NEUROINTENSIVA Flashcards
O QUE É O EDEMA VASOGÊNICO?
- Explicação e achado de imagem
- RESULTA DE DISFUNÇÃO DA BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: resulta em extravasamento de íons e macromoléculas do plasma -> resulta em movimento líquido de água para o cérebro -> expande o espaço extracelular e se acumula preferencialmente na substância branca subcortical -> substância branca hipoatenuada na TC e substância branca hiperintensa na RM ponderada em T2 sem restrição de difusão
EXEMPLO: Tumores; PRES, abscessos cerebrais.
O QUE É O EDEMA CITOTÓXICO?
- Explicação e achado de imagem
- RESULTADO DO DISTÚRBIO DO METABOLISMO CELULAR: perdem a capacidade de manter iônico normal (falha na bomba de sódio+K)-> água vai do extra para o intracelular -> células se expandem e meio extracelular (edema citotóxico) fica hipoconcentrado -> sangue/LCR podem fluir para o espaço extraclelular (edema iônico)
- edema celular citotóxico verdadeiro + edema iônico
- AFETA SUBSTANCIA BRANCA E CINZENTA: hipoatenuação da TC da substância branca e cinzenta; na RM, observa-se hiperintensidade em T2 afetando tanto a substância branca quanto a cinzenta, acompanhada de hiperintensidade na imagem ponderada em difusão (DWI)
EXEMPLO: AVC isquêmico I Lesão hipóxico-isquêmica
- Sangramento e TCE envolve mecanismo de vasogênico e citotóxico…
O QUE É O EDEMA EPENDIMÁRIO?
- Explicação e achado de imagem
EDEMA OSMÓTICO
- O que é?
EDEMA EPENDIMÁRIO
- CONSEQUÊNCIA DE HIDROCEFALIA: Aumento da pressão hidrostática empurra o LCR através do revestimento ependimário.
- iMAGEM: hipoatenuação da TC abaixo da superfície ependimária e tende a se concentrar nos cornos dos ventrículos.
EDEMA OSMÓTICO -> MENOS RECONHECIDO (Imagem abaixo)
- Gradiente osmótico se desenvolve entre o tecido cerebral e o soro que favorece a entrada de água no cérebro (EX: após o rápido desmame da terapia hiperosmolar; Intoxicação hídrica ou síndrome do desequilíbrio da diálise)
- Pode ser difícil de avaliar na neuroimagem porque o aumento de volume é distribuído por todo o cérebro
- ocorre com mais frequência no contexto de edema cerebral vasogênico ou citotóxico concomitante porque a barreira hematoencefálica e a disfunção astrocitária resultam em capacidade reduzida de regular o volume cerebral diante de um desafio osmótico
QUAL A PRESSÃO DE PERFUSÃO CEREBRAL ADEQUADA
50 - 70 MMHG
ALÉM DA PIC INVASIVA, QUAIS OUTRAS TÉCNICAS PODEM AUXILIAR A ESTIMAR A PIC?
USG DE BAINHA DE N.O
USG TRANSCRANIANA
- MAS NÃO SUSTITUEM A MEDIDA INVASIVA!!
quais as síndromes de hérnia cerebral?
HIPERTENSAO INTRACRANIANA QUAIS SAO OS MANEJOS DO STEP 0?
STEP 0: CABECEIRA ELEVADA (30-45) + PESCOCO CENTRADO + MANEJO DE DOR/AGITAÇÃO/FEBRE/CONSTIPAÇÃO + FLUIDOS ISO/HIPEROSMOLARES + DEXA CASOS SELECIONADOS (Tu, meningite, abscesso)
Quando é indicado corticoide na hipertensão INTRACRANIANA?
Deixa 4 mg 6/6 - de escolha no EDEMA VASOGENICO TUMORAL (PRIMÁRIO OU METASTÁTICO)- papel no ABSCESSOS MENOS EVIDENTE *Sem evidência no edema citotoxico
MANEJO DA HIC QUAL O STEP 1? (0-3)
Agentes osmoticos: manitol ou salina (sintomas e/ou alvos) + Drenagem LCR se hidrocefalia sintomática + Hiperventilação leve (PaCO2 30-35 transitoriamente) + descompressão cirúrgica se necessário
Em quais STEP indica-se uso de agentes osmoticos na HIC??
