Instabilidade Cárpica Flashcards
Como funciona a movimentação do carpo?
Fileira distal movimenta seguindo metacarpo
Fileira proximal movimenta depois, seguindo o movimento oposto da fileira distal
Cite o principal mecanismo de trauma da instabilidade cárpica.
Descreva a ação das forças.
Indireta.
Alta energia (automobilistico e queda de altura) - Compressão axial + Hiperextensão do punho + Desvio ulnar + Supinação intercarpal.
Compressão axial com hiperextensão do punho.
- Ocorre força de tensão nos ligamentos palmares e de cisalhamento nas articulações dorsais.
Em relação a progressão da lesão da instabilidade cárpica:
Cite os tempos/estágios da Classificação (teoria) de Mayfield.
Estágio 1: Transição escafóide-semilunar
- Fratura do escafóide, ruptura do ligamento escafolunar ou ambos
Estágio 2: Capitato-Semolunar (fileira distal sobre fileira proximal)
- Subluxação/Luxação dorsal da articulação semilunocapitato ou fratura do capitato
- Sem lesão ligamentar
Estágio 3: Transição semiluno-piramidal
- Lesão ligamento semiluno-piramidal
- Fratura piramidal
Estágio 4: Luxação perisemilunar (entre os ligamentos radiocarpais)
- Luxação dorsal
- Semilunar desvia para palmar (para o túnel do carpo)
Cite a formatação dos Arcos de Mayfield.
Pequeno arco - apenas lesão ligamentar (ao redor do semilunar)
Grande arco - fratura associada à lesão ligamentar (1 ou mais ossos)
Em relação à classificação de Geissler para lesão ligamentar dos ossos do carpo, cite:
1) Como ela é feita?
2) O que é possível avaliar?
3) Descreva a classificação.
Classificação ARTROSCÓPICA.
Avaliação a integridade do ligamento escafossemilunar, desalinhamento articular radiocarpal e mediocarpal e tamanho do espaço escafossemilunar.
- Grau I: Sem desalinhamento escafossemilunar
- Grau II: Leve desalinhamento escafossemilunar <1mm (probe não consegue passar)
- Grau III: Desalinhamento o suficiente para passar probe (1mm)
- Grau IV: Instabilidade, artroscópico consegue passar o espaço (> 2,7mm). Atravessa indo do espaço radiocarpal para o mediocarpal.
Cite as categorias da Classificação de Larsen.
Cronicidade
- Aguda - até 4 semanas. Consegue reparo ligamentar
- Sub aguda - 4 semanas a 24 semanas (6 meses)
- Crônica - > 6 meses. Reconstrução ou salvação
Periodicidade
- Pré dinamico: Sem lesão total do ligamento, sem alteração radiográfica.
- Dinâmico: alteração radiográfica apenas com carga, distração. Lesão total do ligamento.
- Estático: Costuma ser a evolução da dinâmica. Alteração mesmo em radiografia simples. Mais grave.
Direção
DISI - DORSAL. Semilunar olhando pro dorso
Aumento angulo escafolunar >60º
VISI - VOLAR. Semilunar olhando para volar. Diminuição do angulo escafolunar <30º
O que é a DISI, em qual tempo de Mayfield apresenta alteração e qual o principal ligamento lesado?
Instabilidade DORSAL do segmento intercalar ou Instabilidade rotatória escafo-lunar.
Cursa até 2º tempo de Mayfield
- LIGAMENTO ESCAFO-LUNAR (1º)
- Pressão interfileiras aumentada (2º)
O que é VISI, em qual tempo de Mayfield apresenta alteração e qual o principal ligamento lesado?
Instabilidade VOLAR do segmento intercalar
Cursa até o 3º tempo de Mayfield
- Pressão interfileiras aumentada
- Lesão ligamento semiluno-piramidal (3º)
Descreva a classificação quanto ao tipos de Padrão de Lesão das instabilidades do carpo.
