Fratura dos Ossos do Antebraço Flashcards
Qual a epidemiologia das fraturas dos ossos do antebraço?
80% crianças
Adultos: homens jovens 15-40 anos e trauma alta energia
Exceção: fratura do cassetete, trauma direto baixa energia na ulna
10x menos frequente que fratura radio distal
Descreva as referências anatômicas para caracterização das diáfises do rádio e da ulna.
Diáfise do radio: colo à junção metáfise-diafisária.
Diáfise da ulna: região distal do coronoide à região proximal do colo da ulna.
Descreva como é realizada a medida da Curvatura maior radial e qual sua distância normal.
Linha do processo coronoide à regiao distal ulnar do radio.
Medição ao atingir 60% do tamanho da linha.
Distancia da linha ao osso é de cerca de 1,5cm
Quem realiza a pronosupinação e qual aspecto anatômico obrigatório para ocorrência de tal movimento?
Radio roda ao redor da ulna
Necessária a presença da curvatura maior radial (para evitar contato com a ulna.
Cite as forças atuantes nas deformidades das fraturas dos ossos do antebraço.
Rádio:
- Fratura proximal: bíceps fletindo e supinador supinando. Os pronadores ficam no fragmento distal, aumentando a deformidade da fratura.
- Fratura distal: se o fragmento proximal incluir o pronador redondo haverá anulação da força com osupinador. Consequentemente, menor deformidade.
Qual o mecanismo do trauma nas fraturas dos ossos do antebraço?
Direto
Indireto
- Angulação: fratura do rádio e ulna praticamente no mesmo nível
- Torção: níveis diferentes do rádio e ulna.
- Carga axial e hiperpronação e extensão: Desvio anterior
- Carga axial e hipersupinação e extensão: Desvio posterior
Qual % dos pacientes com fratura dos ossos do antebraço apresentam lesões associadas e síndrome compartimental?
26% lesão associada
- Principalmente fratura no mesmo membro
- TCE
- Lesão neurológica periférica
3% síndrome compartimental
Qual sinal mais precoce na síndrome compartimental nas fraturas dos ossos do antebraço?
Dor intensa à extensão passiva.
Quais exames complementares utilizados nas fraturas dos ossos do antebraço?
Radiografia: punho e cotovelo incluídos
Descreva a classificação das fraturas dos ossos do antebraço. (AO 2017)
AO 22: a - simples b - cunha c - complexa (C1 ) A1 e B1 - ulna / A2 e B2 - radio / A3 e B3 - ambos C1 complexa ulna / C2 complexa radio / C3 complexa ambos Nas A: .1 - obliquo .2 - transversa .3 - galeazzi / monteggia Nas B: .1 cunha intacta .2 cunha fragmentada .3 luxações Nas C: .1 complexa só um lado .2 complexa e um lado e simples do outro .3 luxações
Cite os critérios de Jupiter e Ring para tratamento conservador nas fraturas dos ossos do antebraço.
Fratura isolada da ulna com:
<50% translação
<10º angulação
2/3 distais
CONSIDERADAS ESTÁVEIS.
Descreva o tratamento padrão-ouro para fratura dos ossos do antebraço.
Além do tipo de estabilidade e objetivos.
RAFI - placa e parafusos (DCP 3,5mm)
6 corticais em cada fragmento no mínimo (3 parafusos em cada).
Estabilidade ABSOLUTA.
Redução anatômica
Mobilização precoce
Cite indicações e contraindicações de HIMB na fratura de ossos do antebraço.
Cite os pré requisitos quanto ao tamanho de osso proximal e distal para colocação de HIMB.
Indicações:
- Segmentar
- Exposta
- Deficit cobertura
- Osteoporose
- Fraturas instáveis
Contra-indicações:
- Infecção ativa
- Canal <3mm no ístmo
- Fise aberta
Necessário:
Ulna distal e proximal com mínimo 2,5cm intacto
Radio proximal com mínimo 2,5cm e distal 4cm
Descreva as vias de acesso para placa nos ossos do antebraço.
ULNA
- Longitudinal dorsal, borda subcutânea da ulna
- Plano internervos: entre flexor ulnar do carpo (n.ulnar), extensor ulnar do carpo (n. radial)
- Localização da placa: embaixo da musculatura!
RÁDIO
1) Henry (volar)
- Epicôndilo lateral até processo estiloide do radio
- Planos: Braquioradial e flexor radial do carpo
proximal: pronador redondo e tendão do biceps
Risco: ramo superficial do nervo radial e arteria radial
2) Thompson (dorsal)
- Epicôndilo lateral até o tubérculo de lister
- Risco: nervo interósseo posterior (mais proximal)
- Mais para região do terço médio do rádio.
- Plano internervos: Extensor radial curto do carpo e Extensor comum dos dedos
Qual osso fixar primeiro na fratura dos ossos do antebraço?
O que estiver mais fácil (menos cominuído)
preferencialmente a ulna
Qual melhor princípio de osteossíntese e tipo de estabilidade para fratura dos ossos do antebraço?
Compressão do foco com placa DCP ou parafuso interfragmentário com placa de neurtralização.
Estabilidade absoluta
6 corticais de cada lado para estabilidade.