STEP 1 e STEP 2
Qual a regra básica para escolher o agente osmotico na HIC?
- Precisa de expansão volemica: Salina
- Benefício de efeito diurético: manitol
- avaliar volemia, Na serico etc.. - sem estudo comprovando superioridade dentre eles
Os agentes osmoticos podem ser utilizados como profiláticos?
NÃO, SÓ COMO TRATAMENTO DA HIC
Qual o limite de sódio na infusão da salina hipertônica? Qual o risco?
- Limite: 160 NA - RISCOS: Acidose metabólica hipercloremica (aumenta mortalidade)
MANITOL O que deve ser monitorizado?
Osmolaridade sérica Alvo: < 320 mOsm/kg Calculando: 2xNA+Ureia/6+glicose/18
HIPERVENTILACAO NA HIC - QUAIS os steps indicados? - qual a meta?
STEP 1 - 3 - TRANSITORIO: Efeito TRANSITORIO!! - alvo: PaCO2 25-35 mmHg *Desmame lento após -> risco de rebote
Qual a cirurgia de primeira linha pra hidrocefalia obstrutiva? E para lesão focal compressiva?
1)DVE
2) Descompressão
TRATAMENTO DA HIC - STEP2 O QUE É?
AGENTE OSMOLAR + SEDACAO PROFUNDA + HIPERVENTILACAO LEVE - Considerar cirurgia
Quais STEPS é indicado a supressão metabólica na HIC? Aliás, o que é isso?
2 e 3 - MIDAZOLAM ou PROPOFOL - COMA BARBITÚRICO
* Grande evidência sobre redução da PIC - Pode mímicar ME
Qual o tratamento da HIC no STEP 3?
Coma BARBITÚRICO + HIPERVENTILACAO moderada: 25-35 PaCO2 + HIPOTERMIA: 32-34°C
Herniação uncal
Qual é?
Uma das transtentoriais
- desloca uncus através da incisura tentorial: compressão do 3° ipsilateral e mesencéfalo.
- Se bilateral: herniacao central
HERNIACAO TONSILAR/FOSSA POSTERIOR
QUAL E?
Herniacao TONSILAR através do forame magno - compressa TONSILAs sobre a junção cervicobulbar Clínica: tetrapresia, insuficiência respiratória e RNC
QUANDO A GENTE DEFINE O STEP 0 PARA O MANEJO DA PRESSÃO INTRACRANIANA?
É A ETAPA DE EVITAR AUMENTO! Evitar lesão secundária!
STEP 0: CABECEIRA ELEVADA (30-45) + PESCOCO CENTRADO + MANEJO DE DOR/AGITAÇÃO/FEBRE/CONSTIPAÇÃO + FLUIDOS ISO/HIPEROSMOLARES + DEXA CASOS SELECIONADOS (Tu, meningite, abscesso) + CUIDADO PRESSÓRICO
A seleção do agente osmótico para o paciente individual geralmente é baseada na :
preferência do médico e status volêmico do paciente
- não há evidência que um agente é superior ao outro.
EM QUAL STEP DO MANEJO DA HIC PODE INDICAR:
- HIPOTERMIA INDUZIDA
ÚLTIMO STEP: STEP 3
- 32 °C a 34 °C: eficaz para a elevação refratária da PIC, mas não demonstrou melhores resultados para os pacientes.
HSA
QUAIS AS CAUSAS PRIMÁRIAS?
-
- ANEURISMÁTICA: PRINCIPAL - 85%
- NÃO-ANEURISMÁTICA (‘‘Benigna’’) - HSA perimesencéfalico em 35% dos casos -> sem evidencia de aneurisma ou outras malformações vasculares.
