Nutrição Flashcards
A prevalência de desnutrição em pacientes cirúrgicos varia de 22 a 58% e é semelhante ao que ocorre em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
Hoje, metade ou quase metade da população hospitalar é ou está desnutrida.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro e a partir de 2 semanas no hospital, 60% estão desnutridos.
Pacientes de 70 anos que passam mais do que 7 dias no hospital, apresenta 70% de prevalência de desnutrição (É o 70 -7-70)
Pacientes psiquiátricos geralmente são gordos.
Verdadeiro ou falso?
FALSO!
A grande maioria dos pacientes psiquiátricos, independente da causa, estão desnutridos.
Desnutrição
Desnutrição é o estado provocado pela deficiência, excesso ou desequilíbrio, da ingesta de nutrientes.
Qualquer desequilíbrio que faça com que haja uma diminuição da produção de energia e proteínas que deveriam ser usadas para o movimento é considerada desnutrição.
Avaliação do risco nutricional e avaliação do estado nutricional
Então avaliação nutricional é diferente do risco, na avaliação usamos ferramentas que fazem diagnóstico do estado nutricional do paciente, se o paciente tem desnutrição aguda ou crônica e se está desnutrido de forma leve, moderada ou grave, isso é avaliação nutricional. O risco tem a ver só com esse tipo de paciente, ele já está desnutrido ou tem um tem risco grande de desnutrição por sua condição de doença ou por sua condição de comorbidade ou pessoal. Risco nutricional é aquele insight que você olha e sabe que precisa começar a tratar determinado paciente e com outro paciente fica um pouco mais despreocupado (a não ser que ele demore muito no hospital), porque o primeiro você sabe que vai desnutrir, tem risco e o segundo neste momento não vai desnutrir.
A avaliação de risco nutricional deve levar em conta:
- Os fatores que podem acarretar ou piorar uma desnutrição
- O risco de ter uma perda ou alteração de peso maior que 10% nos últimos 6 meses (6 meses avalia cronicidade e 2 semanas avalia a gravidade)
- Risco de ter prejuízo no estado nutricional.
NRS (triagem de risco nutricional)
- Você vai avaliar basicamente se esse cara tem um somatório de pontos maior ou igual a 3 e se sim ele está em risco nutricional, a sua nutrição precisa ser acompanhada.
- Somatório, risco nutricional entre 1 e 2 esse paciente tem que ser reavaliado.
- Paciente com pontuação 0 à esse você não precisa fazer nada.
Essa ferramenta dando pontos (1,2,3) leva em consideração a perda de peso nos últimos 3 meses, avaliação da ingesta, avaliação do índice de massa corpórea e avalia a necessidade do ponto de vista da doença do paciente. Esses parâmetros pontuados fazem com que o médico saiba se tem risco ou não tem risco.
Essa ferramenta também leva em consideração a idade do paciente, então se você pegar um paciente com 70 anos ou mais ele já ganha mais 1 ponto.
Diagnóstico nutricional
Você faz a triagem e percebe que o paciente tem um risco maior, você terá que fazer uma avaliação. Isso aqui é o que a gente usa, se chama avaliação subjetiva global.
Nesse em específico são usados 5 itens subjetivos que você pergunta para o paciente e temos o exame físico, no qual você visualiza a presença ou não de edema, diminuição da gordura corporal, ascite. São dados rápidos e objetivos. Quando você reconstrói isso aqui, você consegue, a partir do número de pontos que você tem, dizer se o paciente é bem nutrido, moderadamente desnutrido (suspeita) ou se ele está realmente desnutrido. Esse é o instrumento que tem uma ESPECIFICIDADE boa!
Qual a melhor forma de avaliar as necessidades metabólicas de um paciente?
A calorimetria indireta.
Método não-invasivo que determina as necessidades nutricionais e a taxa de utilização dos substratos energéticos a partir do consumo de oxigênio e da produção de gás carbônico obtidos por análise do ar inspirado e expirado pelos pulmões
50 a 60% do que oferecemos de alimento para o nosso paciente deve ser de carboidrato, pois metade do que comemos é transformado em energia. De 10 a 15% é proteína, O resto é 30% de gordura!
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro, mas baseado na necessidade do paciente, podemos modificar o gráfico!
Dieta normoproteica
0,8 a 1 g de proteína por quilo
Dieta hiperproteica
Mais que 1,2g de proteína por kg de peso, geralmente o máximo usado em dietas hiperproteicas é 2,5 g e as indicações são: escaras de decúbito, TCE grave, queimaduras, politraumatizados. Em poucos casos pode ultrapassar isso e chegar até 3,5, como em neonato ou grandes queimados.
Valores para lipídeos diários
1g por kg de peso.
Se eu der mais que 1,4g estarei dando uma dieta rica em lipídeos, com risco daqueles problemas relacionados ao acúmulo de triglicerídeos no soro desse paciente. O máximo no adulto é 2g.
Em que situações podem ser oferecidos valores maior de 1g/kg?
Paciente mais catabólico, paciente diabético que não está conseguindo controlar, em RN, que recebe uma quantidade gigante de lipídeos, você pode fazer 4g de lipídeos pro neonato prematuro extremo.
Dieta normocalórica
25 a 30 Kcal/kg
Obesos: 12 a 18 Kcal/kg
Crianças e atletas: 30 Kcal/kg
Vias de administração de alimentos
Oral
Parenteral -> endovenosa
Enteral -> sonda