Nefrologia 2 Flashcards

1
Q

Qual é a grande função tubulointersticial?

A

Reabsorção (processamento final da urina)!

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2
Q

Quando há uma doença tubulointersticial, por haver comprometimento da reabsorção, quais distúrbios a pessoa começa a desenvolver?

A
  • Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básico.
  • Hematúria, proteinúria, piúria.
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3
Q

Qual é a principal causa de Nefrite Intersiticial Aguda (NIA)?

A

Fármacos (alergia medicamentosa)

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4
Q

Quais são as principais drogas que podem causar NIA?

A

DROGAS:

  • Diuréticos.
  • Rifampicina.
  • Omeprazol.
  • Grandes antibióticos (betalactâmicos e quinolonas).
  • AINES.
  • Sulfa.
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5
Q

Qual é a clínica da NIA?

A
  • IRA oligúrica (compressão tubular por edema intersticial).
  • Dor lombar (distensão da cápsula renal por acúmulo de ultrafiltado no rim).
  • Febre.
  • Rash cutâneo: alergia medicamentosa.
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6
Q

O que se espera no laboratório da NIA?

A
  • EAS: hematúria não dismórfica/proteinúria.
  • Fármacoinduzida: eosinofilia, eosinofilúria (Hansel), aumento de IgE (eosinófilo).
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7
Q

Como é feito o diagnóstico da NIA?

A
  • Clínico laboratorial.
  • Biópsia é o padrão ouro - casos duvidosos = infiltrado eosinofílico no interstício.
  • Pode ser utilizada cintilografia com gálio (marcadora de leucócitos).
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8
Q

Qual é o tratamento da NIA?

A
  • Suspensão do medicamen to envolvido (eliminação do agente causal).
  • Em casos refratários: corticoide (NÃO É TRATAMENTO OBRIGATÓRIO).
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9
Q

O que é a síndrome TINU?

A

NIA + Uveíte.

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10
Q

Como identificar uma Nefrite Intersticial Crônica?

A

Perda da função renal desproporcional ao Clearance de Creatinina –> anemia, acidose e noctúria precoces.

Causa principal em crianças: refluxo vesicoureteral.
Causa principal em adultos: uropatias obstrutivas.

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11
Q

Qual é o principal mecanismo de Necrose Tubular Aguda (NTA)?

A

Obstrução intrínseca!

  • As células tubulares necrosa e formam uma “rolha” de células mortas, promovendo uma obstrução intrínseca da estrutura tubular.
  • Injúria Renal Aguda oligúrica.
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12
Q

Quais são as principais etiologias da NTA?

A
  • Isquemia: choque (MAIS FREQUENTE), contraste iodado.
  • Toxina: droga (aminoglicosídeo, anfotericina B), rabdomiólise (convulsão, queimadura elétrica, maratona, procissão religiosa, estatina + ciprofibrato, cafeína).

A rabdomiólise gera HIPOCALCEMIA (hiperfosfatemia –> quelante de cálcio).

Suspeitar quando IRA oligúrica + EXPOSIÇÃO NAS SITUAÇÕES ACIMA.

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13
Q

Qual é o tratamento da NTA?

A
  • Suporte: regenera em 7 dias.
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14
Q

Como prevenir NTA?

A
  • Contraste: hidratação com cristaloide ou contraste hipo-osmolar. Suspender IECA/BRA, metformina, AINES, usar solução bicarbonatada, n-acetilcisteína antes do exame. Suspender diuréticos.
  • Rabdomiólise: hidratação com cristaloide ou bicarbonato? –> Especialmente em pessoas com CPK > 5.000 ou em ascensão.
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15
Q

Como diferenciar Choque + Ira: PRÉ-RENAL ou NECROSE TUBULAR AGUDA?

A
  • Pré renal: urina concentrada, com menos sódio e relação ureia/creatinina > 40 (o túbulo consegue realizar abosrção, portanto há maior concentração e menor sódio).
  • NTA: urina diluída, com mais sódio (o túbulo não reabsorve adequadamente, portanto há mais água e mais sódio).
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16
Q

Monte a tabela com os valores para diferenciar PRÉ-RENAL de NTA? Cite os seguintes parâmetros e valores:

  • Sódio urinário.
  • Fração de excreção de sódio.
  • Densidade.
  • Osmolaridade.
  • Cilindros.
  • Fração de excreção de ureia.
  • Relação ureia/creatinina.
A

PRÉ-RENAL:

  • Sódio urinário: baixo (< 20).
  • Fração de excreção de sódio: baixa (< 1%).
  • Densidade: alta (> 1020).
  • Osmolaridade: alta (> 500).
  • Cilindros: hialinos (fisiológico).
  • Fração de excreção de ureia: < 35%.
  • Relação ureia/creatinina: > 40.

