Obstetrícia 2 Flashcards

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1
Q

Quais são os componentes do trajeto duro do parto?

A
  • Dois ossos ilíacos.
  • Sacro.
  • Cóccix.
  • Pube.

Estreito superior, médio e inferior.

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2
Q

Quais são as conjugatas do estreito superior?

A
  • Vera anatômica.
  • Obstétrica: é a mais importante (da borda interna da sínfise púbica até o promontório). Para medi-la, subtraímos 1,5 da conjugata anatômica (aproximadamente 10,5).
  • Diagonalis: vai da borda inferior da sínfise púbica até o promontório, medindo em torno de 12cm.
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3
Q

O que é a Regra de Smiles?

A

É a regra utilizada para estimar o tamanho da conjugata obstétrica.

Conjugata diagonalis - 1,5 = conjugata obstétrica.

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4
Q

Qual a principal medida e principal componente do estreito médio?

A
  • Medida: diâmetro anteroposterior do estreito médio.
  • Componente: espinha isquiática.
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5
Q

Qual é a conjugata do estreito inferior?

A
  • Conjugata exitus (9,5cm de saída): com a retropulsão do cócix, na hora que a criança passa, ela vira 11cm.
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6
Q

Quais são os tipos de pelve e suas características?

A
  • Ginecoide: estreito superior arredondado, porção posterior espaçosa, paredes pélvicas paralelas, espinhas ciáticas não proeminentes.
  • Androide: estreito superior triangular, paredes pélvicas convergentes, espinhas ciáticas salientes, ângulo subpúbico estreito.
  • Antropoide: estreito superior elíptico (favorece variedades de posição diretas), maior diâmetro ANTEROPOSTERIOR - DICA: ANTROPOIDE = ANTEROPOSTERIOR), espinhas ciáticas não proeminentes.
  • Platipeloide: estreito superior ovalado, maior diâmetro transverso (favorece variedades de posição transversas), estreito inferior semelhante a ginecoide.
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7
Q

Em relação a estática fetal, o que é a situação e quais as possibilidades?

A

Relação do maior eixo do feto com o maior eixo uterino.

  • Transversa: se não revertido, é inviável o parto vaginal.
  • Longitudinal: é a mais comum.
  • Oblíqua: situação transitória.
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8
Q

Em relação a estática fetal, quais são as possíveis apresentações?

A
  • Cefálica: mais comum (principalmente no atermo).
  • Pélvica: acontece mais em partos prematuros ou placenta prévia. No 2° trimestre, é normal que esteja pélvico e a partir de 34 semanas, a posição tende a ficar mais fixa - medo de cabeça derradeira, indicação relativa de cesárea.
  • Córmica: é uma regra para SITUAÇÃO TRANSVERSA, inviabiliza o parto vaginal.
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9
Q

Em relação a estática fetal, quais são as possíveis atitutes?

A

Apresentação cefálica:
- Fletida (9,5cm - menor diâmetro): é a mais comum, palpa-se o lambda. O ** diâmetro SUBOCCIPITO BREGMÁTICO é o menor diâmetro da apresentação (9,5cm)**.
- Deflexão de 1° grau (12cm): toca-se apenas o bregma, maior dificuldade para nascer.
- Deflexão de 2° grau (13,5cm): toca-se a glabela. O parto é inviável, uma vez que é a MAIS DESFAVORÁVEL DAS APRESENTAÇÕES CEFÁLICAS.
- Deflexão de 3° grau (9,5cm): toca-se a face da criança. Complicada, mas se o mento estiver para cima, dá para nascer.
- Sinclitismo: a sutura sagital está equidistante entre a sínfise púibica e o sacro; a sutura sagital é a que liga o lambda ao bregma.
- Assinclitismo posterior (Litzmann): assimetria (mais perto da sínfise púbica - anterior) - o osso parietal posterior ocupa mais o espaço.
- Assinclitismo anterior (Nagele): **o osso parietal anterior ocupa mais o espaço (mais perto do sacro - posterior).

Apresentação pélvica:
- Pelvipodálica ou pélvica completa: preenche completamente a bacia da mãe com bumbum, pernas e pés.
- Pélvica simples ou incompleta: preenche a bacia apenas com o bumbum.