- POR MALFORMAÇÃO VASCULAR: MAV; Fistula dural; dissecção; moyamoya etc…
HSA
QUAIS AS CAUSAS SECUNDÁRIAS?
trauma
RCVS
PRES
Vasculite
…
HÁ UMA VARIANTE BENIGNA DA HSA, ONDE NÃO APRESENTA FONTE DE SANGRAMENTO INICIAL
V OU F
VERDADEIRO
- UMA VARIANTE DE HSA NÃO ANEURISMÁTICA: Onde é visto HSA Perimesencéfalico em 35% dos casos
- não há aneurisma ou outras malformações
GRANDE PARTE DOS ANEURISMAS INTRACRANIANOS ROMPEM POR ANO
V OU F
FALSO
- APENAS 0.3%
'’nem todos os aneurismas intracranianos não rotos se rompem e levam à HSA e que nem todos os aneurismas intracranianos não rotos podem exigir intervenção aguda’’
Os fatores de risco associados à ruptura de um aneurisma intracraniano não roto existente podem incluir
Hipertensão, Idade (Pico na 5ª e 6ª década), aneurisma maior e localização e forma do aneurisma
- Outros: tabagismo; drogas simpaticomiméticas
ANEURISMA CEREBRAL
- Qual o tamanho médio daqueles que rompem?
6 - 7 mm
- No entanto, como os aneurismas intracranianos não rotos menores têm uma prevalência populacional basal muito maior do que os aneurismas intracranianos não rotos maiores, os pequenos aneurismas cerebrais respondem pela maioria dos casos de HSA.
ANEURISMA NÃO-ROTO
- QUANDO PODE SER INDICADO ABORDAGEM?
- SINTOMÁTICOS
- MAIORES
Geneticamente, aproximadamente __ dos indivíduos com doença renal policística autossômica dominante têm aneurismas intracranianos assintomáticos não rotos
10% APENAS
A doença renal policística autossômica dominante representa 0,3% de todos os casos de HSA
Os fatores de risco não modificáveis para HSA incluem
idade, sexo feminino, história familiar, etnia/país de origem e história de HSA.
QUAIS AS POSSÍVEIS APRESENTAÇÕES CLÍNICAS DE HSA?
CEFALEIA INTENSA - Thundeclap ou piora da vida ou outros sinais de alarme
- pode ter cefaleia sentinela que precede a HSA em dias-semanas
SÍNCOPE
ALTERAÇÃO DO ESTADO MENTAL e DÉFICIT FOCAL
Quais dores de cabeça sugerem a presença de hemorragia subaracnóidea?
A Regra de Ottawa: regra de decisão validada para uso no departamento de emergência para triagem de SAH em pacientes com cefaléia aguda que estão neurologicamente intactos –> 100% de sensibilidade para HSA
- INVESTIGAR PARA HSA SE 1 OU MAIS DOS SEGUINTES:
>=40 ANOS; NUCALGIA OU RIGIDEZ; PERDA DA CONSCIÊNCIA TESTEMUNHADA; INÍCIO DURANTE EXERCÍCIO; CEFALEIA THUNDERCLAP; FLEXÃO CEFÁLICA LIMITADA
O QUE É CEFALEIA THUNDERCLAP?
CEFALEIA MUITO FORTE, QUE ATINGE SEU PICO MAXIMO EM ATÉ 1 MINUTO.
QUAIS AS ESCALAS DE GRADUAÇÃO DE GRAVIDADE CLÍNICA DA HSA?
HUNT-HESS
Escala da Federação Mundial de Cirurgiões Neurológicos (WFNSS)
QUAL A DIFERENÇA DA ESCALA DE FISHER E FISHER MODIFICADO?
FISHER:
GRAU 1 AUSENCIA DE SANGRAMENTO
GRAU 2: <1 MM
GRAU 3: >1 MM
GRAU 4: COM HV
FISHER MODIFICADO:
GRAU 0: AUSENCIA DE SANGRAMENTO
GRAU 1: HSA FINO S/ HV
GRAU 2: HSA FINO C/HV
GRAU 3: HSA GROSSO S/HV
GRAU 4: HSA GROSSO C/ HV
Atualmente, os escores radiográficos de gravidade da SAH mais usados são a
Escala de Fisher modificada e a Escala Hijdra
AUSÊNCIA DE SANGRAMENTO É QUAL GRAU NA FISHER E FISHER MODIFICADA?
FISHER É GRAU 1
FISHER MODIFICADO É GRAU 0
Dos pacientes com achados tomográficos clássicos para HSA aneurismática, __% têm um aneurisma cerebral roto, __ têm outras malformações cerebrovasculares e __% não têm malformações cerebrovasculares identificadas e são classificados como portadores de HSA não aneurismática ou perimesencefálica.