NTA:

  • Sódio urinário: alto (> 40).
  • Fração de excreção de sódio: alta (> 1%).
  • Densidade: baixa (< 1015).
  • Osmolaridade: baixa (< 350).
  • Cilindros: epiteliais/granulosos.
  • Fração de excreção de ureia: > 20%.
  • Relação ureia/creatinina: < 20.
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17
Q

Qual é o mecanismo de lesão da necrose de papila?

A

Lesão isquêmica.

A perfusão da papila já é ruim. Portanto, as causas que causam necrose de papila são as que atrapalham ainda mais sua perfusão. Quando a papila necrosa, ela se desprende e cai no meio da urina (corpo sólido no meio da urina, como um cálculo).

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18
Q

Quais são as causas de necrose de papila?

A

PHODA:

  • Pielonefrite.
  • Hemoglobinopatia S - Anemia Falciforme.
  • Obstrução (cálculo renal, doença prostática).
  • Diabetes.
  • Analgésicos.
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19
Q

Qual é a clínica da necrose de papila?

A
  • Febre + dor lombar.
  • EAS: hematúria não dismórfica/proteinúria.
  • Disfunção renal e oligúria podem surgir.
  • Hematúria macroscópica.
20
Q

Como é feito o diagnóstico de necrose de papila?

A
  • Urografia excretora: sombras em anel (falha de enchimento).
21
Q

Como é o tratamento da necrose de papila?

A
  • Controlar/eliminar o agente causal.
22
Q

Qual é a principal função do túbulo contorcido proximal? Destaque as substâncias têm maior importância.

A

É onde acontece a maior parte da reabsorção.

Glicose e bicarbonato!

23
Q

Qual é a principal função da Alça de Henle?

A

Gerar concentração medular - é impermeável à água.

24
Q

Qual é a principal função do túbulo contorcido distal? Destaque as substâncias têm maior importância.

A

Muito importante para reabsorver carga positiva (cátion).

Sódio OU cálcio - NUNCA OS DOIS AO MESMO TEMPO.