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10
Q

Em relação a estática fetal, como definimos a altura da apresentação?

A

Através dos Planos de DeLee, com isso também observamos se insinuou e se existe proporção cefalopélvica.

  • Plano 0 de DeLee: altura das espinhas isquiáticas (estreito médio da bacia). Quando este é atingido, significa que o maior diâmetro já passou pelo estreito superior - INSINUAÇÃO.
  • Planos positivos: marca quantos centímetros para baixo está das espinhas isquiáticas.
  • Planos negativos: marcas quantos centímetros para cima está das espinhas isquiáticas.

Planos de Hodge:
- Plano 1: da borda superior da sínfise púbica ao promontório.
- Plano 2: borda inferior da sínfise púbica ao sacro.
- Plano 3: espinha isquiática (plano 0 de DeLee).
- Plano 4: cóccix.

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11
Q

Em relação a estática fetal, o que é posição?

A

É para que lado está o dorso do feto.

  • Esquerda: dorso à esquerda da mãe.
  • Direita: dorso à direita da mãe.

O melhor foco de ausculta é na região escapular.

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12
Q

Cite as características da variedade de posição?

A

Cefálica fletida/occipital (9,5cm):

  • Lambda.
  • Linha sagital.
  • Símbolo = O.

Deflexão de 1° grau/bregmática (12cm):

  • Bregma.
  • Linha sagito metópica.
  • Símbolo = B.

Deflexão de 2° grau/naso/fronte (13,5cm):

  • Glabela.
  • Linha metópica.
  • Símbolo = N.

Deflexão de 3° grau/face (9,5cm):

  • Mento.
  • Linha facial.
  • Símbolo = M.

Apresentação pélvica:

  • Sacro.
  • Linha: sulco interglúteo.
  • Símbolo = S.
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13
Q

Qual é o nome do primeiro período do parto e suas características?

A

Período de dilatação: começa com a fase ativa e vai até a dilatação total.

  • Contrações uterinas regulares (2 - 3 contrações/10 min).
  • Dilatação cervical 4cm (MS e OMS 5cm) progressiva.
  • Duração: 10 - 12h em nulíparas e 6 - 8h em multíparas.
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14
Q

Qual é o nome do segundo período do parto e suas características?

A

Período de expulsão: dilatação total até a expulsão total do feto.

  • Dilatação total até a expulsão do feto.
  • Contrações uterinas máximas (5 contrações/10 min).
  • Duração: primíparas 3h (4h com analgesia) e multíparas 2h (3h com analgesia).

≥ 6 contrações/10 min = TAQUISSISTOLIA (risco de sofrimento fetal agudo); se houver este risco, AUSCULTAR A CADA 5 MINUTOS.

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15
Q

Qual é o nome do terceiro período do parto e suas características?

A

Período de secundamento/dequitadura.

  • Descolamento até a expulsão da placenta (saída completa do bebê –> saída da placenta).
  • Prolongado: duração > 30 minutos (pensar se é falta de motor ou acretismo placentário).
  • Baudelocque-Schutze (mais comum): a placenta sai como um guarda-chuva, saindo a face fetal primeiro –> primeiro sai a placenta pela face fetal e, depois, sai o sangramento.
  • Baudelocque-Duncan: saída pela lateral, expondo primeiro os cotilédones –> sangramento mais volumoso junto com a saída da placenta, mais suja/cruenta.
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16
Q

Qual é o nome do quarto período do parto e suas características?

A

Período de Greenberg: final do secundamento até 1 hora após o parto (PERÍODO DE OURO.

  • Hemostasia do sítio de inserção placentário.
    • Trombotamponagem.
    • Miotamponagem (ligaduras vivas de Pinard): miométrio contraído –> observação, pois pode haver falha da contração (atonia) e constante sangramento.
    • Indiferença miouterina: útero contrai tão forte que não relaxa depois, promovendo uma contração uterina fixa.
    • Contração uterina fixa.
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17
Q

O que fazer no primeiro período clínico (dilatação)?

A
  • Deambulação: é importante para a descida da criança.
  • Presença de acompanhante.
  • Ingestação de líquidos + dieta branda.
  • Ausculta fetal intermitente: cada 30 minutos (baixo risco) ou 15 minutos (alto risco).

