Inquerito Policial Flashcards
Quando a autoridade poderás proceder à reprodução simulada dos fatos?
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada, desde que não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
Qual o prazo para término do IP de réu solto e preso na regra geral, na lei de drogas e na justiça federal?
Réu preso: 10 dias
Réu solto: 30 prorrogáveis
JF:
Réu preso: 15+15
Réu solto: 30+30
Lei de drogas:
Réu preso: 30+30
Réu solto: 90+90
O ofendido ou o indiciado poderão requerer diligência?
Art.14 o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
No caso de servidores indiciadas pelo uso da força letal, quais medidas a autoridade deve realizar?
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas
no art. 144 da CF figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do CP. o indiciado poderá constituir defensor
§ 1° Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser
citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 horas a contar do recebimento da citação.
O que seria a citação imprópria?
Parte da doutrina traz a denominada citação imprópria. É assim chamada em virtude de haver a citação do curador do réu. Isso porque o réu, em razão de uma doença mental, não tem condições de receber essa citação, motivo pelo qual haveria a citação imprópria.
O que acontece no não atendimento da citação do acusado no processo penal?
Duas situações de não atendimento a citação:
* Se o réu for citado pessoalmente, mas não constitui advogado, o processo irá prosseguir regularmente, sem a presença do acusado. Neste caso, será nomeado defensor para patrocinar a causa. O réu, nesta hipótese, não será notificado, tampouco intimado para qualquer outro ato ou termo. A única exceção é de que será intimado da sentença condenatória, eis que deverá ser possibilitado a ele a interposição de recurso.
- Se o réu for citado por edital (citação ficta), e não constituir advogado, o juiz irá suspender o processo e suspender o prazo prescricional.
Como se dará a citação do réu preso?
O art. 360 do CPP diz que se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. O STF já sumulou a matéria por meio da Súmula 351, estabelecendo que é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da Federação em que o juiz exerce a sua jurisdição.
Caso o preso estiver em unidade federativa diversa daquela em que o juiz exerce jurisdição, será possível promover a citação por edital do réu, ainda que ele esteja preso. ( STF fez uma interpretação restritiva)
Como se dá a citação por meio de carta rogatória no processo penal?
No caso da carta rogatória, o acusado está noutro território, de outro país;
* Acusado se encontra no estrangeiro, e o seu endereço é conhecido: Neste caso, haverá a suspensão do prazo prescricional até que haja o efetivo cumprimento da carta. Caso não se saiba o endereço correto do acusado no estrangeiro, não será caso de carta rogatória, e sim edital. Perceba que se houver a determinação da carta rogatória no dia 06/08, e ela somente ser cumprida no dia 20/08, voltando ao Brasil no dia 24/08, o prazo prescricional já vai ter voltado a correr desde o dia 20/08.
Como se dá a citação do militar e funcionário público no âmbito do processo penal?
A citação do militar é realizada por meio do chefe do respectivo serviço, mediante expedição de um ofício. Isso porque prevalece o princípio da hierarquia e disciplina, a fim de que seja promovida a citação.
Em relação ao funcionário público, incidem as regras gerais da citação. No entanto, o art. 359 do CPP estabelece que o chefe de sua repartição é notificado quanto à data e hora em que o funcionário público deverá comparecer em juízo. Perceba que esse ofício para citação do funcionário só é cabível quando a citação já trouxer também a data da audiência. Caso contrário, não deverá ser o chefe da repartição notificado de nada.
Quais os prazos para citação e intimação penal por edital?
Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 dias, contados do dia de sua publicação. Após o esgotamento desse prazo é que se considera citado o sujeito, passando-se a considerar o prazo para resposta à acusação.
- 90 dias, caso o réu seja condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 1 ano.
- 60 dias, nos demais casos.
Após esses prazos, começa a correr o prazo para recurso.
Quando será cabível a citação por edital e quais suas consequências procesuais?
Cabimento:
* réu não foi localizado: é preciso que haja o esgotamento das tentativas.
* réu no estrangeiro em local desconhecido: como não é conhecido o lugar, não é possível determinar carta rogatória, devendo ser promovida por meio de edital.
Caso o réu não compareça, nem constitua defensor, o processo será suspenso, assim como o prazo prescricional. Segundo a Súmula 415 do STJ, não poderá ultrapassar o próprio prazo prescricional do crime, considerando a pena máxima, com base no art. 109 do CP. Passado esse prazo, é retomado a contagem do prazo prescricional.
Em relação ao crime de lavagem de dinheiro, quais as consequências da citação por edital?
Nesses casos, após a citação por edital, o processo terá o prosseguimento normal no caso de o réu não comparecer e nem constituir defensor. Diante disso, o juiz nomeará um defensor dativo ao acusado. Veja, não se aplica o art. 366 do CPP.
Quando será cabível a citação por edital e quais suas consequências procesuais?
Com o NCPC, basta que o oficial de justiça busque a citação do acusado por 2 vezes, hipótese em que, afirmada a suspeita de ocultação do réu, deverá intimar qualquer pessoa da família, ou na falta dela, de um vizinho, informar que no dia imediatamente posterior irá retornar para promover a citação por hora certa.