Dissociativa - ruptura ligamentos intrínsecos dos ossos da fileira proximal do carpo
- Ex: rotatória do escafóide
Não dissociativa - lesão ligamentar dos ligamentos extrínsecos do carpo
Combinada - mistura das duas
Adaptativa - Instabilidade adquirida após consolidação viciosa de fratura do radio distal.
Descreva como são as articulações da:
Fileira distal do carpo
Articulação radiocarpal
Articulação mediocarpal
Fileira distal
- Trapezio 1ºMTC / Trapezoide 2ºMTC / Capitato 3ºMTC Hamato 4º 5º MTC
Radiocarpal
- Fossa escafoide (eliptica)
- Fossa semilunar (esférica)
- Piramidal (CFCT)
Mediocarpal
- Lateral: art. escafotrapeziotrapezoide e art. escafocapitato (escafóide como elo entre as duas fileiras)
- Central: art. semilunocapitato
- Medial: art. piramidal-hamato (movimentos rotacionais)
Cite as articulações da:
Fileira distal do carpo
Articulação radiocarpal
Articulação mediocarpal
Fileira distal
- Trapezio 1ºMTC / Trapezoide 2ºMTC / Capitato 3ºMTC Hamato 4º 5º MTC
Radiocarpal
- Fossa escafoide (eliptica)
- Fossa semilunar (esférica)
- Piramidal (CFCT)
Mediocarpal
- Lateral: art. escafotrapeziotrapezoide e art. escafocapitato (escafóide como elo entre as duas fileiras)
- Central: art. semilunocapitato
- Medial: art. piramidal-hamato (movimentos rotacionais)
Cite qual é o Ligamento de Testut.
Ligamento radioescafossemilunar
Descreva o Espaço de Poirier.
Zona de fragilidade entre as bandas palmares distais e proximais: limitada pelos ligamentos radioescafocapitato e radioulnopiramidal.
Ausência de ligamento interósseo entre capitato e semilunar
Espaço aumenta com extensão do punho e praticamente desaparece na flexão
É O LOCAL ONDE O SEMILUNAR LUXA PARA DENTRO DO TÚNEL DO CARPO.
O que é o ligamento ARCIFORME/ARQUEADO?
lig. deltóide, lig. palmar distal em V, lig. de WEITBRECHT
Banda de suporte volar mediocarpal na cabeça do capitato
Garante estabilidade mediocarpal
Quais os ligamentos mais importantes para estabilidade do carpo?
Ligamentos interósseos proximais
- Escafossemilunar: porção dorsal mais forte (evita subluxação dorsal)
- Semilunopiramidal: porção volar mais forte (evita subluxação volar)
Como se dá a inervação e vascularização geral dos ossos do carpo?
Inervação: Nervo interósseo anterior e posterior
Vascularização: 3 arcos
- intraóssea x extraóssea
- Palmar x dorsal
- Ramos das a. radial, a. ulnar, interóssea anterior e arco palmar profundo
O que leva ao risco aumentado de necrose avascular dos ossos do carpo?
Vascularização apenas na porção distal do osso (risco necroso porção proximal)
Escafoide, Capitato e 20% dos semilunares possuem apenas 1 artéria para irrigar.
Quanto a carga aplicada a nível dos ossos do carpo.
Cite os principais responsáveis pelo suporte da carga.
Fileira distal: 55-60% no escafoide-semilunar
Radiocarpal: 50-55% radioescafoide
O que é a teoria das fileiras de Johnston?
Disposição dos ossos do carpo em fileiras proximal e distal.
- Proximal: escafoide, semilunar, piramidal
- Distal: trapezio, trapezoide, capitato, hamato
Possui o escafóide como fator de ligação e estabilização entre as fileiras
O que é a teoria das colunas de Navarro e o que ela explica?
Teoria das 3 colunas verticais
Explica a transmissão de forças.
Lateral: escafoide, trapezio, trapezoide
- Responsável pela transmissão de forças entre antebraço e mão
CENTRAL: semilunar, capitato, hamato
- Flexão e extensão
Medial: piramidal e pisiforme
- Rotação
O que é a teoria de Taleisnick?
