Ginecologia 4 Flashcards

1
Q

Qual é a principal via de disseminação do câncer de mama? Quais são as características?

A

Via linfática (tumores ginecológicos em geral, com exceção do ovário).
- 99% da drenagem linfática para axila (palpação de cadeia axilar = obrigatório no exame das mamas).
- Artéria mamária interna (torácica interna) = 60% da irrigação da mama.
- Na maioria dos casos, o câncer é no Quadrante Superior Externo, onde há maior quantidade de glândulas.

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2
Q

Qual é o câncer de mama mais comum?

A

Carcinoma ductal infiltrante.

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3
Q

É comum mastalgia no câncer de mama?

A

Para o câncer de mama gerar dor, este tem que estar em estágio avançado.

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4
Q

Cite as características da mastalgia cíclica e as possíveis causas associada a ela.

A
  • Mais na fase lútea e bilateral (estímulo hormonal).
  • Geralmente localizada no QSE (quadrante superior externo).
  • Geralmente associada a adensamentos e cistos.

Alteração funcional benigna da mama = mastalgia cíclica, adensamento e cistos.

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5
Q

Cite as características da mastalgia acíclica e as possíveis causas associada a ela.

A
  • Sem relação com ciclo e mais unilateral.

Mastite / abscesso / esteatonecrose….

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6
Q

Qual é o quadro clínico da alteração funcional benigna das mamas? O que esperamos encontrar no USG?

A

Mastalgia cíclica, adensamento e cistos.

  • USG: Cistos mamários (imagem anecoica, redondo com reforço acústico posterior).
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7
Q

Qual é a conduta na alteração funcional benigna das mamas?

A
  • Orientação: não vira e não é risco de câncer.
  • Melhor sustentação das mamas.
  • Evitar medicação: efeito próximo ao placebo. Se grave = tamoxifeno por curto período de tempo.
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8
Q

Como diferenciar o eczema areolar da doença de Paget?

A

Eczema areolar:
- Descamação bilateral, pruriginosa.
- Não destrói a papila.
- Melhora com corticoide tópico.

Doença de Paget:
- Descamação unilateral, com pouco prurido.
- Destrói a papila.
- Não responde ao corticoide (biópsia).

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9
Q

Qual é a causa do derrame papilar lácteo?

A

Hiperprolactinemia: afastar gravidez, hipotireoidismo, prolactinoma e ver se não usa remédios.

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10
Q

Qual é a causa do derrame papilar multicolor (verde/amarelo/marrom)?

A
  • Alteração funcional benigna da mama ou ectasia ductal.
  • Benigno!
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11
Q

Qual é a causa do derrame papilar sanguíneo/serossanguíneo?

A

A maior causa é papiloma intraductal (benigno)!

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12
Q

Quando devemos investigar o derrame papilar sanguíneo/serossanguíneo?

A
  • Espontâneo.
  • Uniductal.
  • Unilateral.
  • “Água de rocha” ou sanguinolento.

Conduta: RESSECAR DUCTO! A citologia não exclui diagnóstico.

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13
Q

Diante de um nódulo palpável, quais características devemos diferenciar?

A
  • Móvel x aderido.
  • Regular x irregular.
  • Fibroelástico x pétreo.
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14
Q

Quando a PAAF é considerada suspeita?

A

A partir do exame físico de um nódulo, já podemos realizar a PAAF diretamente (PAAF diagnóstica). Se for só depois do exame de imagem, é PAAF terapêutica.

PAAF suspeita:
- > 2 recidivas (após esvaziamento).
- Sanguinolento.
- Massa residual ou;
- Nódulo sólido.

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15
Q

Para quem pedimos USG na queixa de nódulo palpável? Quando a USG é considerada suspeita?

A

Pacientes < 40 anos.

USG suspeita:
- Misto.
- Mal delimitado.
- Sombra acústica (na mama, sombra é mais sombrio).

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16
Q

Quais são os fatores de risco para câncer de mama?

A
  • Sexo feminino.
  • Idade > 40 anos (pico incidência > 50 anos).
  • História familiar 1°.
  • Nuliparidade ou primiparidade tardia.
  • Menacme longo: exposição hormonal grande (menarca precoce e menopausa tardia).
  • Mutação BRCA 1 e 2.
  • Hiperplasias atípicas.
  • Ca in situ: ductal (é o grande precursor do câncer de mama) e lobular.
17
Q

Quais são os fatores protetores para câncer de mama (prevenção 1°)?

