Intestinos parte 2 Flashcards
Classificação dos pólipos intestinais:
Neoplásico: adenoma, adenorcarcinoma
Não neoplásico: hiperplásico, inflamatório, hamartomatoso
Pólipos mais frequentes dos cólons:
São os neoplásicos
Incidência dos pólipos neoplásicos:
Aumenta com a idade ( > 50 )
Tipos histológicos dos pólipos adenomatosos:
Tubular: 85% de benignidade - são pendunculados, < 2cm
Tubuloviloso: 10% de benignidade
viloso: 5% de benignidade - podem chegar até 10cm (vilão dos pólipos)
Relação do tamanho da lesão com o grau de malignidade:
Quanto maior, mais maligno, por isso os tubulares são mais benignos
< 1cm: 1-3% de malignização
1 - 2 cm: 10% de malignização
> 2 cm: 40% de malignização
Fatores de risco para transformação maligna dos pólipos:
tamanho
tipo histológico: viloso > tubuloviloso > tubular
grau de displasia: baixo grau < alto grau (ultrapassou a lâmina própria) < carcinoma in situ
Sintomas dos pólipos:
a maioria assintomático, mas pode aparecer hematoquezia
Características dos pólipos hiperplásicos:
São sésseis, assintomáticos, diminutos, não indica colonoscopia
2° mais comum (1° neoplásicos)
A maioria se encontra no retossigmoide
Características dos pólipos hamartomatosos: (6)
Pacientes jovens (predomina em < 5 anos) Pedunculados São grandes Presença de sangramento Pode gerar intussuscepção, prolapso Pode ser associado a polipose juvenil
Características dos pólipos inflamatórios:
São resultantes das fases de regeneração das DII
Não aumentam malignidade (mas indiretamente os pacientes que possuem DII já tem um risco maior de CA)
“Guidelines” para os pólipos: (4)
Todos devem ser ressecados
Colonoscopia para pólipos sincrônicos
Se for displasia de alto grau ou CA in situ - já está tratado
Cirurgia: para adenoma refratário e CA invasivo
Características da EDA quando a cirurgia foi curativa no tto de pólipo:
Margens livres
bem diferenciados
ausência de invasão linfovascular
Rastreio para pólipo adenomatoso:
Nova colono de 3/3 anos
Tem pólipo: continua de 3 em 3 anos
não tem pólipo: 5 em 5 anos
Familiares (parentes de 1° grau):
adenoma, > 1cm, viloso e < 60 anos; um dos pais teve CA colorretal - indicar colono 10 anos antes de achado o pólipo
Se encontrar > 10: fazer pesquisa para PAF
Sds. Hereditárias de polipose, classificação:
Familiares: adenomatosas (PAF) - PAF clássica, Gardner, Turcort; Hamartomatosas - Peutz-Jehers, polipose juvenil e Couden
Não familiar: Cronkheite-Canadá
Genética da PAF:
Alteração no cromossomo 5q (gente 2-21 APC) - é um gene supressor tumoral
Herança autossômica dominante
Penetração incompleta (existem formas atenuadas)
Classificação da PAF clássica e da atenuada:
Clássica: >= 100 pólipos
atenuada: 10 a 100 pólipos
Possibilidade de CA colorretal na PAF e indicação de cirurgia:
100% de chance em > 40 anos, todos devem operar
Se o pólipo for > 1cm, displasia de alto grau e viloso, a cirurgia deve ser imediata
Alternativas cirúrgicas para pacientes com PAF:
protocolectomia total + ileostomia defininitiva (em desuso) Colectomia + anastomose ileoanal, com bolsa ileoanal (mais utilizada) Colectomia subtotal (poupa todo o reto) + anastomose ileorretal
Seguimento dos pacientes com PAF submetidos a cirurgia:
Pacientes submetidos a protocolectomia total não precisa mais de acompanhamento
Colectomia total: RT 3-6 meses; Clocoxib (aine) 100-400mg/dia
EDA: a cada 1-3 anos a partir dos 25 a 30 anos (em busca de tumores gastro/duodenal)
Pesquisa nos familiares de pacientes com PAF:
Pesquisa laboratorial de APC:
se for negativo: rastreio para todos os familiares
se for positivo: rastreio para todos os APC +
Retossigmoidoscopia anual dos 10 - 40 anos; após os 40 (3/3anos) - se achou pólipo, colono
Pesquisa de PAF atenuada:
Há um preferência pelo cólon direito (então, tem que ser colono)
Há menor taxa de malignização
Fazer colono anual a partir de 20 anos
Características da PAF clássica:
Pólipos gástricos e duodenais - não costumam se tornar malignos
Hiperpigmetação retiniana hipertrófica
Tumores desmoides
Características da Sd. de Gardner:
Osteoma de mandíbula e cranianos
Dentes supranuméricos
Tumores de tecidos moles
Características da Sd. de Turcor:
Meduloblastoma
Glioblastoma
Autossômico recessivo: os filhos não precisam de rastreio
Características da Polipose Juvenil Familiar (PJF):
> = 10 pólipos hamartomatosos colorretais
Hematoquezia, anemia e intussuscepção (com os maiores)
Risco relativo de 10% de CA colorretal
Características da Sd. Peutz-Jeghers:
Manchas melanóticas na pele e mucosas
Pólipo de Peutz-Jeghers (muscular) em delgado
Pode ser associar a outros tipos de CAs (ovário, testíticulo, pâncreas…)
Características da Sd. de Couden:
Subtipo da PJF
Hamartoma em pele e mucosas + hiperceratose
CA de mama e tireoide + tumores faciais (risco aumentado)
Características da Cronkhite-Canadá:
Polipose hamartomatose não hereditária
Tríade: alopécia, distrofia ungueal e hiperpigmentação cutânea
Tipo histológico mais comum de CA colorretal:
adenocarcinoma (95% dos casos)
Associações do CA colorretal:
Esporádico: mais comum (75% dos casos) - origem de um pólipo adenomatoso isolado
Associado às poliposes familiares: PAF e variantes
Hereditário não polipose: Sd. de Lynch
Características de CA colorretal com Sd. Lynch:
3% do total de casos de CA colorretal
HF de Colorretal: aumenta a probalidade de Sd. Lynch em 15%
Média de idade do CA: 35 a 45 anos
Predomínio Cólon direito/ceco
Critérios de Amsterdã para CA colorretal:
CA >= 3 familiares (1 tem que ser do 1° grau)
Idade < 50 anos (pelo menos 1)
>= 2 gerações acometidas
ausência de polipose
Diferença do Lynch 1 e Lynch 2:
Lynch 1: apenas CA colorretal
Lynch 2: CA colorretal + ginecológico ou outros
Fatores de risco para CA colorretal: (6)
Gorduras e calorias obesidade, DM2 DII, acromegalia tabagismo história familiar uretossigmoidostomia
Fatores de proteção para CA colorretal:
Suplementação de Ca e Mg
Exercícios físicos
Uso de AAS e outros AINEs (diminui em 40%)
Há associação do CA colorretal com qual bactéria?