“Teoria de Navarro modificada”
Coluna radial móvel - escafóide
- Estabilizador essencial da articulação mediocárpica
Coluna central - trapezio, trapezoide, semilunar, capitato, hamato
Coluna lateral de rotação - piramidal
- Através da art. piramidal-hamato
O que é a teoria do anel oval de Licthman e quais seus conceitos?
Combina elementos da teoria das fileiras e das colunas.
Fileira proximal se movimenta no sentido oposto da distal para manter formatação oval.
Conceito da geometria variável da fileira proximal: movimentos multidirecionais e rotacionais de forma a garantir mobilidade da fileira proximal e congruência/estabilidade entre as colunas
Conceito da angulação sincrônica: flexão/extensão sincrônica entre ossos de cada fileira.
Cite os principais ligamentos envolvidos na instabilidade DISI/VISI e qual movimentos impedem.
Ligamento escafosemilunar
- Mais forte na região DORSAL.
- Impede luxação do semilunar para DORSAL.
- Relacionado à DISI
Ligamento semiluno-piramidal
- Mais forte na região VOLAR
- Impede luxação do semilunar para VOLAR
- Relacionado à VISI
Descreva como se dá o desvio do escafóide nas instabilidades do tipo VISI e DISI.
Escafóide encontra-se VOLAR (acompanha a fileira distal do carpo).
Qual a epidemiologia das instabilidades/lesões cárpicas?
Cite as principais lesões associadas.
Dados relacionados às fraturas (principalmente escafóide)
- 2 a 3% das fraturas
- 35-40 anos
- Bimodal: homem jovem x mulher idosa
7% lesões associadas
- 90% fratura rádio distal ou proximal
- 7% fraturas carpais múltiplas (50% são fraturas luxações perilunares)
Conforme a Classificação de LINSCHEID, cite os 4 tipos e como se apresenta o semilunar nas instabilidades do tipo VISI/DISI.
1 - DISI: olhando para dorsal (extensão)
2 - VISI: olhando para volar (flexão)
3 - Translação ulnar: espaço estiloescafóide aumentado
4 - Subluxação dorsal: relacionado à consolidação viciosa do rádio.
Na avaliação clínica, cite locais de quadro álgico comumente relacionados às lesões do carpo.
Tabaqueira anatômica: escafóide
Distal ao tubérculo de lister: lig. escafossemilunar ou lesão do semilunar
Porção dorsal com distância de um dedo distal à cabeça da ulnar: lesão ligamento piramidal, ligamento semilunopiramidal ou piramidal-hamato
Cite testes específicos para avaliação de lesões do carpo (5)
1) Teste do desvio do escafóide (KIRK-WATSON): Ruptura do ligamento ESCAFOSSEMILUNAR
- Pressão tubérculo do escafóide e desvio passivo de ulnar para radial
- Lesão parcial = dor
- Lesão total = estalido referente a subluxação dorsal do escafóide
2) Testes do Balotamento do SEMILUNOPIRAMIDAL (REAGAN): instabilidade semiluno-piramidal ou artrose
- Estabiliza semilunar com indicador e polegar e faz desvio dorsopalmar do piramidal (dor e estalido)
3) Teste do Cisalhamento SEMILUNOPIRAMIDAL (KLEINMAN): instabilidade semiluno-piramidal
- Pressão volar com sentido dorsal no pisiforme + pressão dorsal no semilunar (dor e estalido)
4) Teste de Masquelet
SEMILUNOPIRAMIDAL
- Apoio dorso com ambos os polegares e realizar movimento de cisalhamento no piramidal e semilunar (dor e crepitação)
5) Teste do desvio mediocárpico (LICHTMAN): instabilidade mediocárpica
- Pressão dorsal sobre o capitato com antebraço pronado + desvio passivo de radial para ulnar = estalido indicando redução do semilunar fletido em relação ao capitato.