A

Atividade física, dieta e controle de peso.

18
Q

Como é feito o rastreio do câncer de mama?

A
  • MS: mamografia bienal 50 - 69 anos.
  • Em 2015: MS contraindicou autoexame e exame clínico passou a benefício incerto.

Febrasgo: mamografia anual após 40 anos.
- Mutações BRCA: > 30 anos.
- Lesões precursoras a partir do diagnóstico.

19
Q

Como classificar o BI-RADS de acordo com a mamografia?

A
  • BI-RADS 0: mamografia inconclusiva (ex: densa) –> pedir outro exame (USG, RM).
  • BI-RADS 1: nenhuma alteração –> repete de acordo com a idade.
  • BI-RADS 2: alterações benignas (ex: calcificação em linha de cobre, “pipoca”, linfonodo ou prótese mamária) –> repete de acordo com a idade.
  • BI-RADS 3: provável benigna (< 2% para malignidade) –> repete em 6 meses no 1° ano, anualmente no 2° e 3° ano.
  • BI-RADS 4: suspeita–> biópsia para histopatológico.
  • BI-RADS 5: suspeita –> biópsia para histopatológico.
20
Q

Como é feito o histopatológico no câncer de mama?

A

Core biopsy (agulha grossa) e mamotomia (biópsia a vácuo):
- Microcalcificações suspeitas: preferir mamotomia guiada por MMG.
- Outros: core biopsy.

Biópsia cirúrgica:
- É o padrão ouro (dúvida na biópsia ambulatorial ou falta de métodos).
- Biópsia incisional: retira parte do tumor (lesões maiores).
- Biópsia excisional: retira todo o tumor (lesões menores) –> cistos suspeitos também (para não destruir).

Se impalpável = ESTEROTAXIA.

21
Q

Quais são as lesões benignas da mama?

A
  • Fibroadenoma: sólida mais comum - pacientes jovens (tendência a retirar se grande ou > 35 anos).
  • Tumor filoides: crescimento rápido - estroma hiperceluilar (retira com margem).
  • Esteatonecrose: nódulo após trauma.
  • AFBM: mastalgia cíclica e bilateral.
22
Q

Quais são as lesões malignas da mama?

A
  • Risco aumentado: ductal e lobular in situ e hiperplasia atípica –> PRECURSORES.
  • Ductal infiltrante: câncer invasor mais comum.
  • Lobular infiltrante: tendência a bilateralidade e multicentricidade.
  • Câncer inflamatório: localmente avançado.
23
Q

Como é a imuno-histoquímica do câncer de mama?

A

Devemos definir se há receptor hormonal (RE e RP) e se há superexpressão de HER2 (oncogene - pior prognóstico.

  • Luminal A: RE +; RP +; HER2 - (melhor prognóstico).
  • Triplo negativo: RE -; RP -; HER2 -.
  • HER 2 positivo: RE -; RP -; HER2 + (pior prognóstico).
24
Q

Qual é o tratamento das lesões malignas da mama? Faça o passo a passo.

A

1° passo: cirurgia na mama:
- Conservadora: segmentectomia/quadrantectomia –> o tumor tem que ser < 3,5cm (< 20% da mama) e acesso a radioterapia pós operatória.
- Cirurgia radical: mastectomia (se lesão difusa, mesmo que ductal in situ, tem que tirar tudo).

2° passo: linfadenectomia:
- Esvaziamento completo: gera linfedema, escápula alada.
- Linfonodo sentinela: é o 1° linfonodo a drenar a região tumoral; se negativo, evita a dissecção axilar radical –> NÃO FAZER SE AXILA CLINICAMENTE POSITIVA.

3° passo: QT adjuvante:
- Tumores > 1cm.
- Linfonodo positivo.
- Expressão de HER2.
- Receptor hormonal negativo.

QT NEOADJUVANTE = carcinoma inflamatório, tumor localmente avançado.

4° passo: RT adjuvante:
- Cirurgia conservadora.
- Tumor > 4cm.

5° passo: hormonioterapia:
- Receptor de estrogênio positivo: Tamoxifeno (jovem) ou inibidores da aromase (pós menopausa - Letrozol).