bacteremia por S. bovis
Rastreio do CA colorretal:
Todos >= 50 anos Se HF: >= 40 anos (ou 10 antes do caso índice) PAF e variantes: 10-12 anos Lynch: > 20 anos DII: > 8-10 de dç
Como é feito o rastreio do CA colorretal:
PAF e variantes: RS anual
Demais situações: colonoscopia -
HF/todos: 10/10 anos
Lynch, DII: anual ou bianual
Outra estratégia para história familiar/todos: RS 5/5 anos + sangue oculto anual: se positivo, colono
Distribuição do CA colorretal:
Maioria do lado esquerdo (tipo polipoide): cólon descendente e retossigmoide
Tem havido uma migração para o lado direito (lesões anulares constrictoras): ceco e cólon ascendente
Clínica do CA de cólon à direita:
Sem sintomas obstrutivos: maior calibre e material fecal está mais líquido > diagnóstico costuma ser mais tardio
Anemia ferropriva
massa palpável
febre
Clínica de CA de cólon à esquerda:
constipação
hematoquezia
mais distais: tenesmo, diarreia (mucosa, pequeno volume)
Diagnóstico de CA colorretal:
Colonoscopia: padrão ouro
RS ou clíster opaco alterados, pede colono
se o colonoscópico não passar pela área estenosada, pode lançar mão da colono virtual
Uso do CEA para o CA colorretal:
tem baixa especificidade e sensibilidade - ruim para diagnóstico
Serve para prognóstico quando o diagnóstico já foi confirmado: >=10ng/ml doença avançada
Estadiamento do CA colorretal:
Dukes
A submucosa T1 B1 muscular própria T2 B2 subserosa T3 B3 estruturas vizinhas T4 C1 B1 + linfonodos C2 B2 + linfonodos C3 B3 + linfonodos D metástase a distância M1
Tratamento para CA Cólon:
Resseção com margem de segurança de 5 cm + linfadenectomia - resseca CA avançado tbm
QT adjuvante: paras os dukes B e C
A RT é contraindicada se o CA for apenas de cólon
Pontos de referência do reto e classificação de tumores de reto alto e baixo:
Margem anal e linha pectínea (mesma altura do esfíncter anal): linha pectínea fica 2-3cm da margem anal
Tumores baixos: < 5cm da margem anal
Tumores altos: 5-16 cm da margem anal
Margem de segurança na cirurgia do CA de reto:
Margem de segurança de 1 a 2cm (menos agressivo que o CA de cólon)
Sempre tentar preservar o esfíncter anal
Tratamento cirúrgico CA de reto alto:
Ressecção abdominal baixa (RAB) - preservar esfíncter anal +
anastomose colorretal
Tratamento cirúrgico CA de reto baixo:
Ressecção abdominoperineal (MILES) + colostomia definitiva - requer dois tempos cirúrgicos
não há como preservar o esfíncter
Tratamento complementar do CA de reto:
QT + RT neoadjuvante (não existe QT neo no cólon)
QT + RT adjuvante
Características dos pseudodivertículos: (4)
Apenas mucosa e submucosa.
mais comum em países industrializados ( - fibras na dieta)
prevalência em 85 anos de 65% (dor abdominal à esquerda nessa idade sempre pensar nisso).
Mais comum no sigmoide (lei de Laplace).
Complicações da diverticulose intestinal:
diverticulite: + comum no cólon esquerdo - essa é a complicação mais comum
Sangramento: cólon direito
Outras: fístula e obstrução intestinal
Tratamento da diverticulose intestinal: (5)
Alimentação com frutas e vegetais suplementação com fibras ingesta hídrica (2L/dia) antiespasmódico/analgésico (evitar aine) - sintomáticos tratar complicações
Características da hemorragia digestiva baixa: (6)
principal causa > 50 anos é diverticulose
Representa 10-15% das hemorragias
Apresenta-se com hematoquezia (20% são de alta)
1° causa: doença diverticular do cólon
2° angiodisplasia
“É uma doença de idoso”
Características da HDA:
Representa 85-90%
Apresenta-se como melena
1a causa é DUP
Características e tratamento da Doença diveticular do cólon:
Em 5 % ocorre sangramento maciço Origem arterial do sangramento Média de 50 a 70 anos - alta mortalidade Alta chance de ressangramento Mais comum no cólon direito
Tratamento: reposição volêmica + intervenção (não é cirurgia)
Características da angiodisplasia colônica: (5)
Faixa etária > 65 anos Ocorre ectasia de pequenos vasos Origem venosa: sangra. menos difuso Cólon direito é mais comum (ceco 45%) FR: estenose aórtica, dç von willebrand, Sd. urêmica crônica
Diagnóstico/terapia da HDB:
1° estabilização hemodinâmica (ABCDE)
2° EDA + exame proctológico - 1° exame complementar
3° Colonoscopia (2° exame complementar)
4° Angiografia mesentérica seletiva