85%; 5%; 10%
TC DE CRÂNIO NA HSA (assinale V ou F)
- HSA na cisterna interpenduncular e basal pode ter como qualquer localização de aneurisma sua causa
- HSA da fissura silviana é mais comum por aneurisma de ACA
- HSA da fissura inter-hemisférica é mais comum por aneurisma de ACM
- HSA em cisterna pré-pontina; saída do quarto ventrículo e forame magno é tipicamente causado por aneurisma de circulação posterior
1) verdadeiro
2) FALSO => ACM
3) FALSO => ACA
4) VERDADEIRO
LCR NA HSA
- QUAL A DEPENDÊNCIA TEMPORAL? Quando aparece a xantocromia?
Ictus < 12h: Pode não ter xantocromia, mas elevado número de hemácias
Ictus entre 12 horas e 6 semanas: precisa ter xantocromia para confirmar a HSA
> 2 semanas: Exame perde sensibilidade e pode não ser tão útil mesmo. Na dúvida, consultar equipe de neurocirurgia e evoluiu para angiotomografia ou angiografia
COMO É O TESTE LCR NA HSA?
- QUANDO EXCLUI HSA?
- QUAND CONFIRMA?
Teste dos 3-4 tubos sem acidente de punção
EXCLUI: último tubo< 5 hemácias excluem
CONFIRMA: último tubo > 2000 hemácias
Xantocrômica: (pelo menos 12h), róseo, homogêneo, pela degradação da hemoglobina.
COMO É O TESTE DOS 3 - 4 TUBOS DA HSA?
- Pode ter acidente de punção?
- Quando exclui?
- quando confirma?
Teste dos 3-4 tubos sem acidente de punção
EXCLUI: último tubo < 5 hemácias excluem
CONFIRMA: último tubo > 2000 hemácias I Xantocrômica: (pelo menos 12h), róseo, homogêneo, pela degradação da hemoglobina.
ESTUDO DE VASO PARA IDENTIFICAR FONTE DE SANGRAMENTO DA HSA
- ANGIO-TC TEM ALTA SENSIBILIDADE PARA DETECÇÃO DE ANEURISMA (V OU F)
- A ANGIOGRAFIA É O PADRÃO-OURO (V OU F)
- QUANDO OS ANEURISMAS NÃO SÃO DETECTADOS NA TC, MUITAS VEZES É REALIZADO ANGIOGRAFIA - que também é uma modalidade terapêutica potencial (V OU F)
TODOS VERDADEIROS
HSA ‘‘ANGIONEGATIVA’’ -> SEM ANEURISMAS OU OUTRAS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS EM ANGIOGRAFIA
- UMA GRANDE PROPORÇÃO DESSES PACIENTES PODE TER HSA PERIMESENCEFÁLICA (V OU F)
- ACREDITA-SE QUE SEJA UMA VARIANTE BENIGNA, COM ÓTIMO PROGNÓSTICO (V OU F)
- AFETA MAIS MULHERES DO QUE HOMEM (V OU F)
1) VERDADEIRA - 35% possuem, mas pode ter em outras localizações
2) VERDADEIRA, porém em casos atípicos, os pacientes podem desenvolver vasoespasmo cerebral tardio, hidrocefalia tardia ou mesmo ressangramento de um aneurisma cerebral oculto
3) FALSO, AFETAM MAIS HOMENS (diferente)
em pacientes com HSA e padrão de sangramento clássico, mas com angiografia negativa (Assinale V ou F)
- Uma repetição de angiografia pode detectar aneurisma em até 15%
- Entre 5% e 25% podem posteriormente ser diagnosticados com uma malformação vascular ou desenvolver ressangramento com risco de vida
TODOS VERDADEIROS
DISFUNÇÃO CARDIOPULMONAR PÓS-HSA
- É importante reconhecer a HSA aneurismática como uma potencial etiologia em pacientes que apresentam parada cardíaca
V OU F
VERDADEIRO
Até 25% dos pacientes com HSA aneurismática que sobreviveram à parada cardíaca receberam alta para casa após admissão inicial de HSA aneurismática.
CHOQUE CARDIOGÊNICO POR DISFUNÇÃO CARDIOPULMONAR PÓS-HSA
- DISFUNÇÃO AGUDA DO VE PODE SER OBSERVADO EM QUANTOS PORCENTOS?
- QUAL A EXPLICAÇÃO PARA ESSA OCORRÊNCIA?
