Controle da via aérea Flashcards
Parâmetros usados para avaliação da via aérea
- Comprimentos dos incisivos superiores
- Relação entre os dentes maxilares e mandibulares
- Protrusão voluntária
- Distância interincisivos
- Mallampati
- Conformação do palato
- Distância tireomentoniana
- Complacência do espaço mandibular
- Comprimento do pescoço. Distância do mento até o esterno (mínimo 12,5 cm)
- Largura do pescoço: prediz intubação e ventilação difícil
- Extensão e flexão de cabeça e pescoço (capacidade de assumir a posição olfativa)
ELEVAÇÃO DO MENTO E INTERIORIZAÇÃO DA MANDÍBULA
- Chin lift
- Jaw thrust
CÂNULAS FARÍNGEAS
(função e tipos)
- Servem para tirar a língua do caminho, para ela não obstruir a via aérea
- Cânula nasofaríngea (nasal) ou cânula orofaríngea (guedel)
Contraindicações às cânulas nasofaríngeas
- Suspeita de fratura de base de crânio (possibilidade remota de ganhar posição encefálica)
- Presença de distúrbios de coagulação
- Deformidades nasais
- Bacteremia
Guedel
(indicação, medição, inserção)
Cânula orofaríngea
- Destinado para vítimas inconscientes
- Quando introduzidas em vítimas conscientes ou semi-conscientes pode produzir vômito ou laringoespasmo
- Medição: Posicionar uma das extremidades da cânula no ângulo da mandíbula e estender a outra até a comissura labial
- Inserção: introdução na cavidade oral com a concavidade voltada em sentido cefálico, progressão até alcançar a região da base da língua e então rotação de 180°
- Lubrificação com gel hidrossolúvel ou anestésico local ajuda sua inserção
Ventilação sob máscara facial
- Necessária quando a ventilação espontânea é insuficiente ou está ausente
- Importante que seja transparente e que haja acoplamento total com a face do paciente
- Evitar pressões muito elevadas (acima de 20 cmH2O) para não favorecer a abertura do esfíncter esofágico superior e distensão gástrica
Fatores independentes para ventilação difícil
- IMC > 30 kg/m2
- Idade > 46 anos
- Presença de barba (a máscara não consegue criar um vácuo com a pele e o ar escapa)
- Histórico de roncos
- Apneia do sono
- Instabilidade da coluna cervical e limitada extensão do pescoço
- Sexo masculino
- Falta de dentes (a cara ficar chupada e o ar escapar da máscara)
- Repetidas tentativas de laringoscopia
- Mallampati III ou IV
- Radiação ou massas no pescoço
- Habilididade limitada de projetar a mandíbula de extensão do pescoço
STOP - BANG
Questionário para prever apneia do sono
STOP-BANG
- Ronco
- Cansaço diurno
- Apneia observada
- Hipertensão arterial
- IMC> 35
- Idade > 50 anos
- Circunferência do pescoço > 40 cm
- Sexo masculino
Técnica de ventilação manual sob máscara facial
- Manutenção do selo entre a máscara e o rosto do paciente;
- Desobstrução da via aérea superior - posição olfativa
- Se necessário, usar cânulas faríngeas
- A máscara geralmente é segurada com a mão esquerda, com o polegar e o indicador formando um C ao redor, a polpa digital do terceiro e quarto dedo no ramo da mandíbula e o quinto no angulo da mandíbula, projetando-a para frente para manter a via aérea patente.
Intubação nasotraqueal
(principal indicação e contraindicação, inserção, pinça que auxilía)
- Preferida quando a via orotraqueal não é possível
- Quando a via de acesso cirúrgico é orotraqueal
- Mais traumática e maior risco de sangramento
- Necessário o uso de vasoconstrictores
- O tubo nasal deve ser lubrificado e inserido na narina com o seu bisel para fora a partir da linha média
- O tubo pode ser guiado para o interior da laringe reposicionando com o auxílio da pinça de Magil.
- Contra indicado em caso de fratura de base do crânio
Indicações para intubação traqueal retrógrada
- Falha na laringoscopia direta
- Obstrução da visão das cordas vocais com sague, secreção ou variação anatômica
- Instabilidade cervical
- Trismo
- Trauma maxilofacial
- Cenário de via aérea difícil
Técnica para intubação traqueal retrógrada
- Paciente em posição olfativa
- A membrana cricoidea é perfurada com uma agulha enquanto se aspira com uma seringa
- Uma mudança de resistência é sentida na forma de um estalo quando a agulha entra na traqueia
- A seringa é desacoplada e um fio é colocado na agulha na direção cefálica, ele é recuperado pelo nariz ou pela boca
Máscara laríngea
(Principal indicação e limitação)
- Importante para resgate de via aérea difícil.
- Limitações: não garante proteção da via aérea em casos de regurgitações gástricas.
TUBO TRAQUEOESOFÁGICO (COMBITUBE®)
- Menos seguro que a IOT, porém serve para garantir uma via aérea sem o uso laringoscópio (uso por socorristas, paramédicos)
- Dispositivo invasivo de via aérea com 2 lúmens e 2 balonetes
- 1° balonete proximal: fica na orofaringe
- 2° balonete distal: fica no esôfago tentando vedar, impedindo de entrar ar
- Colocado às cegas
- A insuflação dos balonetes faz o ancoramento do tubo permitindo a ventilação com uma proteção parcial da via aérea e menor risco de aspiração
Cricotireotomia
(tempo para execução e que pode ser mantida)
- Executada em menos de 30s
- Usado por até 72h