NÃO INDICAR CARDIOTOGRAFIA DE ROTINA EM PACIENTES DE BAIXO RISCO.

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18
Q

O que NÃO fazer no primeiro período clínico (dilatação)?

A
  • Enteróclise (lavagem intestinal).
  • Tricotomia.
  • Toques vaginais desnecessários.
  • Amniotomia de rotina.
  • Soro e ocitocina de rotina.

TUDO É SE NECESSÁRIO!

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19
Q

O que fazer no segundo período clínico (expulsão)?

A

-HANDS ON: Manobra de Ritgen modificada (proteção do períneo; com uma gaze, apertamos a parte posterior do períneo e com a outra mão controlamos a deflexão/desprendimento de modo a evitar movimento de chicote).
- Clampeamento tardio (oportuno) do cordão: > 60 segundos.
- Episiotomia seletiva (NÃO É PARA TODAS):
- Se necessária, esta deve ser MÉDIO LATERAL (músculo bulbo cavernoso e transverso superficial do períneo, bulbo retal** também pode pegar).

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20
Q

O que são as lacerações e seus graus?

A
  • Laceração de 1° grau: pega apenas pele e mucosa - não precisa nem de sutura às vezes.
  • Laceração de 2° grau: pega músculo - SEMPRE corrigir.
  • Laceração de 3° grau: pega músculo e esfíncter anal - SEMPRE corrigir; primeiro corrige a laceração esfincteriana e depois fecha músculo e mucosa.
  • Laceração de 4° grau: pega reto também - SEMPRE corrigir.
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21
Q

O que NÃO fazer no segundo período clínico (expulsão)?

A
  • Episiotomia de rotina.
  • Manobra de Kristeller: é considerado violência obstétrica.
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22
Q

Qual é a melhor e a pior posição do parto?

A
  • Pior posição: LITOTOMIA (paciente totalment horizontalizada), se o parto complicar, deve ser nesta posição.
  • Melhor posição: mais verticalizada, é melhor (cama ou em pé/de cócoras).

O período expulsivo na água sugere um pequeno aumento de risco, portanto, não é para todo mundo e o ideal do parto. Já no primeiro período clínico, colocar na água é sensacional; para o período expulsivo, ainda há dúvida.

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23
Q

O que fazer no terceiro período clínico (secundamento/dequitação)?

A
  • Ocitocina profilática 10UI IM.
  • Tração controlada de cordão.
  • Massagem uterina após secundamento: ajuda a aumentar o tônus.
  • Revisão do canal de parto de rotina, mesmo sem parto instrumentalizado –> medida de prevenção para hemorragia puerperal.
  • Episiorrafia/suturação de lacerações.
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24
Q

O que NÃO fazer no terceiro período clínico (secundamento/dequitação)?

A
  • Tração intempestiva do cordão: pode acarretar inversão uterina, com hemorragia e dor intensa.
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25
Q

O que fazer no quarto período clínico (período de Greenberg)?

A
  • Observar sangramento e tônus uterino: deve-se ficar mais de 1 hora em supervisão, avaliando se há necessidade de ocitocina, massagem uterina bimanual.
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26
Q

Quais são as duas linhas do partograma?

A
  • 1° linha: alerta - deve ser traçada no momento em que iniciou o trabalho de parto (a linha sai no próximo quadrado imediato).
  • 2° linha: ação.

A diferença destas duas linhas é de 4 horas. Segundo o MS, estas linhas acabam levando a intervenções desnecessárias, uma vez que a dilatação não é rígida (1cm/h).

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27
Q

O que é a fase ativa prolongada (primeiro período)?

A
  • Dilatação cervical menor que 1cm/hora: se atravessar a linha de alerta, devemos olhar para o motor (se estiver ruim, fazemos ocitocina). Se o motor estiver bom, orientamos deambulação.

O toque vaginal deve ser feito a cada 2 horas.

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28
Q

O que é a parada secundária da dilatação (primeiro período)?

A

Dilatação mantida em 2 horas.

  • Se a contração estiver ruim = ocitocina (venosa).
  • Se MOTOR BOM = DESPROPORÇÃO CÉFALOPÉLVICA.
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29
Q

O que é o período pélvico prolongado (segundo período)?