25
Qual é a principal função do túbulo coletor? Destaque as substâncias têm maior importância.
Realiza reabsorção por estímulo hormonal. - **Córtex (aldosterona)**: reabsorve **sódio** em troca de **hidrogênio OU potássio**. - **Medula (ADH)**: reabsorção de **água livre** - abre portõers de água, uma vez que a medula estará muito concentrada, esta é reabsorvida.
26
Quais patologias podemos encontrar no túbulo contorcido proximal?
- Glicosúria renal: **glicosúria sem hiperglicemia (diabetes)**! - Bicarbonatúria: gera **acidose tubular renal do tipo 2 (hipocalemia + urina ácida)**. Ao perder bicarbonato (HCO3-), perde-se carga positiva (K+) para equilibrar. **Síndrome de Fanconi (generalizada)**: aminoacidúria + glicosúria + fosfatúria + uricosúria + poliúria + acidose metabólica hiperclorêmica + ATR tipo 2 - **associação com mieloma múltiplo e Tenofovir**.
27
Qual é o transportador principal da Alça de Henle? Qual a clínica e a causa de um distúrbio na Alça de Henle?
Na/K+/2Cl- (qualquer distúrbio neste gera uma dificuldade em realizar a concentração medular). **Clínica**: - Políuria - não concentra a medula, portanto o ADH não age. - Hipocalemia + alcalose: a Alça de Henle deixa de reabsorver o sódio, portanto, a aldosterona reabsorve no túbulo coletor colocando potássio ou hidrogênio para fora. - **Hipercalciúria**: chega mais sódio no túbulo distal, reabsorvendo sódio em vez de cálcio. **Causa**: **Síndrome de Bartter ou Furosemida**.
28
Qual a clínica de um distúrbio no túbulo contorcido distal? Qual a principal causa?
- **Hipocalciúria**: reabsorve cálcio, não reabsorve sódio. - Hipocalemia + alcalose: não reabsorve o sódio, portanto, a aldosterona reabsorve no túbulo coletor colocando potássio ou hidrogênio para fora. **Síndrome Hipo**: hipocalciúria, **hipomagnesemia**, hipocalemia + alcalose metabólica. **Causa**: **Síndrome de Gitelman ou Tiazídico**.
29
O que é a Síndrome de Liddle?
É um **Pseudo-Hiperaldosteronismo** causado por uma hiperatividade dos receptores de aldosterona no túbulo coletor (aumenta a reabsorção de águas e sódio, jogando H+ e K+ para fora) --> aumenta a HAS. - **Hipocalemia + alcalose metabólica**. - Tratamento: **Amilorida**.
30
Classicamente, o diabetes insipidus nefrogênico tem qual causa? Qual o tratamento?
Classicamente causado pelo **lítio**. Tratar com **tiazídicos**.
31
Em relação à acidose tubular renal, cite quais partes do túbulo está associada com cada uma (ATR 1, 2 e 4).
- Tipo 1 (distal): túbulo coletor. - Tipo 2 (proximal): túbulo contorcido proximal. - Tipo 4: túbulo coletor.
32
Qual é a característistica e causa da ATR tipo 2 (proximal)? Ela cursa com HIPOCALEMIA ou HIPERCALEMIA?
- Não consegue reabsorver bicarbonato --> acidose metabólica. - Causa: **BIcarbonatúria ("2 - BI")**. - Cursa com **HIPOCALEMIA**.
33
Qual é a característistica e causa da ATR tipo 1 (distal)? Ela cursa com HIPOCALEMIA ou HIPERCALEMIA?
- Não consegue excretar o hidrogênio --> acidose metabólica. - Causa: **diminuição na secreção de hidrogênio**. - Cursa com **HIPOCALEMIA**.
34
Qual é a característistica e causa da ATR tipo 4? Ela cursa com HIPOCALEMIA ou HIPERCALEMIA?
- Não há uma boa quantidade de aldosterona (a troca acontece em quantidade muito menor). - Causa: **diminuição de aldosterona (hipoaldosteronismo)**. - Cursa com **HIPERCALEMIA**.
35
Quais são os macetes para lembrar das ATR?
- Acidose tubular renal com **número menor (1 e 2) = HIPOcalemia**. - Acidose tubular renal com **número maior (4) = HIPERcalemia**. - ATR 2 (BI) = BICARBONATÚRIA. - ATR 4 = diminuição de 4LDOSTERONA.
36
Realize uma comparação entre as etiologias da estenose de artéria renal. Leve em conta os seguintes fatores: frequência, epidemiologia, topografia.
**Aterosclerose**: - Frequência: mais comum (> 66%). - Epidemiologia: > 50 anos, fatores de risco CV. - Topografia: proximal à aorta. **Displasia fibromuscular**: - Frequência: menos comum (< 33%). - Epidemiologia: mulheres jovens (15 - 40 anos), sem comorbidades. - Topografia: distal à aorta.
37
Disserte sobre a fisiopatologia da estenose de artéria renal.
Estenose de artéria renal --> má perfusão renal --> aparelho justaglomerular --> liberação de renina --> ativação do SRAA (hiperaldosteronismo secundário). - SRAA: renina --> angiotensina 1 --> convertida pela ECA --> **angiotensina 2 (vasoconstrição)** --> aldosterona --> reabsorção de água e sódio. - Vasoconstrição sistêmica = hipertensão --> sangue chega com mais força no glomérulo. Tanto a vasoconstrição quanto a aldosterona aumentam a pressão (hipertensão renovascular). A aldosterona reabsorve sódio jogando hidrogênio e potássio para fora --> hipocalemia + alcalose metabólica.
38
Quando suspeitar de estenose de artéria renal?
**HAS mais**: - Idade < 30 anos ou > 50 anos: início precoce ou tardio. - **Sopro em flanco**. - Hipocalemia.
39
Como é feito o diagnóstico de estenose de artéria renal?
- USG Doppler (assimetria e diminuição de fluxo). - AngioTC ou AngioRM. - **Arteriografia renal**: **padrão ouro - mais invasiva**. - Provas de atividade inflamatória podem ajudar a diferenciar displasia fibromuscular de arterite de Takayasu. - Cintilografia renal (renograma) sem e com IECA. **A principal causa de hipertensão renovascular é a estenose de artéria renal**!
40
Como é feito o tratamento da estenose de artéria renal?
- **Displasia fibromuscular: angioplastia** (sem stent) --> o stent é para chance de recidiva. - **Aterosclerose: IECA/BRA**. - Não fazer na estenose bilateral/rim único --> angioplasia com stent ou cirurgia. **Questão de prova: paciente com HAS começa IECA/BRA e faz IRA --> estenose bilateral**.
41
Qual a principal etiologia do ateroembolismo?
Procedimento endovascular (exemplo: angioplastia).
42
Qual é a clínica do ateroembolismo?
- IRA + manifestações embólicas. - Síndrome do dedo azul, libedo reticular, placas de Hollenhorst (fundoscopia).
43
Diante de um paciente que foi submetido a um procedimento endovascular, como angioplastia com uso de contraste, como diferenciar se a IRA é pelo contraste ou é ateroembolismo?
- **Ateroembolismo**: placas de Hollenhorst (brilho dentro de vaso retiniano patognomônico), livedo reticular, dedo azul. Caso não cite estas manifestações, teremos que diferenciar pelo tempo. - **NTA**: evolui rapidamente para IRA (24 - 48h, pico entre 3 - 5 dias) - **apenas azotemia**. - **Ateroembolismo**: evolui mais devagar para IRA (dias, semanas).
44
Qual o laboratório do ateroembolismo?
- Eosinofilia/eosinofilúiria - diagnóstico diferencial com NIA. - Diminuição do complemento.
45
Como é feito o diagnóstico de ateroembolismo?
- Biópsia: fissuras biconvexas.
46
Qual o tratamento do ateroembolismo?
Suporte.