30%
- Casos graves podem levar à redução significativa da fração de ejeção e choque cardiogênico.
- Atordoamento miocárdico neurogênico ou carditomiopatia de estresse , seja secundário ao aumento súbito de catecolaminas após a ruptura do aneurisma cerebral.
- Acinesia apical do ventrículo esquerdo levando a balonização do ápice durante a sístole, muitas vezes referida como cardiomiopatia de TAKOTSUBO.
OBLITERAÇÃO DO ANEURISMA ROTO
- QUAL O PRAZO IDEAL?
O QUANTO ANTES! P/ minimizar o risco de ressangramento
- Mas há algumas indicações para evitar nas primeiras 24 horas: estudo mostrando possível desfecho pior para aneurismas tratados dentro de 24 horas após a ruptura
- A obliteração do aneurisma geralmente mudou para dentro de 72 horas após a ruptura, uma vez que um ensaio clínico não mostrou nenhuma diferença de resultado entre o tratamento do aneurisma dentro de 3 dias após a ruptura em comparação com o tratamento tardio após 7 dias
HÁ INDICAÇÃO DE ANTIFIBRINOLÍTICO PARA TRATAMENTO DE SANGRAMENTO POR HSA?
NÃO
O uso a curto prazo de um medicamento antifibrinolítico (ácido ε-aminocapróico) pode ser seguro, mas não reduz a taxa de ressangramento.
APÓS A ESTABILIZAÇÃO AGUDA DE UM PACIENTE COM HSA, O PRÓXIMO PASSO É PROTEGER O SANGRAMENTO DO ANEURISMA CEREBRAL
- HÁ PREFERÊNCIA DE ABORDAGEM ENDOVASCULAR OU ABERTA?
- ABORDAGEM CIRURGICA ABERTA: principalmente se houver necessidade de evacuação do hematoma para efeito de massa, obliteração prévia incompleta do aneurisma ou aneurismas distais.
- ENDOVASCULAR: Vem sendo a tendência, e é principalmente indicado para aneurismas de circulação posterior, como ponta de basilar.
Uma característica clínica proeminente da HSA aneurismática é que um subconjunto de pacientes desenvolverá deterioração neurológica progressiva e acumulará lesão cerebral, apesar da obliteração bem-sucedida do aneurisma cerebral hemorrágico e do suporte de cuidados intensivos. Historicamente, acredita-se que essa deterioração neurológica clínica seja causada por:
VASOESPASMO CEREBRAL e SUBSEQUENTE LESÃO ISQUÊMICA DO CÉREBRO
- Terminologia utilizada é Isquemia Cerebral Tardia (ICT)
QUAIS SÃO OS MECANISMOS DE LESÃO CEREBRAL PRECOCE (primeira 72 horas) NO HSA ANEURISMÁTICO?
1) Elevação transitória súbita da PIC
2) Isquemia global transitória
3) Sindrome de resposta inflamatória sistêmica caracterizada por taquicardia, febre, taquipneia e leucocitose.
SANGRAMENTO DE ANEURISMA ROTO SE APRESENTA EXCLUSIVAMENTE COMO HSA
V OU F
FALSO
- Pode ter hematoma intraparenquimatoso; Subdural
- Intraventricular
ISQUEMIA CEREBRAL TARDIA
- é um processo de lesão cerebral associada à HSA que normalmente se desenvolve de __ a __ dias após a ruptura do aneurisma e continua sendo um dos preditores mais fortes de mau prognóstico em pacientes com HSA que sobreviveram ao sangramento inicial.
3 - 21 DIAS
- O termo isquemia é enganoso, pois evidências emergentes sugerem que a isquemia é apenas um dos muitos processos fisiopatológicos envolvidos nessa fase da lesão cerebral associada à HSA.