A

Descida lenta no período expulsivo: haverá dilatação total e a descida é arrastada.

  • Primípara: limite de 3h (4h com analgesia).
  • Multípara: limite de 2h (3h com analgesia).

Depois desse limite = INTERVENÇÃO.

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30
Q

O que é a parada secundária da descida (segundo período)?

A

Altura igual após 1h no período expulsivo.

  • Pode ser indício de desproporção céfalopélvica.
  • Devemos olhar para o motor, ver se o bebê está em rotação correta.
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31
Q

O que é parto taquitócico/precipitado?

A

≤ 4 horas: iniciou o trabalho de parto e já nasceu.

  • Existe risco de hemorragia por atonia uterina, laceração de canal, traumatismo no bebê.
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31
Q

Qual é a definição de prematuridade?

A

É um parto entre 20 - 22 semanas e antes de 37 semanas (36 semanas e 6 dias)

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31
Q

Quais as vantagens da corticoterapia no trabalho de parto prematuro?

A

Redução de:
- Doença da membrana hialina.
- Hemorragia intraventricular.
- Enterocolite necrotizante.
- Mortalidade neonatal.

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32
Q

Como é feito o diagnóstico de RPMO?

A
  • Anamnese e exame físico: 80% de diagnóstico: exame especular com saída de líquido pelo orifício cervical externo; em paciente com suspeita de bolsa rota, NÃO REALIZAR TOQUE VAGINAL.
  • pH vaginal > 6 - 6,5: deve estar sem corrimento (pode ser vaginose, tricomoníase).
  • Teste da cristalização: aspecto arboriforme (folha de samambaia) é devido à grande presença de estrogênio no líquido amniótico.
  • Ultrassonografia: oligodramnia, insuficiência placentária, má formação fetal.
  • PAMG-1/IGFBP: alta sensibilidade/especificidade.
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32
Q

Como é definido o TRABALHO DE PARTO prematuro?

A

Contrações uterinas regulares < 37 semanas E dilatação e/ou apagamento cervical!

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32
Q

Quais são os principais fatores de risco para prematuridade?

A
  • História de parto prematuro anterior.
  • RPMO (bolsa rota).
  • Infecções maternas e fetais.
  • Gestação múltipla.
  • Polidramnia, gemelaridade: isso gera distensão uterina.
  • Anemia.
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32
Q

Até quantas semanas pode-se fazer tocólise e como é feita?

A

Até 34 semanas e mantida por 48 horas!

  • Nifedipina (VO): 1° escolha por alguns autores - cuidado em pacientes com insuficiência cardíaca, hipotensão.
  • Indometacina: risco de fechamento do canal arterial - só pode usar abaixo de 32 semanas.
  • Salbutamol, terbutalina: gera taquicardia, tremores e náuseas. Risco de EAP, descompensação glicêmica em diabética.
  • Antagonista da ocitocina (Atosiban): mais caro, menos efeitos colaterais (sem interferência cardiovascular).

QUALQUER CRIANÇA QUE VÁ NASCER < 32 SEMANAS (31s6d) = SULFATO DE MAGNÉSIO PARA NEUROPROTEÇÃO. Se o trabalho de parto não for inibido, temos que realizar prevenção de sepse neonatal por GBS (em pacientes não rastreados, trabalho de parto prematuro = risco, portnato, penicilina cristalina ou ampicilina).

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32
Q

Como é feita a prevenção da prematuridade?

A
  • Repouso relativo.
  • Tratamento de vaginose bacteriana sintomática.
  • Cerclagem uterina.
  • Colo curto OU história de parto prematuro = PROGESTERONA VAGINAL.
  • Colo curto E história de parto prematuro = PROGESTERONA + CLERCLAGEM.
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32
Q

Como é realizada a corticoterapia em trabalho de parto prematuro?

A

Entre 24 a 34 semanas.

  • Betametasona (12mg IM 2 doses com intervalo de 24h) ou Dexametasona (6mg IM 4 doses 12/12h).
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32
Q

Como fazemos a predição de prematuridade?

