Injúria Renal Crônica Flashcards
Qual a definição de Insuficiência/Doença Renal Crônica? (4)
É o estado de disfunção renal persistente, em geral secundário a um processo patológico lentamente progressivo e irreversível
Queda progressiva do ritmo de filtração glomerular (RFG) e consequente perda das funções regulatórias, excretórias e endócrinas
Lesão presente por um período igual ou superior a 3 meses, definida por anormalidades estruturais ou funcionais do rim, com ou sem diminuição do RFG
RFG < 60ml/min/1,73m2 ou RFG > 60ml/min/1,73m2
associada a pelo menos um marcador de dano renal
parenquimatoso (por exemplo, proteinúria) presente há pelo menos 3 meses
Quais são os estágios da Insuficiência Renal Crônica de acordo com a TFG?
1: > ou = 90
2: 60-89
3A: 45-59
3B: 30-44
4: 15-29
5: < 15
Quais são os estágios da Insuficiência Renal Crônica de acordo com a Proteinúria?
1: presente
2: presente
3A: presente ou ausente
3B: presente ou ausente
4: presente ou ausente
5: presente ou ausente
Quais são as características da TFG? (4)
É a medida que traduz a medida da função renal
É a capacidade dos rins de eliminar uma substância do sangue
Pode estar reduzida bem antes dos sintomas
Se correlaciona com gravidade da doença renal
Quais são os cuidados ao paciente com Doença Renal Crônica? (3)
Diagnóstico precoce da doença
Encaminhamento imediato para tratamento nefrológico
Implementação de medidas para preservar a função renal
Quais são as 5 principais causas de Insuficiência Renal Crônica?
Glomerulopatia diabética- 44%
Nefroesclerose hipertensiva- 27,5%
Glomerulopatias primárias- 6,8%
Doença renal policística- 2,4%
Doenças urológicas- 1,4%
Quais são os fatores de risco para progressão da Doença Renal Crônica? (10)
Idade
Sexo
Diabetes
HAS
Proteinúria
Anemia
Complicações metabólicas
Obesidade
Tabagismo
Dislipidemia
Qual a fisiopatologia da IRC? (8)
Acúmulo de toxinas nitrogenadas dialisáveis
Acúmulo de peptídeos
Retenção de líquido (hipervolemia, HAS)
Retenção de eletrólitos (Na, K , P)
Acidose metabólica/ inflamação sistêmica/
aterosclerose acelerada
Deficiência de eritropoietina (anemia)
Deficiência de calcitriol (vit D ativa)
Hiperparatireoidismo secundário
Quais são as características da osteodistrofia renal? (7)
- Disfunção renal grave
- Hiperfosfatemia estimula a liberação de PTH
- Elevação de PTH inibe a síntese de vit D ativa (calcitriol)
- Hiperparatireoidismo secundário
- Deficiência de vit D produz hipocalcemia
- Fragilidade óssea e fraturas
- OSTEODISTROFIA
Quais são os sinais e sintomas presentes na IRC? (10)
- Músculo - esquelético: osteodistrofia renal, fraqueza muscular
- Endocrinológico: intolerância a glicose (pseudodiabetis urêmico), hipogonadismo (redução de estrógeno e progesterona)
- Cutâneo: pele seca (xerose urêmica), prurido, neve urêmica (“um pózinho branco na pele do paciente)
- Imunológicos: depressão imunológica
- Hematológicos: sangramentos, anemia, distúrbios plaquetários
- Nutricional: catabolismo aumentado, perda de massa muscular
- Neurológico: insônia ou sonolência, tremores, agitação, torpor, cefaléia, convulsão, coma, neuropatia periférica (mesma coisa da aguda, tanto para mais quando pra menos)
- Cardio-respiratórios: arritmias, pericardite, tamponamento cardíaco, pleurite, derrame pleural, insuficiência cardíaca, dispnéia, edema, hipertensão arterial
- Digestivas: inapetência, náuseas, diarréia, sangramento digestivo, plenitude gástrica
- Distúrbios hidroeletrolíticos: hipervolemia, hiponatremia, hipercalemia, hiperfosfatemia, hipermagnesemia, hipocalcemia
Como diferenciar IRC e IRA? (7)
- Ver se paciente tem exames anteriores
- Procurar anemia normocrômica, normocítica (IRC) (Se for hipercromica é por anemia ferropriva, porém a renal é sempre duplo normo).
- Avaliar doenças pré-existentes
- Avaliar fatores de risco para doença crônica
- Realizar US renal (rins diminuídos- IRC)
- Desproporção entre o grau de azotemia e sintomas urêmicos (IRC) (O paciente crônico tem maior grau de adaptação a altos valores urêmicos)
- Existência de síndrome de osteodistrofia renal
Quais são as características da Terapia de Substituição Renal por Diálise Peritoneal? (8)
- Objetivos: tirar o excesso de água e as substâncias que deveriam ter sido eliminadas na urina
- Aproveita a membrana peritoneal para filtrar o sangue
- Tipos: CAPD, CCPD, DPI
- Passa um cateter no abdômen do paciente
- (“Qualquer cateter colocado com fio-guia será por técnica de seldinger)
- Na retirada, primeiro a sair é líquido e depois a substância
- Então, se a intenção for retirar líquido do paciente, realiza-se vários banhos de retirada.
- Se a intenção for retirar substância, realiza-se poucos banhos pois deixa o cateter por mais tempo
Quais são as características da Terapia de Substituição Renal por Hemodiálise? (3)
- Objetivos: tirar o excesso de água e as substâncias que deveriam ter sido eliminadas na urina
- É feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro)
- O acesso a corrente sanguínea é via catéter venoso central (Sorensen) ou FAV
Quais são as Características gerais da Terapia de substituição renal? (5)
- A FAV (fístula arteriovenosa) é feita com a ligação entre uma artéria e uma veia através de uma pequena cirurgia
- A alteração do fluxo de sangue deixa a veia mais larga e com as paredes fortes e resistentes
- É recomendado que se faça a fístula alguns meses antes de se iniciar a hemodiálise
- O braço é o local mais comum para a confecção da fístula, quando não pode ser usado, as veias da perna podem ser uma alternativa
- O cateter duplo lúmen é utilizado quando há necessidade de se iniciar a hemodiálise, mas o paciente não possui fístula, ou ela não amadureceu, ou tem algum problema
Quais são as características do Transplante renal? (3)
- Importante opção terapêutica para o paciente com IRC, tanto do ponto de vista médico, quanto social ou econômico
- Indicado quando houver IRC em fase terminal, estando o paciente em diálise ou mesmo em fase pré dialítica (pré emptivo)
- O transplante pré emptivo pode ser oferecido a todos os candidatos a transplante renal, mas particularmente para diabéticos e crianças