Terminologias e Definições em Lesão Cerebral Associada à Hemorragia Subaracnóidea
- ISQUEMIA CEREBRAL TARDIA:
- INFARTO CEREBRAL POR ISQUEMIA CEREBRAL TARDIA:
- VASOESPASMO ANGIOGRÁFICO:
- VASOESPASMO CEREBRAL SINTOMÁTICO:
- ISQUEMIA CEREBRAL TARDIA: DÉFICIT FOCAL ou REDUÇÃO DE 2 PONTOS NO GLASGOW POR AO MENOS 1 HORA (não presente logo após a oclusão do aneurisma ou explicado por outras causas)
- INFARTO CEREBRAL POR ISQUEMIA CEREBRAL TARDIA: PRESENÇA DE INFARTO EM TC/RNM DENTRO DE 6 SEMANAS DO HSA (não presente dentro d 24 - 48h da oclusão do aneurisma)
- VASOESPASMO ANGIOGRÁFICO: CONSTRIÇÃO DAS ART. CEREBRAIS -> REDUÇÃO DO CALIBRE EM 2/3 OU MAIS.
- VASOESPASMO CEREBRAL SINTOMÁTICO: PACIENTES COM CLÍNICA ATRIBUÍVEL + VASOESPASMO VISÍVEL
ALGUM GRAU DE VASOESPASMO ANGIOGRÁFICO EM VISTO EM ATÉ 70% DOS PACIENTES COM HSA.
MAS QUAL A PROPORÇÃO DELES QUE DESENVOLVEM SINTOMAS SECUNDÁRIOS AO VASOESPASMO?
30%
- apenas 30% de todos os pacientes com HSA desenvolvem sintomas clínicos atribuíveis à isquemia do vasoespasmo visível na angiografia
(VASOESPASMO SINTOMÁTICO)
VASOESPASMO SINTOMÁTICO ESTÁ ASSOCIADO COM PIOR PROGNÓSTICO E ICT?
SIM!!
Ao contrário do vasoespasmo angiográfico
VASOESPASMO SINTOMÁTICO E ISQUEMIA CEREBRAL TARDIA
- HÁ CONFUSÃO NESSAS DEFINIÇÕES?
É importante notar que na literatura sobre HAS, vasoespasmo sintomático e ICT muitas vezes têm definições sobrepostas e podem estar se referindo ao mesmo fenômeno clínico
UM RESULTADO NEGATIVO DE VERIFICAÇÃO DE VASOESPASMO NO DOPPLER TRANSCRANIANO DESCARTA A PRESENÇA DE VASOESPASMO OU O RISCO DE DESENVOLVER ICT
V OU F
FALSO, mas é uma medida não invasiva e barata para monitorar o desenvolvimento de vasoespasmo
- OPERADOR DEPENDENTE
- POSSUI LIMITAÇÕES PARA AVALIAR ACA E CIRCULAÇÃO POSTERIOR E RAMOS DISTAIS
___ continua sendo o padrão-ouro para o diagnóstico de vasoespasmo de artéria cerebral de grande e médio calibre.
ANGIOGRAFIA
MANEJO DA HIPERTENSÃO PRÉ-EMBOLIZAÇÃO NA HSA:
NÃO HÁ CONSENSO
- ENTRE O SANGRAMENTO E A EMBOLIZAÇÃO É RECOMENDADO (AHA): CONTROLE COM AGENTE TITULÁVEL COM FOCO EM EVITAR ISQUEMIA, RESSANGRAMENTO E MANTER BOA PPC
–> PARECE RAZOÁVEL UMA PAS ABAIXO DE 160 PARA REDUZIR RISCO DE SANGRAMENTO
–> DIZEM QUE MODESTA HIPERTENSÃO PODE NÃO REQUERER TERAPIA (PAM ABAIXO DE 110)
MANEJO DO VOLUME INTRAVASCULAR NA HSA:
MANUTENÇÃO DA EUVOLEMIA!
- Evitar terapia hipervolêmica
PÓS-HSA
- MEDIDA PARA PREVENÇÃO DE TROMBOSE:
- CUIDADO COM GLICEMIA; TEMPERATURA:
- ALVO DE HB?
- RECOMENDADO PROFILAXIA FARMACOLÓGICA APÓS 24H DA OBLITERAÇÃO DO ANEURISMA.
- MANTER GLICOSE ABAIXO DE 200; HIPOGLICEMIA DEVE SER EVITADA
- CONTROLE AGRESSIVO PARA MANTER NORMOTERMIA
- ALVO DE HB ENTRE 8 - 10: HT SE NECESSÁRIO
PÓS-HSA
- MEDIDA PARA PREVENÇÃO DE TROMBOSE:
- CUIDADO COM GLICEMIA; TEMPERATURA:
- RECOMENDADO PROFILAXIA FARMACOLÓGICA APÓS 24H DA OBLITERAÇÃO DO ANEURISMA.