A

Ultrassonografia de colo uterino (transvaginal):
- Colo uterino < 25mm (alguns autores 20mm): colo curto e maior risco de prematuridade.
- Não é obrigatória, mas é recomendável e importante (se faz no 2° trimestre - 20 a 24 semanas, mesmo período do USG morfológico).

Fibronectina fetal:
- Liberada quando há ruptura na interface uteroplacentária.
- Alto valor preditivo negativo: o valor baixo exclui o diagnóstico (não nascerá dentro de 7 dias).

Quanto mais cedo intervirmos (tocólise e corticoide, melhor o prognóstico).

33
Q

Quais são os principais fatores de risco para RPMO?

A

Similares ao da prematuridade: gestação múltipla, infecções, polidramnia.

33
Q

O que é a RPMO?

A

Ruptura das membrans após 20 semanas e antes do início do trabalho de parto. Abaixo de 20 semanas é abortamento!

34
Q

Qual a conduta diante de RMPO?

A

Com infecção: antibioticoterapia e parto vaginal.

  • Febre ≥ 37,8°C e pelo menos 2: leucocitose, taquicardia materna (> 100bpm), taquicardia fetal (> 160bpm), sensibilidade uterina, líquido amniótico fétido.

Sem infecção > 34 semanas: profilaxia para GBS.

  • Podemos induzir este parto, avaliar vitalidade fetal

Sem infecção e 24 - 34 semanas: conservador.

  • Internação hospitalar, SWAB vaginal/retal.
  • Corticoterapia: betametasona ou dexametasona.
  • Antibioticoterapia: ajuda a aumentar o tempo de latência (ganhar as 48 horas para o corticoide agir) e para diminuir a chance de infecção. Em trabalho de parto, est muda de sentido para a profilaxia do GBS.
35
Q

Qual a definição do período chamado de fase latente? Qual a duração em nulíparas e multíparas?

A

Período em que as contrações se tornam progressivamente mais intensas, porém ainda não há dilatação progressiva e rápida.
- Nulíparas: 20h.
- Multíparas: 14h.

36
Q

O que é o Sinal da Tartaruga? Qual a primeira conduta mediante este sinal?

A

É uma distócia de ombros, a cabeça da criança sai, mas fica presa.

  • A primeira conduta é a Manobra de McRoberts (hiperflexão com abdução das coxas).
37
Q

O secundamento é considerado prolongado quando passa de quantos minutos? O que deve ser feito neste caso?

A

Quando passa de 30 minutos. Deve ser feita intervenção.

38
Q

Quais são as estruturas acometidas na episiotomia médio-lateral?

A
  • Bulbo esponjoso.
  • Tranverso superficial do períneo.
  • Pele.
  • Mucosa.
  • Aponeurose superficial do períneo.
39
Q

O que é a amniorrexe prematura?

A

É a bolsa rota antes do trabalho de parto (20 semanas até o trabalho de parto).

40
Q

A área fetal que ocupa o estreito superior é chamada de que?

Exemplo: posição, situação, apresentação, insinuação.

A

Apresentação.

41
Q

O período de latência é inversamente proporcional à…

A

Idade Gestacional.

42
Q

Quais suturas podemos palpar em cada apresentação?

A
  • Bregma = sutura sagitometópica.
  • Face = linha facial.
  • Fronte = linha metópica.
43
Q

Como é a Manobra de Leopold?

A
  • 1° tempo: mão no fundo uterino - determina a situação fetal.
  • 2° tempo: aperta de um lado para o outro - posição fetal.
  • 3° tempo: com uma mão só - apresentação.
  • 4° tempo: com as duas mãos - insinuação e altura da apresentação.
44
Q

Cristalização arboriforme em muco cervical é sugestivo de qual condição?

A

Amniorrexe prematura, uma vez que o Líquido Amniótico é rico em estrogênio.

45
Q

O que devemos olhar no partograma para determinar o Plano de DeLee?

A

A apresentação!

46
Q

O que é distócia funcional?

A

É a fase ativa prolongada (falta de motor).

47
Q

A indução de rotina do parto com 41 semanas na gravidez de baixo risco é algo bom ou ruim?

A

Evidências atuais sugerem que apresenta ganho significante, portanto, é BOM!

48
Q

Como é feito o diagnóstico de RPMO?

A

Clínico! Não necessita de exames para o diagnóstico.