Caso não compareça o acusado, o oficial de justiça dará ele por citado, deixando a contrafé com um familiar, considerando-se como feita a citação. Nesse caso,
será constituido defensor dativo e o escrivão irá enviar uma carta ou correspondência eletrônica, dando ciência ao réu do ocorrido. É considerada feita a citação.
Qual a natureza jurídica, objetivo e finalidade do inquérito policial?
procedimento administrativo inquisitório e preparatório, pelo fato de ser inquisitorial, não se fala em ampla defesa ou contraditório, salvo no caso de IP que trata da expulsão de estrangeiro.
Objetivo: identificar as fontes de prova e colher elementos informativos quanto à autoria e materialidade. Alguns ainda dizem que serve para embasar medidas cautelares.
Finalidade: contribuir na formação do convencimento (opinio delicti) do titular da ação penal, em regra é o MP, excepcionalmente, o querelante (vítima)
Qual a diferença do IP e termo circunstanciado (TCO)?
TCO não possui a complexidade do inquérito policial, figurando como um simples registro dos fatos narrados pelos envolvidos e testemunhas de uma ocorrência, não havendo indiciamento no TCO e inexistindo o rigor do inquérito policial. Após, os autos são encaminhados ao juiz do juizado especial criminal competente para os procedimentos de praxe. Previsto para IMO, pena máxima não superior a 2 anos.
“O termo circunstanciado é a narrativa elaborada pela autoridade policial, em que, sem a necessidade de elaboração de termos de declarações ou mesmo de realização do tradicional interrogatório minudenciado no CPP, são registradas sponte propria os elementos de informação sobre o crime de menor potencial ofensivo tenha chegado ao seu conhecimento. É dizer: em lugar do conjunto de termos de declarações prestadas diante de si e de escrivão, a autoridade policial simplesmente narra de per si o que lhe chegou ao conhecimento, sem a necessidade de transcrição ou escritura formalizada. O termo circunstanciado prestigia, a um só tempo, a narrativa oriunda da oitiva realizada pela autoridade, bem assim otimiza o trabalho policial, que dispensa a vetusta função do escrivão e a excessiva “cartorialização” da atividade investigativa. Admite-se como termo circunstanciado até mesmo o minudenciamento do histórico lançado no boletim ou registro de ocorrência” (CUNHA, Rogério Sanches);
Qual o valor probatório do inquérito policial?
A jurisprudência é unânime ao proibir a prolação de sentença condenatória apoiada exclusivamente nas provas produzidas durante o inquérito policial, especialmente os depoimentos de testemunhas e as declarações da vítima, que deverão ser repetidos em juízo, agora sob o crivo do contraditório, oportunizando a ampla defesa (ARAÚJO; COSTA, 2021). Ressaltadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Podem ser decretadas medidas cautelares em virtude de denúncias anônimas?
STJ: medidas cautelares podem ter início por meio de denúncia anônima. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as medidas cautelares podem ter início por meio de denúncia anônima, desde que se realizem diligências preliminares, averiguando a veracidade das informações prestadas.
A superveniência de sentença condenatória tem o condão de prejudicar habeas corpus que analisa tese defensiva de que teria havido quebra da cadeia de custódia da prova?
A superveniência de sentença condenatória não tem o condão de prejudicar habeas corpus que analisa tese defensiva de que teria havido quebra da cadeia de custódia da prova, ocorrida ainda na fase inquisitorial e empregada como justa causa para a própria ação penal. HC 653.515-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por maioria, julgado em 23/11/2021.
Perícias e documentos produzidos na fase inquisitorial são revestidos de EFICÁCIA PROBATÓRIA sem a necessidade de serem repetidos no curso da ação penal?
Sim,
Perícias e documentos produzidos na fase inquisitorial são revestidos de EFICÁCIA PROBATÓRIA sem a necessidade de serem repetidos no curso da ação penal por se sujeitarem ao contraditório diferido. AgRg no REsp 1522716/SE,Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, Julgado em 20/03/2018,DJE 05/04/2018
É aplicável a teoria do juízo aparente para ratificar medidas cautelares no curso do inquérito policial quando autorizadas por juízo aparentemente competente?
Sim,
É aplicável a teoria do juízo aparente para ratificar medidas cautelares no curso do inquérito policial quando autorizadas por juízo aparentemente competente. AgRg no RHC 156.413-GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 05/04/2022, DJe 08/04/2022.
Teoria do juízo aparente: Observem-se os casos em que o juiz era aparentemente competente para determinar a interceptação telefônica, de modo que o reconhecimento posterior da incompetência não é capaz de invalidar as provas colhidas anteriormente sob a tutela jurisdicional do juiz incompetente.
De modo diferente, a teoria não aplica-se ao juiz manifestamente incompetente que, em nada se relacione ao caso, emita ordens para produção de atos de investigação criminal.
É constitucional a norma de Regimento Interno de Tribunal de Justiça que condiciona a instauração de inquérito à autorização do desembargador-relator?
É constitucional a norma de Regimento Interno de Tribunal de Justiça que condiciona a instauração de inquérito à autorização do desembargador-relator nos feitos de competência originária daquele órgão. ADI 7083/AP, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento virtual finalizado em 13.5.2022 (sexta-feira), às 23:59 (INF 1054)
Desde que seja COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA
Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso a quem?
Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação poderá sem ela ser iniciado?
Art.5°, § 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.