- MANTER GLICOSE ABAIXO DE 200; HIPOGLICEMIA DEVE SER EVITADA
Até o momento, o único agente terapêutico com evidência Classe I para diminuir o risco de desfecho ruim na HSA é o:
NIMODIPINO
- 60 mg a cada 4 horas por 21 dias consecutivos
NIMODIPINO REDUZ O VASOESPASMO CEREBRAL
V OU F
FALSO
Um equívoco comum é que a nimodipina exerce benefício terapêutico através da redução do vasoespasmo cerebral. Em um ensaio clínico randomizado, a taxa de vasoespasmo angiográfico foi semelhante entre os braços de tratamento, enquanto o braço de nimodipina apresentou uma taxa reduzida de ICT
TRATAMENTO/MANEJO DA ISQUEMIA CEREBRAL TARDIA/VASOESPASMO SINTOMÁTICO:
- INDUZIR HIPERTENSÃO: A não ser que a pressão basal já esteja elevada ou haja contraindicação;
- ANGIOPLASTIA ou VASODILATADOR INTRA-ARTERIAL (Nicardipina; Milrinona) -> no HC após a infusão intra-arterial é realizado a administração EV
QUAIS SÃO ALGUMAS COMPLICAÇÕES DA HSA?
HIDROCEFALIA
HIPONATREMIA: SIADH, SCPS
. A característica distintiva mais importante entre SIADH e perda de sal cerebral é o
VOLEMIA DO PACIENTE (SIADH EUVOLÊMICO I SCPS HIPOVOLÊMICO)
- poliúria é mais frequente na SCPS também
OBS: As duas síndromes não podem ser distinguidas por características laboratoriais; ambas as condições apresentam sódio sérico baixo, sódio urinário alto, osmolalidade sérica baixa e osmolalidade urinária alta.
RESTRIÇÃO HÍDRICA É UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO PARA SIADH SECUNDÁRIA A HSA COM ALTO RISCO DE ICT
V OU F
FALSO
- DEVE-SE EVITAR A HIPOVOLEMIA AO MÁXIMO!!
- O uso de fluido hipertônico com alto teor de sódio é uma abordagem razoável para corrigir hiponatremia moderada a grave, mantendo um estado euvolêmico em pacientes com HSA com SIADH.
O foco no manejo de cuidados intensivos da Síndrome cerebral perdedora de sal na HSA é:
Restaurar e manter a euvolemia intravascular com ressuscitação volêmica.
- Soluções hipertônicas na perda de sal cerebral pode não corrigir suficientemente a hipovolemia intravascular, mesmo que restaure o sódio sérico aos valores normais.
- adição de fludrocortisona (0,1 mg a 0,3 mg 2 vezes ao dia) é razoável na perda de sal cerebral clinicamente significativa.
CEFALEIA PÓS-HSA
Mais de 70% de todos os pacientes com HSA aneurismática apresentam cefaléias graves que às vezes são refratárias a múltiplos agentes analgésicos
V OU F
VERDADEIRO
Muitos pacientes relatam controle insuficiente da dor após a HSA, e um número significativo continua a usar opioides após a alta hospitalar. As dores de cabeça crônicas podem persistir por mais de um ano após a HSA.
QUAL O PERÍODO EM QUE A TC É MAIS SENSIVEL PARA HSA?
6 - 12 HORAS DO INÍCIO.
O uso de terapia hipervolêmica, hipertensiva e hemodilucional (Triplo H) está associado ao aumento das complicações cardiopulmonares e não é recomendado no tratamento neurocrítico moderno para HSA.
v ou f
VERDADEIRO
HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR PRIMÁRIA
- CORRESPONDE A 3% DAS HEMORRAGIAS INTRACEREBRAIS NÃO TRAUMÁTICAS
QUAL A CAUSA?
O QUE É?
CAUSA IDIOPÁTICA NA MAIORIA DOS CASOS
- 11,4% dos pacientes com IVH têm etiologias associadas, incluindo hipertensão, malformação arteriovenosa (AVM), doença de Moyamoya, coagulopatia e fístula arteriovenosa.
É UM SANGRAMENTO INTRAVENTRICULAR E PERIEPENDIMÁRIO, SEM SANGRAMENTO DE PARÊNQUIMA ASSOCIADO!!