Cite as complicações das fraturas dos ossos do antebraço.
Lesão neurológica - nervo interósseo posterior (38% arma de fogo)
Sinostose - 1 a 6% (uma via só para os dois ossos, TCE..)
Retirada do implante cursa com refratura em 18% dos casos
Infecção 0 a 3%
Consolidação viciosa: 20º desvio levam a 30% deficit de pronosupinação.
Pseudoartrose 0 a 10%
Cite os principais estabilizadores radioulnar proximal (1) e radioulnar distal (3).
Cite o segundo principal estabilizador do rádio.
Radioulnar proximal: Ligamento anular
Radioulnar distal: Ligamento radioulnar volar e dorsal + Complexo fibrocartilagem triangular.
2º principal: banda central da membrana interóssea
Na região dorsal do antebraço, descreva o que faz parte do Grupo Radial (Grupo Móvel). (3)
Braquiorradial, Extensor radial curto do carpo, extensor radial longo do carpo -> nervo radial.
Na região distal do antebraço, o que forma a massa extensora?
Extensor comum dos dedos, Extensor do dedo mínimo, Extensor próprio do indicador, Extensores e abdutor longo do polegar e extensor ulnar do carpo - Nervo interósseo posterior.
Em relação ao compartimento muscular da região volar do antebraço, descreva quais estruturas fazem parte da Massa flexo-pronadora (mediano).
1) Superficial: pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo, flexor ulnar do carpo
2) Média: flexor superficial dos dedos
3) Profunda: flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar e pronador quadrado (Nervo interósseo anterior)
Nervo ulnar - flexor ulnar do carpo e parte ulnar (4/5 dedo) do flexor profundo dos dedos)
Descreva o trajeto do nervo ulnar a nível do cotovelo e antebraço.
Ramo sensitivo: cruza para dorsal no 1/3 distal
Ingressa no antebraço pela fossa cubital sob o ligamento de Osborne
- Passa pelas duas cabeças do flexor ulnar do carpo, prosseguindo junto da artéria ulnar até o punho
- Inerva o FUC e metade ulnar do Flexor profundo dos dedos (4º e 5º).
Descreva o trajeto do nervo mediano a nível do cotovelo e antebraço.
Entra no antebraço na fosse cubital junto com artéria braquial, medial ao tendão do bíceps
- Passa entre as duas cabeças do pronador redondo e em seguida entre as duas do flexos superficial dos dedos
- Nervo interosseo anterior interva FLP, FPD
- Nervo interósseo posterior inerva PQ e termina na capsula do punho
- Tronco principal do mediano corre distalmente profundo do FSD, onde migra, na porção distal, em torno da margem lateral do FSD e entra em posição superficial no túnel do carpo
- Origina o ramo cutâneo palmar 6cm proximal ao punho, que corre radial ao palmar longo.
Descreva o trajeto do nervo radial a nível do cotovelo e antebraço.
Entra no antebraço entre o braquirradial e o braquial, inervando ambos os músculos e o ERLC.
- No cotovelo origina um ramo superficial cutâneo sensitivo e profundo, que inerva o ERCC e supinador.
- Ramo profundo migra para compartimento profundo do antebraço, continuando como nervo interósseo posterior.
- Nervo interósseo posterior Arcada de Frohse
- Ramo superficial: entre o braquiorradial e ERLC.
Descreva o trajeto da artéria braquial a nível do cotovelo e antebraço.
Chega ao cotovelo entre o mediano e o braquirradial - origina a artéria ulnar, radial e interóssea comum
Descreva o trajeto da artéria radial a nível do cotovelo e antebraço.
Primeiro ramo é recorrente radial
- Corre medial ao tendão do bíceps -> radial ao FRC, profundo ao braquiorradial
Descreva o trajeto da artéria ulnar a nível do cotovelo e antebraço.
Proximal - profunda ao pronador redondo e flexor superficial dos dedos e junta-se ao nervo ulnar na parte superficial do FUC. Na porção distal - superficial ao flexor profundo dedos, entre flexor superficial e FUC.
Como são classificadas as fraturas-luxação de Galeazzi e Monteggia conforme a classificação AO?
Galeazzi: AO 22 - A2.3, B2.3 - A3.3 e B3.3 (radio e ulna)
Monteggia: AO 2.2 - A1.3, B1.3 (só ulna) e A3.2 e B3.2 (radio e ulna)
Cite os tipos de tratamento cirúrgico possíveis conforme a classificação AO (tipo de osteossíntese).
AO
A - Placa de compressão
B - Parafuso de tração + Placa de neutralização
C - Placa de compressão ou Placa em ponte
Cite 2 medidas pós op e 1 medida intraoperatória para evitar a sinostose pós operatória na fratura dos ossos do antebraço.
Qual local mais frequente da sinostose?
Pós op:
Mobilidade precoce
Indometacina
Intra op:
Dupla via
Local: terço proximal do rádio e ulna
Quando está indicada a utilização de enxerto na fratura dos ossos do antebraço?
Quando houver falha óssea de >1/3 do diâmetro do osso.
Qual complicação mais frequente após osteotomia derrotatória de 90º na sinostose radioulnar proximal?
Síndrome compartimental.