49
Q

Qual medicamento deve ser feito diante de uma RPMO com < 32 semanas?

A

Sulfato de mangésio (neuroproteção).

50
Q

Oligodramnia grave e prolongada em pacientes com RPMO aumento o risco de…?

A

Derfomidades fetais e síndrome da banda amniótica.

51
Q

Qual é a anestesia de escolha em cesarianas?

A

Raquianestesia.

52
Q
  • De quanto em quanto tempo deve ser feito o exame pélvico digital?
  • Qual é o método de escolha para avaliação do bem estar fetal nos trabalhos de parto de risco habitual?
  • Quando deve ser indicada amniotomia?
A
  • A cada 4 horas.
  • Ausculta intermitente (CTG não deve ser oferecida de rotina na admissão).
  • Na falha de progressão do 1° estágio do parto (fase ativa prolongada).
53
Q

Em qual condição há bossa e cavalgamento dos ossos do crânio no período expulsivo?

A

Desproporção cefalopélvica.

54
Q

A eminência íleopectnia caracteriza qual variedade de posição?

A

Oblíqua anterior.

55
Q

Quais são os pontos de referências nas variedades posteriores?

A

O sacro materno e as sinostoses sacro-ilíacas direita e esquerda.

56
Q

Em trabalho de parto prematuro, quais seriam as indicações em uma paciente com colo:

  • Situação 1 - Colo entre 20 a 29mm no USGTV.
  • Situação 2- Colo < 20mm.
  • Situação 3 - Colo ≥ 30mm.
A
  • Situação 1 = fibronectina fetal.
  • Situação 2 = internação, independente da fibronectina fetal, já considerando possível TPP.
  • Situação 3 = acompanhamento ambulatorial (útero irritável), paciente não se encontra em TPP.
57
Q

O que é o teste do fenol vermelho?

A

É um método propedêutico adicional do diagnóstico de RPMO. O teste é positivo quando a coloração muda de laranja para vermelho.

  • No caso da profilaxia para GBS, deve ser feita ampicilina 48h para aumento do tempo de latência e a urocultura positiva para GBS é indicação de profilaxia intraparto.
58
Q

Quais são os critérios diagnósticos de corioamnioite? Qual a conduta neste caso?

A

Febre ou 2 dos seguintes:
- Taquicardia fetal > 160bpm.
- Taquicardia materna > 100bpm.
- Útero irritável (contrações irregulares).
- Saída de secreção purulenta pelo colo.
- Leucocitose (> 15.000 ou aumento de 20%).
- Diminuição abrupta da quantidade líquida.
- Diminuição dos MF e aumento de PCR > 20%.

Conduta: ATB + interrução da gestação independente da idade gestacional.

59
Q

A espinha isquiática é ponto de fixação para qual ligamento?

A

Ligamento sacroespinhoso.

60
Q

As defletidas de 2° grau são frequentes? É possível parto vaginal?

A

Extremamente raras e não é possível evolução para parto vaginal, a não ser em fetos muito pequenos ou macerados.

61
Q

Na cefálica defletida de 3° grau, qual é o fator materno mais importante?

A

A multiparidade e, em razão da menor extensão dos diâmetros insinuados, o parto não costuma ter dificuldades.

62
Q

As apresentações defletidas de 1° grau são decorrentes de qual apresentação?

A

São decorrentes de uma deflexão discreta das fletidas occipitoposteriores.

63
Q

Por que o número de cesáreas é maior em obesas?

A

Devido a maior frequência de pré-eclâmpsia, diabetes e macrossomia fetal.

64
Q

Qual é a estrutura que apresenta menor relevância no mecanismo do parto?

A

A grande bacia.

65
Q

Qual é o teste com a maior acurácia para RPMO?

A

A Manobra de Tarnier = levantar a apresentação para ver se o líquido escorre.

66
Q

O método de Krause (sonda de Foley) é indicado nos casos de RPMO?

A

NÃO!

67
Q

Quais são as discinesias qualitativas? Qual a conduta?

A
  • Incoordenações uterinas de 1° grau (assincronia entre marcapassos uterinos).
  • Incoordenações uterinas de 2° grau (marcapasso ectópico, fibrilação uterina podendo gerar hipotonia).

