A

obstrução do cónlon

99
Q

Níveis em degraus:

A

obstrução funcional

100
Q

Sinal do grão de café:

A

vôlvulo do sigmoide

101
Q

Sinal da maçã mordida:

A

relacionado a tumor (adenocarcinoma)

102
Q

Sinal do bico de pássaro:

A

obstrução de esôfago - ACALÁSIA

103
Q

TC de abdome na obstrução intestinal:

A

usado na dúvida diagnóstica

bom para obstrução completa (define local e causa); na obstrução incompleta usa clíster opaco

104
Q

Exames endoscópicos em obstrução intestinal:

A

RT rígida - usa para obstrução do cólon; nuca usa colonoscopia

105
Q

Regra das 3 perguntas na obstrução intestinal:

A

Devem ser feitas antes de iniciar o tto:

1a: delgado ou cólon
2a: parcial ou total
3a: simples ou estrangulada

106
Q

Como diferenciar se é obstrução do cólon ou delgado?

A

Grau dos vômitos (delgado) + distensão (cólon)

Padrão dos gases na radiografia: no centro (delgado); periferia (cólon)

107
Q

Como saber se a obstrução é parcial ou total?

A

Constipação e ausência de flatos (>12-24h) é total

Toque retal sem gases ou fezes - total

108
Q

Sinais de obstrução estrangulada:

A
Taquicardia
Taquipneia
Consciência alterada
Febre
Leucocitose
109
Q

Tratamento clínico de obstrução intestinal: (6)

A
Dieta zero
Hidratação
cateter nasogástrico (diminuir pressão nas vísceras)
Monitorização
ATB
Reposição de eletrólitos
110
Q

Indicação de tratamento cirúrgico de obstrução:

A

Obstrução estrangulada
Obstrução total
Obs. delgado > 48 ou cólon > 24h (mais fácil de romper)

111
Q

Características do íleo paralítico:

A

Mais comum no delgado
Inibição funcional motora - parada de eliminação de gases e fezes na ausência de obst. mecânica
Sintomas: náuseas, vômitos e distensão abdominal
Prevenção: tratar dor (analgesia), nutrição precoce, mobilização precoce

112
Q

Características da Sd. Ogilve (pseudo-obstrução):

A

Mais comum no cólon
distúrbio da função autonômica do cólon (obstrução aguda)
Não costuma ser grave: pouca dor

113
Q

TTO da Sd. Ogilve:(6)

A
Dieta zero
corrigir eletrólitos
suspender opiáceos
tratar causas 
NEOSTIGMINA
cirurgia - raro
114
Q

Irrigação do intestino 1, 2 e 3:

A

1 - tronco celíaco: irriga o estômago (a. gastrica), fígado (hepática), vias biliares, baço, pâncreas, duodeno

2 - mesentérica superior: irriga final do duodeno até metade do cólon transverso

3 - mesentérica inferior: a partir da metade do transverso

do reto médio para frente é a. ilíaca interna

115
Q

Comunicação arterial dos intestinos:

A

1 com o 2: arcos pancreatoduodenais

2 com o 3: arco marginal do Drumond - só ta no cólon

A. de Meadro (Riolan): cumunica cólica média com mesentérica inferior: origem de 3 com periferia de 2

116
Q

Duas áreas intestinais mais propícias à isquemia:

A

Flexura esplênica: transição da m. superior p/ m. inferior

Junção retossigmoide: transição da m. inferior para ilíaca interna

117
Q

Significado da visualização do Arco de Riolan na radiografia:

A

significa Sd. isquêmica, distendeu

118
Q

Causas de infarto enteromesentérico:

A

Embolia da a. mesentérica: 50% dos casos
Infarto mesentérico não oclusivo: 30%
Trombose de a. mesentérica: 25%
Trombose da veia mesentérica

119
Q

Sequência da trombose da a. mesentérica:

A

Oclusão gradual por aterosclerose > dor abdominal e periumbilical (desproporcional ao EF - peristalse normal ou aumentada) > taquicardia/hipotensão/febre-leucocitose

120
Q

Sempre pensar em trombose da a. mesentérica quando?

A

Abdome agudo + acidose metabólica

121
Q

Imagem que pode sugerir trombose da a. mesentérica:

A

Calcificação arterial
Pneumatose intestinal
Gás no sistema porta

122
Q

Em suspeita da trombose da a. mesentérica em paciente estável sempre fazer antes da laparotomia?