6° passo: terapia alvo dirigida:
- Trastuzumabe: em pacientes com superexpressão de HER2.

25
Qual é a principal **via de disseminação** do **ovário**? Qual é a principal fonte de vascularização do ovário, de onde vem e é ramo direto de quem?
Transcelômica (órgão intraperitoneal). - A maior parte de sua irrigação é pela **artéria ovariana, proveniente do infundíbulo pélvico - ramo direto da aorta**.
26
Quais são os **fatores de risco** para **câncer de ovário**?
- História familiar --> **principal fator de risco identificável**. - Mutação BRCA. - **Tabagismo**. - Menacme longo: situação em que ovário funciona muito (sem uso de ACO). - Nuligesta: não tem a anovulação da gravidez. - Indutores de ovulação: força ainda mais o ovário.
27
Quais são os **fatores de proteção** para **câncer de ovário**?
- Amamentação. - **Uso de anovulatórios**: o ovário não trabalha. - Laqueadura tubária: diminui a ascensão de substâncias cancerígenas e mexe com a vascularização.
28
Diante de uma **massa anexial**, como seguimos? O que é uma massa anexial considerada suspeita?
**Avaliação clínica + USG**. Massa anexial **SUSPEITA**: - **S**ólida. - **U**SG Doppler (**IR < 0,4**): **baixa resistência, passa muito sangue (neovascularização)**. - **S**eptada (espesso). - **P**apilas (especialmente se **> 4**). - **E**spessamento da parede. - **I**rregular. - **T**amanho > **8cm**. - **A**ntes ou **a**pós menacme/ **a**scite.
29
Quais são os **tumores benignos funcionais/não neoplásicos** do ovário?
- Cisto folicular. - Cisto de corpo lúteo (baixa IR e **anel de fogo**): **clássica associação com uso de anticoagulante**; se houver instabilidade hemodinâmica, realizsar hemostasia.
30
Quais são os **tumores benignos proliferativos/não neoplásicos** do ovário?
- Adenoma mucinoso: versão benigna do adenocarcinoma seroso (câncer mais comum). - **Teratoma maduro (cisto dermoide)**: tem cabelo, dente, sebo e possui **muita gordura --> risco de torção (flutua na cavidade abdominal**.
31
O que é a **Síndrome de Meigs**?
Tumor de ovário (fibroma) + ascite + derrame pleural!
32
Qual a **conduta** diante dos **tumores benignos** do ovário?
- Funcionais: expectante (maioria). - Neoplásico benigno: cistectomia (ooforoplastia).
33
Quais são os **tumores malignos** do ovário? Diferencie entre **epiteliais** e **germinativos**.
**Epitelial**: - **Adenocarcinoma seroso: é o mais comum**. - Adenocarcinoma **mucinoso: pseudomixoma**: tumor de apêndice também. **Germinativo**: - **Disgerminoma: germinativo maligno + comum** --> bom prognóstico, crianças.
34
O que é o **Tumor de Krukenberg**?
É um tumor **metastático**, com sítio **primário geralmente gástrico (célula em anel de sinete)**.
35
Quais são os **marcadores tumorais para cãncer de ovário**?
- CA 125: tumores epiteliais (**os mais comuns**) --> endometriose, adenomiose, mioma e gravidez podem aumentar também. - **D**esidrogenase (LDH): **D**isgerminoma (**aumento de HCG também**).
36
Qual é o **tratamento** do **câncer de ovário**?
**1° passo: lavado peritoneal + inventário da cavidade + excisão do tumor principal + biópsia de congelação**. - Se maligno, completar estadiamento: biópsias peritoneais + histerectomia total + salpingo-ooforectomia bilateral + omentectomia infracólica + ressecar implantes e linfonodos pélvicos e para-aórticos. - **Se não tem biópsia de congelação = NÃO SE FAZ EXCISÃO DO TUMOR PRINCIPAL + BIÓPSIA DE CONGELAÇÃO**.
37
Em qual paciente com **câncer de ovário** devemos considerar a **salpingo-ooforectomia UNILATERAL**?
Paciente em **IDADE FÉRTIL + 1A (Apenas 1 ovário) e não sendo G3 (indiferenciado)**
38
Em qual paciente **não fazemos quimio** no câncer de ovário?
Paciente com **1A ou 1B (Bilateral) e não sendo G3 (indiferenciado)**.