QUAL A CAUSA MAIS COMUM DE HEMORRAGIA INTRACEREBRAL?
HIPERTENSÃO
- Está associada a alterações crônicas na pequena vasculatura cerebral, resultando em alterações arterioscleróticas que, sob pressão, perdem o mecanismo autorregulatório e tornam -se propensas a se romper.
QUAIS OS LOCAIS MAIS COMUNS ASSOCIADOS AO HIP HIPERTENSIVO?
NUCLEOS DA BASE
PONTE
CEREBELO
TÁLAMO
- Mas pode envolver regiões lobares também!!
USO DE ANTICOAGULANTES E ANTIPLAQUETÁRIOS OU AMBOS É VISTO EM 1/3 DOS PACIENTES COM AVCH (ASSINALE V OU F)
- O SANGRAMENTO ASSOCIADO AO ANTICOAGULANTE ESTÁ RELACIONADO A PROLONGAÇÃO DA FORMAÇÃO DO HEMATOMA
- O USO DE ANTIPLAQUETÁRIO ISOLADO ESTÁ ASSOCIADO A PIOR DESFECHO
- USO COMBINADO (ANTIPLAQUETÁRIO E ANTICOAGULANTE) ESTÁ ASSOCIADO COM PIORA DESFECHO
- A OCORRÊNCIA DE SANGRAMENTO PÓS RTPA COM PIORA NEUROLÓGICA ASSOCIADA OCORRE EM QUASE 30% DOS CASOS.
- A SUSPEIÇÃO NÃO MUDA O MANEJO
- VERDADEIRO: PARECE QUE A VIA É PROLONGAR A FORMAÇÃO DO HEMATOMA, MAS NÃO A CAUSA DIRETA DISSO
- FALSO: DESFECHO MELHOR DO QUE O HIP DA POPULAÇÃO GERAL
- VERDADEIRO: larger ICH volume and worse functional outcome
- FALSO: Ocorre em cerca de 10% dos casos
- FALSO: ALGUMAS DROGAS PERMITEM O USO DE REVERSORES!
ANGIOPATIA AMILOIDE CEREBRAL
- QUAL A EXPLICAÇÃO PARA O MAIOR RISCO DE SANGRAMENTO?
ACÚMULO DA PROTEÍNA NOS VASOS CORTICAIS E DA LEPTOMENINGE, RESULTANDO EM MICROHEMORRAGIA E SIDEROSE SUPERFICIAL CORTICAL.
ANGIOPATIA AMILOIDE CEREBRAL (AAC) (ASSINALE V OU F)
1) Podem ser assintomáticos ou podem apresentar uma variedade de sintomas: Incluindo déficits neurológicos recorrentes em associação com a localização do sangramento ou hemorragias hemisféricas catastróficas
2) O sangramento pode se apresentar com déficit cognitivo progressivo, seguido por déficit neurológico súbito
3) Crises amiloides são crises focais de etiologia epiléptica
4) RNM é sensível para detectar microssangramento, principalmente T1 e FLAIR
5) Nos critérios modificados de Boston, a presença de HIP, com microhemorragias cerebrais ou siderose superficial cortical em áreas lobares e cerebelares em pacientes com mais de 40 anos sem outra etiologia para HIP são comumente atribuídas a AAC possível ou provável
6) Paciente mais velho com hipertensão e microbleeding na RNM em cenário de HIP é dificil distinguir uma etiologia hipertensiva da AAC.
7) HIP hipertensivo possui maior risco de recorrência em relação ao AAC
1) VERDADEIRO
2) VERDADEIRO
3) FALSO -> São eventos do tipo ataque isquêmico transitório (crises amiloides)
4) FALSO -> As sequências de ressonância magnética, como eco de gradiente (GRE), imagem ponderada por suscetibilidade (SWI) ou sequências T2*, são sensíveis
5) QUASE VERDADEIRO, MAS A IDADE QUE SUGERE É ACIMA DE 55 ANOS
6) VERDADEIRO -> especialmente se o ICH estiver localizado em estruturas mais profundas.
7) FALSO -> CAA carrega um risco maior de recorrência de HIP; por isso Evitar anticoagulantes de longo prazo tem sido tradicionalmente sugerido para pacientes com AAC