A

Angiografia - se houver pneumoperitônio ou estiver instável não faz

123
Q

Tratamento de trombose da a. mesentérica:

A

Antes da cirurgia: sonda nasogástrica, reposição hidroeletrolítica e ATB

Cirurgia + revascularização

Depois da cirurgia: infusão papaverina IV contínua; antiagregantes plaquetários

124
Q

Sequência na embolia da a. mesentérica:

A

Cardiopatia embólica (IAM, arritmia…) > oclusão arterial aguda (m. superior - devido ao calibre e obliquidade) > progressão imediata (ausência de colaterais)

125
Q

Tratamento da embolia da a. mesentérica:

A

< 8h: trombólise + papaverina

Embolectomia + Enteretomia

126
Q

Quando a angiografia for negativa, pensar em?

A

Infarto mesentérico não oclusivo (vasoconstrição arteriolar mesentérica)

127
Q

Causas de infarto mesentérico não oclusivo: (5)

A
choque
ICC
Hipóxia grave
cocaína
DIGITÁLICOS
128
Q

Sinais de pior prognóstico em infarto mesentérico não oclusivo:

A

Melena/hematoquezia

129
Q

Tratamento do infarto mesentérico não oclusivo:

A

Angiografia: é diagnóstica e terapêutica
suspender digitálicos e vasopressores
papaverina intra-arterial (30 a 60 mg/h)

130
Q

Indicações de laparotomia em infarto mesentérico não oclusivo:

A

Quase nunca, exceções: peritonite, sinais de infarto e dúvida diangóstica

131
Q

Sequência da trombose da veia mesentérica:

A

Congestão venosa intensa do seguimento (edema de alça + efluxo de líquidos) - hipotensão + hipovolemia > desconforto abdominal progressivo em semanas > ascite sanguinolenta (bem típico)

Exame: TC com contraste (90% sensibilidade)

132
Q

Condições que predispõe trombose da veia mesentérica: (5)

A
Hipercoagulabilidade (SAAF, policitemia)
Hipertensão porta
Neoplasias
Proc. inflamatórios
Uso de ACO
133
Q

Tratamento da trombose da veia mesentérica:

A

1° heparinização
2° laparotomia

A mortalidade é de 20%

134
Q

Características da angina abdominal: (4)

A

Obstrução parcial - aterosclerose
Processo crônico (insidioso)
Origem arterial
Duração transitória

135
Q

QC de Angina abdominal: (4)

A

Dor perigástrica (mesogástrica): 30min após refeição
Perda ponderal por medo de se alimentar
Localização da dor reflete o seguimento afetado - meso: intestino delgado (m. superior); hipo (baixa): cólon (m. inferior)

Geralmente paciente com doença coronariana/avc prévio

136
Q

Diagnóstico de angina abdominal:

A

História clínica compatível + Angiogragia > 50% em 2 artérias

Outros exames: US doppler; angio TC ou Angio RM

137
Q

Tratamento da angina mesentérica:

A

Jovem: revascularização cirúrgica: bypass vascular; endarterectomia; reimplante vascular

Idoso com comorbidade: angioplastia percutânea e colocação de stents

138
Q

Características da isquemia colônica: (4)

A

Formas mais comum de isquemia - 70%
doença de idoso
Pequenos vasos + microcirculação
Região que mais sofrem: flexura esplênica e junção RT

139
Q

Causas de isquemia colônica: (6)

A
Choque
Obstrução intestinal
drogas
trombofilias
embolias
colonoscopias/enemas - iatrogenias
140
Q

QC de isquemia colônica: (4)

A

Dor abdominal, andar inferior à esquerda
Diarreia, muco e sangue; vômitos fecaloides
febre, hipotensão, peritonite, leucocitose
Dilatação colônica - megacólon

141
Q

Conduta clínica em paciente com isquemia colônica:

A

Clíster opaco: sinais de impressões digitais e irregularidade em dentes de serra
RX e TC de abdome: para excluir outros diagnósticos
Retossig.:melhor exame

O tratamento pode ser conservador: corrigir fatores; ou cirúrgicos: urgência, recorrência, estenose

142
Q

Anomalia congênita mais frequente do aparelho digestivo:

A

Divertículo de Meckel

143
Q

Origem do divertículo de Meckel:

A

Se origina na borda antimesentérica do íleo, a 40-60cm da valva ileocecal
Resulta do fechamento incompleto do saco vitelino ou onfalomesentérico

144
Q

Revestimento do divertículo de Meckel:

A

50% é de mucosa gástrica > pode causar UP no íleo - sangramento em 25-50% dos casos

Pode se manifestar com anemia ferropriva inexplicada ou HDB, quase sempre entre 10-30 anos

145
Q

Diagnóstico de divertículo de Meckel:

A

Cintilografia do divertículo de Meckel, realizada com o 99 mTc

146
Q

Tratamento do divertículo de Meckel:

A

Para os casos sintomáticos e achado ocasional em laparotomia > ressecção do divertículo juntamente com o segmento do íleo adjacente