Conduta: decúbito lateral, ocitocina em doses fisiológicas, amniotomia e analgesia.

68
Q

Por que a cesariana deve ser evitada em pacientes com corioamnioite?

A

Aumento da morbidade materna.

69
Q

Quais são os fatores de risco para distócia de ombro anterior fetal? Qual manobra fazer neste caso?

A

Macrossomia fetal e diabetes decompensada. Deve-se fazer a manobra de retirada do braço posterior e Woods. Pode gerar lacerações e fístulas reto-vaginais.

70
Q

Em pacientes com mioma uterino e indicação de cesárea, qual deve ser a incisão?

A

Incisão uterina clássica, apesar da maior perda sanguínea durante a cesárea.

71
Q

Qual é a classificação de Robson?

A
  • Paridade (nulípara, multípara).
  • Cesárea anterior (sim, não).
  • Início do trabalho de parto (espontâneo, induzido, cesárea antes do parto).
  • Idade gestacional (termo, pré-termo).
  • Apresentação fetal (cefálico, pélvico, transverso).
  • Número de fetos = (únicos, múltiplos).

Gemelar = ROBSON 8.

72
Q

Quais as condutas de acordo com o Índice de Bishop?

A
  • Bishop ≥ 9 = ocitocina.
  • Bishop 7 - 8 = controverso, preferência para ocitocina.
  • Bishop ≤ 6 = misoprostol.
73
Q

Qual a diferença entre as contrações uterinas verdadeiras e as contrações de Braxton-Hicks?

A

As contrações de Braxton-Hicks não possuem o tríplice gradiente descendente.

74
Q

De quanto em quanto tempo deve ser feita a avaliação do BCF no 2° período do parto?

A

15 em 15 minutos.

75
Q

Quais os locais em que a conjugata exitus se liga?

A

Liga o promontório ao cóccix.

76
Q

Porque a amniotomia não está indicada com feto muito alto?

A

Risco de prolapso de cordão.

77
Q

Onde estão localizados os nervos pudendos?

A

Na espinha isquiática, podendo ser anestesiados por bloqueio.

78
Q

A bacia ginecoide corresponde a quantos % das bacias femininas? Qual seu maior diâmetro?

A

50% das bacias femininas (seu maior diâmetro é o transverso).

79
Q

Qual estrutura pode ser lesada no forame obturatório e qual a importância desta estrutura?

A

O nervo obturatório, importante para adução da coxa.

80
Q

O parto taquitócito é mais comum em nulíparas ou multíparas?

A

Multíparas

81
Q

Qual é a definição de insinuação?

A

É quando o diâmetro biparietal passa o estreito superior da bacia.

82
Q

Quais são os fatores de risco para a distócia de ombros (Sinal da Tartaruga)?

A
  • Obesidade materna.
  • Macrossomia fetal.
  • Antecedente de distócia deombro.
  • DMG.
  • Inducação do parto.
  • Fatores intraparto: 1°/2° estágio prolongados, estimulação com ocitocina e parto vaginal assistido.
83
Q

Quanto tempo após RCP materna deve ser realizada a cesariana perimortem?

A

4 - 5 minutos após.

84
Q

Como preparar um colo desfavorável em um paciente que tem história de cesariana?

A

Sonda de Foley - não pode usar misoprostol em paciente com cicatriz uterina.

85
Q

Quanto tempo após a cesárea a dieta pode ser reintroduzida?

A

6 - 8 horas após. A cesariana eletiva pode ser feita a partir de 39 semanas de gestação.

86
Q

Quando fazer apenas progesterona e quando fazer progesterona + cerclagem?

A
  • Colo curto ou parto prematuro anterior = progesterona.
  • Colo curto e parto prematuro anterior = progesterona + cerclagem.
87
Q

O que significa um USG com Aspecto de Funil (abertura do orifício interno)?

A

Incompetência istmo-cervical = cerclagem uterina.

88
Q

Qual a primeira conduta diante de distócia de ombros com mãe em posição de litotomia?

A

Mudança imediata para quatro apoios.

89
Q

No caso de morte fetal, quando é aceitável a indução do parto com misoprostol?

A

Pacientes com cesariana prévia e idade gestacional < 28 semanas.